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UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná Campus Foz do Iguaçu / Centro de Ciências Exatas Engenharia Mecânica TERMODINÂMICA Aula 03c – Propriedades das Substâncias Puras Parte III/III Prof. Dr Eduardo César Dechechi dechechi@gmail.com Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Objetivos: Apresentar o conceito de Substância Pura; Discutir a física dos processos de mudança de fase; Ilustrar os diagramas de propriedades P-v, T-v e P-T e as superfícies P-v-T das substâncias puras; Demonstrar os procedimentos para a determinação das propriedades termodinâmicas de substâncias puras a partir de tabelas de propriedades; Descrever a substância hipotética “gás- ideal” e a equação de estado do gás ideal; Aplicar a equação de estado do gás ideal para resolver problemas típicos; Introduzir o fator de compressibilidade, que leva em conta o desvio entre os comportamentos dos gases ideais e o do gás ideal; Apresentar algumas das equações de estado mais conhecidas. Aula 03 – Propriedades das Substâncias Puras Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3. Propriedades das Substâncias Puras 3.1 Substância Pura 3.2 Fases de uma Substância Pura 3.3 Processos de Mudança de Fase de Substâncias Puras 3.4 Diagramas de Propriedades para os Processos de Mudança de Fase 3.5 Tabelas de Propriedades 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal O Vapor d’Água é um Gás Ideal? 3.7 Fator de Compressibilidade 3.8 Outras Equações de Estado Equação de Estado de van der Walls Equação de Estado de Beattie-Bridgman Equação de Estado de Benedict-Webb-Rubin Equação de Estado do Virial Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3. Propriedades das Substâncias Puras 3.1 Substância Pura 3.2 Fases de uma Substância Pura 3.3 Processos de Mudança de Fase de Substâncias Puras 3.4 Diagramas de Propriedades para os Processos de Mudança de Fase 3.5 Tabelas de Propriedades Entalpia; Estados de Líquido Saturado e Vapor Saturado Mistura de Líquido e Vapor Saturado; Vapor Superaquecido Líquido Comprimido 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal O Vapor d’Água é um Gás Ideal? 3.7 Fator de Compressibilidade 3.8 Outras Equações de Estado Equação de Estado de van der Walls; de Beattie-Bridgman Equação de Estado de Benedict-Webb-Rubin; Equação de Estado do Virial Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Tabelas de propriedades fornecem informações bastante exatas sobre as propriedades, porém elas são volumosas. Uma abordagem mais pragmática e desejável seria ter algumas relações entre as propriedades que fossem simples e suficientemente gerais e precisas. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado Qualquer equação que relacione pressão, temperatura e volume específico de uma substância. Relações envolvendo outras propriedades de uma substância em estados de equilíbrio também são chamadas de equação de estado. Existem várias equações de estado, algumas são simples e outras bastante complexas. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado A equação de estado para substâncias na fase gasosa mais simples e mais conhecida é a Equação de Estado do Gás Ideal. Gás e Vapor são utilizados como sinônimos. A fase vapor de uma substância é normalmente chamada de gás quando está acima da temperatura crítica. Em geral, entende-se por vapor um gás que não está longe do estado de condensação. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Essa equação prevê o comportamento p-v-T de um gás com bastante precisão dentro de uma determinada região. 1662 (Robert Boyle): observou que a pressão dos gases era inversamente proporcional ao seu volume. 1802 (J. Chales & J. Gay-Lussac): Determinaram experimentalmente que a baixas pressões o volume de um gás é proporcional à sua temperatura. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Constante Universal dos Gases Ru É a mesma para todas as substâncias. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Base Molar Uma barra acima de uma propriedade denota valores na base molar. 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-8 Massa de Ar de uma sala 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-8 Massa de Ar de uma sala 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Gás Ideal O Vapor d’Água é um Gás Ideal? 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Gás Ideal O Vapor d’Água é um Gás Ideal? Depende! 3.6 Equação de Estado do Gás Ideal Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Obviamente, Z = 1 para gases ideais. Para gases reais Z pode ser maior ou menor do que 1. Quando mais distante Z de estiver da unidade, mais o gás se desviará do comportamento de gás ideal. 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Princípio dos Estados Correspondentes O fator de compressibilidade Z para todos os gases é aproximadamente igual à mesma pressão e temperatura reduzida. 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Diagrama Geral de Compressibilidade As seguintes observações podem ser feitas a partirdo diagrama geral de compressibilidade: A pressões muito baixas (PR << 1), os gases se comportam como gases ideais independentemente da temperatura; A altas temperaturas (TR > 2), o comportamento de gás ideal pode ser admitido com boa exatidão, independentemente da pressão (exceto para PR >> 1); O desvio de comportamento de gás ideal é maior na vizinhança do ponto crítico. 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Diagrama Geral de Compressibilidade Quando P e V, ou T e v são fornecido ao invés de P e T, o diagrama geral de compressibilidade pode ainda ser usado para determinar a terceira propriedade, entretanto isso implica num processo tedioso de tentativa e erro. Com isso, é preciso definir uma propriedade reduzida adicional chamada volume específico pseudo-reduzido, VR , 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Exemplo 3-9 O Uso dos diagramas generalizados Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Exemplo 3-9 O Uso dos diagramas generalizados Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.7 Fator de Compressibilidade Exemplo 3-9 O Uso dos diagramas generalizados Dado que o projeto de um tanque para armazenar 100,0 kg de R-134a fora feito considerando a equação de gás ideal, para as condições acima, determine: a) Qual o valor da pressão absoluta que será estabelecida no tanque com o armazenamento destes 100,0 kg de R134-a na temperatura de 50,0°C? b) Quanto de massa deverá ser adicionado aos 100,0 kg de R-134-a para que a pressão absoluta seja 1,0MPa? Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Na busca por equações de estado que representam o comportamento p-v-T das substâncias com precisão em uma região maior e sem limitações, várias equações têm sido propostas, a saber: 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado: van der Waals Esta equação foi proposta em 1873 e tem duas constantes determinadas a partir do comportamento de uma substância no ponto crítico. (importância histórica!) 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado: Beattie-Bridgeman Esta equação foi proposta em 1928 e é uma equação de estado que possui 5 constantes determinadas experimentalmente. 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado: Benedict-Webb-Rubin Benedict, Webb e Rubin estenderam a Equação de Beattie-Bridgeman em 1940 elevando o número de constantes para 8. 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado: Benedict-Webb-Rubin 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Equação de Estado: Virial A equação de estado de uma substância pode também ser expressa como uma séria na forma: Essa e outras equações similares são chamadas de Equações de Estado do Virial e os coeficientes a(T), b(T), c(T) ..., que são funções apenas da temperatura, são chamados de coeficientes do Virial. Estes coeficientes podem ser determinados experimental ou teoricamente a partir da Mecânica Estatística. 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi A precisão das Equações de estado de van der Waals, de Beattie-Bridgeman e de Benedict-Webb-Rubin é ilustrada por 3.8 Outras Equações de Estado A Equação de Estado de Benedict-Webb-Rubin é a mais exata! Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Exemplo 3-10 Diferentes métodos de Avaliação da Pressão do Gás 3.8 Outras Equações de Estado Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi Básicas ÇENGEL, Y.A. & BOLES, M.A., 2007. Termodinâmica. São Paulo, SP: McGraw-Hill, 740p. Complementares BORGNAKKE, C. & SONNTAG, R.E., 2009. Fundamentos da Termodinâmica. São Paulo, SP: Edgard Blücher, 659p. MORAN, M.J. & SHAPIRO, H.N., 2009. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 800p. INCROPERA, F.P., DEWITT, D.P., BERGMAN, T.L. & LAVINE, A.S., 2008. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 643p. Bibliografia Unioeste / CECE / Foz do Iguaçu Engenharia Mecânica Termodinâmica – 2012 Prof Dr Eduardo Dechechi
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