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6
PROCESSO E PROCEDIMENTO 
 
FASE DE SANEAMENTO – PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
 
1. Introdução – Sob o nome de “providências preliminares”, o Código instituiu certas medidas 
que o juiz, eventualmente, deve tomar logo após a resposta do réu e que se destinam a 
encerrar a fase postulatória do processo e a preparar a fase saneadora. O saneamento 
propriamente dito deverá se aperfeiçoar, na fase seguinte, através do “julgamento conforme 
o estado do processo”. 
 
 Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão 
fará a conclusão dos autos. O juiz, no prazo de 10 (dez) dias, 
determinará, conforme o caso, as providências preliminares, 
que constam das seções deste Capítulo. 
Art. 328. Cumpridas as providências preliminares, ou não 
havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento 
conforme o estado do processo, observando o que dispõe o 
capítulo seguinte. 
 
Resultam as providências preliminares da necessidade de manter o processo sob o domínio 
completo do princípio do contraditório. 
 
Findo o prazo de resposta do réu, os autos são conclusos ao juiz, que, conforme o caso, poderá, no 
prazo de 10 dias, determinar as seguintes providências: 
 
a) Determinar a especificação de provas a produzir; 
b) Admitir pedido de declaração incidental de questão prejudicial; 
c) Determinar a ouvida do autor em 10 dias, sobre fato impeditivo, modificativo do seu 
direito, invocado pelo réu na contestação; 
d) Determinar a ouvida do autor, em 10 dias, sobre as preliminares do artigo 301, 
quando argüidas pelo réu; ou mandar suprir em prazo nunca superior a 30 dias as 
irregularidade ou nulidades sanáveis que encontrar. 
 
2. Réplica do Autor – Em 02 casos, há providência preliminar consistente em facultar ao autor 
o direito de réplica à resposta do réu. 
 
a) Quando o demandado, reconhecer o fato em que se fundou a ação, outro lhe opuser 
impeditivos, modificativos ou extensivos do direito do autor. 
b) Quando, em preliminar da contestação, for alegada qualquer das matérias enumeradas 
no artigo 301. 
 
Em ambos os casos, para manter a observância do princípio do contraditório, será facultado ao autor 
replicar a resposta do réu, bem como produzir prova documental, tudo no prazo de 10dias. 
 
 7
A solução, de acolhimento ou rejeição da preliminar, será dada no julgamento conforme o estado do 
processo. 
 
Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a 
ação, outro Ihe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez) dias, 
facultando-lhe o juiz a produção de prova documental. 
Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas 
no art. 301, o juiz mandará ouvir o autor no prazo de 10 (dez) 
dias, permitindo-lhe a produção de prova documental. 
Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades 
sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixando à parte prazo nunca 
superior a 30 (trinta) dias. 
 
2.1 Dos Fatos Impeditivos, Modificativos ou Extintivos do Direito do Autor – É equivocado 
pensar ser a réplica do autor à contestação do réu ato obrigatório do processo. Pelo 
contrário, somente nas hipóteses expressamente previstas em lei é possível falar-se em 
vistas ao autor para manifestação sobre a resposta do réu. A primeira delas é justamente a 
defesa de mérito indireta, já objeto de estudo (Capítulo XIX, item 68.2). Uma vez formulada, 
deve o juiz conceder o prazo de dez dias para manifestação do autor. 
 
2.2 Das Alegações do Réu – A segunda hipótese de réplica é a formulação pelo réu de defesas 
processuais (preliminares de mérito -CPC, art. 301). 
 
Podemos concluir ser a réplica fruto das providências preliminares e da análise do teor da 
contestação. Ainda é possível constatar que a permissão para juntada de documentos diz respeito 
àqueles necessários à contraposição das alegações da contestação e não aos que deveriam ter 
acompanhado a inicial (documentos essenciais). 
 
o art. 327 ainda impõe ao juiz a determinação do necessário para, se possível, sanar irregularidades 
ou nulidades relativas, fixando prazo não superior a trinta dias para tal fim. 
 
3. Revelia e Provas – Da falta de contestação, presume-se ordinariamente a veracidade dos 
fatos afirmados pelo autor, desde que válida a citação. 
 
Logo, não há necessidade da fase probatória e o juiz, pela simples ausência de resposta do réu, fica 
autorizado a proferir julgamento antecipado da lide. Dá-se um salto da fase postulatória diretamente 
à fase decisória. 
 
Mas há casos em que, mesmo sem a resposta do réu, o autor não se desobriga do ônus de provar 
os fatos jurídicos que servem de base à sua pretensão. 
 
Quando isto se dá, o juiz, após escoado o prazo de contestação, profere despacho mandando que o 
autor especifique as provas que pretenda produzir na audiência. 
 
 8
Art. 322. Contra o revel que não tenha patrono nos autos, 
correrão os prazos independentemente de intimação, a partir 
da publicação de cada ato decisório. (Redação da LEI Nº 
11.280 \ 16.02.2006) – vigência em 18.05.2006 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em 
qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar." 
(NR) (Redação da LEI Nº 11.280 \ 16.02.2006) – vigência em 
18.05.2006. 
Art. 324. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando 
que não ocorreu o efeito da revelia, mandará que o autor 
especifique as provas que pretenda produzir na audiência. 
 
4. Intervenção do Ministério Público – Quando o Ministério Público deva funcionar na causa, 
tenham as partes requerido ou não sua audiência, caberá ao juiz determinar que se lhe abra 
vista dos autos na fase das Providências Preliminares. 
 
Da omissão dessa providência decorre nulidade do processo. 
 
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir: 
I - nas causas em que há interesses de incapazes; 
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, 
tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e 
disposições de última vontade; 
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra 
rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado 
pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do 
Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de 
nulidade do processo. 
Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for 
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. 
Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do 
Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o 
órgão devia ter sido intimado. 
 
5. Ação Declaratória Incidental – Se no curso do processo, se tornar litigiosa relação 
jurídica de cuja existência depender o julgamento da lide, qualquer das parte poderá 
requerer que o juiz a declare por sentença. 
 
Art. 5o Se, no curso do processo, se tornar litigiosa 
relação jurídica de cuja existência ou inexistência 
depender o julgamento da lide, qualquer das partes 
poderá requerer que o juiz a declare por sentença. 
Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui 
fundamento do pedido, o autor poderá requerer, no 
prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira 
sentença incidente, se da declaração da existência ou 
da inexistência do direito depender, no todo ou em 
parte, o julgamento da lide (art. 5o). 
 
Toda vez que houver dúvida quanto à existência ou inexistência de relação jurídica, abre-se a 
possibilidade do interessado ajuizar ação de cunho meramente declaratório para obter do Judiciário 
a declaração da certeza. 
 
 9
Para o réu, pretendendo ele a declaração referida, deve formulá-la através da reconvenção, defesa 
própria à obtençãode um provimento jurisdicional pelo requerido. 
 
Para o autor, por sua vez, a dúvida pode surgir em decorrência da contestação do réu, na qual este 
se insurge contra o direito que constitui o fundamento do pedido. Nessa hipótese, autoriza o art. 325 
que o autor, no prazo decadencial de dez dias, contados da intimação da juntada da contestação aos 
autos, requeira ao juiz a declaração da existência ou da inexistência do direito controverso, se dela 
depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide. Tal requerimento independe de forma legal, 
funcionando como uma espécie de aditamento posterior à inicial, em decorrência da contestação 
apresentada, sendo processada dentro dos próprios autos, com sentença única solucionando as 
duas pretensões.

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