Prévia do material em texto
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * CONCÍLIO VATICANO II Contexto e Desenvolvimento Histórico * * * Antecedentes do Vaticano II Pio X (1903-1914) - o cuidado “ad intra” da Igreja Bento XV (1914-1922): o papa envolveu-se em questões sobre a guerra, porém, sem sucesso - O caos global da Guerra (1914-1918) tornou evidente que os principais valores da modernidade estavam em crise: a absolutização da razão, do progresso, da nação e da indústria - O paradigma eurocêntrico da modernidade (colonialista, imperialista e capitalismo) tornar-se-á global, policêntrico e ecumênico * * * PIO XI (1922-1939/entreguerras) Política concordatária (guerras civis); Ação Católica como braço continuador da hierarquia; Leigos em ambientes específicos que trouxeram pra dentro da Igreja a problemática e reflexão moderna; Clero autóctone nas missões; * * * PIO XII (1939-1958) Encarnou o papado em toda sua dignidade e superioridade; Procurou propostas alternativas aos regimes totalitários; Não escreveu sobre questões sociais e foi considerado o último da era antimoderna; Extrema prudência; Mystici Corporis e Humani Generis(1950) * * * JOÃO XXIII (1958-1963) Sua eleição foi uma surpresa; Em janeiro de 1959 convoca o Concílio; Aggiornamento (atualização da Igreja e inserção no mundo moderno); Deixou de nomear só cardeais italianos ou europeus (nomeou um negro, um Filipino e um japonês); Iniciou contatos ecumênicos; * * * A preparação e as discussões antes da abertura do Concílio À consulta preliminar: responderam à consulta do secretariado romano 2.594 bispos, 62 faculdades e 156 superiores de ordem. O Papa questionou sobre: cuidado das santas verdades, santidade e apostolado dos clérigos e dos leigos; disciplina eclesiástica; educação e unidade da Igreja. Logo isso mudou para a livre expressão. * * * Vieram mais respostas relacionadas ao Direito Canônico e a Liturgia. Mas, vieram também notas interessantes sobre eclesiologia, colegialidade, liberdade de consciência, ecumenismo e alguma abertura sobre o campo do aggiornamento da Igreja. * * * As comissões preparatórias e o Secretariado para a Unidade dos Cristãos No pentecostes de 1960,o moto-próprio “Superno Dei mutu” dava ao Concílio o nome de Vaticano II e instituía dez comissões; e dois secretariados; e uma comissão central No dia 14 de novembro de 1960 foi dado início a fase preparatória, no final de 1961 havia 846 pessoas trabalhando nessas comissões, 80% de europeus. * * * OS QUATRO PERÍODOS DO CONCÍLIO * * * 1. Primeiro período do Concílio (11.10-8.12.1962) A sessão publica de abertura do Concílio Vaticano II aconteceu 11 de outubro de 1962. Participaram 2.540 padres conciliares com direito de voto; Discurso de abertura: mostra da finalidade do Concílio (aproximar as pessoas da tradição eclesial, levando em consideração as mudanças sociais, não condenar os erros, mas mostrar a validade da doutrina da Igreja). * * * Esquema sobre liturgia: que foi aprovado pela comissão preparatória, a qual havia acolhido as idéias fundamentais do movimento litúrgico: participação ativa nas celebrações; introdução da língua vernácula; reforma dos livros litúrgicos. * * * Esquema sobre as fontes da revelação: - Discussão em torno de duas questões: era necessário afirmar, contra os protestantes,que são duas as fontes de Revelação: a Escritura e a Tradição?; era necessário afirmar que alguns dogmas eram firmados somente na Tradição ou afirmar que a única fonte de Revelação é a Palavra de Deus?. * * * Esquema sobre os meios de comunicação - O esquema colocava em evidência de maneira unilateral o direito de a Igreja desfrutar os modernos instrumentos de comunicação, mas dava pouco direito de as pessoas obterem uma informação objetiva e verdadeira e não condenava de modo duro a utilização abusiva dos meios de comunicação. * * * Esquema sobre as Igrejas Orientais - Após a rejeição de cinco esquemas tomou-se um rumo, porém as cinco discussões serviram para amadurecer a reflexão ecumênica que apesar das divergências puderam refletir sobre a natureza e estrutura da Igreja. * * * A morte de João XXIII 3 de junho de 1963; Princeps pastorum (28.11.1959); Mater et Magistra (15.05.1961); Pacem in Terris (11.04.1963); * * * Paulo VI, novo papa Eleito papa 21 de junho de 1963, arcebispo de Milão, Giovanni Batista Montini; No dia seguinte à eleição anunciou a intenção de continuar o Concílio; Demonstrou suas intenções ecumênicas; * * * 2. Segundo período do Concílio (29.9-4.12.1963) No discurso de abertura apresentou as intenções: Exposição da doutrina e da natureza da Igreja; (o que a Igreja diz sobre si mesma) Reforma interna da Igreja; (santificar-se) A importância da unidade dos cristãos; O diálogo da Igreja com o mundo contemporâneo (salvá-lo e não condená-lo) * * * Esquema sobre a Igreja 4 capítulos (a Igreja como mistério; sua estrutura hierárquica ; Povo de Deus e leigos; santidade da Igreja). a questão da colegialidade episcopal... Aprovação de dois textos: 4.12.1963 foram promulgados o texto sobre a liturgia e sobre a comunicação social; * * * Esquema sobre o Ecumenismo No decorrer do debate, foram suscitadas questões: Que é o ecumenismo católico?; Não deveria a Igreja procurar uma ligação com o movimento ecumênico? A Igreja Católica Romana renunciaria a sua pretensão de ser a “verdadeira” Igreja e chamaria de “Igrejas” as comunidades eclesiais separadas? * * * 3. Terceiro período do Concílio (14.9-21.11.1964) Período da maior crise conciliar, com a discussão dos temas: Igreja, episcopado, ecumenismo (temas do segundo período), revelação (tema do primeiro período), apostolado leigo e mundo contemporâneo. Os dois pontos mais debatidos foram sobre a hierarquia da Igreja e sobre o ecumenismo (relação com os judeus). * * * 4. Quarto período e a conclusão do Concílio (14.9-8-12.1965) Antes do encerramento do Concílio deveriam ainda ser examinadas três difíceis questões (missões, ministério e vida presbiteral e a relação entre a Igreja e o mundo contemporâneo). A constituição pastoral Gaudium et Spes é uma visão completamente nova da relação entre Igreja e mundo, relação de proximidade e não de distanciamento.