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Estudo de Caso AVC

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Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP 
Escola de Nutrição 
Introdução à Nutrição Clínica 
Profª Renata Nascimento de Freitas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática realizada na Santa Casa de Misericórdia, 
 Ouro Preto - MG 
 
 
 
 
 
Discentes: 
Ágata Vasconcelos 10.2 7027 
Laura Duarte 10.1 7202 
Lívia Bitencourt 09.2.7040 
Pollyana Machado 10.2 7158 
Pulchéria Silva 10.2 7161 
 
1. Identificação do Paciente: 
Nome: M.S. de M. 
Data de Nascimento: 17/04/1945 
Idade: 69 anos 
Sexo Feminino 
Data de Internação Hospitalar: 12/06/2014 
Nome da Mãe: I. F. 
 
 
2. Prontuário UPA (09/06/2014) 
Procedimento solicitado Tratamento de Acidente Vascular 
Cerebral – AVC (isquêmico ou 
hemorrágico agudo) 
Caráter de Internação Urgência 
Diagnóstico Inicial AVC não especificado como 
hemorrágico ou isquêmico 
 
Diagnóstico de causas associadas 
 
Hipertensa 
Diabética 
Quadro súbito de rebaixamento de 
consciência 
Dados Vitais 
Pressão Arterial: 150 x 70 mmHg 
Frequência Cardíaca: 82 
Frequência Respiratória: 18 
Pulso: 82 
Temperatura: 36,5 °C 
 
3. Relatório da Enfermagem – 18:00 (12/06/2014) 
Paciente Proveniente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA): AVP em MSE¹, 
em soroterapia com SVD em uso de fralda, hipertensa, diabética, dor abdominal. Um 
pouco confusa, mas verbalizando bem. Aceita dieta oferecida 
Pressão arterial 170 x 80mmHg 
Pulso/min 101 
FR/min 95% 
Temperatura 37,1 ºC 
Podemos observar que a pressão arterial da paciente se encontra alterada 
(valor acima do normal). 
4. Justificativa de Internação 
Paciente hipertensa e diabética início de quadro súbito de rebaixamento de 
consciência. 
5. Prescrição Médica – 13/06/2014 
Tipo de dieta Oral líquido-pastosa para HAS sob 
supervisão 
Solução Fisiológica 0,9% 1.500 ml IV em 24 horas 
(administrada duas vezes) 
Necessita de fisioterapia Sim 
Cabeceira 30 º 
Medidas de sinais vitais 6 em 6 horas – Horário 18:00, 24:00, 
06:00, 12:00 
Aplicação de insulina Regular 12 Unidades 
Medicação 
- AAS 100mg 3 comprimidos VO após o 
almoço (Horário: 12:00) 
- Dipirona 500mg/ml – 1 ampola + AD 
10 ml IV SOS (de 6 em 6 horas se 
houver dor ou febre) 
- Plasil 10 mg/2 ml – 1 ampola + AD 10 
ml IV SOS (de 8 em 8 horas, se 
houvernáuseas ou vômitos) 
- Sinvastatina 20 mg 1 comprimido VO 
(Horário 22:00) 
- Omeprazol 20 mg 1 comprimido VO ( 
Horário 06:00) 
- Captopril 25 mg 1 comprimido SL SOS 
( caso PA > 170 x 110 mmHg) 
 
A dieta oferecida para a paciente foi definida como hipocalórica, mesmo esta 
apresentando perda de gordura subcutânea, com estimativa de peso sendo 
classificada como baixo peso e IMC com risco de déficit. 
Os estados de deglutição e digestão foram classificados como em estado 
preservado, não interferindo na rotina alimentar da paciente. 
Dos medicamentos ministrados o captopril é anti-hipertensivo e visa prevenir o 
desenvolvimento de nefropatia diabética, a sinvastatina reduz os níveis de LDL e 
aumenta os níveis de HDL para reduzir os níveis de colesterol e lipídios, porém o uso 
deste medicamento levanta o questionamento sobre a real necessidade da utilização, 
por não haver exame referente ao valor do colesterol da paciente (SHILLS et al, 2003; 
MAHAN AND ESCOTT-STUMP, 2005). 
O Omeprazol é indicado nas úlceras pépticas e caso de hiperacidez gástrica, no 
prontuário da paciente não estava esclarecido o porquê do uso deste medicamento. A 
dipirona utilizada como analgésico em casos de dor ou febre. O AAS (aspirina) atua 
como antitrombótico em casos de Diabetes Mellitus (CUPPARI, 2005; MAHAN AND 
ESCOTT-STUMP, 2005; SHILLS et al, 2003). 
5.1 Interação Droga-Nutriente 
O AAS reduz as reservas de vitamina K e aumenta a excreção renal de tiamina e 
ácido fólico, bem como a excreção urinária de aminoácidos. Além disso, pode reduzir a 
absorção e aumentar a excreção de vitamina C. Portanto, seria recomendado que a 
administração do AAS fosse feita uma hora antes ou duas horas após as refeições ricas 
em ácido fólico, vitamina C e K e tiamina, para evitar que esses nutrientes sejam 
perdidos. Em contrapartida, leite e vegetais atuam modificando o pH gástrico, 
diminuindo a absorção do fármaco (Waitzberg, 2009; Schweigert et al., 2008). 
A sinvastatina pode ser ingerida sem considerar a alimentação. O omeprazol 
pode causar diminuição na absorção de vitamina B12, dessa forma é recomendado 
não ingerir alimentos ricos em vitamina B12 junto ou próximo à administração do 
medicamento (Waitzberg, 2009; Schweigert et al., 2008). 
O captopril deve ser administrado em jejum uma hora antes ou duas horas 
após as refeições, uma vez que quando tomado com alimentos a sua absorção é 
reduzida de 30 a 50%, além disso esse medicamento pode reduzir a absorção do ferro 
(Waitzberg, 2009; Schweigert et al., 2008). 
6. Exames – 09/06/2014 
 Valores de referência Classificação 
Hemoglobina 11,6 g/dL 11,5 - 15,0g/dL Adequado 
Hemácias 4,06 milhões/mm³ 4,2 - 5,9 milhões/mm Inadequado 
Abaixo 
Hematócrito 35,0 % 35 - 45% Inadequado Limite 
VCM 86,5 fL 80.0 a 100.0 fL Adequado 
HCM 28,6 pg 26.0 a 34 pg Adequado 
CHCM 33,0 % 32.0 a 36.0 % Adequado 
RDW 13,0% fL 11,6 a 14,6% Adequado 
Leucócitos 
Global 
17.580 / mm³ 4.000 a 11.000/mm3 Inadequado 
Acima 
Plaquetas 218.000/ mm³ 150.000 - 
450.000/mm³ 
 Adequado 
Creatinina 0,7 mg/dL 0,5 - 1,2mg/dL Adequado 
Glicose 24,9 mg/dL 70 a 100 mg/dL Inadequado 
Muito abaixo 
Proteína C-
reativa – PCR 
1,3mg/L 
Potássio 1,3mg/L 3,5 - 5,0mEq/L Inadequado 
Abaixo 
Sódio 140mEq/L 135 - 145mEq/L Adequado 
Uréia 57,7 mg/dL 10 - 45mg/dL Inadequado 
Acima 
No resultado dos exames bioquímicos da paciente M.S. de M. encontram-se 
alterados a quantidade de hemácias, leucócitos global, glicose, potássio, e ureia. Sendo 
os exames bioquímicos mais importantes para a nutrição a avaliação dos níveis de 
creatinina, uréia, glicose e sódio, principalmente em sonda (SHILLS et al, 2003; Mahan 
and Escott-Stump, 2005). 
A baixa quantificação de hemácias e a presença limite de hematócrito pode 
sugerir uma possível anemia e falta de oxigênio em alguns órgãos da paciente. É 
importante melhorar a ingestão alimentar da paciente aumentando as fontes de ferro 
na alimentação, como fígado de boi, feijão, couve, espinafre, brócolis, etc. Já que a 
anemia é um sinal de doença deve-se encontrar a causa da anemia para poder trata-la 
e melhorar o quadro clínico no geral (CUPPARI, 2005). 
O alto valor de leucócitos globais é chamado de leucocitose e assinala 
principalmente a presença de inflamação, traumatismo, infecção bacteriana, exercícios 
intensos ou estresse. No caso da paciente a presença de inflamação e estresse é o mais 
característico. Devem-se tomar medidas de tratamento que melhores o estado 
imunológico da paciente (CUPPARI, 2005; Waitzberg, 2009). 
O baixíssimo valor de glicose representa hipoglicemia. Alguns sintomas da 
hipoglicemia são confusão mental, alterações do nível de consciência, perturbações 
visuais e comportamentos que podem ser confundidas com embriagues, cansaço, 
fraqueza, entre outros. De acordo com a M.S. de M. foi relatado o sintoma de 
confusão mental. Para isto deve-se ministrar refeições menores e mais próximas umas 
das outras para prevenir a queda da glicose no sangue e para prevenir crises noturnas 
deve-se ministrar refeição leve, à base de carboidratos e proteínas, antes de dormir 
(CUPPARI, 2005; Waitzberg, 2009). 
A hipocalcemia, caracterizada pela baixa concentração de potássio no sangue, 
apresenta um desequilíbrio hidroeletrolítico. Este desequilíbrio é causado pela 
presença de doençasou distúrbios alimentares. É importante suprir a falta deste 
mineral. Pode-se aumentar a ingestão de potássio a partir de alimentos fontes tais 
como, banana, peixe, iogurte, abacate, batata, feijão, entre outros (CUPPARI, 2005; 
Waitzberg, 2009). 
O alto nível de uréia serve como marcador de mudanças na função renal por 
ser mais sensível a alterações (CUPPARI, 2005; Waitzberg, 2009). 
7. Triagem Nutricional 
A paciente relatou hábitos alimentares normais, com 5 refeições diárias 
(07:30,11:00, 15:00, 17:30, 21:00), no asilo em que reside. No período de internação 
declarou perda de apetite, apesar da boa aceitação para com a dieta hospitalar 
oferecida, levando a perda de peso não intencional. 
 Os medicamentos utilizados pela paciente são o SRT e a Dipirona. 
 Não foi observada a presença de edema em nenhum membro, seja este superior ou 
inferior. Houve relato de ausência de dentição inferior e sem uso de prótese, presença 
de constipação intestinal, utilização de sonda vesical e de fralda geriátrica. 
A paciente possui um baixo nível de locomoção, não realizando o ato de 
caminhar. Não foi observado grandes sinais de perda de musculatura, além de delatar 
ser ex-etilista e não fumante. 
A paciente apresenta hipertensão arterial sistêmica e Diabete Mellitus tipo 2. 
Dessa forma a dieta prescrita deveria ser normocalórica e hipossódica, porém a dieta 
prescrita foi hipocalórica. 
Pode-se concluir através da avaliação da triagem que a paciente pode estar em 
rico nutricional. 
8. Avaliação Antropométrica 
Circunferência da Panturrilha 29 cm 
Altura do Joelho 43 cm 
Circunferência do Braço 25,5 cm 
Prega Cutânea Triciptal 14,0mm 
Peso Estimado 49,7 Kg 
IMC 23,0 Kg/m² 
 
8.1. Estimativa da altura 
A = 84,88 + (1,83 x Altura do Joelho) – (0,24 x idade em anos) 
A = 84,88 + (1,83 x 43,0) – (0,24 x 69) 
A = 84,88 + 78,7 – 16,6 
A = 147,0 
Classificação: A altura da paciente esta estimada em 1,47m (Apostila de 
avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 2013). 
 
8.2. Circunferência Braquial (CB) 
Adequação da CB (%) = CBcm/ CBP50 x 100 
Adequação da CB (%) = 25,5/29,9 x 100 
Adequação da CB (%) = 85,3 % 
Classificação: A medida se encontra entre os 80 a 90 %, classificado como 
desnutrição leve. Segundo o percentil 50 utilizado da Tabela de FRISANCHO 
1981, da apostila de avaliação nutricional Goiânia 2013. 
8.3. Estimativa do Peso (P) 
Peso Estimado = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 
Peso Estimado = (43 x 1,09) + (25,5 x 2,68) – 65,51 
Peso Estimado = 46,87 + 68,34 – 65,51 
Peso Estimado = 49,7 Kg 
Classificação: Baixo Peso (Apostila de avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 
2013). 
 
8.4. Cálculo do Peso Ideal 
Peso Ideal = IMC ideal x (altura)² 
Peso Ideal = 24,5 x 1,45² 
Peso Ideal = 51,5 Kg 
8.5. Porcentagem de Adequação do Peso 
Adequação do Peso (%) = (Peso atual/Peso ideal) x 100 
Adequação do Peso (%) = (49,7/51,5) x 100 
Adequação do Peso (%) = 96,5 % 
Classificação: A porcentagem de adequação do peso está entre os valores 90,1 a 
110 o que a classifica como eutrófica. 
8.6. Índice de Massa Corporal (IMC): 
IMC = Peso Kg/ Altura²m 
IMC = 49,7/1,47 ² 
IMC = 23,0 Kg/m² 
Classificação: O IMC da cliente/paciente estava entre o intervalo de IMC >22 e 
<24, ou seja, apresenta índice de massa corporal com risco de déficit. Deve-se 
ganhar peso (Apostila de avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 2013). 
8.7. Adequação da PCT (%): 
Adequação da PCT (%) = PCTobtida/ PCTP50 x 100 
Adequação da PCT (%) = 14,0/24,0 x 100 
Adequação da PCT (%) = 58,3 % 
Classificação: A porcentagem de adequação da medida PCT da cliente/paciente 
estava<70%, ou seja, apresenta desnutrição grave para esta medida (Apostila de 
avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 2013). 
8.8. Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
CMB = CB – (3,14 x PCT / 10) 
CMB = 25,5 – (3,14 x 14 /10) 
CMB = 25,5 – 4,4 
CMB = 21,1 
8.9. Adequação da Circunferência Muscular do Braço 
Adequação da CMB (%) = [CMB obtida (cm)/ CMB percentil 50] x 100 
Adequação da CMB (%) = (21,1 / 22,5) x 100 
Adequação da CMB (%) = 93,7 % 
Classificação: De acordo com a circunferência muscular do braço a paciente se 
encontra eutrófica. 
8.10. Cálculo das Necessidades Nutricionais 
Para uma paciente hospitalizada o cálculo da necessidade energética é feito 
através da seguinte fórmula, onde: TMB é a taxa metabólica basal, FA é o fator de 
atividade, o FI é o fator de injúria e o FT é o fator térmico. 
GET = TMB x FA x FI x FT 
O cálculo da TMB é feito através da fórmula de Harris-Benedict 
TMB = 655,1 + 9,6 x peso (kg) + 1,9 x altura (cm) – 4,7 x idade (anos) 
TMB = 655,1 + 9,6 x 49,7 + 1,9 x 147 – 4,7 x 69 
TMB = 1.086,22 
O fator de atividade (FA) é igual a 1,2 de acordo com a sua situação de 
mobilidade, paciente acamado (Apostila de avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 
2013). 
O fator de injúria (FI) para diabetes melittus é igual a 1,1. E o fator de 
temperatura (FT), para a temperatura aferida no relatório da enfermagem do dia 
12/06, é igual a 1 (Apostila de avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 2013). 
Dessa forma, o GET da paciente será: 
GET = TMB x FA x FI x FT 
GET = 1.086,22 x 1,2 x 1,1 x 1 
GET = 1.433,8 Kcal 
As necessidades nutricionais também podem ser calculadas através da fórmula 
de bolso, onde o peso utilizado é o estimado e as calorias (Kcal) é o valor estipulado 
para pacientes com perda de peso (25 Kcal/Kg/dia) (Apostila de avaliação nutricional, 
PUC Goiás – Goiânia, 2013). 
VET= Peso x Kcal 
VET = 49,7 x 25 
VET= 1.242,5 Kcal 
9. Avaliação Subjetiva Global 
A avaliação subjetiva global foi realizada através da mini avaliação nutricional 
(MAN) (ANEXO A) que tem por objetivo avaliar o risco de desnutrição, o resultado da 
avaliação da paciente somou 18 pontos indicando risco de desnutrição, dessa forma a 
evolução do quadro da paciente merece uma atenção especial (GUIGOZ et al. 1994). 
10. Diagnóstico Nutricional 
A avaliação antropométrica foi realizada a partir da altura do joelho (AJ) e da 
circunferência do braço (CB) a partir das quais se calculou a estimativa do peso e da 
altura da paciente. 
A paciente apresentou peso atual estimado igual a 49,7 kg, porem o cálculo do 
peso ideal indicou que a paciente deveria pesar 51,5kg apresentando assim peso 
abaixo do ideal. Porem, quando realizado o cálculo de porcentagem de adequação do 
peso a paciente foi classificada como eutrófica. 
O cálculo da adequação da circunferência braquial apresentou desnutrição 
leve. O IMC da paciente foi de 23,0kg / m2 classificando-a com risco de déficit 
nutricional. A medida de adequação da PCT apresenta 58,3%, abaixo de 70% 
classificando-a com desnutrição grave. A aferição da circunferência muscular do braço 
apresentou 21,2cm, ao calcularmos a adequação da circunferência muscular do braço 
o valor obtido foi de 93,7% o que classificou a paciente como eutrófica. 
A paciente não apresentava sinais físicos de desnutrição grave, mas era possível 
notar que ela estava um pouco abaixo do seu peso ideal, inclusive a própria paciente 
relatou perda de peso. 
A avaliação subjetiva global, que também tem por objetivo identificar o estado 
nutricional do paciente, indicou risco nutricional, reforçando os resultados obtidos 
com o cálculo da adequação da circunferência braquial, o IMC e a medida da 
adequação da PCT. 
Dessa forma, a partir de todos os dados obtidos foi possível diagnosticar que a 
paciente está com desnutrição leve (risco nutricional). 
11. Evolução 
 Paciente M. S. M., do sexo feminino, 69 anos, asilar, ex-etilista, diabética, 
hipertensa, com quadro súbito de rebaixamentode consciência e sem condições de 
locomoção. Deu entrada no Hospital Santa Casa de Misericórdia no dia 12/06/2014, 
com encaminhamento da Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto, 
apresentando como diagnóstico inicial Acidente Vascular Cerebral (AVC) não 
especificado como hemorrágico ou isquêmico, sendo internada com urgência. 
 Relatou possuir uma dieta normal e realizar habitualmente cinco refeições 
diárias no lar onde reside. Atualmente está sendo administrada uma dieta 
hipocalórica. Durante a avaliação a paciente mostrou-se lúcida e respondia ao que era 
lhe solicitado. Pode-se observar que houve perda de peso, de gordura subcutânea e 
apresentava falta de apetite, mas respondia bem à dieta hospitalar oferecida, não 
possuía os dentes inferiores, não faz uso de prótese, com deglutição e digestão 
preservadas. 
A paciente não possuía náuseas ou vômitos, não apresentava edema nos 
membros superiores e inferiores, sem grandes sinais de perda na musculatura, possuía 
constipação intestinal e utilizava sonda vesical e fraldas. 
Peso: 49,7 Kg; Altura: 147,0 cm; GET = 1.433,8 Kcal; AJ: 43,0 cm; CB: 25,5 cm; 
PCT: 14,0 mm 
12. Conduta Nutricional 
Dieta branda normocalórica (com base no GET: 1433,8 Kcal) hipossódica, uso 
de adoçante devem ser evitados alimentos de alto índice glicêmico. Refeições de 3 em 
3 horas. Verificar ingestão hídrica. 
 
13. Referências Bibliográficas 
Apostila de avaliação nutricional, PUC Goiás – Goiânia, 2013. 
CUPPARI, Lilian. "Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica no 
adulto." Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica no adulto (2005). 
GUIGOZ Y, Vellas B, Garry PJ. Mini Nutritional Assessment: a practical assessment tool 
for grading the nutritional state of elderly patients. Facts Res Gerontol 1994; (suppl 2): 
15-59. 
MAHAN, L. K., and S. Escott-Stump, 2005, Krause, alimentos, nutrição & dietoterapia, 
editora roca. 
SCHWEIGERT, I. D., M. U. Pletsch, and L. B. Dallepiane, 2008, Interação medicamento-
nutriente na prática clínica; Drug-nutrient interaction in clinical practice; Interacción 
fármaco-nutrientes en la práctica clínica: Rev. bras. nutr. clín, v. 23, p. 72-77. 
SHILLS, M.E. e cols. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença, 9ed., vol. 1, 2. 
Ed.Manole, 2003. 
WAITZBERG, D. L., 2009, Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica, Atheneu.

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