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CARACTERISTICAS DO DTO PENAL DO INIMIGO

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CARACTERISTICAS DO DTO PENAL DO INIMIGO
Livro Jurua –Alexandre R. Moraes
1 – Antecipação da punibilidade com a tipificação de atos preparatórios.
Obs; caminho percorrido pelo crime (iter criminis) , em regra crime percorre quatro fases, a cogitação, preparação, execução, consumação. A punibilidade depende pelo menos do inicio da execução, ou seja, os atos anteriores são impuníveis. Direito penal inimigo permite a antecipação da punibilidade já nos atos preparatórios, demonstrando impaciência do legislador.
No BR adota-se direito penal do inimigo punindo atos preparatórios? Sim, ex, art. 288 do CP (formação de quadrilha ou bando). Prof, diz que BR não pune atos preparatórios, mas sim inicio de atos de execução.
2 – criação de tipos de mera conduta.
3 – criação de tipos de perigo abstrato – perigo é absolutamente presumido por lei. 
Como STF trabalha com crime de perigo abstrato. Até 2005 ele admitia crimes de perigo abstrato. Em 2005, houve a questão da arma desmuniciada, e passou a não admitir o crime de perigo abstrato. Então, decidiu-se que em regra não se admite crime de perigo abstrato, excepcionalmente há casos que admitem, por ex, o trafico.
BR tem tipos de perigo abstrato?deve-se analisar este contexto histórico.
4 – flexibilização do princ. da legalidade, descrição vaga dos crimes e das penas.
5 – inobservância dos princs. da ofensividade da exteriorização do fato. 
6 - Preponderância do dto penal do autor. 
7 – desproporcionalidade de penas.
8 – restrição de garantias penais e processuais penais. Esta característica pertence ao dto penal de 3ª velocidade, cada velocidade relaciona-se com um marco da nossa história.
9 – endurecimento da execução penal. BR-RDD
Antes da 2ª Guerra Mundial – tinha imposição absoluta de penas privativas de liberdade, é o dto penal da 1ª velocidade. Depois da 2ª GM, começou-se a trabalhar com incentivo de penas alternativas, surge o dto penal da 2ª velocidade. E recentemente, os ataques terroristas vem marcando o mundo, então, percebe-se haver restrição de garantias penais e processuais, aqui está dto penal de 3º velocidade.
Doutrina tradicional – ensina que CP adotou teoria finalista.
Doutrina moderna –adota o funcionalismo teleológico (moderado), corrigindo o 3º substrato do crime.
CPM – é causalista, art33. Dolo e culpa estão na culpabilidade.
Art. 33 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo.
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

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