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REFLUXO LARINGOFARÍNGEO Acd. Thayná Araújo Freire UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS DE SOBRAL 1 RESUMO - ANATOMIA 2 QUATRO CONSTRIÇÕES: 1ª - 15-17 cm a partir dos dentes: EES (m. cricofaríngeo, parte do m. constritor da faringe) 2ª - 22,5 cm: arco da aorta 3ª - 27,5 cm: brônquio principal esquerdo 4ª - 38-40 cm: EEI (transição com o diafragma ) 3 ESÔFAGO QUATRO CONSTRIÇÕES: 1ª - 15-17 cm a partir dos dentes: EES (m. cricofaríngeo, parte do m. constritor da faringe) 2ª - 22,5 cm: arco da aorta 3ª - 27,5 cm: brônquio principal esquerdo 4ª - 38-40 cm: EEI (transição com o diafragma ) 4 ESÔFAGO O esfíncter esofagiano inferior não é tão desenvolvido quanto o superior; o último é um espessamento da camada muscular interna, ao passo que o primeiro é mais uma organização da relação de estruturas, do que uma especificação da parede do tubo GI. Em outras palavras, uma boa parte da função do esfíncter inferior deve-se à relação entre esôfago, estômago e diafragma. 5 FUNÇÃO DOS ESFÍNCTERES Controlar o fluxo anterógrado Evitar o fluxo retrógrado 6 FUNÇÃO DOS ESFÍNCTERES - EES Pintraesofágica = Pintratorácica Pintratorácica < Patmosférica Logo, Pintraesofágica < Patmosférica Assim, existe a tendência de que o ar entre no esôfago e a função do EES é mantê-lo fora do esôfago. 7 FUNÇÃO DOS ESFÍNCTERES - EEI Pintraesofágica = Pintratorácica Pintratorácica < Pintra-abdominal Logo, Pintraesofágica < Pintra-abdominal Assim, existe a tendência de que o conteúdo gástrico retorne ao esôfago e a função do EEI é impedir esse refluxo. 8 LARINGE A função primária da laringe é actuar como um esfíncter para proteger as vias aéreas inferiores da aspiração dos materiais destinados para o estômago. A laringe é dotado com um cobertor denso neural tornando-se extremamente sensível e vigilante para os materiais que se aproximavam. Num sistema ideal, refluxate nunca iria fazer o seu caminho para a laringe porque iria ser sentida no laringofaringe, e uma tosse protetora ajudaria a mantê-lo fora do intróito laríngeo. Mas refluxate faz torná-lo para e através das pregas vocais em alguns pacientes. O nervo laríngeo recorrente (NLR) é o principal responsável pela inervação motora dos músculos intrínsecos da laringe O ramo interno do nervo laríngeo superior (NLS) é o responsável pela sensibilidade da região supraglótica até o nível da face superior das pregas vocais e o ramo externo em associação com o nervo laríngeo recorrente (NLR) também é responsável pela sensibilidade da subglote 9 LARINGE 10 FARINGE 11 REFLUXO LARINGOFARÍNGEO 12 RLF - FISIOPATOLOGIA Fluxo retrógrado do conteúdo gástrico para laringe e faringe Alterações sensoriais Lesão na mucosa e queda no pH - pepsina, sais biliares e enzimas pancreáticas O pH da faringe é neutro (pH 7), ao passo que os ácidos do estômago variar em pH de 1,5 a 2. Os danos para a faringe é o resultado de uma queda no pH e na exposição a refluxo componentes tais como a pepsina, sais biliares, e enzimas pancreáticas. Na esófago, 50 episódios de refluxo por dia, são consideradas normais, ao passo que na laringe três episódios já pode causar damage. No entanto, o efeito de ácidos na laringe, é pouco claro e alguns estudos sugerem que a combinação de ácido e pepsina é necessária para causar lesão da laringe 13 RLF - FISIOPATOLOGIA Laringofaringe: sem peristalse (ácido e pepsina permanecem no lugar mais tempo, causando irritação adicional) Epitélio mais sensível Esôfago: até 50 episódios de refluxo por dia são normais Laringe: a partir de 3 episódios derefluxo por dia já pode haver danos O pH da faringe é neutro (pH 7), ao passo que os ácidos do estômago variar em pH de 1,5 a 2. Os danos para a faringe é o resultado de uma queda no pH e na exposição a refluxo componentes tais como a pepsina, sais biliares, e enzimas pancreáticas. Na esófago, 50 episódios de refluxo por dia, são consideradas normais, ao passo que na laringe três episódios já pode causar damage. No entanto, o efeito de ácidos na laringe, é pouco claro e alguns estudos sugerem que a combinação de ácido e pepsina é necessária para causar lesão da laringe 14 RLF – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ● Disfonia ou rouquidão (71%) ● Tosse (51%) ● Globus (47%) ● disfagia (35%) OBS.: associado à granulomas e pólipos de cordas vocais e edema de Heinke 15 RGE RFL Defeito primário no EEI Defeito primário no EES Queixasdigestivas Queixasdigestivas ou esofagites pouco comuns Refluxo em decúbito dorsal(durante a noite) Refluxo emortostase(durante o dia) Sinais e sintomas:pirose, azia, regurgitação, eructação, soluços, língua saburrosa Sinaise sintomas: rouquidão,globusfaríngeo, engasgos, tosse, pigarro, dor de garganta, espasmo de glote, dispnéia , aftas, erosões dentárias, halitose,sialorréia Complicações:esofagite, câncer de esôfago e dor torácica não cardíaca Complicações:rinossinusites, otites, faringite,Iaringitecrônica, nódulos egranulomasde pregas vocais, câncer de laringe, exacerbação da ASMA Exposiçãoprolongada ao ácido Exposição restrita ao ácido Motilidadeesofágica anormal Motilidadeesofágica normal 16 RLF – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIVERTÍCULO DE ZENCKER: Região cervical: EES Halitose, globus, disfagia, regurgitação CARCINOMA LARÍNGEO Tempo de evolução 17 RLF - DIAGNÓSTICO Esta escala avalia oito itens que compõem os achados laringoscópicos mais comuns em pacientes com LPR: edema subglótico; obliteração ventricular; eritema ou hiperemia; edema das pregas vocais; edema de laringe generalizada; posterior hipertrofia da comissura; granuloma ou tecido de granulação; e o excesso de muco na laringe. Cada item é pontuado de acordo com a gravidade, localização e presença ou ausência, para uma pontuação total de 26. Os pacientes apresentando uma pontuação de 7 ou superior são classificados como tendo LPR. 18 RLF - DIAGNÓSTICO LARINGOSCOPIA: (com estroboscopia) sinais inespecíficos de irritação e inflamação laríngea; hiperemia do espaço interaritenoideo cordas vocais com lesões (granulomas) edema de Reinke estenose subglótica Estroboscopio: amplitude de vibração, movimento e flexibilidade da tunica mucosa, concordância ou não das fases vibratórias, fechamento glótico e periodicidade do ciclo. Edema de Heinke: Edema de Reinke é uma doença crônica da laringe na qual a camada superficial da lâmina própria, também denominada de espaço de Reinke, é ocupada por muco espesso, conferindo às pregas vocais aspecto gelatinoso e mixomatoso 19 RLF - DIAGNÓSTICO A – nódulos na parede posterior da faringe (1) B – eritema na região interaritenoide (2) C – eritema e superficie irregular na comissura posterior (3) D – edema na parede posterior da cricoide (4) E – edema, eritema no complexo aritenoide (5) F – cordas vocais verdadeiras com edema (6) G – cordas vocais falsas com edema (7) I – eritema de epiglote (9) J – edema na prega aripepiglotica (10) 20 RLF - DIAGNÓSTICO 21 RLF - DIAGNÓSTICO Teste de supressão da acidez gástrica - IBP pH-metria de 24 horas Identifica a frequência que o refluxo ocorre em 24 horas e o nível que o conteúdo gástrico atinge no esôfago 22 RLF - TRATAMENTO Eliminar ou reduzir a causa Mudança de hábitos IBP: dose única diária, 6-12 semanas Antiácidos Pró-cinéticos Tabagismo, alcoolismo, obesidade, hernia de hiato, 23 REFERÊNCIAS CAMPAGNOLO, A. M. , PRISTON, J., THOEN, R. H.,MEDEIROS, T., ASSUNÇÃO, A. R.,Laryngopharyngeal Reflux: Diagnosis, Treatment, and Latest Research. Int Arch Otorhinolaryngol. 2014 Apr; 18(2): 184–191 (doi: 10.1055/s-0033-1352504) FRANCO, R. A., DESCHLER, D. G., PARK, Laryngopharyngeal Reflux. Literature review current thougth: Aug 2015. (UpToDate) MARAMBAIA, O., ANDRADE, N. A., VARELA, D. G., JUNCAL, M. C. Refluxo laringofaringeano: estudo prospectivo correlacionando achados laringoscópicos precoces com pHmetria de 24 horas de 2 canais. Ver Brs Otorrinolaringol. V.68, n.1, 81-85, jan-fev 2002. 24 REFLUXO LARINGOFARÍNGEO Acd. Thayná Araújo Freire UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS DE SOBRAL 25
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