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fichamento Kleber Barreto cap 17

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ÉTICA E TÉCNICA NO ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
Andanças com Dom Quixote e Sancho Pança
Kleber Duarte Barretto
Fichamento capítulo XVII
Em que se observam as transformações ocorridas em Sancho Pança a partir da convivência com Dom Quixote e vice-versa; e outras cositas mas
A convivência terapeuta e paciente, pode trazer mudanças a partir da contribuição mutua dos dois acompanhante e acompanhado. Seja na mesma casa, seja no trabalho, seja na faculdade, enfim, a convivência gera uma experiência ímpar, pois direta ou indiretamente, um acaba contribuindo com o outro (quer seja uma forma de falar, de pensar, de agir, entre outros), e ambos passam a ter o seu repertório existencial.
Ser um AT implica comermos do mesmo pão, compartilharmos experiências com nossos acompanhados, o que ao longo do tempo, podemos levar à constituição de um vínculo bastante intenso, podemos pensar em uma relação de amizade entre acompanhante e acompanhado.
A atividade de acompanhamento terapêutico, é um vínculo que guarda muita similaridade com a amizade: fazer passeios, encontros em casa. É importante ser assinalado sobre a potencialidade de uma amizade no vínculo entre acompanhante e acompanhado. Mas isso não inviabilizaria o trabalho terapêutico, ou não seria uma perda da tarefa do acompanhamento terapêutico?
 Na perspectiva da transicionalidade, não haveria problema algum, desde que essa proximidade surgisse dentro do processo terapêutico, não para satisfazer aos desejos do acompanhante ou do paciente, mas sim, às necessidades deste último, e para o trabalho terapêutico ocorrer, é necessário que se mantenha a capacidade de discriminação.
Contudo que alguns praticantes do acompanhamento terapêutico dizem que a amizade é uma relação amistosa, outros profissionais discordam dizendo que a amizade é algo bem distinto de uma relação amistosa.
 Winnicott (1961) afirma que para um sujeito e/ou determinadas dimensões do self em que houve uma falha no cuidado inicial da vida, é necessário que o tratamento ofereça ao paciente a oportunidade de ter experiências que pertençam à infância, em uma fase marcada pela dependência absoluta do meio ambiente, o autor afirma:” Psicoterapia do tipo a que estou me referindo pode parecer amizade, mas não é amizade porque o terapeuta é pago e apenas vê o paciente por um período limitado pela consulta, e, além do mais, somente por um curso limitado de tempo”.
Não tanto pelos elementos sensoriais do enquadre como definiu Winnicott, mas pela possibilidade de instrumentalizá-la, de auxiliar o desenvolvimento psíquico do sujeito acompanhado, portanto em um acompanhamento terapêutico existe uma singularidade na amizade ou no sentimento de solidariedade que é dado pela tarefa que define o encontro.

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