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Administracao de Medicamentos

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
 
 
MEDICAMENTO 
 
 É um produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado. 
 
 É toda substância que ao ser introduzida no organismo humano tem uma finalidade 
definida: 
 
• PREVENTIVA OU PROFILÁTICA: Quando evita aparecimento de doenças ou 
diminui a gravidade das mesmas. Ex: vacinas 
 
• DIAGNÓSTICA: Quando auxilia no diagnóstico do que causa os sintomas, como 
também localiza a área 
afetada pela doença. Ex: contrastes 
 
• TERAPÊUTICA: É a resposta fisiológica esperada ou previsível que um fármaco 
causa. A finalidade terapêutica pode ser: 
 
a)Curativa ou específica – quando remove o agente causal da doença. Ex antibiótico 
 
b)Paliativa ou sintomática – quando alivia determinados sintomas de uma doença, entre 
eles a dor. – Ex: analgésico. 
 
c)Substitutiva – Quando repõe no organismo alguma substância que está em deficiência, 
devido a um desequilíbrio orgânico. Ex:: Insulina, Ca, K 
 
 É IMPORTANTE QUE A ENFERMEIRA SAIBA PARA QUAL FINALIDADE 
TERAPÊUTICA O MEDICAMENTO FOI PRESCRITO. 
 
 ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES 
 
DROGA: Substância ou matéria prima que tenha finalidade medicamentosa ou 
Sanitária. – o mesmo que medicamento 
 
MEDICAMENTO CONTROLADO: Substância controlada por leis federais, 
estaduais e municipais, porque seu uso abusivo pode levar à dependência. 
 
 NOME COMERCIAL DO MEDICAMENTO: É o usado pela indústria 
farmacêutica que o controla. 
 
 MEDICAMENTO GENÉRICO: Medicamento similar a um produto de referência, 
que se pretende com esse ser intercambiável. Ele usa o nome genérico, ou seja, o 
princípio ativo, que não é protegido pela marca registrada. 
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Ex: Paracetamol ( Tylenol), Dipirona Sódica ( Novalgina ). Tem uma tarja amarela com 
a letra G. 
 
 
 
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: Produto inovador lançado no mercado, 
registrado no orgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no 
país, cuja eficácia, segurança, já foram comprovados científicamente. 
 
PREPARAÇÃO MAGISTRAL: Medicamento preparado mediante manipulação em 
farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica. 
 
PSICOTRÓPICO: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica. 
 
EFEITOS COLATERAIS: São os efeitos não intencionais e secundários, porém, 
esperados de um fármaco. 
Podem ser inofensivos ou prejudiciais. 
 
EFEITO ADVERSO: São considerados como resposta grave a um medicamento. Ex: 
Um paciente torna-se comatoso ao ingerir um fármaco. 
 
EFEITO TÓXICO: Pode se desenvolver após o uso prolongado de um medicamento. 
 
REAÇÕES ALÉRGICAS: É uma reação imprevisível de uma medicação 
As reações podem ir de leve a grave, como por exemplo o choque anafilático 
(constrição do músculo brônquico, edema de faringe e laringe, chiado, encurtamento 
respiratório). 
 
RECEITA: Prescrição escrita de medicamento, contendo nome do paciente, do 
medicamento, dosagem, via de introdução, horário, quantidade a ser tomada, data, 
assinatura do médico e CRM. 
 
SUBSTÂNCIA PROSCRITA: Substância cujo consumo está proibido no Brasil. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO: É o processo de preparo e introdução de 
medicamento no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos. 
 
 
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS 
 
NATURAIS: podem ser de origem : 
 
 •animal .. as substâncias medicamentosas são extraidas de glândulas ou peçonhas de 
animais. Ex: peçonha de cobra 
 
 •vegetal .. as substâncias são obtidas das diversas partes das plantas 
 
 •minerais .. as substâncias são extraídas das fontes de minérios e empregadas sob a 
forma de elementos simples como: cloro, ferro, cálcio ou elementos compostos como 
sulfato de magnésio, bicarbonato de sódio, permanganato de potássio. 
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SINTÉTICOS: São os obtidos em laboratórios – podem também ser preparados com 
auxílio de matéria prima natural 
 
 SEMI SINTÉTICOS: Alteram-se as substâncias naturais objetivando modificar as 
características exercidas por elas. 
 
 
DOSE 
 
 É a quantidade prescrita do medicamento. 
 
DOSE MÍNIMA: É a menor quantidade da droga capaz de produzir efeito terapêutico. 
 
DOSE MÁXIMA: É a maior quantidade de uma droga, capaz de produzir efeito 
terapêutico, sem apresentar efeitos indesejáveis. 
 
DOSE DE MANUTENÇÃO: É a dose necessária para manter os níveis desejáveis de 
medicamento na corrente sangüínea e tecidos durante o tratamento. 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 
SÓLIDA: Pó, comprimido, drágeas (tem revestimento gelatinoso), óvulos, pílulas, 
supositório (semi-sólido), cápsulas (invólucro gelatinoso), pérola 
 
LÍQÜIDOS: Soluções, xarope, elixir, suspensão ( agitar antes de usar ), colírio, 
tintura,emulsão ( combinação de dois líquidos que não se misturam totalmente ), 
 
GASOSOS: Aerossol, vapores, gasosos 
 
SEMI-SÓLIDOS: Pomadas, cremes, geléia. 
 
DROGAS IRRADIANTES: Cobalto, césio, raios laser, iodo radioativo. 
 
 
INTERAÇÃO ENTRE DROGAS 
 
 
Quando um fármaco modifica a ação do outro. Um fármaco pode diminuir ou 
potencializar a ação do outro. Pode alterar a forma como um fármaco é absorvido. 
 
SINERGISMO: Quando o efeito de dois fármacos combinados é maior que quando 
dados separadamente. 
 
ANTAGONISMO: Há antagonismo entre 2 drogas quando a intensidade do efeito de 
uma é reduzida pelo efeito da outra. 
 
ABSORÇÃO DO MEDICAMENTO 
 
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A absorção do medicamento ocorre quando esse atravessa barreiras até atingir a 
circulação sanguínea.. Pode ser definida como o transporte da droga do local de 
absorção até a corrente sanguínea. 
 
São considerados fatores importantes na absorção: 
 
 
IDADE:Os idosos por terem função hepática diminuida, menos massa muscular, função 
renal diminuida – precisam de doses menores com espaços maiores para evitar 
intoxicação. 
 
RECEM- NASCIDO:tem função renal inadequada, sistema metabólico diminuido. É 
necessário que se faça 
dosagem individualizada e monitoração cuidadosa. 
 
OUTROS: inanição, cardiopatas, alteração de função renal e hepática, etc. 
 
OBSERVAÇÃO : LOCAIS COM MAIOR SUPRIMENTO SANGUÍNEO 
ABSORVEM MELHOR OS MEDICAMENTOS. OS FÁRMACOS LIPOSSOLÚVEIS 
SÃO MELHOR ABSORVIDOS. 
 
 
ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
As principais vias de eliminação dos medicamentos são: rins, pulmões, sistema 
hepatobiliar, suor, saliva, leite materno, outros. 
 
 
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA 
 
A administração prolongada e repetida de um medicamentos resulta em tolerância. Essa 
ocorre quando o organismo adapta-se à contínua presença de drogas. 
 
O termo resistência é utilizado para descrever a situação em que uma pessoa não mais 
responde satisfatóriamente a um medicamento. Ex: pode ser um antibiótico, um 
antiviral, um quimioterápico. 
 
A dependência se relaciona com uma necessidade física ou psicológica de um 
medicamento pelo paciente. 
 
REGRA DOS 5 CERTOS PARA ADMINISTRAR MEDICAMENTO 
 
- MEDICAMENTO CERTO ( compare o nome da substância 
 
 
- prescrita com o nome impresso no rótulo do frasco). 
 
 
- DOSE CERTA ( nunca altere a dosagem prescrita). 
 
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- PACIENTE CERTO ( pergunte o nome do paciente, não o induza a responder o que 
você queira). 
 
 
 
 
 
4. VIA CERTA ( a via pela qual um medicamento é administrado afeta a velocidade 
com que ele é absorvido na corrente sanguínea). 
 
- HORA CERTA ( evite alterar horário de medicamentos). 
 
- REGISTRO CERTO: O sexto certo foi acrescentado para oferecer maior segurança ao 
administrar o medicamento 
 
Esteja atento para evitar erros, assegurar que o paciente está recebendo o correto. 
Valorize os comentários do paciente. 
 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO 
 
O QUE DEVECONTER: nome do paciente, data, nome do medicamento,, dosagem,via 
de administração, 
horário de administração, assinatura do médico. 
 
TIPOS DE PRESCRIÇÃO: 
 
Única : quando o medicamento deve ser administrado uma única vez. 
 
2. Imediata: quando o paciente deve receber o medicamento imediatamente após a 
prescrição. 
 
3. Prescrição SN: permite administrar o medicamento quando o paciente necessitar dele. 
Ex: analgésicos 
 
4. Prescrição verbal ou telefônica: recomenda-se evitá-las, por ter risco de comunicação 
errônea – Se ocorrer anote no prontuário do paciente todos os detalhes da prescrição, do 
porque o médico prescreveu assim e assine. 
 
 
FATORES IMPORTANTES RELACIONADOS AS VIAS DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO 
 
- A administração oral de um medicamento é o método mais comum de prescrição de 
um fármaco, mais segura, mais econômica. 
- A administração sublingual é o método mais rápido de absorção oral, fator essencial 
no caso de determinados fármacos – ocorre isso porque a drenagem da boca dá direto 
para a veia cava superior. 
- A via subcutânea não pode ser usada quando a solução é irritante para o tecido – nessa 
via a absorção é mais lenta. 
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- A via intravenosa é mais precisa e rápida para atingir a concentração desejada do 
fármaco no sangue. 
 
 
- A via intramuscular: nessa via a absorção depende do fluxo sanguíneo no local da 
injeção. 
- Pela via inalatória a absorção é quase que instantânea para o sangue. 
- Na via tópica: mucosas: absorção imediata. Ex: anestésicos. 
 
 
A penetração do medicamento na pele íntegra é mais difícil. Somente em pele com 
abrasão ou inflamação ocorre a absorção mais fácilmente, por causa do aumento do 
fluxo sanguíneo. 
 
CUIDADOS QUE SE DEVE TOMAR AO ADMINISTRAR MEDICAMENTOS 
- Algumas substâncias podem ser alteradas pela temperatura, ar, luz, umidade. – no caso 
da luz devem ser conservadas em frascos escuros. 
- Alguns medicamentos precisam ser cobertos com folhas metálicas, para bloquear a luz 
durante a infusão. 
- Conforme exigido por lei, mantenha narcóticos e substâncias controladas em armários 
trancados. 
- Sempre observe a data de validade do medicamento e verifique o rótulo do 
medicamento pelo menos 3 vezes antes de pô-lo no copo. 
- No caso de medicamento em pó liofilizado ( que deve ser reconstituido), rotule o 
frasco com a sobra e a data/hora e concentração inicial – nunca administre um 
medicamento que não foi adequadamente rotulado depois de reconstituido. 
- Certifique-se que o paciente não tenha alergia a algum medicamento. 
- Nunca se afaste de uma bandeja de medicamento ao prepará-la. 
- Permaneça com o paciente até que ele tome todo o medicamento e nunca deixe doses 
de medicamento ao lado do leito do paciente 
- Administre apenas os medicamentos que você preparou pessoalmente. 
- Quando administrar um medicamento oral, peça ao paciente que beba um copo de 
água. 
- Registre a administração do medicamento, e possíveis reações. 
 
COMO PREPARAR AS DOSAGENS DOS MEDICAMENTOS 
 
É calcular a quantidade de medicamento a ser administrada para que o paciente receba a 
medicação na dosagem prescrita, no tempo certo. 
 
Para isso teremos muitas vezes que lançar mão do sistema de medida, pesagem e hora. 
 
Comprimento .. centímetro (cm) Volume.. litro ( l ) e mililitro ( ml ) 
 
Massa .. grama (g) 
 
Tempo .. segundo (s) 
 
Não se pode esquecer que as unidades mais usadas são: massa, volume, capacidade, 
comprimento, tempo. 
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EXEMPLO: 
 
a) Medidas de massa como o quilo – Para medidas sólidas e secas 
b) Unidades de volume como o metro cúbico e a de capacidade como o litro – Usada 
para medidas líquidas. 
c) Unidade de comprimento – é o metro 
d) Unidade de tempo – contada em segundo 
 
Frequentemente se utiliza o sistema caseiro de medidas tanto de peso como de volume. 
 
 MEDIDA CASEIRA EQUIVALÊNCIA 
 
 
 
 20 GOTAS................................................. 1ml = 1cm³ 
 
 60 gotas .................................................... 1 colher de café = 3 ml 
 
 02 colheres de chá .................................... 1 colher de sobremesa 
 
 01 colher de chá ........................................ 5 ml 
 
 01 colher de sobremesa ............................ 10 ml 
 
 01 colher de sopa ...................................... 15 ml 
 
Observação: Na medida do possível deve-se dar preferência às medidas fornecidas 
pelos laboratórios. 
 
AS UNIDADES DE MASSA MAIS USADAS NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE 
SÃO: 
 
quilograma, grama, miligrama, micrograma; 
 
1 tonelada ................................... 1000Kg .. 1000000g 
 
1 quilograma (Kg ) ..................... 1000g 
 
1 miligrama ................................. 0,001 g 
 
Ex: Para transformar 500 mg em g = 0,500 = 0,5 g ( é só andar 3 casas para a esquerda). 
 
1 hora - 60 min - 60 seg 
 
 
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DE SOLUÇÕES 
 
Dois fatores devem ser considerados para calcular a velocidade 
de gotejamento de uma solução a ser administrada: 
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- Volume total da solução a administrar 
-Total de tempo 
 
 
 
 
Utilizando a fórmula: 
 
CALCULANDO GOTAS 
 
•Calcular o total de gotas a serem administrados / minuto 
 
DADOS: 1 ml = 20 gotas 
 
 tempo: tem que ser transformado em minuto em minuto 
 
 OBSERVAÇÃO: sempre transformar o volume em gotas e as horas em 
Minuto. 
 
OUTRA FÓRMULA: Nº gotas = volume ( ml ) x 20 / hora x 60 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA 
PARENTERALADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA 
PARENTERAL 
 
TERMO PARENTERAL: Refere-se a todas as vias de administração de medicamentos, 
exceto a oral e enteral. 
 
EQUIPAMENTO USADO: 
 
1- Seringas: tem o cilindro e o êmbolo ( retira e instila o medicamento). O tamanho da 
seringa é medido em: ml, cm³, unidade. Tamanho varia de 1 a 60ml. 
 
2- Agulhas: tem vários comprimentos – vai depender da profundidade da instilação ( o 
comprimento da agulha varia de 6,3mm a 7,6cm ); As agulhas mais longas (25,4mm a 
37,9mm) são usadas para IM. 
 
CALIBRE DA AGULHA: refere-se ao seu diâmetro ou largura, quanto menor o 
número, maior o diâmetro : os mais comuns são: 5,6,7,8,9,10 mm. 
 
COMO SELECIONAR UMA SERINGA E AGULHA ADEQUADAS: 
 
. Tipo de medicamento . Volume e viscosidade da droga 
 
. Profundidade do tecido . Tamanho do paciente 21 
 
O BIZEL CURTO É PARA INJEÇÃO INTRADÉRMICA (ID), SUBCUTÂNEA (SC), 
ENDOVENOSA (EV). PARA A INTRAMUSCULAR USA BIZEL LONGO. 
 
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TAMANHOS MAIS USADOS 
 
 
 
 
- Drogas estéreis 
- Serem líquidas 
- Estarem isentas de substâncias pirogênicas 
- Os materiais para o preparo devem estar estéreis ou de preferência serem descartáveis 
- A administração tem que ser lenta. 
 
COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER 
 
- Infecção local: sinais flogísticos: edema, vermelhidão, calor local, dor – pode ter pus. 
- Infecção generalizada: microorganismos na corrente sanguínea (septicemia) 
- Má absorção da droga: formação de massa palpável ( nódulo). 
- Estresse emocional 
- Trauma tissular: injeções repetidas no mesmo local, musculatura hipotrófica, local 
impróprio, etc. 
- Fenômenos alérgicos: susceptibilidade do indivíduo ao produto. 
- Reação local: fenômeno de Arthus: reação provocada por injeções repetidas no mesmo 
local, caracterizada por infiltração, edema, hemorragia e necrose no ponto de 
inoculação. 
 
Reação geral: choque anafilático ( dilatação vascular, congestionamento da face, 
palidez, vertigem, agitação, ansiedade, tremores, cianose, edema de glote podendo 
chegar até a morte. 
 
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ORIENTAÇÕES PARA RETIRADA DO MEDICAMENTO DA AMPOLA 
- Selecione seringa e agulha 
- Quebrea ampola na direção contrária a do seu corpo ( proteja os dedos com algodão 
ou gaze. 
- Insira a agulha na ampola e aspire a medicação. 
- Proteja a agulha. 
 
ORIENTAÇÕES PARA RETIRADA DE MEDICAMENTO DE UM FRASCO 
- Retire a parte metálica que protege a tampa de borracha 
- Complete a seringa com volume de ar igual ao que será tirado do frasco e injete nele ( 
para aumentar a pressão no interior do frasco). 
- Isso facilitará a retirada do medicamento 
- Inverta o frasco, segure firme e puxe o êmbolo tirando a quantidade exata do 
medicamento. 
- Retire a agulha do frasco, já com o medicamento na seringa e a proteja. 
 
RECONSTITUIÇÃO DO MEDICAMENTO 
 
É o processo de adição de líquido, conhecido como diluente, a uma substância em pó – 
(água estéril ou soro fisiológico). Rolar o frasco entre as mãos facilita a dissolução do 
medicamento em pó, deve estar sem agulha 
 
VIAS PARA INJEÇÃO 
 
- Intradérmica (ID) : feita entre as camadas da pele. 
- Subcutânea (SC): feita sob a pele, mas acima do músculo 
- Intramuscular (IM): no interior do tecido muscular 
- Endovenosa (EV): o medicamento é instilado na veia. 
 
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INJEÇÃO INTRAMUSCULAR 
 
É a introdução do medicamento direto no músculo, devido a absorção ser mais rápida. 
 
TÉCNICA: a agulha é inserida na pele formando um ângulo de 90º, alcançando o tecido 
muscular. 
 
- Administrar até 3 ml do medicamento ( variando de 2 a 5 ml ). 
- Quadrante superior externo da região glútea ( músculo glúteo ): quadrante superior 
externo da nádegas, 
identificar bem o local para não causar danos no nervo ciático. 
- Divide a nádega em 4 quadrantes imaginários e faz no quadrante externo superior. 
 
 
 
- Região do músculo deltóide: encontra-se na face lateral da parte superior do braço. É 
o local menos usado dos para IM, poe ser pequeno. É usado em adultos. 
- TECNICA : medir 4 dedos abaixo do ombro, no meio do músculo, no sentido da 
largura. 
 
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OBSERVAÇÕES 
- É necessária habilidade e conhecimento da técnica para aplicação correta do 
medicamento. 
- Um risco da injeção IM é a penetração em um vaso sangüíneo, o que pode ser evitado 
aspirando um pouco antes de injetar a medicação. 
- Ao se fazer aplicação no glúteo observar o local de introdução da agulha por haver 
perigo de se atingir o nervo ciático. 
- Região do vastus lateralis (face ântero-lateral da coxa): Encontra-se no interior da 
parte externa da coxa, no músculo que dá nome ao local. Grandes enervações e vasos 
sangüíneos estão ausentes nessa área, o que garante maior segurança. Local preferido 
para administrar injeções em crianças, pessoas magras, etc... 
- A região é encontrada colocando-se uma mão abaixo do trocanter maior, na parte 
superior da coxa. A agulha é inserida na área lateral da coxa. (distancia de 12 a 15cm 
abaixo do trocanter maior e, interiomente com a distancia de 9 a 12cm acima do joelho). 
 
 
 
 
TÉCNICA DA INJEÇÃO IM 
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- Bandeja contendo; algodão embebido em álcool, recipiente para desprezar o material 
sujo, medicamento prescrito. 
- Método: conferir nome do paciente, medicação, dosagem, vias de administração e 
horário. 
- Lavar as mãos. 
- Preparar o medicamento: agitar a ampola, limpar o gargalo, montar seringa com 
agulha. 
- Aspirar medicamento. 
- Explicar o procedimento ao paciente, colocando-o na posição certa. 
- Anti-sepsia do local. 
- Segurar firmemente o músculo com a mão esquerda, introduzir a agulha usando um 
ângulo de 90º. 
- Faça medicação, retire a agulha, fazendo leve compressão e massagem no local. 
- Checar a medicação. 
 
 
 
 
 
 
INJEÇÃO INTRADÉRMICA – ID 
 
• Introdução de pequena quantidade de líquido na camada dérmica. 
• Normalmente usadas com propósitos diagnósticos. (testes de alergia) 
• São usados pequenos volumes, no máximo 0,05 ml injetados. 
• Os locais mais indicados são a face interna do antebraço, e região escapular. 
• equipamento é uma seringa de no máximo de 1ml e calibrada em 0,01 ml, com agulha 
de calibre 13 x 4,5 
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– seringa de tuberculina é a usada. – o medicamento tem que ser feito em pequena 
profundidade. 
• Técnica: limpe a área com algodão embebido em alcool, deixe a pele secar (para evitar 
irritação), segure o braço e estique a pele ( ajuda na penetração da agulha ). Segure a 
seringa quase paralela à pele ( ângulo de 10º a 15º, com o bisel apontado para cima, 
inserir a agulha. 
• Não massageie a área após a injeção. 
 
 
 
 
INJEÇÃO SUBCUTÂNEA 
 
• É a administração do medicamento no tecido subcutâneo. 
• medicamento instilado entre a pele e o músculo é absorvido mais lentamente que nas 
injeções IM. 
• volume é em geral de até 1 ml. 
• A via costuma ser usada para a administração de insulina e de heparina.- no caso da 
heparina se fizer lentamente pode causar menos desconforto. 
• Os locais mais usados são parte superior do braço, coxa, abdomen, costas. 
• material usado é uma seringa para insulina, com agulha calibre 13 x 4,5, bolas de 
algodão umedecidas em álcool, lavar as mãos, explicar o que vai ser feito - 
• Técnica: em uma pessoa de peso médio usa-se um ângulo de 90º; aspirar, injetar a 
medicação, retirar a agulha; nas aplicações de insulina não fazer massagem, anotar a 
medicação feita, guardar o frasco de insulina na geladeira. Em pessoas mais obesas usar 
ângulo de 45º. 
 
 
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ADMINISTRANDO INSULINA 
 
A insulina é um hormônio administrado por injeção subcutânea. Uma seringa de 
insulina comporta um volume até 1 ml, mas é calibrada em unidades. 
 
Os pacientes que necessitam de insulina recebem uma ou mais injeções diária. 
 
ADMINISTRANDO HEPARINA 
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A heparina é uma droga anticoagulante, podendo ser feita por via SC ou EV, conforme 
prescriçao médica. 
 
São usadas seringas de tuberculina pelo fato da dosagem ser pequena. 
 
A agulha deve ser trocada após ser usada para retirar a dosagem de um frasco com dose 
múltipla, devendo ser distribuida por outra para administração. 
Fazer rotatividade no local das injeções – colocar compressa gelada no local da injeção 
para fazer vasoconstrição. O êmbolo não deve ser aspirado uma vez a agulha no local. – 
massagens locais são contra indicadas. 
 
MEDICAÇÃO ENDOVENOSA 
 
CONCEITO: É a administração de medicação através de um acesso venoso, feito 
através de venopunção. As vias podem ser periféricas (feita por enfermeiros) ou 
centrais. 
 
MOTIVO DA ESCOLHA DA VIA: 
• Necessidade de reação rápida numa emergência; 
• Quando a doença afetar a absorção ou o metabolismo do medicamento (ex.: paciente 
com queimadura grave.); 
• Evitar desconforto das outras vias de injeção; 
• Quando a droga precisa ser mantida num nível terapêutico; 
• Quando a terapia medicamentosa for prolongada. 
 
CATÉTER PARA VENOPUNÇÃO: 
 
• Existem vários tipos para serem utilizados. 
• Os cateteres podem ser adquiridos em diversos diâmetros ou calibres. 
• Quanto maior o número do calibre, menor o diâmetro. 
• O diâmetro deve ser sempre menor do que a veia, onde vai ser inserido. 
•Material também usado: luvas, garrote, algodão com solução anti-séptica, fita adesiva 
para prender a agulha. 
• As veias da mão e do antebraço são as mais usadas para venopulção, as do couro 
cabeludo são utilizadas no caso de bebês e crianças pequenas. 
 
 
 
 
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PUNCIONANDO A VEIA 
 
- Examine os locais para punção 
- Trazer o material que será usado: fita adesiva, cateter, butterfly ( escalpe) algodão com 
solução anti-séptica. 
- Colocar o paciente de forma adequada e confortável. 
- Lavar as mãos. 
- Aplique o garrote 5 a 10 cm acima da veia a ser utilizada, isso distenderá a veia. 
- Faça anti-sepsia e espere secar. 
- Ponhaluvas 
- Posicione o cateter de venopunção com o bisel para cima a um ângulo de 45º e 
puncione. 
- No caso de abocath, espere aparecer o sangue e acabe de inserir a agulha. 
- Solte o garrote e conecte o equipo, prendendo o cateter com agulha 
 
 
 
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TIPOS DE INFUSÃO 
 
INFUSÃO CONTÍNUA: 
É a instilada durante várias horas – método também chamado de gotejamento contínuo. 
 
INFUSÃO INTERMITENTE: 
É aquela em que a medicação EV é dada em um intervalo de tempo curto. Pode ser 
feita: 
•Em BOLUS: o termo refere-se a uma substância que é dada toda de uma vez. É aquela 
em que um medicamento não diluido é dado todo pela veia – o termo IMPULSO é 
utilizado para descrever uma administração em bolus – a administração é feita através 
de um orifício de entrada em um equipo já existente. 
 
•INFUSÃO SECUNDÁRIA: envolve a administração de uma droga que foi diluida em 
um volume pequeno de solução ( 50 a 100 ml – durante 30 a 60 min ). 
 
 
CATETER VENOSO CENTRAL 
 
É um dispositivo de acesso venoso que vai até a veia cava ou o átrio direito. 
 
É usado quando: o medicamento vai ser usado a longo prazo, quando a medicação EV 
está irritando as veias periféricas, quando a inserção do cateter periférico está difícil. 
 
O CATETER pode ter um único ou múltiplos lúmens: cada um infunde através de canal 
separado e sai do cateter em um local diferente. As medicações não interagem uma com 
as outras. Um lúmen não utilizado pode ser fechado e mantido desobstruido através de 
irrigação programada com solução salina ou heparina. 
 
 
 
 
 
MEDICAMENTOS VIA ORAL 
 
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• As drogas podem ser deglutidas ou instiladas numa sonda. 
• Os medicamentos são absorvidos pelo trato gastrointestinal. 
• Os medicamentos podem estar em forma líquida ou sólida. 
• medicamento pode estar revestido por uma substância que sómente dissolve depois de 
passar pelo estômago (não mastigar, triturar, não cortar). 
• medicamento também pode ser dado sublingual. 
• A administração deve ter um horário pré-determinado ( ex: 4 vezes por dia- 8 12 16 
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• Planeje administrar o medicamento dentro de meia a uma hora no horário programado. 
• Faça o preparo seguro da droga. 
 
TÉCNICA 
 
• Lave as mãos 
• Leia e compare o rótulo do medicamento com a prescrição ( 3 vezes), para garantir o 
medicamento certo. 
• Confira a prescrição da dosagem 
• Evite tocar no medicamento. 
• Derrame o líquido do lado contrário ao rótulo. 
• Coloque a medida exata. 
• Coloque o paciente sentado ( facilita a deglutição) 
• Identifique o paciente antes de dar o medicamento (paciente certo) 
• Coloque água num copo e ofereça (antes e depois) 
• Ingerir o medicamento um de cada vez ( evitar asfixia ) 
• Permaneça com o paciente até o medicamento ser deglutido) 
• Recoloque o paciente em posição de conforto 
• Anote a medicação dada 
• Avalie a reação do paciente 
• medicamento sempre deve ser trazido até o leito 
• Dê a droga apenas que você preparar 
• Não deixar o remédio no quarto. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR SONDA ENTERAL 
 
ORIENTAÇÕES: 
 
• Usar medicação líquida (para não obstruir a sonda ) 
• Adicione de 15 a 60 ml aos medicamentos mais espessos (facilita administração) 
• Misture cada droga em separado com um mínimo de 10 a 30 ml de água. 
• Use água morna ao misturar drogas em pó ( facilita diluição ) 
• Fure a extremidade de uma cápsula gelatinosa e aperte ou aspire com agulha e seringa 
• Triture os comprimidos ( facilita a absorção ) 
• Interrompa a alimentação via sonda durante 15-30 min antes da administração de 
medicação e após a mesma ( facilita a ação terapêutica da droga ) 
• Lave as mãos antes do procedimento 
• Prepare cada medicamento separadamente. 
• Coloque o paciente em fowler ( evita o refluxo gástrico ) 
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• Ponha luvas ( evitar contato com secreções ) 
• Adapte a seringa e instilar 15 a 30 ml por gravidade ( enxaguar a sonda antes da 
medicação. 
• Evite instilar ar 
• Aplique suave pressão com o êmbolo da seringa se o medicamento não fluir com 
facilidade 
• Entre cada medicação injetar 5 ml de água ( evitar interação das drogas ) 
• Injetar 30 ml de água após todas as drogas terem sido injetadas. 
• Feche a sonda por 30 min e mantenha a cabeceira da cama elevada ( evitar refluxo do 
medicamento ) 
• Observe o abdome após administração, presença de naúseas e vômito ) 
 
MEDICAÇÃO TÓPICA 
 
1- Os medicamentos são aplicados na pele ou na mucosa 
 
2- As drogas podem ser aplicadas interna ou externamente 
 
3- O efeito pode se local ou sistêmico 
 
VIAS COMUNS DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA 
 
 
 
APLICAÇÕES CUTÂNEAS: 
 
 
 22 
 
São aquelas que as drogas são friccionadas na pele ou colocadas em contato com ela 
Exemplo: pomadas emplastros unguentos 
 
APLICAÇÃO DE UM UNGUENTO: 
 
Unguento é um medicamento incorporado a um agente transportador, podendo ser uma 
pomada, óleo, loção ou creme, e passado na pele. 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO: 
 
•Lave as mãos 
•Ponha luvas ( caso sua pele ou do paciente não estejam íntegras ). 
•Limpe a área de aplicação com água e sabão (promover absorção ) 
•Aqueça o unguento caso ele venha a ser aplicado em área sensível ( promove conforto) 
•Agite o conteúdo de unguentos líquidos ( facilitar mistura ) 
•Aplique na pele com a ponta dos dedos, com uma bola de algodão ou gaze 
•Friccione na pele 
•Aplique calor local na área , se desejado ( facilita absorção ) 
 
APLICAÇÕES INTRADÉRMICAS: 
 
1- método de aplicação de uma droga sobre a pele 
2- a droga será absorvida passivamente 
3- a droga migra através da pele e chega à corrente sanguínea 
 
EXEMPLO: 
 
a)pomadas: 
São aplicadas e não esfregadas 
São passadas com papel ou aplicador de madeira 
Não se deve tocar com os dedos ( reduz o efeito da droga ) 
O papel é fixado 
Variar os locais de aplicação 
 
 APLICAÇÕES OFTÁLMICAS 
 
1- É a aplicação de medicamento sobre a membrana da mucosa dos olhos ( conjuntiva ) 
2- Pode ser em gotas ou pomadas 
3- Pedir ao paciente para piscar os olhos em vez de esfregar para distribuir o 
medicamento 
4- Posicione o paciente com a cabeça inclinada para trás e para o lado do olho que será 
Colocado o medicamento 
5- Limpe os olhos antes de medicar 
6- Instile as gotas na conjuntiva ou um faixa de pomada na pálpebra inferior. 
 
APLICAÇÕES AUDITIVAS 
 
 1- O medicamento é instilado na porção externa do ouvido. 
2- Após a aplicação permanecer um pouco na posição 
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3- Colocar uma bola de algodão, sem apertar, na orelha 
 
 
APLICAÇÕES NASAIS 
•Os medicamentos são aplicados em gotas ou spray no interior do nariz 
•Os sprays se usados com muita frequência podem edemaciar a mucosa do nariz 
•Coloque o paciente sentado com a cabeça inclinada para trás 
•Oriente para respirar pela boca, enquanto as gotas são instiladas 
•Se for em spray, colocar a extremidade do recipiente dentro da narina, ocluindo a 
narina oposta, orientando para que aspire enquanto o medicamento é apertado 
•Repita o mesmo procedimento na narina oposta 
•Permanecer na posição por 5 min 
 
VIA INALANTE 
 
Os inaladores são dispositivos manuais para administrar medicamentos nas vias 
respiratórias. 
Cada vez que o recipiente de medida é comprimido, libera uma dosagem calculada da 
droga em aerossol. 
Não engolir o medicamento 
Enxaguar o inalador após uso 
 
VIA VAGINAL 
 
• Introdução na vagina de líquidos ou medicamentos 
• Lavagem vaginal: indicada para drenar secreções vaginais anormais 
• Aplicação de pomadas: feita com aplicador próprio, lubrificar a ponta do aplicador 
com vaselina 
• Nos procedimentos calçar luvas, colocar a paciente em posição ginecológica,fazer 
higiene íntima antes 
• Após aplicar pomadas deixar em decúbito dorsal por 15 minutos 
 
APLICAÇÃO DE CALOR 
 
Consiste na aplicação de calor sobre a pele: 
 
• Calor seco por meio de bolsa de água quente, bolsas elétricas, raios infravermelhos. 
• Calor úmido: Por meio de compressas quentes 
 
FINALIDADE DA APLICAÇÃO 
 
• Relaxar a musculatura 
• Aquecer o paciente 
• Aumentar a circulação no local da aplicação 
• Aliviar a dor 
 
CONTRA-INDICAÇÃO 
 
• Hemorragias 
• Lesões abertas e feridas cirúrgicas 
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• Fenômenos tromboembolíticos nos membros inferiores 
• Hemofilia ou fragilidade capilar 
 
 
BOLSA DE ÁGUA QUENTE 
 
Material: Bolsa de borracha, fronha ou toalha. 
 
Técnica: Por água quente na bolsa, colocar em superfície plana e expelir pelo gargalo o 
excesso de ar e água, fechar a rolha, secar a bolsa, colocá-la dentro da fonha, aplicar na 
região indicada 
 
COMPRESSAS QUENTES : PODEM ALIVIAR A DOR 
 
Material: Compressas, bacia com água quente, toalha impermeável. 
 
Técnica: Forrar a cama com o impermeável e a toalha, colocar as compressas dentro da 
água quente e torcê-las, colocar compressa na região indicada, repetir procedimento por 
15min., secar a região e envolver com toalha ao terminar as aplicações, observar 
temperatura da água para não provocar queimaduras. 
 
APLICAÇÕES FRIAS : PODE ALIVIAR A DOR 
 
É a aplicação de frio sob a forma de: 
 
- Frio seco: bolsa de gelo 
- Frio úmido: compressas úmidas 
 
 
FINALIDADE DA APLICAÇÃO: 
 
- diminuir hipertermia 
- Diminuir dor 
- Estancar hemorragia 
- Diminuir processos inflamatórios 
- Diminuir dor e edema nas luxações ou contusões 
 
CONTRA INDICAÇÕES 
 
- Paciente com estase circulatória 
- Paciente desnutrido 
 
 
BOLSA DE GELO 
 
Material: Bolsa de gelo, fronha e cuba com pedras de gelo 
 
Procedimento: 
 
• Encher a bolsa com pedaços de gelo até a metade; 
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• Retirar o ar e fechar 
• Colocar a bolsa numa fronha 
• Aplicar num local indicado 
• Deixar o tempo necessário, renovando quando o gelo derreter 
 
COMPRESSAS FRIAS 
 
Material: Bacia com água gelada ou gelo, compressas, toalhas. 
 
Procedimento: 
 
• Forrar a cama e o local da aplicação com uma toalha 
• Molhar as compressas, torcê-las 
• Retirar a toalha e aplicar compressas frias 
• Preparar outra compressa para substituir a que está no paciente 
• Ao final, enxugar o local com a toalha 
• Observar sinais de isquemia e necrose nas aplicações demoradas 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
• Ao usar qualquer forma de compressa (quente ou fria) é importante checar a 
temperatura 
• Não aplicar calor ou frio diretamente à pele 
 
 Aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias são eficazes no alívio da dor 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS E ATENÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO E PREPARO DE 
MEDICAMENTOS 
 
 
1- A DOSAGEM CERTA 
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Os medicamentos devem ser administrados na dose exata prescrita pelo médico, pois ao 
prescrever a dose levou-se em consideração os fatores abaixo: 
 
•Peso 
•Idade 
•Sexo 
•Via de administração patologia 
Aproximar as dosagens é prática perigosa, errar cálculos pode gerar graves problemas. 
 
 
2- TERMOS IMPORTANTES 
 
POSOLOGIA: é o estudo da dosagem ou um sistema de dosagem. 
 
DOSE LETAL: é a dose que mata 
 
SOLUÇÕES: são misturas compreendidas por um SOLVENTE ( liquido no qual uma 
substância é dissolvida) e um SOLUTO (substância que se coloca num solvente) 
 
 
3- AS DROGAS DE USO PARENTERAL 
 
 
•O medicamento em forma sólida (pó liofilizado), após diluição, geralmente aumenta de 
volume, portanto, depois de dissolvido se não tiver certeza do volume atual aspirar o 
conteúdo para saber o volume. 
•Nos frascos ou nas bulas de medicação na maioria das vezes vem escrito quantas 
miligramas de soluto tem por solvente. – já vem com o volume a ser diluído definido. 
•Ao fazermos os cálculos de medicação devemos sempre trabalhar com as mesmas 
unidades de medida. 
•Se ao diluir der número decimal acrescente diluente até dar número exato, exceto se 
ocorrer algum problema. 
 
EXEMPLO 
 
Administrar 0,25 g de Oxalacina (antibiótico) EV. 
 
Quando vocês tiverem contato com o frasco verão que ele contém 500 mg do produto. 
 
1- converter gramas em miligramas 
 
0,25g = 250 mg 
 
2- dissolver o soluto do vidro em X de diluente, como por exemplo, em 5 ml. 
 
3- fazer a conta assim: 500 mg – 5 ml X = 250 X 5 / 500 = 2,5 ml 
250 mg - X 
 
Resposta: será administrada então 2,5 ml de oxalacina, o que corresponde a 250 mg 
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4- CÁLCULO DE GOTEJAMENTO 
 
 É importante saber fazer cálculos de gotejamento corretos e o controle do volume 
infundido. 
 
 5- MODELO DE RÓTULO PARA COLOCAR NO SORO 
 
OXIGENOTERAPIA 
 
É uma intervenção terapêutica, através da administração de oxigênio, visando melhorar 
a oxigenação das células. 
 
A terapia requer: 
 
•Uma fonte de oxigênio 
•Um fluxômetro ( regula a quantidade de oxigênio oferecida ao paciente) 
•Umidificador ( o oxigênio resseca as mucosas por isso na maioria das vezes é oferecido 
umidificado 
 
 
 
Método de administração de oxigênio mais usados 
 
1-Cateter nasal : simples , tipo óculos 
. Usado para administrar concentrações baixas de O2 ( mais de 4l resseca a mucosa). 
.É de fácil aplicação 
2- Máscara de venturi: método mais seguro e exato para liberar concentração necessária 
de oxigênio. 
 
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Considerações importantes: 
 
•O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente. 
•Ele alimenta a combustão 
•A gasometria ( determinação laboratorial dos gases arteriais), é a forma de averiguar a 
necessidade e a eficácia da oxigenoterapia. 
 
OXIMETRIA: ( aparelho oxímetro, fixado em alguma parte do corpo: dedo, orelha) 
.mede a saturação de O2 do sangue 
. Uma medida inferior a 90% é preocupante 
. Se permanecer abaixo de 70% exige terapia 
. Explique o procedimento ao paciente. 
. O tremor do paciente pode interferir na medida 
. O sensor é conectado a um microprocessador. 
 
 HIPÓXIA: concentração de oxigênio insuficiente a nível celular 
 
HIPOXEMIA: concentração de oxigênio insuficiente no sangue arterial 
 
SINAIS DE MÁ OXIGENAÇÃO 
 
taquipnea, taquicardia. Inquietação, confusão mental, prostração, convulsão, podendo 
ocorrer até parada respiratória .

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