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1. A densidade de fluxo elétrico é uma grandeza importante para o entendimento de condutores, capacitores e dielétricos. Parte da análise das cargas elétricas e da densidade de campo por elas produzidas. Sabendo-se que existe, no Sistema Internacional de Unidades uma relação direta em ter o campo elétrico e a densidade de fluxo elétrico. Determine a densidade de fluxo elétrico 𝑫 no ponto 𝑃(4, 0, 3) se existe uma carga pontual de −5𝜋 𝑚𝐶 no ponto 𝐴(4, 0, 0) e uma linha com densidade linear de cargas de 3𝜋 𝑚𝐶/𝑚 ao longo do eixo 𝑦 (SADIKU, 2014). Solução: Considerando o princípio da superposição temos: 𝑫 = 𝑫𝑄 + 𝑫𝐿 Neste caso, 𝑫𝑄 densidade de fluxo devida a existência da carga pontual será dada por: 𝑫𝑄 = 𝜖0𝑬 Sabemos que o campo elétrico devido a uma carga pontual é dado por: 𝑬 = 𝑄 4𝜋𝜖0𝑅2 𝒂𝑟 Ou: 𝑬 = 𝑄 4𝜋𝜖0(|𝑟 − 𝑟′|)2 (𝑟 − 𝑟′) |𝑟 − 𝑟′| = 𝑄(𝑟 − 𝑟′) 4𝜋𝜖0(|𝑟 − 𝑟′|)3 Sendo assim, a densidade de fluxo devida a carga pontual será dada por: 𝑫𝑄 = 𝜖0 𝑄(𝑟 − 𝑟′) 4𝜋𝜖0(|𝑟 − 𝑟′|)3 Calculando as distâncias: (𝑟 − 𝑟′) = (4, 0, 3) − (4, 0, 0) = (0, 0, 3) Substituindo teremos: 𝑫𝑄 = 𝑄(0, 0, 3) 4𝜋(3)3 = −5𝜋 × 10−3)(3𝒂𝑧) 4𝜋(27) = −0,1389𝑥10−3 𝒂𝑧 = 138,9 𝜇𝐶/𝑚 2 Da mesma forma, podemos pegar a equação da densidade de cargas devida a uma distribuição linear de cargas: 𝐸 = 𝜌𝑙 2𝜋𝜖0𝜌 𝒂𝜌 Como: 𝑫 = 𝜖0𝑬 Temos: 𝑫𝑙 = 𝜌𝑙 2𝜋𝜌 𝒂𝜌 Neste caso, tanto o 𝑎𝜌 quanto o 𝜌 no denominador são referentes as coordenadas cilíndricas. Precisamos agora calcular a distância entre um ponto da linha de cargas e o ponto 𝑃(4, 0, 3) como a linha está sobre o eixo 𝑦 o ponto cuja distância será menor é a própria origem. Sendo assim: 𝒂𝜌 = (4, 0, 3) − (0, 0, 0) |(4, 0, 3) − (0, 0, 0)| = (4, 0, 3) 5 Logo, o raio, distância, 𝜌 será dado por: 𝜌 = |(4, 0, 3) − (0, 0, 0)| = 5, substituindo teremos: 𝑫𝑙 = 𝜌𝑙 2𝜋𝜌 𝒂𝜌 𝑫𝑙 = 3𝜋 × 10−3 2𝜋(5) (4𝒂𝑥 + 3𝒂𝑧) 𝑫𝑙 = 3 × 10−3 10 (4𝒂𝑥 + 3𝒂𝑧) = 0,3 × 10 −3(4𝒂𝑥 + 3𝒂𝑧) 𝑫𝑙 = 1,2𝒂𝑥 + 0,9𝒂𝑧 𝑚𝐶/𝑚 2 Sendo assim: 𝑫 = 𝑫𝑄 + 𝑫𝐿 𝑫 = 1,2𝒂𝑥 + 0,76𝒂𝑧 𝑚𝐶/𝑚 2 2. Três superfícies cilíndricas concêntricas em 𝜌 = 1, 2 𝑒 3 𝑐𝑚 possuem densidades uniformes de carga de 20, −8 𝑒 5 𝑛𝐶/𝑚2, respectivamente. Qual a intensidade do fluxo elétrico que atravessa uma superfície fechada de 𝜌 = 5 𝑐𝑚 em 0 < 𝑧 < 1 𝑚 ? Qual a densidade de fluxo elétrico 𝑫 em 𝑃(1, 2, 3) 𝑐𝑚? Solução: Como as densidades de carga são uniformes, usando o princípio da superposição, o fluxo será o somatório de todos os fluxos. Considerando que para um cilindro com densidade uniforme o fluxo que atravessa sua superfície será igual a carga envolvida por ele: Φ = Ds2𝜋𝜌𝐿 Ou, graças ao somatório: Φ = Ds12𝜋𝜌1𝐿 + Ds22𝜋𝜌2𝐿 + Ds32𝜋𝜌3𝐿 Φ = 2𝜋𝐿(Ds1𝜌1 + Ds2𝜌2 + Ds3𝜌3) Φ = 2𝜋(1)((0,01)(20) + (0,02)(−8) + (0,03)(5)) × 10−9 = 1,193 𝑛𝐶 𝚽 = 𝟏, 𝟏𝟗𝟑 𝒏𝑪 Antes de calcularmos a densidade de fluxo elétrico 𝑫 em 𝑃(1, 2, 3) 𝑐𝑚 precisamos encontrar o raio 𝜌 do cilindro gaussiano que passe por este ponto para isso calculamos o valor de 𝜌, dadas as coordenadas do ponto segundo a tabela de conversão de sistemas de coordenadas de nossa aula 1: 𝜌 = √12 + 22 = √5 ≅ 2,236 𝑐𝑚 Observamos que esta superfície gaussiana engloba as superfícies 𝜌 = 1 𝑒 𝜌 = 2. Também sabemos que superfícies cilíndricas apresentam fluxo apenas no componente 𝜌 também sabemos que referente a superfície gaussiana cilíndrica a densidade 𝑫 será dada por: 𝑫 = 𝑎𝜌𝑠 𝜌 No nosso caso, novamente graças a simetria: 𝑫 = 𝑎𝜌𝑠 + 𝑏𝜌𝑠 𝜌 = (0,01)(20) + (0,02)(−8) √0,05 = 1,789 𝑛𝐶/𝑚2 𝑫 = 𝟏, 𝟕𝟖𝟗 𝒏𝑪/𝒎𝟐 3. Uma superfície fechada 𝑺 qualquer engloba três cargas pontuais distintas no espaço livre com valores dados respectivamente por: 𝑄1 = 40 𝑛𝐶, 𝑄2 = 150 𝑛𝐶 e 𝑄3 = −70 𝑛𝐶. Qual o fluxo total através da superfície 𝑺? Uma superfície fechada 𝑺 qualquer engloba três cargas pontuais distintas no espaço livre com valores dados respectivamente por: 𝑄1 = 40 𝑛𝐶, 𝑄2 = 150 𝑛𝐶 e 𝑄3 = −70 𝑛𝐶. Qual o fluxo total através da superfície 𝑺? Solução: Segundo estudamos na aula 2, o fluxo elétrico total que atravessa uma superfície fechada é igual a carga englobada por essa superfície. Sendo assim; Ψ = 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 40 + 150 − 70 = 120 𝑛𝐶 4. Considere a carga pontual de valor 2 𝜇𝐶 localizada no ponto 𝐴(1, −1, 3) e a carga pontual de valor −3 𝜇𝐶 localizada no ponto 𝐵(1, 4, −2). Encontre o potencial no ponto 𝑃(1, 0, 1) considerando que o potencial zero, de referência, está localizado no infinito. Solução: Neste caso, podemos aplicar a equação de potencial elétrico diretamente considerando a superposição dos efeitos relacionados as cargas. Sendo assim, e considerando que a referência está no infinito, teremos a soma algébrica dos efeitos de cada uma das cargas ou: 𝑉 = 𝑄1 4𝜋𝜖0 ( 1 |𝑟 − 𝑟1| ) + 𝑄2 4𝜋𝜖0 ( 1 |𝑟 − 𝑟2| ) Calculando os vetores raio teremos: |𝑟 − 𝑟1| = |(1, 0, 1) − (1, −1, 3)| = |0, 1, −2| = √12 + 22 = √5 |𝑟 − 𝑟2| = |(1, 0, 1) − (1, 4, −2)| = |0, −4, 3| = √42 + 32 = √25 = 5 Sendo assim, colocando em evidência o que é comum, teremos: 𝑉 = 1 4𝜋𝜖0 [( 𝑄1 |𝑟 − 𝑟1| ) + ( 𝑄2 |𝑟 − 𝑟2| )] Substituindo teremos: 𝑉 = 1 4𝜋10−9 36𝜋 [( 2 × 10−6 |𝑟 − 𝑟1| ) + ( −3 × 10−6 |𝑟 − 𝑟2| )] 𝑉 = 10−6 10−9 9 [( 2 √5 ) + ( −3 5 )] Resolvendo: 𝑉 = 9 × 103[(0,894) + (−0,6)] = 2,6460 𝑘𝑉 5. Uma carga pontual 𝑄 de 6 𝑛𝐶 está localizada no ponto 𝐴(−3, 4, 0) neste mesmo espaço vazio existe ainda uma distribuição infinita, linear e uniforme de cargas 𝐿 localizada em 𝑦 = 1 𝑒 𝑧 = 1, sabendo que a densidade de cargas desta distribuição linear é dada por 𝜌𝑙 = 2 𝑛𝐶/𝑚. Encontre o potencial elétrico 𝑉 no ponto 𝑃(5, 0, 1) sabendo que na origem o potencial elétrico é nulo. Solução: Sabemos, pelo princípio da superposição que o potencial 𝑉, em qualquer ponto será dado por: 𝑉 = 𝑉𝑄 + 𝑉𝐿 Ou seja, a soma dos potenciais elétricos provocados pela carga 𝑄 e pela linha 𝐿. Sendo assim, nosso trabalho se resume em calcular o efeito devido a carga pontual e somar ao efeito devido a distribuição linear de cargas. Para a carga pontual, partindo da definição teremos que: 𝑉𝑄 = ∫ 𝑬 ⋅ 𝑑𝒍 = − ∫ 𝑄 4𝜋𝜖0𝑟2 𝒂𝑟 ⋅ 𝑑𝑟𝒂𝑟 Resolvendo esta integral chegamos a equação do potencial devido a uma carga elétrica pontual. 𝑉𝑄 = 𝑄 4𝜋𝜖0𝑟 + 𝐶1 Já para a linha infinita de cargas o potencial será dado, também partindo da definição: 𝑉𝐿 = − ∫ 𝑬 ⋅ 𝑑𝒍 = − ∫ 𝜌𝑙 2𝜋𝜖0𝜌 𝒂𝜌 ⋅ 𝑑𝜌𝒂𝜌 Resolvendo esta integral chegamos a: 𝑉𝐿 = − 𝜌𝐿 2𝜋𝜖𝑜 ln 𝜌 + 𝐶2 Sendo assim o potencial em um ponto qualquer será a soma destes dois efeitos: 𝑉 = 𝑉𝑄 + 𝑉𝐿 Ou; 𝑉 = 𝑄 4𝜋𝜖0𝑅2 − 𝜌𝐿 2𝜋𝜖𝑜 ln 𝜌 + 𝐶 Onde 𝐶 representa a soma das duas constantes de integração 𝐶1 + 𝐶2, 𝑅 representa a distância entre a carga e o ponto desejado e 𝜌 será a distância perpendicular entre a linha e o ponto desejado. Agora, precisamos, segundo enunciado, determinar o potencial 𝑉 no ponto 𝑃(5, 0, 1) sabendo que em 𝑂(0, 0, 0) temos 𝑉 = 0 𝑉. Para resolver este problema precisamos determinar as distâncias 𝑅 𝑒 𝜌. Em relação a origem, onde está o potencial 𝑉 = 0 e ao ponto 𝑃(5, 0, 1) desejado. Determinamos 𝑅 por meio do módulo do vetor que parte da caga 𝑄 e chega ao ponto desejado. Logo:𝑹𝑶 = (0, 0,0) − (−3, 4, 0) = (3, −4, 0) ∴ |𝑹| = 𝑅 = √32 + 42 = √25 = 5 𝑹𝒑 = (5, 0, 1) − (−3, 4, 0) = (8, −4, 1) ∴ |𝑹| = 𝑅 = √82 + 42 + 12 = √81 = 9 Agora podemos calcular a diferença entre os potenciais provocados pela carga pontual: 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = 𝑄 4𝜋𝜖0𝑅𝑜 − 𝑄 4𝜋𝜖0𝑅𝑝 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = 𝑄 4𝜋𝜖0 [ 1 𝑅𝑜 − 1 𝑅𝑝 ] 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = 6 × 10−9 4𝜋10−9 36𝜋 [ 1 5 − 1 9 ] 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = 6 × 10−9 10−9 9 [ 1 5 − 1 9 ] = 4,8 𝑉 Se a linha é infinita e passa em todos os 𝑦 = 1, 𝑒 𝑧 = 1 indica que ela é paralela ao eixo 𝑥 então, precisamos encontrar um ponto 𝑝(𝑥, 𝑦, 𝑧) sobre esta linha que seja perpendicular ao ponto 𝑃(5, 0, 1) e repetir este mesmo raciocínio com relação a Origem. Sendo assim: 𝜌𝑂 = (0, 0, 0) − (0, 1, 1) = √12 + 12 = √2 𝜌𝑝 = (5, 0, 1) − (5, 1, 1) = √12 = 1 Sendo assim, teremos: 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = − 𝜌𝐿 2𝜋𝜖𝑜 (ln 𝜌𝑂 − ln 𝜌𝑝) 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = − 𝜌𝐿 2𝜋𝜖𝑜 ln 𝜌𝑂 𝜌𝑝 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = − 2 × 10−9 2𝜋10−9 36𝜋 ln √2 1 𝑉𝑂 − 𝑉𝑃 = − 2 × 10−9 10−9 18 ln √2 = −12,477 𝑉 Logo o potencial em 𝑃 será dado por: 0 − 𝑉𝑝 = −12,477 + 4,8 𝑉𝑝 = 7,677 𝑉 6. Dado um potencial elétrico 𝑉 = 10 𝑟2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙 encontre a densidade de fluxo elétrico 𝐷 no ponto 𝑃(2, 𝜋 2 , 0) (SADIKU, 2014). Solução: Precisamos começar pela avaliação da densidade de fluxo elétrico 𝑫 sabemos que: 𝑫 = 𝜖0𝑬 Sendo assim, tudo que precisamos é encontrar o valor de 𝑬 no ponto desejado. Observe o enunciado. Estamos trabalhando com coordenadas esféricas e sabemos como relacionar o campo elétrico 𝑬 com o potencial elétrico 𝑉. Neste caso: 𝐸 = −∇𝑽 O campo elétrico é o oposto do gradiente do potencial elétrico. Sendo assim, como estamos em coordenadas esféricas: 𝐸 = ( 𝛿𝑉 𝛿𝑟 𝒂𝑟 + 1 𝑟 𝛿𝑉 𝛿𝜃 𝒂𝜃 + 1 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝛿𝑉 𝛿𝜙 𝒂𝜙) Substituindo a equação do potencial teremos: 𝑬 = ( 𝛿( 10 𝑟2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙) 𝛿𝑟 𝒂𝑟 + 1 𝑟 𝛿( 10 𝑟2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙) 𝛿𝜃 𝒂𝜃 + 1 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝛿( 10 𝑟2 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙) 𝛿𝜙 𝒂𝜙) Considerando o que é constante em cada derivada parcial e resolvendo estas derivadas teremos: 𝑬 = ( 20 𝑟3 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙 𝒂𝑟 − 10 𝑟3 cos 𝜃 cos 𝜙 𝒂𝜃 + 10 𝑟3 𝑠𝑒𝑛 𝜙 𝒂𝜙) Esta é a equação, agora temos que substituir o ponto 𝑃(2, 𝜋 2 , 0) mas antes lembre que 𝑠𝑒𝑛 0 = cos 𝜋 2 = 0 então onde tivermos cos 𝜃 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜙 não teremos componentes logo: 𝑬 = 20 𝑟3 𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜙 𝒂𝑟 = 20 23 𝑠𝑒𝑛 𝜋 2 cos 0 𝒂𝑟 = 5 2 𝒂𝑟 𝑫 = 𝜖0𝑬 𝑫 = 10−9 36𝜋 5 2 = 22,105𝒂𝑟 𝑝𝐶/𝑚 3 7. Dois cubos de 2 𝑚 estão colocados em torno de uma carga de 5𝐶 posicionada exatamente na origem de um sistema cartesiano. Sabendo que as coordenadas do vértice do segundo cubo estão a + 30 𝑐𝑚 das coordenadas do primeiro cubo. Dada esta distribuição de superfícies fechadas em torno de uma carga, comparando o fluxo do campo elétrico que atravessa os dois cubos, podemos afirmar que: (a) O fluxo que atravessa o cubo 2 é menor que o que atravessa o cubo 1; (b) Os fluxos elétricos que atravessam ambos os cubos são iguais; (c) Os fluxos são diferentes, mas não temos como calcular a diferença; (d) O fluxo que atravessa o cubo 2 é maior que o que atravessa o cubo 1; (e) Nenhuma das anteriores. 8. Talvez, em eletricidade e eletrônica, nenhum estudo seja mais importante que o estudo do potencial elétrico. Este valor escalar é um dos principais, se não o principal, fator limitador na criação de novos dispositivos elétricos e eletrônicos. O potencial, mesmo no espaço livre, indica o efeito de cargas elétricas espúrias sobre pontos de interesse e é definitivo no funcionamento, ou não, de um circuito. Considere, por exemplo que você precisa saber o potencial no ponto(1, 0, 1) do espaço livre e que nos pontos (2, −1, 3) e (0, 4, −2) existem duas cargas pontuais de −4 𝜇𝐶 e 5 𝜇𝐶 , respectivamente. Assumindo que o potencial zero está no infinito, qual é o potencial no ponto desejado? Solução: a resposta correta é a letra d. Trata-se de aplicação direta da fórmula de cálculo do potencial elétrico: 𝑉 = 𝑄 4𝜋𝜖0 ( 1 |𝑟 − 𝑟′| ) Ou, no caso, como temos mais de uma carga: 𝑉𝑝 = 𝑄1 4𝜋𝜖0 ( 1 |𝑟 − 𝑟1| ) + 𝑄2 4𝜋𝜖0 ( 1 |𝑟 − 𝑟2| ) Para obter o potencial, precisamos considerar, na verdade, a diferença de potencial entre o ponto desejado e o zero, mas como o zero está no infinito. Não precisaremos considerar este ponto. Resta-nos calcular os vetores raio. |𝑟 − 𝑟1| = (1, 0, 1) − (2, −1, 3) = |−1, 1, −2| = √6 |𝑟 − 𝑟1| = (1, 0, 1) − (0, 4, −2) = |1, −4, 3| = √26 Sendo assim: 𝑉𝑃 = 10−6 4𝜋 × 10−9 36𝜋 [− 4 √6 + 5 √26 ] = 5,87 𝑘𝑉 9. As aplicações da Lei de Gauss vão desde a simples análise do fluxo elétrico proveniente de uma carga colocada no espaço até a análise da influência dos fluxos provocados por guias de onda em sistemas de transmissão de micro- ondas, como, por exemplo, estações de satélite. Considerando um guia de onda cilíndrico, colocado dentro de um amplificador de baixo ruído, com densidade de cargas de 𝜌𝑠 = 5𝑒 −20|𝑧| 𝑛𝐶 𝑚2 calcule o fluxo elétrico proveniente da região limitada por 1 < 𝑧 < 5 𝑐𝑚 e 30° < 𝜙 < 90° se o cilindro estiver sobre o eixo 𝑧 e tiver 𝜌 = 8 𝑐𝑚. (a) 5,01 𝑝𝐶 (b) 6,12 𝑝𝐶 (c) 7,23 𝑝𝐶 (d) 8,34 𝑝𝐶 (e) 9,45 𝑝𝐶 Solução: a resposta correta é a letra e. Trata-se de uma aplicação direta da fórmula do fluxo considerando as coordenadas cilíndricas. 𝑄 𝐶 = Ψ C 𝑄 = 𝑫𝑠 ∫ ∫ 𝜌𝑑𝜙𝑑𝑧 𝜙′ 𝜙 𝑧′ 𝑧 Ou seja: 𝑄 = 𝑫𝑠 ∫ ∫ 5𝑒 −20𝑧 𝑑𝜙𝑑𝑧 90° 30° 0,05 0,01 Logo: 𝑄 = ( 90 − 30 360 ) 2𝜋(5)(0.08) ( −1 20 ) 𝑒−20𝑧| 0,01 0,05 = 9,45 × 10−3 = 9,45 𝑝𝐶 10. Encontre o campo elétrico 𝑬 a densidade de fluxo elétrico 𝑫 em um ponto 𝑃 localizado a três metros de distância de uma linha uniforme de carga com 8 𝑛𝐶/𝑚 sobre o eixo 𝑧 no vácuo. Solução: Para o cálculo do campo elétrico recorremos diretamente a equação para o cálculo referente a esta distribuição de cargas. Lembrando que o enunciado já faz a gentileza de nos informar que 𝜌 = 3 𝑚, sendo assim: 𝑬 = 𝜌𝐿 2𝜋𝜖0𝜌 𝒂𝜌 Substituindo os dados do enunciado temos: 𝐸 = 8 × 10−9 2𝜋10−9(3) 36𝜋 𝒂𝜌 = 48𝒂𝜌 𝑉/𝑚 Com este valor em mãos podemos calcular a densidade de fluxo elétrico há mesma distância. 𝑫 = 𝜖0𝑬 Logo: 𝑫 = 𝜖048𝒂𝜌 𝑫 = 10−9 36𝜋 48𝒂𝜌 = 424,41 𝑝𝐶/𝑚 2
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