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DOENÇAS DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS - RINOSSINUSITES 
Conceito: Inflamação sintomática da mucosa do nariz e seios paranasais 
Classificação baseada no tempo de sintomas
• Aguda: < 12 semanas
• Crônica: > 12 semanas 
Quadro agudo: Único pico e tem resolução completa 
Quadro crônico: Tem uma piora e depois estabiliza nessa piora por mais de 12 semanas 
Quadro agudo recorrente: Adoeceu, curou, depois pegou de novo e voltou ao normal (crises 
isoladas com melhora completa entre um episódio e outro)
Quadro crônico com exacerbação aguda: Tem exacerbação do quadro, melhora um pouco, 
mas não tem melhora completa, e depois piora novamente 
• EVA a partir de 5 ja considera impacto na qualidade de vida 
Fisiopatologia: Produção e clearence de muco nas cavidades paranasais
O epitélio respiratório tem células cilíndricas ciliadas e esses cílios são muito importantes, pois 
eles tem um movimento coordenado dependendo da área que eles ocupam nos seios 
paranasais. E esse movimento coordenado chamado de metacronia (coordenação das múltiplas 
direções do batimento ciliar) tem uma função, que é empurrar o muco nasal em direção a fossa 
nasal e lá da fossa nasal é empurrado para a parte mais posterior caindo na rinofaringe (a parte 
da secreção que é engolida fisiologicamente). Em situações de exposição a patógenos, ocorre 
uma destruição epitelial, diminuindo a funcionalidade dos cílios, com isso ocorre edema da 
mucosa e aumento da produção de muco, proporcionando o ambiente adequado para a 
proliferação bacteriana. 
Camadas do muco nasal
• Fase gel: Mais externa e viscosa
• Fase sol: Mais interna e menos viscosa
RINOSSINUSITES AGUDAS 
Etiologia: S. Pneumoniae, H. Influenzae e M. Catarrhalis (crianças) 
• Resistência bacteriana e aumento de patógenos bacterianos 
• Atopia e RS - Controverso 
Diagnóstico (Clínico - 2 ou mais sintomas)
• Bloqueio/ Obstrução/ Congestão nasal 
• Descarga nasal: Gotejamento anterior ou posterior 
• Pressão/ dor na face 
• Redução ou perda do olfato 
• Tosse intensa em crianças 
Existem outros critérios diagnósticos (mais antigos), classificando em critérios maiores e menores 
Alterações endoscópicas: Mucosa edemaciada e congesta
Tomografia da face: Nível hidroaéreo preso nos seios da face 
• RSA viral: Intervalo < 10 dias
• RSA pós-viral: Quando melhora, mas não 100% (Não tem a segunda piora) 
• RSA bacteriana: Quando tem a segunda piora aproximadamente pelo 7º dia, geralmente é pior 
que o primeiro quadro
Se passar dos 10 dias de sintomas, avaliar se teve novo pico (segunda piora) ou nao, para variar 
a necessidade de antibiótico
Tratamento
RSA viral 
• Lavagem nasal 
• Descongestionantes tópicos e sistêmicos 
• Anti-histamínicos (alergia associada) 
• Analgésicos e AINH
• Fitoterápicos (Pelargonium sidoides) e prebióticos 
• Corticoide nasal: Sintomas por mais de 10 dias 
RSA bacteriana
• Amoxicilina (Alguns autores não indicam - melhor em crianças que nunca usou ATB ) 
• Amoxicilina-Clavulanato de potássio 
• Clindamicina - Paciente alérgico a penicilina e/ou cefalosporina
• Ceftriaxona - Usar em casos de complicações
• Azitromicina/Claritromicina 
• Na crônica passa mais de 10 dias de antibiótico
RINOSSINUSITES AGUDAS RECORRENTES 
RSA recorrente - 4x/ano com resolução completa dos sintomas entre os episódios 
• Investigar infecção odontológica e variações anatômicas (desvio de septo, concha média 
bolhosa, obstrução coanal - hiperplasia adenoidiana, estenose da fossa nasal, pólipos)
RINOSSINUSITES CRÔNICAS 
RNC
• Processo inflamatório > 12 semanas 
• Destruição da mucosa, que não se regenerou após a inflamação/infecção aguda 
Fisiopatologia: 
• Toxinas produzidas pelas bactérias que lesam o epitélio respiratório (S. Áureos, P. Aeruginosas 
e anaeróbios)
• Produção de biofilmes: Colonização polimicrobiana (bactérias + fungos latentes) perpetuando o 
processo inflamatório
Tratamento RSC: 
• Lavagem nasal com solução salina 
• Corticosteroides nasais e orais 
• Antibióticos nas agudizações (A+C por pelo menos 10 dias) 
	 ATB prolongado
	 ATB tópico: Não há benefício comprovado 
RSC com polipose 
• Polipose nasossinusal: Edema + Degeneração 
• Geralmente iniciada no meato médio, edema e degeneração da mucosa (parece um cisto cheio 
de muco - liso e translúcido)
• Bilateral
• Sexo masculino, 5ª década de vida
• Crianças: Doenças sistêmicas - Fibrose cística
• Tríade de Widal ou Síndrome de Samter
• Doença respiratória exacerbada pela aspirina - polipose nasal, intolerância a AAS e asma 
Epitélio respiratório ciliado normal, intercalado por áreas de lesão externas, com metaplasia do 
epitélio e aumento das células caliciformes 
Tratamento RSCcPNS
• Lavagem nasal 
• Corticoides tópicos e sistêmicos (o sistêmico por 7 dias) 
• ATBs sistêmicos
	 Curto prazo: < 3 semanas em exacerbações 
	 Longo prazo: 12 semanas - ação anti-inflamatória dos macrolídeos 
• Antileucotrienos (Montelucaste de sódio) 
• Dessensibilização à AAS (pós cirúrgico) 
• Cirúrgico: Não responde ao tratamento clinico em 3 meses; Paciente que tem glaucoma, 
paciente com baixa adesão ao tratamento; Paciente com sintomas muito intensos; Pacientes 
com complicações 
Rinossinusite fúngica 
• As infecções s tornara mais comuns devido ao uso de ATBs de amplo espectro e doenças 
imunodepressoras
• Pode ser dividida em invasiva e nao invasiva 
• Arpergillus é o fungo mais comum
Diagnóstico: 
• Cultura
• PRC/ Métodos moleculares
• TC da face: Calcificações 
• RNM
RSF: Bola fúngica 
• Emaranhado de hifas dentro do seio da face sem invasão tecidual
• Unilateral 
• Ocorre em indivíduos imunocompetentes 
• Parece RSB: Obstrução nasal e cacosmia 
Tratamento - cirúrgico 
RSF alérgica 
• Eosinofilia local + fungo+ resposta alérgica = reação inflamatória e imunológica com 
microvasculite focal, trombose, isquemia e necrose
• Rinorreia escura e espessa (muco a alérgica) 
• Atopia 
• Comumente associada com polipose
• Deformidade da face 
RSF invasiva aguda 
• Só atinge pacientes gravemente imunodeprimidos
• Potencialmente fatal 
• Início na cavidade nasal 
Tratamento: 
• Correção do fator metabólico/imunológico que está causando a imunodepressão 
• Antifúngico IV (Anfotericina B/Voriconazol) 
• Debridamento cirúrgico 
RSF invasiva crônica 
• Rara
• Não imunocomprometidos 
• Massa em seios da face (SF) + erosão óssea
• Muito difícil diferenciar de CA, só sabe bem depois da biópsia 
• TC: Mimetiza malignidade
Tratamento: 
• Debridamento cirúrgico 
• Antifúngicos 
COMPLICAÇÕES 
• Alta morbidade e mortalidade
• Orbitárias (Mais comum pela íntima relação dos seios com a órbita) 
• Intracranianas 
• Ósseas (Mais raras) 
Complicações orbitárias 
Tratamento 
	 Clínico: Ceftriaxona + clindamicina / Ceftriaxona + oxacilina (EV)
	 Cirúrgico: Drenagem cirúrgica 
Complicações intracranianas 
• Meningites
• Abcesso epidural 
• Empiema subdural 
• Tromboflebite de seios venosos 
• Abcesso cerebral 
Em casos de complicações intracranianas o paciente pode chegar com diminuição do nível de 
consciência, cefaleia intensa incapacitante, alteração visual, alterações neurológicas (perda de 
forca em membros) e coma.
 
Tratamento:
• Antibiótico + Corticoide EV (mandatório para diminuir edema cerebral - PIC) + cirurgia
• Ceftriaxona + vancomicina/oxacilina 
Complicações ósseas 
• Menos comuns 
• Seio frontal (Tumor de Pott -Tumefação central do seio frontal pelo amolecimento da parede 
óssea)
Tratamento: Clínico (ATB) + cirúrgico 
	DOENÇAS DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS - RINOSSINUSITES

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