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DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Penal Geral Professor: André Estefam Aulas: 23 e 24| Data: 28|09|15 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1.ESTADO DE NECESSIDADE 2.LEGÍTIMA DEFESA Artigo 23, parágrafo único do CP. (continuação) Excesso: é a desnecessária intensificação de uma conduta inicialmente legítima. É fundamental que a primeira conduta seja legítima. Quais são as possíveis formas de excesso: - voluntário e consciente: o individuo tem a clara percepção do excesso e exagero e ele responderão por crime doloso, perante a Lei “excesso doloso”. - involuntário e inconsciente: há um “erro”, o sujeito exagerou e não perceber. Quando se verifica que esse excesso involuntário foi cometido por uma pessoa mediana não teria cometido e ou cometido: *erro evitável = crime culposo (“excesso culposo”), ou seja, se previsto em Lei. *erro inevitável = fato atípico (“excesso exculpante”) Responsabilidade por crime culposo (culpa imprópria). Se o erro for inevitável o fato é atípico. Exemplos: 1º - a vítima age em legítima defesa = excludente de ilicitude. - fato típico, mas lícito (legitima defesa). 2º - excesso involuntário e inevitável – será um fato atípico (exclusão do dolo + culpa). **E se evitável no 2º momento da ação: crime culposo. Observação: a legítima defesa com excesso exculpante é denominada pela doutrina de legítima defesa subjetiva. 1.ESTADO DE NECESSIDADE - Artigo 24 do Código Penal. 1º requisito: perigo. Perigo consiste na probabilidade de dano (lesão) a algum bem juridicamente protegido. É necessário que se trate de um perito atual e inevitável. Atual: um perigo presente. ***NÃO CABE ESTADO DE NECESSIDADE EM UM PERIGO IMINENTE, OU SEJA, TEM QUE SER ATUAL*** Por outro lado, a doutrina diz que sim, analisando por analogia em “in bonam partem”. Inevitável: tem que ser inevitável (chave principal do problema). Observação: se por ventura existir outro modo de agir, haverá o estado de necessidade putativo (artigo 20, parágrafo 1º do CP). Página 2 de 3 - Fundamental que o sujeito haja salvando direito próprio ou um bem alheio (3º terceiros), ou seja, qualquer bem jurídico. - requisito de natureza subjetiva: conhecimento da situação justificante (“...para salvar...”). Conhecimento da situação de perigo. A Lei exige outros requisitos: 1º - Não provocação voluntária do perigo “vontade”; A palavra vontade indica o dolo. (Atenção) - Provocador do perigo – atenção e de forma voluntária. *voluntária: não há o estado de necessidade (dolo). *involuntária: há o estado de necessidade (sem dolo ou culpa). 2º - Inexigibilidade de sacrifício do bem salvo. - exige que se faça uma ponderação, ou seja, o bem jurídico salvo e o sacrificado; - quando existir um bem maior e ou relevante (vida X vida), haverá o estado de necessidade; - outra hipótese (artigo 24, parágrafo 2º do CP – causa de diminuição de 1|3 a 2|3); Classificação do Estado de Necessidade: Teoria diferenciadora – Exemplo o Código Penal Militar. - Justificante = excludente de ilicitude (bem salvo > bem sacrificado); - Exculpante = excludente de culpabilidade (bem salvo = bem sacrificado); O Código Penal adotada a Teoria Unitária. 3º - Inexistência do dever legal de enfrentar ou combater o perigo – (artigo 24, parágrafo 1º do CP). Atenção: policial em “folga”, não é obrigado ao dever legal de agir, mas, responderá administrativamente e também não se exigirá atos de heroísmo. Estado de necessidade: - Agressivo – ocorre quando o bem jurídico sacrificado pertence a um terceiro inocente. Não faz coisa julgada no cível. - Defensivo – ocorre quando o bem jurídico sacrificado pertence ao provocador do perigo. Faz coisa julgada no âmbito cível. *Em matéria penal não há “relevância”, ou seja, haverá relevância na esfera cível. ** 2.LEGÍTIMA DEFESA - Artigo 25 do Código Penal. Agressão: é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo bens juridicamente protegidos (reação legítima). CUIDADO: ataque de um animal – estado de necessidade e se o mesmo for ordenado por alguém – legitima defesa. Agressão é totalmente DIFERENTE de uma provocação, ou seja, esta reação será criminosa. Página 3 de 3 - agressão = atual e eminente. - não cabe para agressão passada e ou futura. - agressão deve ser injusta (ilícita – contrária ao direito, cuidado: não precisa ser criminosa) a ilicitude é averiguada no plano objetivo. Cabe legitima defesa recíproca R – NÃO, a legítima defesa pressupõe uma reação injusta. Salvo, se pelo menos um houver em legitima defesa putativa. LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA: é a reação contra o excesso.
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