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Neuro parte 2 sangue suor e lagrimas

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Neuro - Parte 2
Aula 1: Crescimento e Desenvolvimento
Crescimento: estrutural e morfológico (aumenta de tamanho)
Desenvolvimento: Funcional (refinamento)
Quem lida com criança, vai lidar com algo em movimento. Quando se faz o exame é comum perguntar-se: Isto é normal? No adulto, ou é normal ou anormal, na criança depende. Ou seja, o que pode ser normal em uma faixa etária pode ser anormal em outra.
Ovo (0 a 14 dias) - aglomerado celular; concepção é o início e termina na formação dos folhetos embrionários (Lembrando que a gravidez começa a ser contada após a última mestruação).
Embrião (3ª a 8ª semanas) – folhetos embrionários; maior parte da organogênese (Até o período fetal, a maioria das mulheres não sabe ainda que está grávida, e o período embriológico é um período delicado pois os órgãos estão sendo formados)
Feto (9ª semana ao nascimento) – Fim da organogênse; Basicamente só crescimento; termina no nascimento.
Neonato (1º mês)- Nascimento; RN a termo= 38 semanas
Infância (1º ano)- “Na infância a criança não fala, só fala no fim do 1º ano. E a fala é identificada por intenção e significado.” Nelson
Pré-escolar (2º ao 6º ano)- A criança tem aptidão e capacidade neurológica para aprender a ler e escrever.
Escolar (7º ao 12º ano)- Criança já sabe ler e escrever e pode ocorrer o ensino formal (No período de 10/12 anos ocorrer o despertar sexual)
Adolescente (12º ao 18º ano)- Puberdade; transita pelos direitos tanto da criança quanto do adulto; amadurece biologicamente e psicologicamente.
Adulto- Quando o adolescente deixa os direitos de criança (psicológico) e ocorre uma parada no crescimento (biológico).
Fundamentos: como efetivamente isso acontece.
Hiperplasia: aumento do número de células, ou seja, crescimento. Vários tecidos ficam maiores, mas esse crescimento tem um limite (exemplo: a hiperplasia do tecido adiposo que só ocorre em dois momentos: infância e adolescência.) 
Hipertrofia: aumento do volume individual da célula (exemplo mais saudável: tecido muscular submetido a uma maior carga)
Apoptose: destruição de células, fenômeno de morte celular programada (exemplo: formação dos dedos)
Mielinização: Aumentar a velocidade da condução. Faz parte do processo de diferenciação de uma via o grau de mielinização. Quanto mais mielinizado, mais é utilizado. (O que marca a diferença do ponto de vista piramidal de um RN para uma criança é a mielinização, sendo que o RN consegue realizar movimentos mas eles não são codernados e graciosos)
Ciclo menstrual
A data da última mestruação, normalmente ocorre 2 semanas antes da última ovulação.
Gestação
1ª-2ª semana: Período de implantação zigótica. Maior número de abortos espontâneos por erro cromossômico;
3ª-8ª semana: Período embriológico. Maiores anomalias morfológicas;
9ª-26ª semana: Período fetal. Menores anomalias morfológicas e maiores defeitos funcionais;
38ª semana: Parto, Recém nascido a termo.
Curvas de acompanhamento
Curva normal: Normal= De acordo com a regra, comum.
A curva normal tem forma de sino, ou seja, é convexa e simétrica, e o seu valor de máxima frequência, a moda coincide com o valor da média e da mediana. A média é o centro da curva.
Média é a soma dos resultados dividida pelo número total de resultado. A Moda é o valor(es) mais frequente(s) numa distribuição. A Mediana é o valor que se situa a meio da fila ordenada dos valores da distribuição, desde o mais baixo ao mais alto. A mediana indica o centro da distribuição da variável, ou seja, é o valor acima do qual estão 50% dos valores da variável e abaixo os restantes 50%. 
Às medidas de posição dão-se o nome de percentil 1 (P1), percentil 20 (P20), percentil 30 (P30) e percentil 75 (P75). A mediana é o percentil 50 (P50). Alguns percentis têm uma designação específica. Por exemplo, os percentis 25, 50 e 75 são referidos como o 1º quartil (Q1), 2º Quartil (Q2) e 3º quartil (Q3), respectivamente. O Desvio padrão é o valor que estabelece o grau de variação em torno da média numa distribuição normal.
Curvas de crescimento
São um conjunto de curvas adequadas para avaliar o crescimento e estado nutricional de crianças. As linhas de percentil são um caminho a seguir, a criança que entra em um canal de crescimento e se desenvolve de maneira normal, pertence ao mesmo percentil, ou seja, se o indivíduo sempre foi P50 e um dia fica acima dos 80 está acima do peso, e se ficar abaixo de 30, está abaixo do peso, as alterações dependem de fatores externos.
A inclinação da curva de meninos para de meninas do 5 aos 19 sofre uma mudança entre si, as meninas entram na puberdade antes mas em compensação os meninos terminam a puberdade depois, por isso eles tem uma fase de crescimento lento prolongado.
Denver
Analise do desenvolvimento neurológico da criança. Divido em 4 eixos: linguagem, motor fino, motor grosseiro e social. Se a criança estiver atrasada nos quatro eixos ele tem um problema principalmente de relacionamento ou motor.
Pergunta a idade, traça uma reta na linha da idade, cada retângulo que a régua bater é um teste a ser feito (Se a criança está fora de 90% deve ter atraso)
Retângulo grade: Tem grande variação entre as respostas. Retângulo pequeno: Quase toda criança faz nessa idade. 
Aula 2: Exame Neurológico em crianças
Diferente do adulto, a criança tem um exame neurológico para cada faixa etária.
Parto
O ideal para o parto é a apresentação cefálica (no início da gestação a criança fica com a cabeça para cima e no fim ela vira);
Pode ocorrer a apresentação pélvica toral, em que o feto está sentando sobre a pelve. Pode fazer uma manobra que é introduzir o dedo e fazer com que o bebê fique em apresentação pélvica podálica para depois chegar à apresentação podálica (com o pé);
Na apresentação cómica a criança está de lado.
Fórceps: O fórceps é um instrumento cirúrgico empregado em certos partos difíceis. É utilizado para auxiliar a retirada de um feto por alguma razão em que a contração natural não é suficiente para o parto ou possa colocar em risco a vida da gestante e/ou do feto. A aplicação de fórceps permite apressar a extração da criança onde o dedo não consegue alcançar.
Desproporção céfalo-pélvica: é a desproporção entre a cabeça do bebê e a pelve da mãe, o bebê não nasce e ocorre a degola. Coma cabeça para dentro e o corpo para fora. A apresentação cefálica é a ideal para o parto a podálica é uma situação que deve ser evitada.
Parto gemelar: Pode haver um gêmeo dominante que é maior e mais forte que o outro ou, o que normalmente ocorre, um fica pra cima e outro pra baixo. Gêmeos fraternos: são produzidos dois ovócitos e esses são fecundados por dois espermatozóides, formando assim, dois embriões. Os gêmeos fraternos não se assemelham muito entre si, na verdade são dois irmãos comuns que tiveram gestação coincidente. Gêmeos univitelinos: um óvulo é produzido e fecundado por um só espermatozóide e se divide em duas culturas de células completas, origina os gêmeos os quais possuem o mesmo genoma e possuem o mesmo gênero. 
Ao nascer uma criança pode ter muito sangue que gera processo de degradação de hemoglobina gerando bilirrubina. Em excesso, a bilirrubina pode ir para o cérebro e causando retardo ou lesões. Esse acúmulo de bilirrubina causa o “amarelinho” sendo necessário banhos de luz para ajudar na metabolização.
Placenta: serve de interface entre a mãe e a criança. A criança está sugando toda sua vida, seus alimentos e o oxigênio da mãe. Para que isso ocorra, a hemoglobina fetal é diferente da do adulto pois tem uma afinidade maior pelo oxigênio.
A placenta pode estar na posição normal ou pode estar prévia em relação ao feto, o que pode gerar tanto risco para mãe quanto para o bebê já que é impossível que o parto ocorra sem que a placenta seja rompida gerando uma hemorragia e arriscando tanto a vida do bebê quanto da mãe. Se diagnosticado previamente a opção será a cesárea.
Parto transpélvico: Parto normal 
Indicação interativa: “1 vez cesárea sempre cesárea”, Uma mulher que já fez cesárea não pode fazer partonormal na próxima gravidez devido ao mecanismo de contração uterina poder romper a cicatriz. 
Do segundo parto em diante a gestação fica mais fácil pois as estruturas não retomam completamente ao normal.
A progesterona é o freio produzido pela placenta quem mantém o útero relaxado a ponto estender sem causar estresse ao feto, a progesterona impede a ação da ocitocina, porém, no fim da gravidez a placenta começa a degenerar. A ocitocina é o acelerador quando a criança começa a ser apertada por todos os lados isso gera estresse e a criança libera corticóide e consequentemente surfactantes para o pulmão permitindo a respiração. A criança que nasce no momento certo está produzindo corticóide que geram surfactantes permitindo a expansão do pulmão. A síndrome da angústia respiratória é devido à falta de surfactantes no pulmão, ao acontecer o reflexo de respiração os pulmões ao se deslocarem podem rasgar-se causando hemorragia. Crianças prematuras correm um risco maior disso acontecer. As mães que apresentam baixos níveis de ocitocina, estão sujeitas à depressão pós-parto.
Escore de Apgar: Teste que consiste na avaliação de 5 sinais vitais do RN no 1º, 5º e 10º minuto após o nascimento atribuindo-se a cada um dos sinais uma pontuação de 0-2 e verificando o potencial de vida do RN. (0-4 grave, 5-7 CTI, 8-9 bom.)
 Crânio do RN: Suturas e fontanelas (O crânio ainda não está totalmente formado, para ajudar no parto). O fechamento das fontanelas ocorre EME média até 1 ano. Pode acontecer um fechamento precoce, isso ocasiona lesões, já que o cérebro tenta crescer e o crânio não se expandem como deveria.
Fontanela posterior: Normalmente deve ser bem pequena e se estiver mais alargada que o normal sugere hipertensão intracraniana intra-útero, fecha-se em torno de 60 dias; Fontanela anterior (moleira): Bem maior que a posterior, se estiver escavada sugere desidratação esse estiver estufada sugere pressão (meningite), fecha-se em torno de 90 dias.
Fontanela em fenda: (- liquor) = desidratação; Fontanela estufada: (+ pressão)
Sutura sagital: Conjunto das suturas cranainas.
Sinosotose: É o fechamento prematuro das suturas.
Trigonocefalia: Sutura frontal (testa triangular);
Escafocefalia: Sutura sagital (cabeça longa e estreita);
Braquicefalia: Sutura coronária (cabeça larga e lateralmente curta);
Turricefalia: Sutura frontoparietal e parietociptal (cabeça alongada em forma de torre);
Plagiocefalia: Sutura coronária unilateral (moldagem plana do crânio ocasionada por deixar o bebê sempre na mesma posição).
Reflexos Primitivos
Rooting (0-3 meses): Sinal dos pontos cardeais, quando o bico (estímulo) toca na região perioral do bebê despertando o reflexo de busca, o bebê tenta abocanhar o mamilo ou o bico da mamadeira.
Sucção (0-12 meses): Estímulo na língua do bebê. O leite na boca desencadeia o reflexo de deglutição.
O reflexos primitivos são suprimidos pela ação do lobo frontal.
Babkin (0-4 meses): Reflexo mão-boca, obtido através da pressão exercida com os polegares nas palmas de ambas as mãos do bebê e como resposta o bebê abre a boca.
Recurvamento do Tronco de Galant (1-2 meses): Com o bebê de bruço deve ser feito um estímulo na lateral das costas paralelamente à coluna. A resposta será a flexão do tronco para o lado estimulado.
 
Piscamento (0-12 meses): ao estar sob luz mais intensa, a criança fecha os olhos.
Cocleopalpebral: ao ser exposto a barulho forte (pode-se testar batendo palmas perto do ouvido da criança)a criança pisca. (Primeiro indício de disfunção auditiva)
Reação de posicionamento (0-12 meses): Segurar a criança de modo que o dorso do pé entre em contato com a borda da mesa, a resposta é a flexão da perna.
Marcha reflexa (0-1 mês): Segurar a criança com os pés apoiados na mesa, a criança reage estendendo as pernas e colocando-se em pé mas ela precisa de apoio.
Adução no teste do patelar (0-7 meses): A criança é hiper reflexa, ocasionado a adução não só da patela com também dos músculos adutores pois a via piramidal não está totalmente mielinizada.
Landau (10-24 meses): Reação postural. segurando a criança pelo tronco flete a cabeça, esta é seguida pela flexão do tronco e pernas, quando se solta a cabeça, os membros, a cabeça e o tronco costumam voltar à posição de extensão.
 
Moro (0-5 ou 6 meses): Desencadeado pela sensação de queda iminente (parece um susto) segura a criança apoiando sua cabeça e tronco. Retira a seguir o apoio da cabeça, deixando-a cair para trás, dentro de sua mão. A reação é a extensão dos braços, de mãos abertas e dedos em abdução. 
Grasping palmar (0-6 meses): Toque na palma desencadeia a preensão da mão (pode voltar em caso de lesão)
Grasping plantar (0-9 meses): ao tocar a linha do metatarso a criança dobra os dedos dos pés. (Quando o Babinski some a criança provavelmente já está pronta para andar)
Paraquedas (a partir dos 8-9 meses): A poiando o troco evitando pender o braço o abaixa em direção ao solo de cabeça para baixo. A resposta é a extensão dos braços e mãos em direção ao solo.
Tônico cervical (0-5 meses): Ao virar a cabeça para um lado, o braço e a perna do mesmo se esticam, do lado oposto os membros se dobram (Transitório, incompleto e não ocorre todas as vezes. É assimétrico mas não deve ter assimetria fixa). O reflexo não pode ser muito perfeito pois denota doença na via piramidal já que a via piramidal da criança ainda não é mielinizada. 
Exame neurológico em crianças
● Onde fazer? No colo (1º trimestre), Na maca (2º trimestre), No chão (2º semestre em diante).
● O que fazer sempre?
– Tônus
– Reflexos
– Nervos cranianos: Exame mais próximo do adulto porém, mais lúdico. Coisas que atraiam as crianças.
Óptico, óculo motor, troclear e abducente (II, III e IV e VI): coisas que chama atenção
Trigêmio(V): reflexo de busca
Olfatório(I): cheiros agradáveis
Vestibular(VIII): reflexo cocleopalpebral
Facial(VI): ver o sorriso ou o choro
Acessório (XI): Virar o rosto espontaneamente 
Hipoglosso (XII): Testar Babkin
Hipoglosso e Vago (IX e X): Perguntar se engasga com facilidade.
– Sensibilidade: Dor é o mais detectável (apertar o dedinho e ver como reage)
● Aproxima-se do exame do adulto no decorrer do tempo.
Aula 3: Aquisição de linguagem
Choro e gritos: Primeira forma de comunicação do bebê pois a posição da laringe dificulta a fonação e protege as vias aéreas. O choro é possível pois não precisa de articulação.
Lalação ou balbucio: Emissão de sons não verbais sem significado. Durante o 1º trimestre, toda criança emite esses sons, porém após o 2º trimestre se a criança for surda ela não obterá o feedback, então gradativamente vai parando com a lalação e o balbucio e substituindo por gestos.
“Diálogo” imitação-repetição: A criança observa como os adultos utilizam os fonemas (Principalmente as vogais que saem prontas das cordas vocais ou precisam de uma articulação mínima) e repete por conta dos neurônios espelhos que são responsáveis pela repetição.
Escuta -> Identifica os fonemas -> Reproduz (Neurônios espelhos)
No momento que a criança entende que aquilo não é apenas um som, mas que tem um significado que ela começa a dizer palavras.
Primeira palavra: Sequência fonética com significado (Por volta de 1 ano de idade). Independente da sequência e ocorre quando a criança já tem domínio do aparelho fonador. Geralmente é um substantivo por ser concreto ou advérbio de negação: não.
Linguagem X idioma: A linguagem é inata, quando nascemos temos potencial para adquirir qualquer fonema, mas reproduzimos aqueles que somos mais expostos e depois fica mais difícil se acostumar com outros fonemas (especialização). Por isso, uma criança exposta a um ambiente bilíngüe é capaz de falar os dois idiomas sem dificuldade e sem sotaque.
Compreensão X expressão: Junta duas ou mais palavras, usa substantivos e comprende o abstrato.
Primeira frase: Por volta de dois anos de idade.
Influência cultural, social e econômica: Embora a primeira palavra e a primeira frase sejam determinantes biológicos, o que vemdepois é extremamente dependente da situação cultural, social e econômica da família. Tanto é que todo mundo aprende a falar (embora não necessariamente corretamente) mas nem todo mundo aprende a ler e a escrever.
Leitura e escrita: Ler e escrever é muito mais difícil do que falar pois exige interpretação.
Distúrbios da aquisição da linguagem
Sexo (M:F = 10:1): É mais fácil homens terem problemas relacionados à linguagem do que as mulheres.
Aspectos familiais: Conjunto de características genéticas e hereditárias que vão garantir esse tipo de situação.
Dominância hemisférica: Linguagem (normalmente o esquerdo, independente de ser destro ou canhoto), a mulher utiliza os dois hemisférios do cérebro pra linguagem pois têm mais conexões interhemisférios com dominância coperativa (por isso é mais difícil uma mulher se tornar afásica). O homem têm mais conexões intrahemisférios devido a mais “batalhas de neurônios”.
Falha na aquisição: + comum (dislexia) x perda do adquirido(AVE): 
Atraso simples: Dificuldade sutil especificamente para linguagem mas com todos aspectos neurológicos normais. Em até 6 meses é um atraso simples passando disso pode ser um problema mais grave. (Se não fala até 18 meses e/ou não forma frases até 30 meses)
Encefalopatia Crônica da Infância: Teve uma doença que levou à destruição de parte do encéfalo e a doença parou e deixou seqüelas, ou seja, não é progressivo mas deixou uma grande marca. (Paralisia cerebral)
– Anóxia periparto: Privação de oxigênio durante o parto, podendo levar a morte das células nervosas.
– Drogas lícitas e ilícitas: álcool, tabaco, fármacos (remédio para convulsão que impede a formação da notocorda). 
– Infecções congênitas (TORCHES): A criança está protegida de boa parte dos problemas pela barreira fetoplacentária (placenta), mas alguns tipicamente chegam e a criança tem uma infecção ainda dentro do útero. A criança quando nasce não tem mais a doença , mas tem a seqüela.
TOxoplasmose- Protozoários comum em gatos; 
Rubéola- Vírus que pode promover encefalopatia crônica da infância (lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento) e também surdez congênita;
Citomegalovírus- vírus;
HErpes Simples- vírus;
Sífilis- Bactéria que pode levar a encefalite, deformidades ósseas, escamação de palma de mão e pé;
Surdez Congênita: Quando a mãe não tem vacinação adequada.
Dislalias e disartrias: Paralisias de diversos nervos cranianos, língua presa, fenda labiopalatal.
Dislexia: Problema de escrita, ou de adquirir novas palavras. 
Aula 4: Demência
CONCEITOS
DECLINIO COGNITIVO: É natural que ao decorrer do envelhecimento, as capacidades físicas do idoso diminuam (olfato, audição) assim como o condicionamento físico. E a capacidade cognitiva também tende a decair, no entanto de uma forma mais tênue, há muitos idosos que continuam produtivos. 
“Ninguém aprende nada de realmente novo depois dos 40 anos.” O ápice intelectual é atingido aos 17/18 anos, depois ocorre o aperfeiçoamento.
DEMÊNCIA: Perde o julgamento (freio comportamental) Dificuldade de realizar contas simples; alterações no senso de orientação e navegação; deixa de perceber nuances e entender as entrelinhas; apraxia (perda na habilidade de realizar movimentos); agnosia (perda da capacidade de reconhecer pessoas, objetos); Déficit de memória.
TRANSTORNO GOGNITIVO LEVE: Há comprometimento na realização das atividades do dia a dia, mais ainda consegue utilizar ferramentas auxiliadoras. Ex: agenda.
DEMÊNCIA ESCONDIDA: Muitas vezes só se detecta a demência após uma manifestação subclínica, o processo demencial já estava em andamento, mais aparece como se fosse uma manifestação súbita. Há certos tipos de infecções que podem desenvolver um quadro similar de demência. O Processo demencial é sempre evolutivo.
CLASSIFICAÇÕES
CORTICAL X SUBCORTICAL: O cérebro possui o córtex cerebral (substancia cinzenta) e área subcortical (substancia branca com núcleos da base). O processamento cognitivo é feito no córtex a comunicação entre as áreas é subcortical. O paciente subcortical melhora com pistas dadas, aprende um outro caminho para chegar ao raciocínio (O processamento existe mas a comunicação não deu pela via normal mas achou outras vias que podem ser utilizadas). As lesões corticais geralmente são limitadas somente a demência.
A apraxia se caracteriza por provocar uma perda da habilidade para executar movimentos e gestos precisos que conduziriam a um dado objetivo, apesar de o paciente ter a vontade e a habilidade física para os executar. Resulta de disfunções nos hemisférios cerebrais, no lobo frontal, mais especificamente no córtex motor e na sua área motora secundária. 
REVERSÍVEL X IRREVERSÍVEL: Os quadros de demência mais comuns são irreversíveis. As demências que são tratáveis para evitar a progressão e que podem ser reversíveis são muito pouco frequentes.
PRIMÁRIA X SECUNDÁRIA: Há a necessidade de se analisar se teve algum outro tipo de problema antecedendo o quadro demencial ou não. Há quadros em que a doença é a demência em si, e outros em que a demência é um sinal ou sintoma (Ex : Hipotireiodismo, que possui a demência secundária).
A maior parte das demências primárias são corticais e irreversíveis.
EPIDEMIOLOGIA
Aumenta com a idade 1,6% (65-69 anos) a 38,9 % (maiores de 84) e caia (acima de 95 anos). Cai pq se a pessoa consegue chegar aos 95 anos, ela vai chegar bem.
Causas mais frequentes: Alzheimer, Demência Vascular, Dêmencia associada a corpos de Lewy, Demência frontotemporal, Alcoolismo e Medicamentos.
CAUSAS TRATAVEIS
Alcoolismo: Parar a ingestão de bebidas alcoólicas. 
Avitaminose B12: Comum em pessoas vegetarianas. Há nível baixo de vitamina B12 (importante para mielina). 
Hipotireoidismo
Crushing (Excesso de corticoide) e Addison (Deficiencia de corticoide): Agnosia
Neurossífilis: desenvolvimento de processo inflamatório meníngeo, clinicamente sintomático ou não. 
Insuficiência Hepática / Insuficiência Renal
Hematoma Subdural Crônico: Sangramento vai crescendo e comprimindo o cérebro, conseqüentemente o cérebro e seu funcionamento é comprometido.
Hidrocefalia: Excesso na produção de liquor, deve-se colocar um dreno para diminuir o volume do mesmo no cérebro.
Neoplasia: Pode haver tumor no lobo frontal (responsável pelo comportamento). Neoplasia secundária refere-se a qualquer classe de tumor canceroso que é ou um desdobramento metastático de um tumor primário.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Déficit de memória, apraxia, agnosia, transtornos de linguagem, comprometimento visuo-espacial, comprometimento das funções executivas (lobo frontal= decisão), distúrbios emocionais.
ABORDAGEM CLINICA
Anamnese
Exame físico e neurológico
TESTES COGNITIVOS: TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL l (nome de animais em 1 minuto).
TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO (TDR) (Desenhar um relógio analógico marcando 11:10).
MINI MENTAL:
TESTE DE ORIENTAÇÃO: Perguntar dia da semana, dia do mês, mês, ano, hora aproximada, rua ou bairro, cidade, estado. E atribui-se 1 ponto a cada resposta correta.
TESTE DE MEMÓRIA: Falar 3 palavras não relacionadas, posteriormente pede-se ao paciente que repita as palavras ditas, cada resposta correta vale 1 ponto. Depois deve-se falar as palavras novamente, para garantir que o paciente as aprendeu. 
TESTE DE ATENÇÃO E CALCULO: Pedir ao paciente que subtraia 100 de 7, por 5 vezes sucessivamente (1 ponto pra cada calculo correto). E alternadamente soletrar a palavra MUNDO de trás pra frente.
EVOCAÇÃO: Perguntar pelas 3 palavra ditas anteriormente no teste de memória.
LINGUAGEM: Mostrar uma caneta e um relógio e pedir que o paciente nomeie (2 pontos)
Repetir: “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto)
Comando: “pegue este papel, com a mão direita e coloque no chão”(3 pontos)
Ler e obedecer: “Feche os olhos”. (1ponto)
Escrever uma frase: (1 ponto).
Copiar um desenho: (1 ponto).
INTERPRETAÇÃO: São 30 pontos, no teste normal <25 pontos é considerado anormal.
Para quem tem escolaridade: <28 de acertos considerado anormal. Analfabetos <19
Teste de fluência verbal:<9 analfabetos. <12 para quem tem escolaridade.
TDR: 5-Perfeito, 4- Leves erros espaciais, 3-Erro na representação da hora sem erros espaciais ou erros leves, 2- Erros espaciais + erros na representação da hora, 1 - nível grave de desorganização espacial, 0– nenhuma representação razoável de um relógio.
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA: Investigar causas não tratáveis, sempre analisar imagens de ressonância que pode indicar hidrocefalia, ou tumores. Hemograma para ver se a pessoa tem anemia (baixos níveis de B12) hormônio tireoidiano, função renal e hepática. 
Testes menos frequentes, depende do caso: teste de HIV, eletroencefalograma, analise dos níveis de cortisol. 
ALZHEIMER
No cérebro com Alzheimer há atrofia cerebral. Sulcos largos e giros mais acentuado e o cérebro apresenta um volume maior, o hipocampo (responsável pela memória) é comprometido.
No Alzheimer há fragmentos de células formando a placa senil e uma desestruturação do citoesqueleto, alterando o formato, perdendo a função da célula e consequentemente morte da célula (degeneração neurofibrilar – mais relacionado a demência). 
As placas senis (amilóides) são placas extracelulares, que são formadas por fragmentos da clivagem incorreta da proteína precursora do amilóide (APP): as proteínas beta-amilóides, que são insolúveis e se juntam aos poucos formando as placas.
O desenvolvimento dessas placas ao longo da vida é um processo normal, entretanto, um cérebro com Alzheimer apresenta mais dessas placas em regiões específicas do cérebro. As placas senis, que são um dos marcadores histológicos do Alzheimer, interrompem a comunicação neuronal e isso é um processo progressivo.
Manifestações: distúrbio de memória, pelo menos mais um déficit cognitivo, prejuízo das atividades diárias, excluir delírio (alteração comportamental após uma infecção e menos duradoura); 
ESSENCIAL NO DIAGNÓSTICO: Distúrbio de memória episódica (conjunto de fatos que ocorrem num episodio) por 6 meses, com ou sem outro déficit cognitivo.
SUPORTE: imagem da ressonância, imagem de liquor, diagnóstico genético na família.
Alzheimer provável = essencial + 1 ou mais critérios de suporte
Alzheimer definido = critérios clínicos + histopatologia ou critérios clínicos + diagnóstico genético
DEMÊNCIA VASCULAR: Refere-se a qualquer demência na qual a principal causa foi uma doença vascular encefálica. Ou paciente faz vários AVEs e cada AVE vai prejudicando várias áreas do cérebro ou têm-se uma isquemia crônica afetando a região da substância branca e isso afetará muitos as vias de associação pois a capacidade de comunicação será alterada (Subcortical).
DEMENCIA FRONTOTEMPORAL: Predomina alteração comportamentais e emocionais, sinais de liberação frontal, memória relativamente preservada. 
DEMENCIA ASSOCIADA A CORPOS DE LEWY: Há associação entre Demência e Parkinson, Flutuação ao longo do dia, mas persistente ao longo dos anos. Piora com neurolépticos, Comprometimento visuoespacial (TDR) com relativa preservação de memória, alucinações visuais. Corpúsculos de inclusão com α-sinucleína. Geralmente o paciente tem Parkinson e durante tempos depois desenvolve a demência. 
Parkinson: + Alteração visuoespacial
Alzheimer: + Memória
Frontotemporal: + Alteração comportamental
Demência Tóxica: Neurolépticos, benzodiazepínicos, lítio, antidepressivos tricíclicos. Biperideno, triexifenidil, opióides. Propranolol, clonidina, metildopa, digitálicos. Álcool. Mercúrio, manganês, ouro, bismuto e arsênico.
Para lembrar desta aula: Demência é um problema de saúde pública de abrangência global com importância crescente face ao aumento da expectativa de vida. As demências mais comuns carecem de tratamentos eficientes. A investigação básica é direcionada para excluir causas menos frequentes porém tratáveis. A pesquisa fisiopatológica e terapêutica intensa nesta área acena um futuro mais promissor.
Aula 5: Oligofrenia e Infecções SNC
OLIGOFRÊNIAS = Oligo: pouco / Freno: mente = Pouca mente. Não é a doença em si, mas uma classificação geral. Termo mais correto: retardo mental.
É importante para a fonoaudiologia porque grande parte das crianças com retardo mental possuem distúrbios de linguagem.
DEMENCIA X OLIGOFRÊNIA: A principal diferença entre esses dois conceitos, é que na demência a criança possuía a capacidade intelectual e a perdeu, na oligofrênia isso é congênito, a criança já nasce com a capacidade intelectual diminuída.
Atinge cerca de 2 a 3% da população. Há diretrizes que vão contribuir para identificar se a criança tem uma inteligência normal ou anormal, a maneira mais comum utilizada é o TESTE DE Q.I, que é aplicado pelo psicólogo. É importante essa interação do fonoaudiólogo com o psicólogo, principalmente nos casos de crianças com dificuldade na aquisição de linguagem.
Apesar de atingir 2 a 3%, apenas 10% dessa porcentagem é considerado como gravemente comprometido com Q.I <45, que são pessoas com lesões cerebrais estruturadas, e a partir da ressonância se estabelece que esse cérebro está parcialmente destruído (“patológico”). 
Os com Q.I de 45 a 70, são considerados levemente comprometidos, e na avaliação da imagem de ressonância o cérebro visualmente está preservado. A ideia é que apesar da estrutura anatômica pareça normal, deve haver problemas nas conexões neuronais. Essa pessoa tem o cérebro de um tamanho normal mas a quantidade de neurônios ativos nesse local é abaixo do normal, que já pode indicar problemas cognitivos. E também podem acontecer de haver neurônios no número normal, mas sinapses a menos. E a terceira opção: há neurônios em quantidades normais, há sinapses normais, mas há problemas nos neurotransmissores.
No teste de Q.I – QUOCIENTE DE INTELIGENCIA se verifica o desempenho intelectual do individuo, esse teste é a relação entre a idade cronológica e a idade mental, essa pessoa é submetida a vários testes, avalia a idade mental e divide pela idade cronológica. A partir disso, se essa relação for proporcional o Q.I será normal, se houver discrepâncias, será menor.
BODERLINE (fronteiriço): QI de 71 a 79. Não são normais do ponto de vista intelectual, mas também não são enquadrados no quadro de retardo mental. 
Acima de 80 não há distinção na classificação.
Uma criança com agenesia da glândula tireóide, com deficiência de hormônio tireoidiano, pode suprir essa falta através da mãe. Após o nascimento, se não há o contato com esse hormônio pode desenvolver um quadro de retardo mental.
CONCEITOS IMPORTANTES
O QUE É INTELIGENCIA? Frequentemente se avalia a inteligência com diversas ferramentas:
Aprendizado e Memória: Uma pessoa que aprende mais rápido, tende a ser mais inteligente. Mas há dois pontos a verificar, a informação que é decorada, e a informação quem é de fato absorvida. Pois há oligofrênicos com grande capacidade de memorizar informações, mais não as entende, não sabe explica-las. Ou seja, decorar uma informação (Ex.: Quem descobriu o Brasil?) é diferente de entender essa informação para usar posteriormente (Ex.: Geometria).
Capacidade de Abstração: Capacidade de interpretar informações, e tirar uma lição daquilo, entender que as coisas podem ser ou não do jeito que são contadas (Ex.: Interpretar provérbios).
Criatividade: A pessoa com capacidade de criar, fazer surgir algo novo, diferente, é considerado um marco da inteligência.
Memória: A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade.
Resolução de problemas: Formas e estratégias de se resolver os problemas. Capacidade de tomar decisões pesando os prós e os contras. Eficiência não quer dizer funcionar e sim funcionar melhor e em menos tempo. Quanto mais eficiência o individuo tiver na resolução de problemas, mais inteligente ele é.
NASCEMOS TODOS IGUAIS? Em tese, quando nascemos está escrito nosso potencial e não o que vamos ser ou o quantos vamos desenvolver, a genética trás o nosso mínimo e o nosso máximo e o ambiente explora o nossopotencial. 
Capacidade em expressar suas idéias: O indivíduo pode ser um gênio da matemática, mas não tem inteligência verbal. Sendo assim, ele não consegue expressar suas idéias melhor do que os outros.
RÓTULOS X ESTIGMAS: O uso errado supera o correto. É difícil para o individuo, que não consegue atingir as metas assim como as demais pessoas, isso acarreta num sofrimento. Dizer que uma pessoa é idiota, imbecil ou cretino, já foi no passado um diagnóstico. Essas palavras adquiriram uma conotação pejorativa que não é mais utilizada. O que passou a fazer é continuar colocando rótulos só que mais complexos ou inteiramente descritivos. (Ex.: Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH))
CURVA DE Q.I
 A maior parte das pessoas se encontra no meio da curva 80 a 120, que significa que a sua idade cronológica é igual a sua idade mental, a partir disso a curva diminui, que são as pessoas com inteligência bastante superior. Abaixo de 80 são os grupos com retardos mentais. Menores de 40 estão os oligofrênicos patológicos, com defeitos estruturais.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL:
Q.I <25 : Incapaz de realizar cuidados pessoais – não tem capacidade de se alimentar, etc... (É comum em oligofrênicos, dentição ruim)
Q.I de 25 a 39: Dependente e não treinável – São capazes de realizar algumas atividades, (escovar os dentes, escovar o cabelo), nada mais que cuidar de si mesmo.
Q.I de 40 a 54: Moderadamente treináveis – Aprende atividades repetitivas.
Q.I> 55: Treináveis e moderadamente educáveis – Caso dos borderlaines, que são educáveis e capazes de alguma forma de aprendizado, mas não tem a capacidade de alcançar o ensinos superior.
LEVEMENTE COMPROMETIDOS
DISMORFISMOS: Infrequente, mas é possível. As pessoas que tem retardo grave, patológico e de origem genética, essa manifestação genética não produziu somente um cérebro imperfeito, mas também uma ossificação imperfeita, fazendo com essas pessoas tenham uma aparência disforme.
ATRASO NA AQUISIÇÃO DOS MARCOS DE DESENVOLVIMENTO
COMUM ENCONTRAR: Baixo peso, prematuridade, distúrbios na gestação, Apgar baixo.
DEFICIT DE LINGUAGEM: Pode haver um déficit isolado de linguagem.
HISTÓRIA FAMILIAR: Se combinar os genes de duas pessoas oligofrênicas, a chance do filho dessas pessoas ser oligofrênica é enorme.
GRAVEMENTE COMPROMETIDOS
DISMORFISMOS: Nos indivíduos gravemente comprometidos, é mais comum a aparência disformica, um aspecto sindrômico, geralmente caracterizado por assimetrias na face. 
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS ÓBVIAS: Se há lesões graves é comum que as alterações neurológicas sejam óbvias, além da parte cognitiva, deve comprometer a questão motora.
DISTURBIOS METABÓLICOS: Resultado de reações químicas adequadas para o funcionamento do metabolismo. Isto pode ser devido à falta de substâncias de base para a função apropriada do corpo ou, ao metabolismo deficiente.
ALTERAÇÕES CROMOSSOMIANAS: Implica numa enorme quantidade de genes, e quanto mais genes são atingidos maior serão as implicações. Uma doença genética deve ser mais suave, menos perceptível.
ALGUMAS DOENÇAS QUE CAUSAM RETARDO MENTAL: CRETINISMO (hipotireoidismo congênito), SINDROME DE DOWN, TURNER(perda parcial ou total de um cromossomo X).
SINDROME DE DOWN
CARIÓTIPO: Não necessariamente todos os pacientes com síndrome de down possuam trissomia do 21, pode haver apenas translocação de alguns pedaços do cromossomo, que pode gerar uma quantidade maior de um determinado gene. Também não é obrigatório que todas as células tenham esse determinado cariótipo, mas quanto maior as células com esse tipo de situação, mais expressada a síndrome será.
- Características: Comum nesses pacientes a macroglossia (língua grande).
SINDROME DO X- FRAGIL 
Na formação do cariótipo é necessário uma amostra de células, que estão em diversas fases do ciclo celular, sendo que há alguns cromossomos que ficam visíveis, é tirada uma fotografia. Há uma área quimicamente suscetível a uma alteração no processo de fixação, havendo uma repetição do códon responsável por produzir a glutamina, formando uma cauda. O nome vem do aspecto de que a ponta do cromossomo X , adquire uma aspecto de como se estivesse quebrado. Situação essa que pode desenvolver na criança retardo mental, e posteriormente na vida adulta pode desenvolver um quadro de ataxia, chamada de Síndrome do X frágil do adulto.
- Características: Rosto alongado, orelhas grandes.
			INFECÇÕES DO SNC
Agentes externos das mais variáveis categorias: bactérias, fungos, protozoários... Que invadem o corpo e podem produzir uma infecção.
Encefalite, Meningoencefalite, Abscesso, Mielite. “ITE”: Inflamação.
ENCEFALITE: Inflamação do encéfalo. Afeta o parênquima cerebral. 
SINTOMAS: 
Febre (geralmente já indica infecção).
Cefaléia: pressão de vasos ou nervos, e problemas na meninges levam a dor.
Hipertensão: acumulo de líquor gerando hipertensão intracraniana. 
Sinais focais de envolvimento cerebral: a área acometida vai gerar uma consequência. Giro pré central: gera hemiparesia (paralisia parcial de um lado do corpo); Giro pós central: compromete a sensibilidade; Lobo occipital: compromete a visão; Área de brocca: compromete a expressão linguística. 
Crises convulsivas e não convulsivas
Rebaixamento de consciência: Pode ir adquirindo sonolências, ficando sem consciência e até entrar em coma.
Em formas crônicas, onde a encefalite é prolongada, pode haver quadros de demência.
CAUSAS: Virais
HERPES SIMPLES: Não é a encefalite mais frequente, mas é muito frequente e grave e têm tratamento.
CITOMEGALOVIRUS: Causa um efeito de aumento das células, que ficam grandes e disformes.
HIV
Fúngica
CRIPTOCÓCICA: Pode acometer pessoas imunocompetentes, mas é mais comum em pessoa imunodeficientes. É associada as fezes dos pombos; 
Protozoário
TOXOPLASMOSE: Associado à população de gatos, e é extremamente comum. 
MALÁRIA
AMEBA: Protozoário extremamente comum. As amebas de vida livre em tese não necessitam do ser humano para se desenvolver, no entanto em indivíduos que frequentam rios, lagos, praias, ao ter contato com a água pode adquirir essa ameba, que invade o SNC. 
Outras
NEUROCISTICERCOSE: O ciclo normal: a tênia produz ovos, contamina a água que é lavada os alimentos, o porco come os alimentos, e o homem come o porco. Mas normalmente o homem só adquire neurocisticercose quando ele mesmo ingere os ovos da tênia, geralmente ao comer hortaliças lavadas com água contaminada. Raramente o indivíduo pode se auto-infectar por conta do refluxo intestinal ou grave má digestão, assim os ovos podem atingir o estômago e iniciar o ciclo de cisticercose. A tênia pode ficar durante anos no homem, o cisticerco não, porque ele foi feito pra habitar em animais, por isso gera a morte. Tem afinidade por tecidos adiposos: 1) coxas, 2) cérebros devido as grandes porções de mielina, e causam a destruição do cérebro. 
TUBERCULOSE
SIFILIS
ENCEFALITE HÉRPETICA: Lobo temporal aumentado, com brilho, sulcos menos pronunciados (parecendo estufados). E a direita ressonância do paciente, característica dessa encefalite é o acometimento do lobo temporal. Geralmente os pacientes morrem pois comprime o tronco encefálico.
ENCEFALITE HIV: Ressonância de uma pessoa jovem, sulcos pronunciados e ventrículos dilatados. Totalmente incompatível com a faixa etária. A direita característica em que as células se fundem formato células grandes multinucleadas.
NEUROCISTICERCOSE: Imagem de caso de manifestação grave, paciente tem 4 a 5 lesões na primeira e na segunda mais de 30. Possui cistos e dentro são os escoléx (cabeça da tênia).
MENINGITE: Meninges são membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Elas são constituídas por três camadas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. No espaço entre a aracnoide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.Quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas e aninhar-se nas meninges, elas se inflamam, podem produzir pus e a infecção se espalha por todo o sistema nervoso central.MENINGOENCEFALITE: Associação entre encefalite e meningite:
SINTOMAS: febre, cefaléia, sonolência e Síndrome Meningea= rigidez de nuca (ao tentar dobrar a cabeça da criança de forma que o queixo toque o queixo no peito e ela não consegue realizar pois todo o neuro-eixo é conectado e o corpo impede o estiramento do da meninge que causa muita dor), 1) Kernig [pede ao paciente deitado que se sente, e ela irá dobrar os joelhos ou se o examinador levantar a perna do paciente deitado (como na imagem) pra poder não esticar tanto a raiz], 2) Brudzinski [quando se dobra o pescoço do paciente para verificar a rigidez de nuca o paciente dobra o joelho].
CAUSADORES: Vírus:
Enterovírus: Os enterovírus são encontrados no meio, pois são excretados em grandes quantidades pelas pessoas infectadas
Caxumba: (15% das pessoas que tem caxumba tem meningite subclínica); 
Herpes. 
Apesar de infecciosas não são tão contagiosas.
Bactérias:
MENINGOCOCOS: não tem um prognóstico tão ruim, possui um tratamento eficaz, e geralmente não deixa sequelas. No entanto alguns pacientes desenvolvem Meningococcemia onde o meningococo não fica só no SNC, mas afeta todo o sistema orgânico da pessoa (processo de vasculite), que morre em questão de horas. Há respostas corporais similares a queimaduras. Tem grande capacidade de transmissão. É a mais grave. A meningite por meningococo pode ser fatal em algumas horas. Felizmente, uma minoria de casos evolui com essa gravidade, mas deixa mais seqüela (80% têm chance de uma seqüela auditiva).
PNEUMOCOCO: pouco contagioso
HEMÓFILO: menos contagioso.
Fungos:
CRIPTOCÓCICA
Quando se suspeita de meningite deve-se sempre se fazer uma raquicentese, recolhendo o liquor para analise. 
ABCESSO CEREBRAL: Febre, sinais focais, hipertensão intracraniana, evolução arrastada. Normalmente é uma segunda doença, já havia uma doença previa que fez o individuo adquirir o abcesso. O cérebro é muito resistente a bactérias, se injetar bactérias no cérebro na maior parte nada vai acontecer. Mas se esse cérebro não estiver bem vascularizado, isso não ocorre. 
Geralmente antecedente a sinusite (sinusite de repetição), otite e endocardite (processo infeccioso nas válvulas do coração).
 
MIELITE: Febre, quadro de hemiseccção ou transecção (atinge metade ou toda medula). Se instala entre 4 horas a 2 semanas é um processo inflamatório. Se a instalação é maior que 2 semanas o mais provável é que seja um tumor, se for menor que 4 horas, mais provável que seja um problema vascular. Causa disfunção esfincteriana.
Aula 6: Acidente Vascular Encefálico
Principal causa de morte no Brasil. Mas nem todo AVE é fatal boa parte dos pacientes sobrevive com seqüelas ou nem saber que teve um AVE. Isso porque existe áreas do nosso cérebro que você compromete e outras nem tanto.
Relevância epidemiológica: 1 AVE a cada 40 s nos EUA
A nomenclatura AVC (Acidente Vascular cerebral) é importante apenas em alguns casos: Todo AVC é um AVE mas nem todo AVE é um AVC. Não é correto dizer que o paciente teve AVC de ponte ou AVC de cerebelo, já o encéfalo congrega a maior parte das estruturas. Ou seja, se você falar AVE vai acertar sempre, mas como a maioria dos acidentes é no cérebro na maior parte das vezes não fará diferença.
Acidente vascular= Algo que compromete os vasos que nutrem o encéfalo, se não for algo que comprometa diretamente os vasos não é AVE (Ex.: Parada cardio-respiratória)
Tipos principais:
Isquêmico (85%) falta de sangue
Trombótico: Coagulo (Problema local)
AIT (Ataque Isquêmico Transitório): O paciente têm um problema e volta ao normal (poucos minutos). Se é transitório aconteceu e passou. O diagnóstico é sempre retrospectivo por que não podemos dizer que é transitório enquanto a pessoa está tendo o AVE.
Embólico: Pensar em uma seringa, se tiver qualquer coisa pequena no sangue ela vai passando pelos vasos maiores sem problemas, mas sela chega em um vaso pequeno ela impacta e entope. (Problema que pode estar mais distante) 
Hemorrágico (15%) excesso de sangue
Hematoma Intraparenquimatoso: Hematoma (O vaso se rompe, o sangue começa a encharcar o parênquima cerebral e isso causara um inchaço)
Hemorragia Subaracnoidea: Aneurisma (O sangue está aparecendo no líquor)
Popularmente: Brasil= Derrame; EUA= Stroke
A tomografia computadorizada é muito recente, antes disso o diagnóstico de AVE era feito assim: O paciente tinha um déficit neurológico e se fazia uma punção lombar e eventualmente ela vinha com sangue (nos casos de AVE hemorrágico) e a explicação para o leigo era que houve um derramamento de sangue. O termo “Stroke” significa golpe, pancada e representa o ataque súbito da doença. (Como uma pessoa está bem e de repente não está mais). Os dois termos são exagerados.
Vascularização Encefálica (Arterial)
AORTA: Tudo começa no coração, a aorta é a principal artéria do nosso corpo (está mais próxima do lado esquerdo), dela sai toda a vascularização do nosso corpo. Têm três ramos. 
1º Ramo: Ramo braquicefálico que é importante para nutrir o braço e uma parte da cabeça. (Não é preciso dizer que é o direito por que não existe o esquerdo). Logo depois se divide novamente em: carótida direita e subclavia direita (Artéria vertebral importante para o encéfalo, irriga a coluna vertebral).
2º Ramo: Carótida comum (esquerda)
3º Ramo: Subclavia esquerda (Artéria vertebral importante para o encéfalo, irriga a coluna vertebral)
Quando viramos a cabeça, quase fechamos a artéria vertebral do mesmo lado, e eventualmente sentimos uma tonteira junto, porque estamos vascularizando menos o tronco encefálico. Isso é normal, o problema é se já houver uma obstrução que irá impedir essa vascularização.
Carótida:
Carótida interna: vasculariza a cabeça internamente, como o encéfalo. 
Carótida externa: irriga as partes externas da cabeça, como as estruturas da face. (Têm ramos)
Embora seja normal em anatomia pensar em interno e externo como medial e lateral respectivamente, aqui não é esse o caso, a mais medial é a externa e a mais lateral é a interna. 
Chegam quatro vasos para nutrir o encéfalo: Duas vertebrais por trás e duas carótidas internas pela frente. Como os vasos se estruturam no encéfalo: Polígono de Willis 
A confluência é tão perfeita que basta que um dos vasos esteja inteiramente funcional para que mantenha-se todo o cérebro funcionando. O polígono de Willis é uma estrutura vascular importantíssima com grande defesa contra isquemia, porém, favorece o AVE hemorrágico. Apesar disso, o polígono têm variações anatômicas, não é igual em todo indivíduo (Ex.: Algumas pessoas não têm a comunicante anterior, mas tem a posterior e outras não têm comunicante. Essas têm uma maior fragilidade por que se entupir por exemplo, a carótida direita, não tem como vir sangue de nenhum lugar.)
Territórios: Sabendo o território que a artéria irriga saberemos a clínica que acontecerá caso ela seja entupida. 
Anterior – Face medial dos lobos frontal e parietal (contorna o corpo caloso, irriga a parte medial do encéfalo menos o occiptal): Sensitivo motor membro inferior;
Média – Convexidade dos lobos frontal,temporal (superior) e parietal (praticamente a continuação da carótida, + calibrosa, responsável pela linguagem, principalmente o lobo esquerdo);
Posterior – Lobo occipital e temporal (inferior): Visão.
Trombose cerebral (Coagulo):
Instalação progressiva, frequente durante o sono (sangue mais perto da estase)
Cefaleia, convulsões e rebaixamento da consciência com menor frequência
Antecedentes de Hipertensão Arterial e doença aterosclerótica (endurecimento por atermomatose: deposição de gordura na parede do vaso)
Deposição de fibrina entra para reparar a parede do vaso e evitar uma hemorragia que posteriormente se tornam fibras de colágeno, cada vez que essa placa “racha” o processo se reinicia e mais gordura, mais fibrina e mais colágeno são depositados na parede do vaso fechando assim a luz do vaso.
Bomba de sódio pode ocasionar acúmulo de água formando edemas: agravante
AIT (ataque isquêmico)pregresso
AIT:
Evolui sem deixar sequelas
Por definição < 24h, em geral < 10 min
Frequentemente paroxístico (surtos) e recorrente
Tende a preceder a Trombose cerebral (não importa se essa pessoa teve 1 AIT ou se teve 1000 AITs)
Embolia cerebral:
Início abrupto
Sintomatologia máxima rapidamente atingida
Transformação hemorrágica: É um AVE isquêmico que pode se tornar hemorrágico, quando após a embolia o a área afetada já parou de funcionar e o sangue jorrar numa área necrosada, quando a embolia se desfaz, não há lugar para o sangue que estava parado causando a hemorragia.
Convulsões em até 20% dos casos
Fonte emboligênica cardíaca e artéria-artéria são as mais comuns
Hematoma intraparenquimatoso:
Evolução gradual em minutos a horas
Cefaléia,vômitos e rebaixamento da consciência frequentes
Essencialmente secundário à Hipertensão Arterial
Hemorragia subaracnóidea:
Cefaleia lancinante rapidamente progressiva
Irritação meníngea
Rebaixamento de consciência
Pobreza de sinais focais
Aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso sanguíneos, por enfraquecimento local de sua parede. Caso o aneurisma venha a romper-se, há sangramento para o espaço que está ao redor do vaso (espaço subaracnóideo).
O AVE hemorrágico (se o paciente sobreviver) tem um prognóstico melhor. O AVE isquêmico a área acidentada está morta, não tem o que fazer.
Aula 7: Afasias e Neurorradiologia 
Afasias: Perda ou deterioração da linguagem por dano cerebral. Problemas na elaboração da fala ou na percepção (produção e reprodução). Está ligada à corticalidade e é um problema de linguagem.
O planejamento da fala é cortical e a execução motora.
Linguagem: Função cognitiva. Capacidade de simbolizar as coisas, transformar idéias em palavras.
Idioma: O arranjo lógico é o mesmo: Simbolizar. A partir do momento que o indivíduo é exposto ao idioma, ele fala.
Pensamento: Boa parte do nosso pensamento é verbal, mas não todo ele. (Pensar com palavras, colocar as idéias em ordem).
Disfonia: Formação da voz (ligada às cordas vocais). Problema no volume da voz e produção da voz.
Disartria: Articulação da palavra (fonemas) por um motivo neurológico. É um problema motor.
Dislalia: Articulação da palavra. Também é motor mas por um motivo periférico. (Ex.: língua presa, fenda, anquiloglossia)
Afasia: Função cognitiva da linguagem (não sabe como fazer para falar). Afasia é o único distúrbio ligada à linguagem propriamente dita, os outros são ligados à fala.
Citoarquitetura cerebral
O cérebro não é uniforme. Brodmann mapeou as áreas cerebrais e percebeu que cada uma tem um “formato” e uma função. Áreas de Brodmann foram discutidas, debatidas, refinadas, e renomeadas exaustivamente por quase um século, e continuam a ser a mais conhecida e citada organização citoarquitetonica do córtex humano. Muitas das áreas de Brodmann definidas apenas com base na sua organização neuronal já foram correlacionadas similarmente à diversas funções corticais. Por exemplo, áreas de Brodmann 1, 2 e 3 são o córtex somatosensorial primário, área 4 é o córtex motor primário, área 17 é o córtex visual primário, e áreas de 41 e 42 correspondem ao córtex auditivo primário.
Afasias correspondem as áreas: 
Área 22 - giro temporal superior (parte da área de Wernicke: recepção e compreensão da fala);
Área 44 - pares operculares, parte da área de Broca; 
Área 45 - pares triangulares área de Broca. (controla qual palavra será dita- Expressão lingüística.)
Lesões desta área está muitas vezes associadas à Acidente vascular encefálico isquêmico. Essa região do Giro frontal inferior é irrigado pela Artéria cerebral média.
"O modelo neurolingüístico de Wernicke considerava que a área de Broca conteria os programas motores de fala, ou seja, as memórias do movimentos necessários para expressar os fonemas, compô-los em palavras e estas em frases. A área de Wernicke, por outro lado, seria responsável pela identificação das palavras ."
Importância do hemisfério direito: algumas habilidades artísticas, percepção de relações espaciais e reconhecimento de fisionomias pessoais.
Em 96% de indivíduos destros o hemisfério dominante é o esquerdo. Em 70% de indivíduos canhotos ou ambidestros o hemisfério dominante é o esquerdo. Logo no canhoto, é mais difícil localizar o lado do centros da linguagem.
Como saber o hemisfério dominante? Injeta-se anestésico na carótida de cada lado, no lado que a pessoa para de falar, este é hemisfério dominante.
Feixe arqueado: Comunicação entre a área de Broca e Wernicke. 
Percurso da linguagem: A voz ou estímulo sonoro entra pela orelha e passa pelo sistema auditivo e vai para a área auditiva primária onde o som é percebido, depois segue para a área de audição onde é escutado, o som é entendido PE La área de Wernicke e enviado pelo feixe arqueado para área de Broca para controlar o que será dito e depois passa pelas áreas motoras (6 e 4) para produzir a articulação da fala. 
É necessário área de Broca para repetição.
Tipos de Afasia
Afasia de Broca: Pouca fluência, não consegue repetir nem nomear.
Afasia de Wernicke: Apresenta fluência, só que o paciente fala errado por que a compreensão auditiva está prejudicada. O indivíduo pode apresentar uma parafasia podendo ela ser semântica (trocar uma palavra por outra parecida) ou literal (troca, adiciona ou retira letra dos fonemas).
Afasia de condução: Lesão no feixe arqueado. Têm fluência, compreende, mas não consegue repetir.
Afasia global: Todas as funções estão comprometidas, mas nem sempre é 100%.
Afasia anômica: Apresenta problema apenas na nomeação. Fala enriquecida em palavras de função e pobre em substantivos e verbos.
Afasia transcortical motora: Dificuldade na nomeação e na fluência. (Ex.: Não consegue falar quando tem sede, só consegue repetir). A área de Broca não está comprometida (Parece Broca mas consegue repetir), somente está isolada das outras. 
Afasia transcortical sensitiva: A área de Wernicke está isolada e só se comunica com Broca. Afasia fluente, caracteriza-se por uma perturbação do compreensão e discurso espontâneo, muitas vezes incompreensível pela presença de jargonofasia (o doente interpõe silabas e palavras sem sentido na linguagem, tornando-a incompreensível.) Como não há comunicação com o resto este paciente só repete.
Neuroimagem: Início 1895- Roentgen (O raio-x era feito em biombos com quantidade muito maior de radiação do que hoje)
Mecanismos: 
Óptica: (luz: radiação eletromagnética) (sombra: opaco, translúcido, transparente);
Fotografia: (revelação: retirada de todo o nitrato de prata nas áreas mais escuras, ficando só a prata. Todas as áreas brancas ficam pretas, e as áreas pretas ficam brancas (negativo));
Raio-x simples: A pessoa fica em frente a um projetor deraio x que projeta no corpo. Algumas estruturas (as pretas) absorvem mais o raio x, e as que absorvem pouco (as brancas) transformam nitrato em prata;
Raio-x com contraste: É utilizado Ba por via oral, para contrastar com as outras áreas; (Impossível para o SNC pois está emvolto de osso);
Angiografia: arteriografia cerebral dos vasos;
Tomografia computadorizada: consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "cortes" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela raio-x, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas.
Ressonância magnética: (melhor imagem) A Ressonância Magnética é uma técnica que permite o estudo do corpo humano com grande detalhe sem usar raios-X. Utiliza um forte campo magnético, pulsos de radiofrequência e um computador. Uma vez que o aparelho tem um potente campo magnético é preciso tomar cuidado para o que não utilizar durante o exame como: jóias e objetos metálicos.

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