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1. PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA • compreendendo os princípios, compreende-se o DTF. • Muitas vezes, as regras principiológicas preponderam sobre os dispositivos do Código Civil. 2. O QUE PENSAR DA CATEGORIA FAMÍLIA ATUALMENTE NO BRASIL? 2.1 RETROSPECTO HISTÓRICO ACERCA DO QUE É FAMÍLIA: • modelo de família no qual seguimos: a família romana, a família cristã e a família germânica. → FAMÍLIA ROMANA: em Roma, originariamente, existia o que era chamado de “páter- famílias”, o pai, o chefe de família, onde detinha o poder de vida ou morte sobre seus filhos, e todos os demais deviam devoção àquela pessoa. • O páter-famílias tinha para si poderes patrimoniais, pessoais e religiosos. Com o desenvolvimento da sociedade romana, o páter-famílias perde o direito de vida ou morte sobre os filhos, mas continua sendo considerado o chefe da família. → FAMÍLIA CRISTÃ: na Idade Média, com maior insistência, passa-se a discutir o direito cristão, o Cristianismo traz para si uma visão de direito de família, uma visão de família muito fechada. • FAMÍLIA seria aquela constituída com base no casamento, mas não qualquer casamento, mas sim no casamento cristão. • Só se conhecia FAMÍLIA aquela família matrimonial. → CC/16 fala em: família matrimonial que advém do casamento; o chefe de família (pois o pai é o chefe de família, onde ele irá determinar onde a família irá morar, como gerir o patrimônio dos filhos e da esposa (a mesma não tinha voz no casamento). → ESTATUTO DA MULHER CASADA: onde a mulher passa a ter alguns direitos, como por exemplo, o direito sobre os filhos, de também ter poder de decisão acerca dos filhos e direito em trabalhar e administrar o que recebe como fruto do seu trabalho. → O direito brasileiro não permitia a dissolução do casamento, salvo em caso de morte. Com o tempo, passou-se a permitir o desquite: findava a sociedade conjugal mas não a dissolvia, ou seja, não tem-se mais deveres matrimoniais e patrimoniais um com o outro, porém, era vedado outro casamento, pois não houve a dissolução do casamento; tanto que a qualquer momento poderia reaver-se o casamento. → Lei 6.515/97: Lei do Divórcio. • É quando o casamento pode, de fato, ser dissolvido: a possibilidade de se casar novamente. • Mas antes dessa lei, muitas pessoas que se desquitavam passavam a viver juntas; e pessoas livres e desimpedidas que passavam a morar juntas: o direito brasileiro não reconhecia como entidade familiar, onde deram origem antes era chamado de CONCUMBINATO PURO. CIVIL IV (aula 01) Direito de Família → CONCUMBINATO • puro: todo relacionamento entre pessoas livres e desimpedidas, mas que não desejam se casar. (antes chamado de união livre; atualmente chamada de união estável); • impuro: forma de relacionamento no qual existia um impedimento para tal. Uma ou ambas as pessoas não podiam estar naquela relação. → impuro adulterino: constituído por uma pessoa casada e em paralelo ao casamento, mantendo uma outra relação (família paralela por meio de comcumbinato); → impuro incestuoso: também é um impedimento, mas por se tratar de uma relação de parentesco. São pessoas livres para manter um relacionamento, mas impedidas de relacionar-se entre si. Ex: pai – filha; irmãos. → CF/88: aumento das entidades familiares. Atualmente, tanto o casamento, a união estável, as famílias monoparentais (constituídas por um de seus genitores e filhos) são reconhecidas como entidades familiares. • outros exemplos: famílias homoafetivas, famílias mosaico. • Família anaparental: 'ana' = ausência → família constituída sem os pais. Ex: família constituída por 2, 3 irmãos. • Família paralela: originariamente era apenas 1 tipo: concumbinato. • Poliamor: todos os envolvidos consentem, estão de boa – fé; → A BASE do DTF é a monogamia, ou seja, um relacionamento somente entre 2 pessoas. • há uma colisão de direitos: não negar direito de família às famílias constituídas na boa – fé, mas por outro lado, a tentativa de manter toda a base já conhecida enquanto entidade familiar. → Porque no poliamor há direitos ? No poliamor, todos os envolvidos estão de boa – fé; não há como afirmar que houve quebra de deveres matrimoniais. Ex: quebra do dever de fidelidade. → CC/02: redundante em afirmar “fidelidade recíproca”. Porque? Agora o dever de fidelidade é de AMBOS, e não somente à mulher, como antigamente. → O extinto crime de adultério NUNCA foi voltado para o homem, somente para a mulher. • CC/16: a filiação era absoluta. • Com o surgimento do DNA, não somente é necessário dizer que o filho era do homem pelo simples fato de presunção do casamento. • CC/02: a filiação é relativa. Podendo o homem contestar a paternidade sem lhe trazer nenhuma sanção. 3. PRINCÍPIO NORTEADOR DO DTF • Princípio da dignidade da pessoa humana: serve como norte não somente ao DTF, mas sim a todos os outros ramos do direito. • Dentro do DTF deve-se buscar a dignidade, mas uma dignidade extremamente ampla: uma dignidade de afeto, uma dignidade de vida, uma dignidade de viver em paz, e poder ter a liberdade de escolher o que melhor lhe couber. 3.1 PRINCÍPIO DA LIBERDADE: ferroneamente ferido pelo art. 1641, CC/02 • “ os maiores de 70 só poderão se casar em regime de separação obrigatória de bens”; • é como se desse um atestado de incapacidade ao maior de 70 anos; • a possibilidade de uma mudança no que diz respeito: mas só veio atestar o que essa premissa diz, usando como base a expectativa de vida do brasileiro (70 – 80 anos); 3.2 PRINCÍPIO DA IGUALDADE: adquirida plenamente com a CF/88; a) igualdade de homem e mulher; b) igualdade entre homem e mulher; c) igualdade entre os filhos; 3.3 PRINCÍPIO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR: • Lei de Planejamento Familiar: lei 9.263/96; • Princípio da comunhão de vidas; * 3.4 PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR: tudo o que envolve menor de idade, o menor tem preferência. • a busca do melhor para o menor; 3.5 PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE: o afeto tem preponderado sobre os laços biológicos. Ex: a multiparentalidade.
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