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1 GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIA ������ ��� ���� �� ������� ������ � ����������������� �������������� ���� ����� ������� ��������� ������ ��������� ����������� � - Adolescência: 10 a 19 anos (WHO,1986). - Já foi considerada o período ideal para ter filhos (Heilborn, ML, 1998). - Adolescer: Crescer para a Vida Fatores Associados à Ocorrência de Gravidez na Adolescência Relações de Gênero: Sexualidade e Reprodução Gravidez na Adolescência. Gênero e Sexualidade: Estudo multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil Heilborn, M.L., Aquino, E.M.L., Bozon, M. e D. R. Knauth (2006) GRAVAD � Pesquisa quantitativa e qualitativa � Rio de Janeiro, Bahia, Porto Alegre. � 1999-2006; � 4.634 jovens de ambos os sexos de 18 a 24 anos; � eventos e processos vividos pelos jovens relacionados à sexualidade e aos vínculos afetivos; � ocorrência ou não de gravidez e/ou aborto; � vivência da maternidade e paternidade. RESULTADOSRESULTADOSRESULTADOSRESULTADOS Iniciação sexualIniciação sexualIniciação sexualIniciação sexual � Rapazes - idade mediana em torno de 16,2 anos (não se altera segundo variáveis sociais: escolaridade, renda, religião e cor/raça) � Moças: idade mediana em torno de 17,9, sendo que as de camadas populares ingressam na vida sexual mais cedo. 2 Gravidez na adolescênciaGravidez na adolescênciaGravidez na adolescênciaGravidez na adolescência � 29,6% das mulheres e 21,4% dos homens relatam pelo menos um episódio reprodutivo, antes dos 20 anos. � Foi observada associação entre a maior precocidade reprodutiva com os menores níveis de escolaridade e de renda, tanto para homens quanto para mulheres. � ser mãe ou pai é estratégia de reconhecimento social e de passagem para a vida adulta. � formar uma família é mais importante do que outros valores, como, o investimento prioritário em uma carreira escolar. AbortoAbortoAbortoAborto � 15,5% das moças: desejo de provocar um aborto (ou mesmo de tentar fazê-lo -11,2%), � 20% dos rapazes: desejavam que suas parceiras fizessem um aborto. Aspectos Epidemiológicos � 1 em cada 5 partos, é de gestante adolescente (IBGE, 2006; Datasus, 2012). � 20,7% de nascidos vivos de gestantes adolescentes em 2005 � 20,5% em 2006 � 19,3% em 2010 (MS, SINASC) � Pará: 27,2%; Acre: 26,8% e DFÇ 13,45% � Em 2005: 16% dos óbitos maternos � Terceira causa de morte entre as adolescentes no Brasil. Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos" O estudo anual "Situação da População Mundial“*, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), revelou que, nos países em desenvolvimento: � 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem por causa de complicações da gravidez ou parto, todos os dias. � Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, das quais 2 milhões são menores de 15 anos. O estudo estima um aumento para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for mantida. * "Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência" divulgado em 30/10/2013 3 � O estudo destaca ainda as consequências da maternidade precoce e não planejada para "a saúdesaúdesaúdesaúde, educação, emprego e direitos de milhões de meninas em todo o mundo, o que pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial". Uma das consequências da gravidez na adolescência apontadas pelo relatório é a taxa de abortos inseguros realizados anualmente em países em desenvolvimento: até 3,2 milhões, envolvendo jovens de 15 a 19 anos. � Só os Estados Unidos gastam anualmenteUS$ 11 bilhões com filhos de pais adolescentes", Fonte: Fundo de População das Nações Unidas, 2013 1-MS/PCAP 2008. 2- MS/Sinasc. Ver: Brasil/MS, 2012. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. Brasília: MS/SVS. 3- MS/Sinasc. Ver: UNICEF, 2011. Situação da Adolescência Brasileira 2011. O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades. Brasília: UNICEF. 4-CEPAL. Ver: Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e o Caribe, 2012. Informe Anual. Santiago do Chile: CEPAL 5-Ver, entre outros: IBGE/Síntese dos Indicadores Sociais 2012. � De 2003 a 2011 houve redução de 11,3% nos nascimentos de crianças filhas de mães de 15 a 19 anos. � Em 2011: de cada 100 partos, 17,7 eram de adolescentes de 15 a 19 anos. � A maior proporção de nascimentos se concentra na faixa etária de 20 a 24 anos (25,6%), seguida de 25 a 29 anos (25,4%). Estatisticas do Registro Civil do IBGE. In: Estado de Minas, 18/12/2012 � Segundo dados da OPAS, a América Latina registra anualmente 54 mil nascimentos com mães menores de 15 anos e 2 milhões com idades entre 15 e 19 anos. � Se em 1999, as gestações entre jovens com idade entre 15 e 19 anos representavam 20,8% do total nacional, em 2009 passaram a corresponder a 18,98%. � Entre as mulheres com menos de 7 anos de estudo, o grupo etário de 15 a 19 anos concentrava 20,3% das mães, enquanto entre as mulheres com 8 anos ou mais de estudo, a mesma faixa etária respondia por 13,3% da fecundidade. Fonte: http://www.fundabrinq.org.br Fonte: http://www.ibge.gov.br Fonte: http://portal.saude.gov.br PET-Saúde /Vigilância em Saúde UFOP/SMS/SME “Prevenção de gravidez na adolescência e DST: intervenção nas escolas públicas do município de Ouro Preto, MG” 4 Gravidez na Adolescência UMA GRAVIDEZ DE RISCO ??? Link de filme gravidez na adolescência http://www.youtube.com/watch?v=KaVDBiZ-bdM Simultaneidade de Processos Gestação de Alto RiscoGestação de Alto RiscoGestação de Alto RiscoGestação de Alto Risco Vulnerabilidade Vulnerabilidade Vulnerabilidade Vulnerabilidade GestacionalGestacionalGestacionalGestacional Biológicos Psicossociais Aspectos Biológicos Gestação e Adolescência � Superposição de dois processos biológicos alta demanda energética e de nutrientes � Gestantes ≤14 anos ou Id Ginecológica < 2 anos: maior risco. Aspectos Biológicos � Aquisição de 15 a 25% de estatura e acúmulo de 37% da massa óssea adulta; � Estirão de crescimento: 10 a 14 anos � Crescimento físico e maturação sexual: 4 anos pós-menarca; � Imaturidade biológica; Aspectos Nutricionais � DÉFICIT (podendo chegar ao transtorno alimentar); � SOBREPESO/OBESIDADE; � Carências nutricionais: alta demanda nutricional; � Pobre padrão alimentar; Barros, D CBarros, D CBarros, D CBarros, D C. (2009200920092009). � quanto mais jovem é a gestante, a situação de ganho de peso é pior, com tendência para a maior proporção de sobrepeso. � jovens que iniciaram a gestação com diagnóstico de sobrepeso e obesidade tiveram um ganho de peso excessivo. *BARROS, Denise Cavalcante, Tese de doutorado, ENSP/Fiocruz,2009 5 Proporção (%) de Proporção (%) de Proporção (%) de Proporção (%) de nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao nascernascernascernascer segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Pessoas próximas como modelos sociais Uso de drogas lícitas e ilícitas Adiantamento da menarca Baixa escolaridade e pouca informação Limitado acesso a serviços de saúde Conflitos familiares Desejo de afirmação, independên- cia ASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAIS Pobreza, exclusão Rebeldia Repercussões Maternas e Fetais da gravidez na adolescência 6 Repercussões Maternas PsicossociaisPsicossociaisPsicossociaisPsicossociais � Maior (in)dependência; � Exclusão social; � Escolaridade incompleta � Limitação das oportunidades de trabalho e ascensão � Conflitos familiares; BioBioBioBio----fisiológicas fisiológicas fisiológicas fisiológicas � Prejuízo do ganho estatural; � SHG; � Anemia; � Parto prematuro; � Parto cesáreo e fórceps; � Abortos e agravos; � Mortalidade; Repercussões da Gravidez na Adolescência Para o conceptoPara o conceptoPara o conceptoPara o concepto � BPN (peso < 2.500 g); � CIUR; � Prematuridade (IG ao nascer < 37 sem); � Baixo índice de APGAR; � Morbidade e mortalidade perinatal; � Mortalidade infantil; � Anomalias congênitas; � Distúrbios neurológicos e de comportamento; ÍNDICE DE APGAR Pontos 0 1 2 Freq. Cardíaca Ausente < 100 bpm > 100 bpm Freq. Respiratória Ausente Fraca/irregular Forte/Choro Tônus Muscular Flácido Flexão de pernas e braços Movimento ativo/Boa flexão Irritabilidade reflexa Ausente Algum movimento Espirro/choro Cor da pele Cianótico/Pá lido Cianose de extremidade Rosado 8 a 10: sem asfixia; 5 a 7: asfixia leve; 3 a 4: asfixia moderada; 0 a 2: asfixia grave � Chen et al., (2007): 3,9 milhões de gestantes < 25 anos nos EUA - o grupo de 10 a 15 anos apresentou maior risco para prematuridade, BPN, PIG, baixo índice APGAR e mortalidade neonatal. Fonte: Chen et al. (2007) J. Epidemiol, 36:368-73. � Em geral, as taxas de mortalidade infantil de filhos de adolescentes menores de 16 anos é 6 x maior que de filhos de mães de outros grupos etários. � Filhos de mães adolescentes apresentam risco maior de abuso físico e maus tratos. � Gestantes adolescentes da raça negra dão a luz a RN com menor peso ao nascer. BPN de filhos de mães adolescentes Inserção socioeconômica Fatores psicossociais Antecedentes gestacionais de risco Exposição ao fumo e drogas Pobre padrão alimentar Cuidados inadequados de pré-natal Abusos físicos e psíquicos Idade Materna 7 Gestantes Adolescentes Intervenção nutricional precoce e contínua para minimizar os riscos. Pré-Natal de Alto Risco � Pré-natal da gestante adolescente � Protocolo de assistência semelhante ao da gestante adulta, com ênfase na assistência nutricional e psicológica. Diagnóstico Nutricional de Gestantes Adolescentes Avaliação Nutricional � Avaliação psicosociodemográfica e médica; � Avaliação clínica; � Avaliação de exames laboratoriais; � Avaliação antropométrica; � Avaliação funcional; � Avaliação dietética Avaliação Nutricional Antropométrica � Peso pré-gravídico (2 meses antes da concepção ou até a 13ª semana gestacional) � Estatura (em todas as consultas) � Peso atual 1ª consulta Avaliação nutricional da gestante adolescente por meio da antropometria PPG ESTATURA PESO ATUAL IMC ATUAL TABELA E CURVA DE ATALAH IMC PRÉ-GESTACIONAL Classificar pela TABELA DE IMC da WHO, 2007 (Z-escore) GANHO DE PESO SEMANAL E TOTAL 8 Tabela de IMC para adolescentes (WHO, 2007) Tabela 1 Classificação do estado nutricional de adolescentes do sexo feminino segundo o IMC pré-gestacional Percentil Escore-Z Diagnóstico Nutricional < 3< 3< 3< 3 < < < < ----2222 Baixo Peso ≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85 ≥ ≥ ≥ ≥ ----2 e < +12 e < +12 e < +12 e < +1 Eutrofia ≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97 ≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2 Sobrepeso ≥ 97≥ 97≥ 97≥ 97 ≥ + 2≥ + 2≥ + 2≥ + 2 Obesidade Fonte: Adaptado Brasil, MS (2008). Tabela 2 Tabela 3 - Recomendação de ganho de peso (Kg) para a gestante adolescente segundo o estado nutricional inicial Estado Estado Estado Estado nutricional nutricional nutricional nutricional IMCIMCIMCIMC Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de PesoPesoPesoPeso 1º Tri1º Tri1º Tri1º Tri Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de peso peso peso peso semanalsemanalsemanalsemanal 2º e 3º Trim2º e 3º Trim2º e 3º Trim2º e 3º Trim Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de peso total na peso total na peso total na peso total na gestaçãogestaçãogestaçãogestação Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de peso peso peso peso mínimo*mínimo*mínimo*mínimo* Baixo PesoBaixo PesoBaixo PesoBaixo Peso 2,32,32,32,3 0,50,50,50,5 12,5-18,0 ND Adequado 1,61,61,61,6 0,40,40,40,4 11,5-16,0 1,0 SobrepesoSobrepesoSobrepesoSobrepeso 0,90,90,90,9 0,30,30,30,3 7,0 – 11,5 ND ObesidadeObesidadeObesidadeObesidade ---- 0,30,30,30,3 7,0 – 9,1 0,5 Fonte: IOM, 1990; MS, 2006; WHO, 1995. *: ganho mínimo caso a gestante já tenha atingido o ganho de peso total, mas ainda se encontra no 2º trimestre IMPORTANTE: � Se a gestante não souber o peso pré- gravídico de 2 meses antes da gestação e só compareceu à consulta após a 13ª semana gestacional, calcular o IMCIMCIMCIMC atualatualatualatual e classificar o estado nutricional segundo AtalahAtalahAtalahAtalah. Depois, consultar o quadro de ganho de peso, segundo o estado nutricional obtido Avaliação do estado nutricional pré-gestacional � Calcular o IMC pré-gestacional considerando: � Peso pré-gestacional � Peso de 2 meses anteriores à concepção; � Peso aferido até a 13a semana gestacional; � Consultar a Tabela de Z-escore de IMC por idade (Tabela 1) da WHO-2007. � Verificar em qual faixa de Z-escore o IMC pré- gestacional se enquadra. � Classificar o estado nutricional pré-gravídico segundo Tabela adotada pelo MS, 2008 (Tabela 2). � Utilizar a Tabela 3 para calcular o ganho se peso semanal e total. Avaliação do estado nutricional atual � Calcular o IMC atual � Consultar a Tabela de Atalah, segundo a idade gestacional e IMC atual. 9 � Não há um método de avaliação do estado nutricional específico para gestantes adolescentes. � Para aquelas com idade ginecológica menor que 2: normalmente são classificadas como baixo peso. � IMPORTANTE: observar o traçado da curva. � Reforçar as orientações nutricionais e aumentar o número de consultas. � Gestantes adolescentes com estatura <1,47 m: limite mínimo de ganho de peso. � Ganho inferior a 300 g/sem está relacionado com parto prematuro em gestantes obesas. � Observar o ganho mínimo de peso caso a gestante já tenha atingido o ganho de peso total, mas ainda se encontra no 2º trimestre. Segunda consulta e subsequentes � Aferir novamente a estatura; � Calcular a idade gestacional; � Calcular o IMC gestacional atual; � Classificar o estado nutricional da gestante, por meio da Tabela de IMC por idade gestacional (Atalah, 1997) � Registrar no gráfico o valor de IMC; � Avaliar a curva de ganho de peso; Avaliação Dietética Métodos de Avaliação � Recordatório de 24 h; � Questionário de Frequência Alimentar Semi-Quantitativo; � Registro alimentar de 72 h. 10 Aspectos da nutrição das gestantes adolescentes � Baixo consumo de frutas, verduras, laticínios e feijão; � Substituição do “feijão com arroz” pelo macarrão; � Substituição do lanche da tarde (café com leite e pão) por refrigerante e salgadinhos. � Menores de 15 anosconsomem mais alimentos pouco nutritivos, com elevado teor de calorias e gorduras; � Elevado teor de gordura trans pode comprometer o crescimento e desenvolvimento fetal. � Menor assistência nutricional no pré-natal *BARROS, Denise Cavalcante, Tese de doutorado, ENSP/Fiocruz,2009 Aspectos da nutrição dos adolescentes � Negligência ao desjejum; � Substituição de refeições por fast-foods; � Elevado consumo de refrigerantes, doces, guloseimas, “calorias vazias”; � Elevado consumo de produtos de pastelarias; Aspectos da nutrição dos adolescentes � Dietas da moda; � Seleção pelo prazer (hedonismo) e praticidade � Horários irregulares; � Uso de bebidas alcoólicas; � Excesso de atividade física levando a um alto consumo calórico. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTE ENERGIA: GET + adicional GET = TMB x NAF IMC pré-gestacional normal: - Peso desejável* ou pré-gestacional Baixo IMC gestacional: - Peso desejável Sobrepeso ou obesidade pré-gestacional: - Peso pré-gestacional TMB (10 a 18 anos): 13,384 x P (Kg) + 692,6 * Peso desejável obtido a partir do IMC referente ao “Z-escore 0”, da Tabela da WHO-2007 FAO, WHO, 2004 Nível de Atividade Física (NAF) Idade Idade Idade Idade (anos)(anos)(anos)(anos) Atividade Atividade Atividade Atividade leveleveleveleve Atividade Atividade Atividade Atividade moderadamoderadamoderadamoderada AtividadeAtividadeAtividadeAtividade pesadapesadapesadapesada 10101010----11111111 1,451,451,451,45 1,701,701,701,70 1,951,951,951,95 11111111----12121212 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 12121212----13131313 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 13131313----14141414 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 14141414----15151515 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 15-16 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 16161616----17171717 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00 17171717----18181818 1,451,451,451,45 1,701,701,701,70 1,951,951,951,95 FAO, WHO, 2004. 11 Adicional energético recomendado 1º Trimestre: 85 Kcal/dia 2º Trimestre: 285 Kcal/dia 3º Trimestre: 475 Kcal/dia 370 Kcal/dia 2º Tri Adicional energético individualizado 12 kg 77.000 Kcal 1 Kg 6.417 Kcal FAO, WHO, 2004. FAO, WHO, 2004. Recomendações de Proteínas Para gestantes de todas as idades : ANVISA, 2007 : 71g/dia Emerson et al. Apud FAO, 2007: 15 a 19 anos: 1,5 g/Kg/dia de peso gestacional ADA, 1989: ≤ 15 anos: 1,7 g/Kg/dia de peso ideal > 15 anos: 1,5 g/ Kg/ dia de peso ideal Não tem adicional Recomendação de Vitaminas CUIDADO NUTRICIONAL Cuidado Nutricional � Assistência personalizada; � Aproximação das preferências alimentares; � Correção de práticas alimentares inadequadas; � Esclarecer quanto à importância do ganho de peso adequado; � Esclarecer os benefícios da alimentação equilibrada para atender as necessidades materno-fetais 12 Cuidado Nutricional Estimular: � Ingestão de 2 L de água/dia; � Laticínios e derivados fontes de Ca; � Carnes em geral (Fe e proteínas); � Vegetais folhosos amarelos e vísceras (Fe, Vit A, Folato, Vit C e B12); � Frutas, especialmente as cítricas; Estimular � Alimentos fontes de Vit C + Alimentos fontes de Fe não-heme; � Alimentos fortificados; � Suplementação medicamentosa se necessário; � Desenvolver hábitos alimentares saudáveis; � Consumo de uma refeição bem colorida � Aleitamento materno Desencorajar: � Dietas restritivas; dietas da moda; � Alimentos diet e light; � Edulcorantes; � Consumo regular de fast foods; � Consumo de “calorias vazias” e chocolates; � Alimentos ricos em gordura trans � Consumo excessivo de refrigerantes e infusões (chá, mate, café); � Alimentos ricos em polifenóis e fitatos nas grandes refeições; Importante: � Usar uma linguagem que seja de fácil entendimento pela adolescente; não usar termos técnicos sem a devida explicação. � Atentar para a situação socioeconômica da gestante ao montar o cardápio. � Exemplificar todas as fontes de nutrientes; � Receitar suplementos vitamínicos/minerais caso a dieta não seja capaz de suprir as necessidades diárias dos nutrientes. EXERCÍCIO: Estabeleça a conduta nutricional para a gestante adolescente: K.S.M., 16 anos, PPG: 47 Kg; Estatura: 161 cm IG: 12 sem; Peso atual: 48,8 Kg; Não consome leite e derivados; Consumo esporádico de frutas; Queixa náuseas e azia Faz 3 refeições ao dia (D, A, L). Referências: � HEILBORN, Maria Luiza. “Gravidez na Adolescência: considerações preliminares sobre as dimensões culturais de um problema social” In VIEIRA, E M. et al. Seminário Gravidez na Adolescência, Saúde do Adolescente - Ministério da Saúde, Projeto de Estudos da Mulher/Family Health International, Associação Saúde da Família. Rio de Janeiro, 1998, p. 23-32. � Heilborn, M.L., Aquino, E.M.L., Bozon, M. e D. R. Knauth, 2006. Gravidez na Adolescência. Gênero e Sexualidade: Estudo multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil 13 � Accioly, E, Saunders, C, Lacerda, EMA. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Guanabara Koogan/Cultura Médica, 2. ed., 2009. � Tratado de Obstetrícia da FEBRASGO. Ed Revinter. Reimpressão 2001. � Vitolo, Márcia Regina. Nutrição da gestação ao envelhecimento. � Barros,Denise Cavalcante. www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.h.
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