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Artigo sobre Sexualidade e Gênero


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Relações de gênero e sexualidade[1: Artigo apresentado como exigência parcial da disciplina Metodologia da Pesquisa, do II Período de Pedagogia, da Faculdade Maurício de Nassau (Caruaru-PE), solicitado pela professora Anna Líssia da Silva.]
Adrianny Shamara Gomes de França
Deivison Walef Mendes Alves Bezerra
Maria Iara Silva de Andrade
RESUMO: A construção do sujeito na sociedade atual derivada de seus preceitos. Abordando sexualidade e gênero em diferentes âmbitos, e as considerações das discussões sobre tais para o manejo do respeito e aceitação entre os indivíduos. O desenvolvimento e construção do ego através do convívio escolar, familiar e social. Os riscos da má orientação do indivíduo para o processo de descobrimento de sua sexualidade e as diferenças e preconceitos a cerca do gênero.
PALAVRAS-CHAVE: Sexualidade. Gênero. Desenvolvimento. Sociedade.
Introdução
Sexualidade e gênero não deviam ser algo que restringe a somente homens, mulheres ou homossexuais, e sim como ser humano, independente de sua orientação sexual. Atualmente tudo isso ainda se encontra escondido ou até mesmo mascarado. Os pais ainda não entendem que é necessário o conhecimento dessa realidade no âmbito escolar e familiar para que haja um melhor entendimento e que esses futuros cidadãos sejam diferentes e menos preconceituosos que a atual sociedade. Muitas pessoas ainda não respeitam o outro e isso ainda gera muito conflitos e discussões. As crianças de hoje em dia não é a mesma que nasceu nos anos 50, aquela realidade é o oposto do que encontramos hoje. Onde as obrigações era outros e a vida da mulher era relacionada a cuidar do lar e o homem do sustento. Na realidade atual vemos mulheres casando cada vez mais tarde, primeiramente se tornando independente financeiramente e obtendo por famílias não tão tradicionais. O conceito de família não se restringe a homem, mulher e filhos e sim ao grupo de pessoas que convivem e estão entrelaçadas por laços amorosos e afetivos, ou seja, o amor é aquilo que as unem. A palavra principal do significado de família devia ser “amor”, pois é o pilar para que haja a construção familiar. A sociedade devia ser o lugar capaz de libertar os indivíduos para optar pelo o que lhe faz feliz e o que a completa em plenitude, onde o bem maior é encontrados em seu interior e respeitados por todos.
 A liberdade consistiria, para cada um e cada uma de nós, em nos tornarmos a cada dia um pouco mais livres, em um processo social e pessoal no qual nos estaríamos educando no respeito aos outros – que seriam considerados como um prolongamento de nós. [...] Creio que o grande desafio deste novo século consiste em modificar a percepção que temos de nós, seres humanos, os últimos que chegamos a esta Terra. (Apud GEBARA, 2005).
A sociedade devia ser algo em desenvolvimento contínuo onde a prioridade é o respeito entre as pessoas, sejam elas de diferentes realidades sociais ou orientação sexual. Onde a educação seria a palavra principal para o mesmo. Sexualidade é sinônimo de genitália ou atração, ou seja, a satisfação da necessidade e o desejo sexual do indivíduo. Atração física ou amorosa por outra pessoa.
As relações românticas envolvam dois indivíduos de carne e osso, também podem estar envolvidos outros indivíduos, quais sejam, os companheiros ideais de cada um. (Apud Sternberg, 1989)
Gênero é a concepção teórica do indivíduo, ou seja, uma sociedade dividida em classes distintas. A junção dessas classes na sociedade se dá a criação ou associação de sociedade. As divisões da sociedade são baseadas nos gêneros.
A divisão entre os sexos parece estar na ordem das coisas (...) ela está presente, ao mesmo tempo, em estado objetivado (...) em todo o mundo social, e em estado incorporado, nos corpos e nos habitus dos agentes, funcionando como sistemas de esquemas de percepção, de pensamento e de ação (Apud Bourdieu, 1999).
 
As famílias vêm se adaptando ao momento histórico que vivem e isso faz com que tudo se renove. A construção familiar pode ser o apoio do indivíduo que está se descobrindo ou até mesmo a ruína do mesmo. Primeiramente para entender essa associação considere o momento histórico presente, a cultura nacional e as leis que a regem. As famílias brasileiras ainda seguem a risca os tabus impostos desde as décadas que se passaram, onde o sonho de qualquer pai era ver a filha casada com um marido que trabalhasse para sustentar a família, e que tudo que fosse contrário a isso era o errado. Mas desde então os tempos mudaram, sofreu muitas mudanças e elas são notáveis na sociedade. Desde cedo deve ser conversado com criança a respeito de sexualidade e gênero, pois é através dessa troca de confiança que constrói a personalidade do indivíduo. Aquela pessoa que não tem em casa a base para questionar e ser uma pessoa crítica, qualquer assunto que for debatido fora desse âmbito a fará ficar com dúvidas e isso pode ser prejudicial para o seu desenvolvimento próprio. A pessoa que não conhece a si mesmo pode ser um ser negativo para os demais que o cercam. Os pais não preparados diante as demonstrações a cerca da sexualidade dos filhos podem interferir de maneira pessimista nesse processo de desenvolvimento sexual, já que foram criados em tempos opostos levam a sério seus preceitos. E se os pais não se sentirem preparados ou capacitados para esse progresso devem procurar ajuda psicológica para que seja uma construção conjunta, onde o meio familiar e especializado procure a melhor maneira para que o respeito e a conversa sejam à base dessa família.
SEXUALIDADE NA ESCOLA
Sexualidade sempre foi um tema tabu a ser tratada na maioria dos locais, criança muitas vezes fazem perguntas que são tratadas com indiferenças, como forma de não trazer o assunto à tona. Com o tempo essas indagações começam a surgir de uma forma mais frequente fazendo com que os adolescentes procurem se descobrir sozinhos, desta forma por falta de informações corretas acabam acontecendo acidentes como gravidez na adolescência, DST’s e até problemas emocionais. Crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo na escola se socializando e conhecendo novas pessoas, e por causas naturais como, por exemplo, os hormônios a sexualidade começa a aflorar no corpo fazendo com que as respostas vazias não supram mais suas curiosidades, a partir disso começam as buscas desenfreadas por experiências que muitas vezes acontecem da forma errada. É nesse momento que a escola tem o papel muito importante na formação do indivíduo, pois muitas vezes a família que deveria iniciar esse processo não se posiciona, deixando assim tudo a carga da comunidade escolar. Isso não significa que a escola toma o lugar da família, mas para que haja uma formação total do indivíduo é necessário serem feitas ações que possibilitem o mesmo a conhecer a sexualidade da forma correta. Muitas instituições de ensino se esforçam para obter resultados satisfatórios na vida do aluno, porém quando o tema é sexualidade aparecem vários fatores negativos como, por exemplo, algumas famílias que se recusam a tratar do assunto e não aceitam que a escola o aborde por haver grande preconceito ou por motivos religiosos. Por esse motivo a equipe escolar deve agir com bastante seriedade nesse momento podendo fazer reuniões com pais e responsáveis para que possa existir uma liberdade de falar sobre sexo com seus filhos. A pessoa que for esclarecer duvida dos jovens seja professor, psicólogo ou psicopedagogo, etc. Deve estar preparado para lidar com diversas situações que poderão surgir, sendo sempre claro e objetivo mostrando que sexualidade deve ser tratada com naturalidade, pois é totalmente normal na vida de qualquer pessoa. Havendo essa parceria entre família e escola, o adolescente estará preparado para a sociedade, se relacionar com pessoas e até mesmo conhecer a ele mesmo. 
A SOCIEDADE E SUAS INFLUENCIAS
A sociedade sempre teve forte influenciam machistas e que desestimula e influencia de certa forma que haja mais desigualdade ou preconceito como diferente ou mais frágil. Porém toda essa desvalorização e preconceitos com o que a sociedade foi culturalmente formada desde os primórdios da civilização têm se desenvolvidos movimentos que lutam pela desconstrução dessa sociedade onde o homem é privilegiado que são os movimentos feministas que também englobam os movimentos LGBT. Nos dias atuais esses movimentos estão conseguindo grande visibilidade e também conquistando espaço no meio social, onde já se tem visto mudanças como a visão das pessoas sobre a implantação de leis que visem à igualdade diante todos os aspectos culturais econômicos.
Considerações Finais
As contribuições das discussões em âmbito diversas tornam a compreensão e a aceitação cada vez menos trabalhosa a respeito de gênero e sexualidade.
Suas identidades sexuais se constituiriam, pois, através das formas como vivem sua sexualidade, com parceiros/as do mesmo sexo, do sexo oposto, de ambos os sexos ou sem parceiros/as. Por outro lado, os sujeitos também se identificam, social e historicamente, como masculinos ou femininos e assim constroem suas identidades de gênero. (Louro, 1997)
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A abordagem desses tabus é algo que influencia diretamente para o crescimento e aprimoramento dessa sociedade. A qual é discutida não somente a sexualidade como um meio de despertar a sociedade e sim mostrar os riscos que a mesma corre sem as devidas orientações. A base de tudo do ser humano é a cognição que ele possui, ou seja, todo conhecimento adquirido baseia-se no principio de percepção e raciocínio dele próprio e do meio em que vive. E é nesse contexto que conhecemos a política de identidades, que se baseia na defesa do próprio gênero como argumento para seu comportamento.
Referências
 
HERNANDEZ, J. A. E ; OLIVEIRA I. M. B. Os componentes do amor e a satisfação. Canoas, Rio Grande do Sul: Universidade Luterana do Brasil, 2002.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Ed.6 . Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
SAYÃO, Deborah Thomé. Corpo, poder e dominação: um diálogo com Michelle Perrot e Pierre Bourdieu. Florianópolis: Santa Catarina, 2003.
SOUZA, L. A. F. ; SABATINE, T, T. ; MAGALHÃES, B. R. Michel Foucault : sexualidade, corpo e direito. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.