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Aula 8 Gravidez na Adolescência [Modo de C ompatibilidade]

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1
GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ NA 
ADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIAADOLESCÊNCIA
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� - Adolescência: 10 a 19 anos (WHO,1986).
- Já foi considerada o período ideal para ter filhos 
(Heilborn, ML, 1998).
- Adolescer: Crescer
para a Vida
Fatores 
Associados à 
Ocorrência de
Gravidez na
Adolescência
Relações de Gênero: 
Sexualidade e Reprodução
Gravidez na Adolescência. Gênero e Sexualidade: 
Estudo multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e 
Reprodução no Brasil 
Heilborn, M.L., Aquino, E.M.L., Bozon, M. e D. R. Knauth (2006)
GRAVAD
� Pesquisa quantitativa e qualitativa
� Rio de Janeiro, Bahia, Porto Alegre.
� 1999-2006;
� 4.634 jovens de ambos os sexos de 18 a 24 
anos;
� eventos e processos vividos pelos jovens 
relacionados à sexualidade e aos vínculos 
afetivos;
� ocorrência ou não de gravidez e/ou aborto;
� vivência da maternidade e paternidade.
RESULTADOSRESULTADOSRESULTADOSRESULTADOS
Iniciação sexualIniciação sexualIniciação sexualIniciação sexual
� Rapazes - idade mediana em torno de 16,2 
anos (não se altera segundo variáveis 
sociais: escolaridade, renda, religião e 
cor/raça)
� Moças: idade mediana em torno de 17,9, 
sendo que as de camadas populares 
ingressam na vida sexual mais cedo.
2
Gravidez na adolescênciaGravidez na adolescênciaGravidez na adolescênciaGravidez na adolescência
� 29,6% das mulheres e 21,4% dos homens relatam 
pelo menos um episódio reprodutivo, antes dos 20 
anos. 
� Foi observada associação entre a maior 
precocidade reprodutiva com os menores níveis 
de escolaridade e de renda, tanto para homens 
quanto para mulheres. 
� ser mãe ou pai é estratégia de reconhecimento 
social e de passagem para a vida adulta. 
� formar uma família é mais importante do que 
outros valores, como, o investimento prioritário em 
uma carreira escolar.
AbortoAbortoAbortoAborto
� 15,5% das moças: desejo de provocar um 
aborto (ou mesmo de tentar fazê-lo -11,2%), 
� 20% dos rapazes: desejavam que suas 
parceiras fizessem um aborto. 
Aspectos Epidemiológicos � 1 em cada 5 partos, é de gestante adolescente 
(IBGE, 2006; Datasus, 2012).
� 20,7% de nascidos vivos de gestantes 
adolescentes em 2005
� 20,5% em 2006
� 19,3% em 2010 (MS, SINASC)
� Pará: 27,2%; Acre: 26,8% e DFÇ 13,45%
� Em 2005: 16% dos óbitos maternos
� Terceira causa de morte entre as adolescentes no 
Brasil.
Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil Estudo da ONU em 2013 concluiu que o Brasil 
conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na 
arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez arrecadação se "adolescentes adiassem a gravidez 
até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos"até depois dos 20 anos"
O estudo anual "Situação da População Mundial“*, 
pelo Fundo de População das Nações Unidas 
(UNFPA),
revelou que, nos países em desenvolvimento:
� 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 
200 morrem por causa de complicações da 
gravidez ou parto, todos os dias. 
� Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se 
tornam mães a cada ano, das quais 2 milhões são 
menores de 15 anos. O estudo estima um aumento 
para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for 
mantida.
* "Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na 
adolescência" divulgado em 30/10/2013
3
� O estudo destaca ainda as consequências da
maternidade precoce e não planejada para "a
saúdesaúdesaúdesaúde, educação, emprego e direitos de milhões
de meninas em todo o mundo, o que pode se tornar
um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno
potencial". Uma das consequências da gravidez na
adolescência apontadas pelo relatório é a taxa de
abortos inseguros realizados anualmente em
países em desenvolvimento: até 3,2 milhões,
envolvendo jovens de 15 a 19 anos.
� Só os Estados Unidos gastam anualmenteUS$ 11
bilhões com filhos de pais adolescentes",
Fonte: Fundo de População das Nações Unidas, 2013
1-MS/PCAP 2008. 
2- MS/Sinasc. Ver: Brasil/MS, 2012. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a 
vigilância da saúde da mulher. Brasília: MS/SVS. 
3- MS/Sinasc. Ver: UNICEF, 2011. Situação da Adolescência Brasileira 2011. O direito de ser 
adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades. Brasília: 
UNICEF. 
4-CEPAL. Ver: Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e o Caribe, 2012. Informe 
Anual. Santiago do Chile: CEPAL 
5-Ver, entre outros: IBGE/Síntese dos Indicadores Sociais 2012. 
� De 2003 a 2011 houve redução de 11,3% nos 
nascimentos de crianças filhas de mães de 15 a 19 
anos.
� Em 2011: de cada 100 partos, 17,7 eram de 
adolescentes de 15 a 19 anos.
� A maior proporção de nascimentos se concentra 
na faixa etária de 20 a 24 anos (25,6%), seguida de 
25 a 29 anos (25,4%).
Estatisticas do Registro Civil do IBGE. In: Estado de Minas, 18/12/2012
� Segundo dados da OPAS, a América Latina registra
anualmente 54 mil nascimentos com mães menores de
15 anos e 2 milhões com idades entre 15 e 19 anos.
� Se em 1999, as gestações entre jovens com idade
entre 15 e 19 anos representavam 20,8% do total
nacional, em 2009 passaram a corresponder a 18,98%.
� Entre as mulheres com menos de 7 anos de estudo, o
grupo etário de 15 a 19 anos concentrava 20,3% das
mães, enquanto entre as mulheres com 8 anos ou mais
de estudo, a mesma faixa etária respondia por 13,3%
da fecundidade.
Fonte: http://www.fundabrinq.org.br
Fonte: http://www.ibge.gov.br
Fonte: http://portal.saude.gov.br
PET-Saúde /Vigilância em Saúde
UFOP/SMS/SME
“Prevenção de gravidez na adolescência e DST: 
intervenção nas escolas públicas do município de 
Ouro Preto, MG”
4
Gravidez na Adolescência
UMA GRAVIDEZ DE RISCO ???
Link de filme gravidez na adolescência
http://www.youtube.com/watch?v=KaVDBiZ-bdM
Simultaneidade de Processos
Gestação de Alto RiscoGestação de Alto RiscoGestação de Alto RiscoGestação de Alto Risco
Vulnerabilidade Vulnerabilidade Vulnerabilidade Vulnerabilidade 
GestacionalGestacionalGestacionalGestacional
Biológicos
Psicossociais
Aspectos Biológicos
Gestação e Adolescência
� Superposição de dois processos biológicos
alta demanda energética e de nutrientes
� Gestantes ≤14 anos ou Id Ginecológica < 2 
anos: maior risco.
Aspectos Biológicos
� Aquisição de 15 a 25% de estatura e acúmulo 
de 37% da massa óssea adulta; 
� Estirão de crescimento: 10 a 14 anos
� Crescimento físico e maturação sexual: 4 anos 
pós-menarca;
� Imaturidade biológica;
Aspectos Nutricionais
� DÉFICIT (podendo chegar ao transtorno 
alimentar);
� SOBREPESO/OBESIDADE;
� Carências nutricionais: alta demanda 
nutricional;
� Pobre padrão alimentar;
Barros, D CBarros, D CBarros, D CBarros, D C. (2009200920092009).
� quanto mais jovem é a gestante, a situação 
de ganho de peso é pior, com tendência 
para a maior proporção de sobrepeso.
� jovens que iniciaram a gestação com 
diagnóstico de sobrepeso e obesidade 
tiveram um ganho de peso excessivo. 
*BARROS, Denise Cavalcante, Tese de doutorado, ENSP/Fiocruz,2009
5
Proporção (%) de Proporção (%) de Proporção (%) de Proporção (%) de nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao nascidos vivos de baixo peso ao 
nascernascernascernascer segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005segundo idade da mãe*. Brasil, 2000 e 2005
GRAVIDEZ NA 
ADOLESCÊNCIA
Pessoas próximas 
como modelos 
sociais
Uso de drogas lícitas e 
ilícitas
Adiantamento 
da menarca
Baixa 
escolaridade 
e pouca 
informação
Limitado 
acesso a 
serviços de 
saúde
Conflitos 
familiares
Desejo de 
afirmação,
independên-
cia
ASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAISASPECTOS PSICOSSOCIAIS
Pobreza, 
exclusão
Rebeldia
Repercussões Maternas e Fetais
da gravidez na adolescência
6
Repercussões Maternas
PsicossociaisPsicossociaisPsicossociaisPsicossociais
� Maior (in)dependência;
� Exclusão social;
� Escolaridade incompleta
� Limitação das 
oportunidades de trabalho 
e ascensão
� Conflitos familiares;
BioBioBioBio----fisiológicas fisiológicas fisiológicas fisiológicas 
� Prejuízo do ganho 
estatural;
� SHG;
� Anemia;
� Parto prematuro;
� Parto cesáreo e 
fórceps;
� Abortos e agravos; 
� Mortalidade;
Repercussões da Gravidez na 
Adolescência
Para o conceptoPara o conceptoPara o conceptoPara o concepto
� BPN (peso < 2.500 g); 
� CIUR;
� Prematuridade (IG ao nascer < 37 sem);
� Baixo índice de APGAR;
� Morbidade e mortalidade perinatal;
� Mortalidade infantil;
� Anomalias congênitas;
� Distúrbios neurológicos e de comportamento;
ÍNDICE DE APGAR
Pontos 0 1 2
Freq. Cardíaca Ausente < 100 bpm > 100 bpm
Freq. 
Respiratória
Ausente Fraca/irregular Forte/Choro
Tônus Muscular Flácido Flexão de pernas 
e braços
Movimento 
ativo/Boa flexão
Irritabilidade 
reflexa
Ausente Algum 
movimento
Espirro/choro
Cor da pele Cianótico/Pá
lido
Cianose de 
extremidade
Rosado
8 a 10: sem asfixia; 5 a 7: asfixia leve; 3 a 4: asfixia moderada; 0 a 2: asfixia grave
� Chen et al., (2007):
3,9 milhões de gestantes < 25 anos nos EUA
- o grupo de 10 a 15 anos apresentou maior 
risco para prematuridade, BPN, PIG, baixo 
índice APGAR e mortalidade neonatal.
Fonte: Chen et al. (2007) J. Epidemiol, 36:368-73.
� Em geral, as taxas de mortalidade infantil de filhos 
de adolescentes menores de 16 anos é 6 x maior 
que de filhos de mães de outros grupos etários.
� Filhos de mães adolescentes apresentam risco 
maior de abuso físico e maus tratos.
� Gestantes adolescentes da raça negra dão a luz a 
RN com menor peso ao nascer.
BPN de filhos 
de mães 
adolescentes
Inserção 
socioeconômica
Fatores 
psicossociais
Antecedentes 
gestacionais 
de risco
Exposição ao 
fumo e drogas
Pobre 
padrão 
alimentar
Cuidados 
inadequados 
de pré-natal
Abusos físicos 
e psíquicos
Idade Materna
7
Gestantes Adolescentes
Intervenção nutricional 
precoce e contínua para 
minimizar os riscos.
Pré-Natal de Alto Risco
� Pré-natal da gestante adolescente
� Protocolo de assistência semelhante ao da 
gestante adulta, com ênfase na assistência 
nutricional e psicológica.
Diagnóstico Nutricional
de Gestantes Adolescentes
Avaliação Nutricional
� Avaliação psicosociodemográfica e 
médica;
� Avaliação clínica;
� Avaliação de exames laboratoriais;
� Avaliação antropométrica;
� Avaliação funcional;
� Avaliação dietética
Avaliação Nutricional 
Antropométrica
� Peso pré-gravídico
(2 meses antes da concepção ou até a 
13ª semana gestacional)
� Estatura (em todas as consultas)
� Peso atual
1ª consulta
Avaliação nutricional da gestante 
adolescente por meio da antropometria
PPG ESTATURA PESO ATUAL
IMC 
ATUAL
TABELA E 
CURVA DE 
ATALAH
IMC 
PRÉ-GESTACIONAL
Classificar pela 
TABELA DE IMC da 
WHO, 2007 (Z-escore)
GANHO DE PESO SEMANAL E TOTAL
8
Tabela de IMC para adolescentes
(WHO, 2007) 
Tabela 1
Classificação do estado nutricional de adolescentes 
do sexo feminino segundo o IMC pré-gestacional
Percentil Escore-Z Diagnóstico 
Nutricional
< 3< 3< 3< 3 < < < < ----2222 Baixo Peso
≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85≥ 3 e < 85 ≥ ≥ ≥ ≥ ----2 e < +12 e < +12 e < +12 e < +1 Eutrofia
≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97≥ 85 e < 97 ≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2≥ +1 e < +2 Sobrepeso
≥ 97≥ 97≥ 97≥ 97 ≥ + 2≥ + 2≥ + 2≥ + 2 Obesidade
Fonte: Adaptado Brasil, MS (2008).
Tabela 2
Tabela 3 - Recomendação de ganho de peso (Kg) para a 
gestante adolescente segundo o estado nutricional 
inicial
Estado Estado Estado Estado 
nutricional nutricional nutricional nutricional 
IMCIMCIMCIMC
Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de 
PesoPesoPesoPeso
1º Tri1º Tri1º Tri1º Tri
Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de 
peso peso peso peso 
semanalsemanalsemanalsemanal
2º e 3º Trim2º e 3º Trim2º e 3º Trim2º e 3º Trim
Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de 
peso total na peso total na peso total na peso total na 
gestaçãogestaçãogestaçãogestação
Ganho de Ganho de Ganho de Ganho de 
peso peso peso peso 
mínimo*mínimo*mínimo*mínimo*
Baixo PesoBaixo PesoBaixo PesoBaixo Peso 2,32,32,32,3 0,50,50,50,5 12,5-18,0 ND
Adequado 1,61,61,61,6 0,40,40,40,4 11,5-16,0 1,0
SobrepesoSobrepesoSobrepesoSobrepeso 0,90,90,90,9 0,30,30,30,3 7,0 – 11,5 ND
ObesidadeObesidadeObesidadeObesidade ---- 0,30,30,30,3 7,0 – 9,1 0,5
Fonte: IOM, 1990; MS, 2006; WHO, 1995.
*: ganho mínimo caso a gestante já tenha atingido o ganho de peso total, 
mas ainda se encontra no 2º trimestre
IMPORTANTE:
� Se a gestante não souber o peso pré-
gravídico de 2 meses antes da gestação e
só compareceu à consulta após a 13ª
semana gestacional, calcular o IMCIMCIMCIMC atualatualatualatual e
classificar o estado nutricional segundo
AtalahAtalahAtalahAtalah. Depois, consultar o quadro de
ganho de peso, segundo o estado
nutricional obtido
Avaliação do estado nutricional
pré-gestacional
� Calcular o IMC pré-gestacional considerando:
� Peso pré-gestacional
� Peso de 2 meses anteriores à concepção;
� Peso aferido até a 13a semana gestacional;
� Consultar a Tabela de Z-escore de IMC por idade 
(Tabela 1) da WHO-2007. 
� Verificar em qual faixa de Z-escore o IMC pré-
gestacional se enquadra. 
� Classificar o estado nutricional pré-gravídico segundo 
Tabela adotada pelo MS, 2008 (Tabela 2).
� Utilizar a Tabela 3 para calcular o ganho se peso 
semanal e total.
Avaliação do estado nutricional atual
� Calcular o IMC atual
� Consultar a Tabela de Atalah, segundo a idade 
gestacional e IMC atual.
9
� Não há um método de avaliação do estado 
nutricional específico para gestantes 
adolescentes.
� Para aquelas com idade ginecológica menor 
que 2: normalmente são classificadas como 
baixo peso. 
� IMPORTANTE: observar o traçado da curva.
� Reforçar as orientações nutricionais e 
aumentar o número de consultas.
� Gestantes adolescentes com estatura <1,47 m: 
limite mínimo de ganho de peso.
� Ganho inferior a 300 g/sem está relacionado 
com parto prematuro em gestantes obesas.
� Observar o ganho mínimo de peso caso a 
gestante já tenha atingido o ganho de peso 
total, mas ainda se encontra no 2º trimestre.
Segunda consulta e subsequentes
� Aferir novamente a estatura;
� Calcular a idade gestacional;
� Calcular o IMC gestacional atual;
� Classificar o estado nutricional da 
gestante, por meio da Tabela de IMC por 
idade gestacional (Atalah, 1997)
� Registrar no gráfico o valor de IMC;
� Avaliar a curva de ganho de peso;
Avaliação Dietética
Métodos de Avaliação
� Recordatório de 24 h;
� Questionário de Frequência Alimentar 
Semi-Quantitativo;
� Registro alimentar de 72 h.
10
Aspectos da nutrição das 
gestantes adolescentes
� Baixo consumo de frutas, verduras, laticínios e feijão;
� Substituição do “feijão com arroz” pelo macarrão;
� Substituição do lanche da tarde (café com leite e pão) 
por refrigerante e salgadinhos. 
� Menores de 15 anosconsomem mais alimentos pouco 
nutritivos, com elevado teor de calorias e gorduras;
� Elevado teor de gordura trans pode comprometer o 
crescimento e desenvolvimento fetal.
� Menor assistência nutricional no pré-natal
*BARROS, Denise Cavalcante, Tese de doutorado, ENSP/Fiocruz,2009
Aspectos da nutrição dos 
adolescentes
� Negligência ao desjejum;
� Substituição de refeições por fast-foods;
� Elevado consumo de refrigerantes, doces, 
guloseimas, “calorias vazias”;
� Elevado consumo de produtos de pastelarias;
Aspectos da nutrição dos 
adolescentes
� Dietas da moda;
� Seleção pelo prazer (hedonismo)
e praticidade
� Horários irregulares;
� Uso de bebidas alcoólicas;
� Excesso de atividade física levando
a um alto consumo calórico.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
PARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTEPARA A GESTANTE ADOLESCENTE
ENERGIA: GET + adicional
GET = TMB x NAF
IMC pré-gestacional normal:
- Peso desejável* ou pré-gestacional
Baixo IMC gestacional:
- Peso desejável
Sobrepeso ou obesidade pré-gestacional:
- Peso pré-gestacional
TMB (10 a 18 anos): 13,384 x P (Kg) + 692,6 
* Peso desejável obtido a partir do IMC referente ao “Z-escore 0”, da 
Tabela da WHO-2007
FAO, WHO, 2004
Nível de Atividade Física (NAF)
Idade Idade Idade Idade 
(anos)(anos)(anos)(anos)
Atividade Atividade Atividade Atividade 
leveleveleveleve
Atividade Atividade Atividade Atividade 
moderadamoderadamoderadamoderada
AtividadeAtividadeAtividadeAtividade
pesadapesadapesadapesada
10101010----11111111 1,451,451,451,45 1,701,701,701,70 1,951,951,951,95
11111111----12121212 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
12121212----13131313 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
13131313----14141414 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
14141414----15151515 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
15-16 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
16161616----17171717 1,501,501,501,50 1,751,751,751,75 2,002,002,002,00
17171717----18181818 1,451,451,451,45 1,701,701,701,70 1,951,951,951,95
FAO, WHO, 2004.
11
Adicional energético recomendado
1º Trimestre: 85 Kcal/dia
2º Trimestre: 285 Kcal/dia
3º Trimestre: 475 Kcal/dia
370 Kcal/dia
2º Tri
Adicional energético individualizado
12 kg 77.000 Kcal
1 Kg 6.417 Kcal
FAO, WHO, 2004.
FAO, WHO, 2004.
Recomendações de Proteínas
Para gestantes de todas as idades : ANVISA, 2007 : 
71g/dia
Emerson et al. Apud FAO, 2007:
15 a 19 anos: 1,5 g/Kg/dia de peso gestacional
ADA, 1989:
≤ 15 anos: 1,7 g/Kg/dia de peso ideal
> 15 anos: 1,5 g/ Kg/ dia de peso ideal
Não tem adicional
Recomendação de Vitaminas
CUIDADO 
NUTRICIONAL
Cuidado Nutricional
� Assistência personalizada;
� Aproximação das preferências 
alimentares;
� Correção de práticas alimentares 
inadequadas;
� Esclarecer quanto à importância do ganho 
de peso adequado;
� Esclarecer os benefícios da alimentação 
equilibrada para atender as necessidades 
materno-fetais
12
Cuidado Nutricional
Estimular:
� Ingestão de 2 L de água/dia;
� Laticínios e derivados fontes de Ca;
� Carnes em geral (Fe e proteínas);
� Vegetais folhosos amarelos e vísceras (Fe, 
Vit A, Folato, Vit C e B12);
� Frutas, especialmente as cítricas;
Estimular
� Alimentos fontes de Vit C + Alimentos fontes 
de Fe não-heme;
� Alimentos fortificados;
� Suplementação medicamentosa se 
necessário;
� Desenvolver hábitos alimentares saudáveis;
� Consumo de uma refeição bem colorida
� Aleitamento materno
Desencorajar:
� Dietas restritivas; dietas da moda;
� Alimentos diet e light;
� Edulcorantes;
� Consumo regular de fast foods;
� Consumo de “calorias vazias” e chocolates;
� Alimentos ricos em gordura trans
� Consumo excessivo de refrigerantes e 
infusões (chá, mate, café);
� Alimentos ricos em polifenóis e fitatos nas 
grandes refeições;
Importante:
� Usar uma linguagem que seja de fácil 
entendimento pela adolescente; não usar 
termos técnicos sem a devida explicação.
� Atentar para a situação socioeconômica da 
gestante ao montar o cardápio.
� Exemplificar todas as fontes de nutrientes;
� Receitar suplementos vitamínicos/minerais 
caso a dieta não seja capaz de suprir as 
necessidades diárias dos nutrientes.
EXERCÍCIO:
Estabeleça a conduta nutricional para a
gestante adolescente:
K.S.M., 16 anos, 
PPG: 47 Kg; 
Estatura: 161 cm
IG: 12 sem; 
Peso atual: 48,8 Kg; 
Não consome leite e derivados; 
Consumo esporádico de frutas;
Queixa náuseas e azia
Faz 3 refeições ao dia (D, A, L).
Referências:
� HEILBORN, Maria Luiza. “Gravidez na Adolescência: 
considerações preliminares sobre as dimensões culturais de um 
problema social” In VIEIRA, E M. et al. Seminário Gravidez na 
Adolescência, Saúde do Adolescente - Ministério da Saúde, 
Projeto de Estudos da Mulher/Family Health International, 
Associação Saúde da Família. Rio de Janeiro, 1998, p. 23-32. 
� Heilborn, M.L., Aquino, E.M.L., Bozon, M. e D. R. Knauth, 2006. 
Gravidez na Adolescência. Gênero e Sexualidade: Estudo 
multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil 
13
� Accioly, E, Saunders, C, Lacerda, EMA. Nutrição 
em Obstetrícia e Pediatria. Guanabara 
Koogan/Cultura Médica, 2. ed., 2009.
� Tratado de Obstetrícia da FEBRASGO. Ed 
Revinter. Reimpressão 2001.
� Vitolo, Márcia Regina. Nutrição da gestação ao 
envelhecimento.
� Barros,Denise Cavalcante.
www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.h.

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