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Fraude a credores e execução no Direito Processual Civil

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038
Semana Aula: 5
PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE A CREDORES E FRAUDE A EXECUÇÃO.
Aplicação: articulação teoria e prática
1a Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituiam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Distinguindo, previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a indenização.
 
Questão nº 2. Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
a)    o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
b)    o responsável tributário, assim definido em lei; 
c)    o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
d)    o Ministério Público, nos casos previstos em lei. 
Avaliação
Resposta da 1a questão: 
Em linhas gerais, na fraude à execução o seu termo inicial é a partir do início da execução. Haverá necessidade de se demonstrar o estágio de insolvência e esta fraude pode ser reconhecida nos próprios autos da execução. Modernamente, também vem sendo exigida a análise do elemento subjetivo, que é a má-fé, entre o executado e o terceiro comprador, nos termos do Verbete nº 375 da Súmula do STJ. Já a fraude a credores, por sua vez, pode ocorrer do momento seguinte ao que a dívida foi contraída, havendo a necessidade de se demonstrar os requisitos objetivo (insolvência) e subjetivo (conluio entre vendedor e comprador do bem), além de se promover um processo de conhecimento em rito comum chamado de Ação Pauliana
 
Resposta da 2ª questão: 
Gabarito: D
Justificativa: O art. 779, NCPC (Lei nº 13.105/15), enumera os legitimados passivos para a execução, nele não tendo sido prevista a legitimidade do Ministério Público que, a rigor, apenas pode promover execução em nome da Instituição, nos termos do art. 778, par. 1º, inciso I.

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