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Sociologia da Familia

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UNIVERSIDADE UNITIVA FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
1ºANO
Tema: Sociologia da família
Discentes: Edna Amado
Edna Helena Gledyʼs Malambane Kyron Chau
 Maizen Cassamo 
 Tânia Mazie 
10
Índice 
Introdução	3
Conceito das Famílias	4
A família como um objecto de estudo da sociologia	4
Evolução Histórica das Famílias	5
A Família no Direito Romano	5
A Família no Direito Canônico	6
A génese da família nuclear nas sociedades ocidentais	7
Tipos contemporâneos de Família	8
O Lugar da Mulher na Família	10
O Lugar do Idoso na Família	11
Funções da família	12
A Importância da Família	13
Conclusão	14
Bibliografia	15
Introdução
A organização da sociedade foi sofrendo profundas alterações ao longo do tempo. Desde os primeiros grupos tribais até à complexidade das sociedades políticas contemporâneas, desde uma organização muito baseada na força do colectivo até ao individualismo tão característico do nosso tempo, um longo caminho se percorreu.
Mas tanto no passado como no presente, a família tem ocupado um papel fundamental na organização das sociedades. É na família que a que a criança inicia a sua educação, é nela que encontra proteção, segurança, orientação para a vida, integração social, é na família que a criança adquire os seus traços mais característicos , afastando-se do domínio do determinismo biológico e adquirindo as marcas culturais que caracterizam a humanidade. Sem laços familiares fortes todo o processo da hominização fracassaria. Sem família a sociedade não sobreviveria.
Conceito das Famílias
A Família entende-se como sendo um grupo de pessoas unidas directamente por laços de parentesco, onde os adultos assumem a responsabilidade de cuidar das crianças. Os laços de parentesco são entendidos como sendo as relações entre os indivíduos, estabelecidas através do casamento ou por meio de linhas de descendência. O casamento é visto como uma união sexual entre dois indivíduos adultos, reconhecida e aprovada socialmente. O casamento une, igualmente, um número muito vasto de pessoas que se tornam parentes pela relação de afinada- de entre as duas famílias.
A Importância da Família
Se existe algo ou alguém em que geralmente podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa família. Ela nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional.
Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias.
É também no ambiente familiar que conhecemos os nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização. Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes
Funções da família
A evolução da família ,ao longo dos tempos, mostra-nos que esta tem perdido algumas das suas funções tradicionais. Perdeu a função política que tinha o direito romano , quando se estruturava sobre o parentesco agnaticio,assente na ideia de subordinação ou sujeição ao pater famílias de todos os seus membros. Perdeu a função de económica de unidade de produção , embora continue a ser normalmente uma unidade de consumo. As funções educativa , de assistência e de segurança ,que tradicionalmente pertenciam à família tendem hoje a ser assumidas pela própria sociedade. Por último, a família deixou de ser fundamentalmente o suporte de um património de que se pretenda assegurar a conservação e transmissão,à morte do respectivo titular. Pode notar-se , neste último aspecto, que a reforma de 1977 deu uma posição sucessório mais forte ao cônjuge sobrevivo, que concorre em propriedade com os descendentes, se houver , com ascendentes, na falta dos primeiros , assim os bens de família podem sair agora da linha consanguínea do de cuius para entrar na linha consanguínea do outro cônjuge.
A desfuncionalizaçao da família reforçou porém a sua intimidade,e permitiu que revelassem , por assim dizer,as funções essenciais e irredutíveis do grupo familiar:nas relações entre os cônjuges ,a sua mútua gratificação afectiva ,e por,outro lado , a socialização dos filhos , ou seja , a transmissão da cultura, como conjunto de normas , valores , papéis e modelos de comportamento dos indivíduos.
Embora tal “socialização” se faça também na escola e mesmo for a desta , a família e ainda hoje o grande mediador cultural, nela se operando, como alguém escreveu , o “Segundo nascimento” do homem , ou seja ,o seu nascimento como personalidade socio-cultural ,depois do seu “primeiro nascimento “ como indivíduo físico.
A família como um objecto de estudo da sociologia
Os critérios da sociologia, desde sempre, a família foi considerada como uma unidade de análise, ou melhor dizendo, um objecto de estudo disciplinar. Foi quando, a partir do século XX, em pleno quotidiano social industrializado, que a sociologia da família sofreu as mais importantes mutações, abrindo-se então um leque de ópticas e opiniões a que se referem ao modo de socialização familiar. Fatos como o casamento, assim como sua duração e estabilidade, ou até mesmo a escolha do consorte, a dimensão da família, sua procriação voluntária, os papéis masculinos e femininos, as relações do casal e a relevância do papel da criança em meio a tudo isto são assuntos “para sociólogo estudar”.
O novo estatuto do adolescente, assim como as relações alargadas de parentesco, não deixam de estar englobados nestes mesmo interesse da sociologia. As abordagens sociológicas têm sido bastante importantes para a interpretação e sã entendimento da família, inclusive, nas quais, aferram-se a institucional, a estrutural-funcionalista, a marxista e a interacionista.
Sendo a institucional aquela que entende a família como uma instituição de base para a sociedade geral, estando assim afrontada às outras instituições sociais, políticas, econômicas e educativas por via de um contexto generalizado. Este tipo de abordagem foi a que perdurou durante a Sociologia Clássica do século XIX e início do XX.
Contudo, hoje em dia encontra-se arcaica devido às críticas que recebera por enfatizar exacerbadamente os aspectos estáticos e assumir, de forma arbitrária, um modelo familiar nuclear como universal.
A abordagem estrutural-funcionalista, no entanto, apoia-se sobre a teoria de que a família não deve ser encarada com uma sociedade particular que se incorpora sob suas principais funções sociais
Evolução Histórica das Famílias
Não há na história dos povos antigos e na Antiguidade Oriental como na Antiguidade Clássica o surgimento de uma sociedade organizada sem que se vislumbre uma base ou seus fundamentos na família ou organização familiar.
A Família no Direito Romano
Foi a Antiga Roma que sistematizou normas severas que fizeram da família uma sociedade patriarcal. A família romana era organizada preponderantemente, no poder e na posição do pai, chefe da comunidade. O pátrio poder tinha caráter unitário exercido pelo pai. Este era uma pessoa sui júris, ou seja, chefiava todo o resto da família que vivia sobre seu comando, os demais membros eram alini júris.
Na sociedade Romana, elitista e machista os poderes patriarcais eram numerosos. Como mostram os princípios que vigiam à época:
· Jus vita ac necis (o direito da vida e da morte);
· Jus exponendi (direito de abandono);
· Jus naxal dandi (direito de dar prejuízo).
Com a morte do “pater famílias” não era a matriarca que assumia a família como também as filhas não assumiam o pátrio poder que era vedado a mulher.O poder era transferido ao primogênito e/ou a outros homens pertencentes ao grupo familiar.
No casamento Romano existiam duas possibilidades para a mulher: ou continuava se submetendo aos poderes da autoridade paterna (casamento sem manus), ou ela entrava na família marital e devia a partir deste momento obediência ao seu marido (casamentocom manus).
Duas espécies de parentesco existiam no Direito Romano:
A aganação- consistia na reunião de pessoas que estavam sob o poder de um mesmo pater, englobava os filhos biológicos e os filhos adotivos, por exemplo.
A cognação- era o parentesco advindo pelo sangue.
Assim, a mulher que houvesse se casado com manus era cognada com seu irmão em relação ao seu vínculo consangüíneo, mas não era agnada, pois cada qual devia obediência a
um pater diferente, ou seja, a mulher ao seu marido e o irmão ao seu pai. Com a evolução da família romana a mulher passa a ter mais autonomia perante a sociedade e o parentesco agnatício vai sendo substituído pelo cognatício.
Na época do Império Romano passam os cognados a terem direitos sucessórios e alimentares, além da possibilidade de um magistrado poder solucionar conflitos advindos de abusos
do pater. Nesta fase, a mulher romana já goza de alguma completa autonomia além de corresponder ao início do feminismo. A figura do adultério e a do divórcio se multiplica pela sociedade romana e com isso a dissolução da família romana.
A Família no Direito Canônico
A partir do século V, com o decorrente desaparecimento de uma ordem estável que se manteve durante séculos, houve um deslocamento do poder de Roma para as mãos do chefe da Igreja Católica Romana que desenvolveu o Direito Canônico estruturado num conjunto normativo dualista (laico e religioso) que irá se manter até o século XX. Como conseqüência, na Idade Média, o Direito, confundido com a justiça, era ditado pela Religião, que possuindo autoridade e poder, se dizia intérprete de Deus na terra.
Os canonistas eram totalmente contrários à dissolução do casamento por entenderem que não podiam os homens dissolver a união realizada por Deus e, portanto um sacramento.
O direito canônico fomentou as causas que ensejavam impedimentos para o casamento, incluindo as causas baseadas na incapacidade de um dos nubentes como eram: a idade, casamento anterior, infertilidade, diferença de religião; as causas relacionadas com a falta de consentimento, ou decorrente de uma relação anterior (parentesco, afinidade).
A evolução do Direito canônico ocorreu com a elaboração das teorias das nulidades e de como ocorreria a separação de corpos e de patrimônios perante o ordenamento jurídico.
A génese da família nuclear nas sociedades ocidentais
O núcleo de família considerado ideal em cada momento não assumiu sempre a mesma forma de organização, pois, coexistiram formas diferentes de organização familiar. Contudo é possível encontrar algumas regularidades e efectuar uma contextualização histórica do processo de generalizações, do modelo de família nuclear mais comum nas sociedades ocidentais.
A Família antes da Revolução Industrial apresentava uma estrutura com um elevado número de filhos, os filhos, por sua vez, eram considerados um factor de prestígio, contudo deparavam-se com elevadas taxas de mortalidade infantil.
Na casa de família podiam coexistir duas ou três gerações distintas, a habitar o mesmo espaço, sendo todas elas controladas pela autoridade máxima, que era o homem mais velho da casa (o patriarca). A residência era comum ou próxima à prática da actividade profissional de toda a família. Estas famílias apresentavam uma hierarquia muito rígida, baseada nas diferenças de género e de idade, em que as mulheres estavam sempre subordinadas aos homens e os jovens sempre subordinados aos mais velhos e todos eles, homens e mulheres submetidos ao elemento com mais autoridade na família, o ancião.
A mulher gozava de um estatuto mais baixo, pois enquanto solteira era controlada pelo pai, enquanto casada pelo marido, enquanto viúva pelo filho mais velho e o seu estatuto só aumentava na proporção directa do número de filhos que conseguia ter, pois o filho aqui era considerado uma fonte de riqueza.
Depois da Revolução Industrial, no final do século XVIII ocorreram um conjunto de transformações. As populações abandonaram as localidades rurais e migraram para as
cidades, vão para junto das fábricas, onde podem trabalhar e ter autonomia de residência, tornando-se in visível o velho sistema familiar. Perde-se a estrutura hierárquica e os serviços mútuos, assim como se alteram a forma de constituir os casais, isto porque cessa o controlo do ancião, dominam as preferências pessoais na escolha do cônjuge, diminui o peso da aprendizagem feito no seio familiar, diminui o peso do controlo feito pelos mais velhos aos seus parentes, a escassez do espaço impede a formação da residência conjunta de muitos familiares e reduzem o número de filhos.
Os filhos deixam de ser vistos como fator de riqueza e os pais já não podem contar com a ajuda dos parentes para a sua criação. A família tradicional vê-se substituída pela família conjugal ou nuclear unida por laços emocionais, imbuída de um grande grau de privacidade doméstica e de uma grande preocupação com a criação e educação dos filhos.
O casamento passa agora, pós revolução industrial, a obedecer a critérios de escolha pessoal, guiado por normas de afeição e de amor romântico, onde passa a ser natural a dimensão da vivência sexual. O homem e a mulher têm diferentes posições no seio da família, a mulher fica encarregue da educação dos filhos e o homem é o ganha-pão.
Em meados do século XX estava generalizado o sentimento de que a família é ou deveria ser um mundo privado, de realizações pessoais, onde imperasse carinho, afectividade, protecção, estímulo à educação e formação, promoção social e recriação lúdica.
Tipos contemporâneos de Família
Uma família tradicional é constituída por dois adultos de sexo diferente que vivem maritalmente, com os seus filhos biológicos e/ou adotados, mas hoje nós encontramos diversos tipos de família que têm surgido nas sociedades ocidentais, nas últimas décadas: os agregados monoparentais, as famílias recompostas, a coabitação e os casais homossexuais.
Os agregados monoparentais- são constituídos por um adulto e pelos seus filhos, na maior parte dos casos o adulto é a mulher. As razões que originam a monoparentalidade são a separação ou divórcio, a viuvez e a geração de uma criança por parte de uma mulher solteira. A custódia partilhada dos filhos começa a ganhar adeptos, permitindo às mães e aos pais constituírem dois agregados familiares autónomos, mas partilhando os filhos.
Famílias recompostas- os segundos casamentos estão relativamente generalizados na nossa sociedade e podem acontecer por várias circunstâncias. Uma primeira situação ocorre quando se realiza um casamento entre pessoas jovens que não trazem filhos do casamento anterior. Uma segunda situação ocorre, quando se está a realizar um segundo casamento em que os cônjuges trazem filhos de casamentos anteriores, que vêm viver num novo agregado com um novo cônjuge. Porém numa idade mais tardia dos cônjuges, os filhos podem existir, mas como já estão crescidos não acompanham os pais no seu novo agregado familiar. Este novo casamento pode gerar novos filhos e esta situação, pode trazer grandes benefícios familiares ou ser uma fonte de grande tensão, quando um dos progenitores mantém contactos com os filhos do primeiro casamento e o outro cônjuge actual se sente posto à margem dessas visitas. As relações entre padrastos e enteados nem sempre estão bem definidas e havendo filhos de ambos os lados, podem existir discrepâncias quanto às regras de convivência e educação, a ministrar aos filhos e aos enteados.
Coabitação- é uma situação cada vez mais frequente entre os jovens, que entendem esta situação como um período experimental de vida em comum, antes do casamento.
Casais Homossexuais- a evolução dos tempos tem possibilitado a estabilização das relações homossexuais, pessoas do mesmo sexo que optem por viver maritalmente. Apesar de na maioria dos países ocidentais ainda não se aceitar o casamento entre homossexuais, os casais assumem livremente os seus compromissos inerentes ao casamento. Contudo não têm acesso aos seguintes direitos: à adoção de crianças, visita hospitalar ou prisional,definição de regimes de bens, direito de herança e regulamentação da dissolução da união.
O Lugar da Criança na Família
A Evolução dos papéis familiares está intimamente ligada às transformações ocorridas na estrutura familiar, que desde logo vão alterar a forma como se vê a criança, a mulher e o idoso
Na idade média e moderna a criança era entendida como um adulto em miniatura e por volta dos sete anos passavam para o mundo dos adultos, dos homens no caso dos meninos, compartilhando com eles o trabalho e a diversão. A menina ficava em casa a aprender as lides domésticas, sendo educada para cuidar da casa, do marido e dos filhos. A família tinha a exclusiva função de transmitir a vida, os bens e o nome, mas não tinha gran- de influência na sensibilidade da criança e o conceito de educação não existia. Contudo a proibição do trabalho infantil e a instituição da escolaridade obrigatória tornaram a criança, uma fonte de despesa para a família, deixan- do a criança de ser um fonte de rendimento. As famílias passam nos dias de hoje, a dar-lhe um lugar de destaque central na orientação da afectividade de todos os elements da família.
O Lugar da Mulher na Família
A mulher durante muito tempo estava destinada a ocupar exclusivamente o espaço do lar dentro de portas, foi durante longos séculos entendida como “dona de casa”, responsável pelas tarefas domésticas, pela educação dos filhos e cuidado do marido.
A mulher na sociedade actual passa a trabalhar fora de casa tal como o homem, vai portanto aliar o emprego com o trabalho doméstico, atenua-se a exclusividade do papel expressivo (gestão do cuidar e dos afetos) associado à mulher e do instrumental ao homem, passando os dois progenitores a ter os mesmos papéis, gerando-se famílias de dupla carreira – mulher e homem desempenham em simultâneo o papel expressivo e instrumental. Recentemente, as mulheres têm reivindicado a igualdade de direitos e deveres no casamento, exigindo ao homem a partilha das tarefas domésticas e a educação dos filhos. Esta situação é aceite pelos homens, mas a situação de ajuda é mais comum (quando aceite), visto que as grandes responsabilidades domésticas continuam a recair sobre a mulher.
As relações matrimoniais começam pelo amor e terminam com a falta do mesmo. Os casais são confrontados com responsabilidade acrescida, tendo de ser felizes juntos, numa busca constante de harmonia e felicidade. Na família conjugam-se vários interesses, trabalho, amor e a liberdade para prosseguir objectivos pessoais, tanto o homem como a mulher dá uma importância enorme às suas necessidades pessoais e profissionais. Os casais modernos enfrentam hoje um conjunto de problemas que exigem uma negociação e uma tomada de posição constante, no amor, no sexo, no número de filhos pretendidos, na gestão do casamento, na partilha dos deveres domésticos, no trabalho, nas opções políticas, nas poupanças, na projeção da profissões e no combate às desigualdades dentro do lar.
O Lugar do Idoso na Família
Na terceira idade ocorrem, forçosamente, mutações no que toca aos papéis sociais ocupados pelos idosos. A entrada nesta nova etapa implica o reajustamento de comportamento do idoso a novas condições de vida. É neste contexto que tanto a sociedade, o Estado (através de políticas públicas para apoiar estas mudanças), mas sobretudo a família, devem intervir no sentido de prevenir a solidão e estimular o envolvimento social do idoso. Não podemos esquecer que, genericamente, a Terceira Idade vem acompanhada de circunstâncias como a reforma, a viuvez e a enfermidade, que não determinam, mas influenciam a privação dos idosos de algumas das funções e relações importantes que contribuíram para a formação da sua identidade. A solidariedade familiar é, então, essencial para que o idoso tenha uma boa qualidade de vida.
Devido a vários fatores socioculturais e económicos, a dinâmica familiar tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos. A composição da família moderna é, sobretudo, influenciada pela seguinte ordem de condicionantes: o aumento da longevidade, a entrada da mulher no mundo do trabalho, os divórcios, a viuvez, a gravidez fora do casamento, o desemprego, o empobrecimento dos pais e dos avós e as doenças na família. Assim, aqui já não falamos no conceito de “família nuclear”, mas sim no conceito de “família extensa”, que designa as
situações em que os filhos retornam à casa dos pais ou o contexto em que as famílias incluem os avós maternos ou paternos na sua convivência familiar, bem como de outros parentes.
Focando a nossa atenção no caso particular dos idosos, à família, tida como a célula principal de organização social, cabe a reorganização da sua composição familiar para assumir o dever de auxiliarem os seus idosos no processo de adaptação às novas mudanças biológicas naturais.
No contexto familiar, o idoso tem, efectivamente, um papel relevante em vários aspetos. Não podemos esquecer que um idoso é um ser que tem consigo toda uma história de vida e de experiências feita. Graças à experiência acumulada, os idosos podem apresentar soluções de problemas, eficazes e bem-sucedidas, aos que os rodeiam, pois conhecem as necessidades e as motivações humanas, os processos sociais físicos e psicológicos da evolução dos tempos.
Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho, pudemos concluir que a família é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Sua ausência gera graves consequências. Pais e filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e seus indivíduos não caiam no mundo dos vícios e das futilidades.
Referencias Bibliográficas
ARON Raymond as Etapas do pensamento Sociológico, São Paulo: Martins Fontes, 2002 BOBBIO , Norbeto. Teoria do orçamento jurídico . 10 ed. Brasília: Unb
1997.
BRITTO, Carlos Ayres, Teoria da Constituição, Rio de Janeiro, Forense, 2003
CANOTILHO, Jose Joaquim Gomes, Direito constitucional e teoria da Constituição. 7 ed. Coimba Almeida ,2003.
GRAU. Eros Roberto. A Ordem Económica na Constituicao de 1988 10 ed. São Paulo: Malheiros,2005
· Torres, analia, Divorcio em Portugal, Ditos e Interditos, Celta Editora, 1996; ID., Sociologia do casamento, Oeiras, Celta Editora 2001; casamento em Portugal, Oeiras, Celta Editora. 2002.
· https://www.a12.com/jovensdemaria/artigos/comportamento/a-importancia-da- familia-para-a-vida/
· LinkClick.aspx?fileticket=mLZEi9-uujE%3D&tabid=15006&mid=44317

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