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1 Direito Penal II Profa. M.Sc. Lidiane Lopes Temas: 1. Sursis Penal. 2. Livramento Condicional Sursis Penal - Suspensão Condicional da Pena: consiste na possibilidade do juiz, ao condenar o réu, liberá-lo do cumprimento da reprimenda penal - ficando condicionado a observância de algumas condições durante um determinado lapso temporal denominado de - período de prova - após o qual, satisfeitas as exigências impostas - a pena será considerada extinta. Pressupõe no caso concreto o preenchimento de alguns requisitos legais - prevalecendo qu uma vez existentes - a concessão é obrigatória (direito subjetivo). Natureza Jurídica: trata-se de uma medida penal de natureza restritiva da liberdade, pois apesar de evitar o encarceramento, impõe restrições à liberdade do condenado. Nosso Código Penal adota o sistema franco-belga (europeu continental) - o acusado é condenado, mas o cumprimento da pena é suspenso1. CP: Requisitos da suspensão da pena Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. 1 Diferente dos sistemas: 1. Anglo-americano (probation system): o juiz reconhece a culpabilidade, mas não aplica a pena. 2. Sistema do probation of first offenders act: trata-se do chamado sursis processual - o juiz no reconhece a culpabilidade e suspende a ação penal. É adotado no artigo 89 da Lei 9.099/95 (Suspensão Condicional do Processo). 2 Observações: 1. É possível a concessão do sursis penal ao condenado maior de 70 anos de idade, ou por razões de saúde que justifiquem - ainda que a pena seja superior a 2 anos e não exceda a 4 anos, vejamos: Art. 77. § 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. É o chamado sursis etário (1ª parte)/humanitário (2ª parte). Conforme se percebe pela leitura do dispositivo, o período de prova é maior = 4 a 6 anos. Importante: se a pena não for superior a 2 anos - o período de prova para o condenado maior de 70 anos continua sendo de 2 a 4 anos. 2. A legislação penal especial pode prever situações específicas, a exemplo da Lei que disciplina os Crimes Ambientais (Lei 9.605/98): Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos. Espécies de sursis: 1. Sursis simples: está previsto no caput do artigo 77 do CP e no art. 78, § 1º do CP; Neste caso, temos as seguintes consequências: Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). Aplicação: casos em que o condenado não reparou o dano injustificadamente ou as circunstâncias judiciais (art. 59, CP) não lhes são favoráveis. 3 2. Sursis especial: encontra previsão no art. 78, § 2º do CP - aplica-se ao condenado que reparou o dano (salvo impossibilidade justificada de fazê-lo) - e que tem as condições judiciais favoráveis. Neste caso, temos a possibilidade de imposição das seguintes condições: Art. 78. § 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: a) proibição de frequentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 3. Sursis etário já estudados anteriormente 4. Sursis humanitário Imposição de condições judiciais - CP: Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. Pode o juiz da execução modificar as condições impostas: LEP: Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as condições a que fica sujeito o condenado, pelo prazo fixado, começando este a correr da audiência prevista no artigo 160 desta Lei. 4 § 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado, devendo ser incluída entre as mesmas a de prestar serviços à comunidade, ou limitação de fim de semana, salvo hipótese do artigo 78, § 2º, do Código Penal. § 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante proposta do Conselho Penitenciário, modificar as condições e regras estabelecidas na sentença, ouvido o condenado. Observações: Art. 77. § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa. Período de prova: é o tempo em que o condenado fica condicionado ao cumprimento das restrições impostas. Início: audiência admonitória/advertência (após o trânsito em julgado da sentença condenatória) Tempo: CP: 2 a 4 anos (sursis simples)/4 a 6 anos (sursis etário/humanitário) LCP: 1 a 3 anos (Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional). Findo o período de prova - sem que seja revogado - a pena privativa de liberdade é extinta. Vale observar que a extinção ocorre com o término do período de prova - e não na data da sentença que declara extinta a punibilidade. 5 Revogação: 1. Obrigatória: Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. 2. Facultativa: Art. 81. § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. Nesta situação pode o juiz: Art. 81. § 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. Ou - CPP: Art. 707. Parágrafo único. O juiz poderá revogar a suspensão, se o beneficiário deixa de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, de observar proibições inerentes à pena acessória, ou é irrecorrivelmente condenado a pena que não seja privativa da liberdade; se não a revogar, deverá advertir o beneficiário, ou exacerbar as condições ou, ainda, prorrogar o período da suspensão até o máximo, se esse limite não foi o fixado. Cassação: na cassação não há o início da contagem do prazo de período de prova em razão: a) do não comparecimento docondenado à audiência admonitória (injustificado); b) pela não aceitação das condições impostas; 6 c) superveniência de condenação à pena privativa de liberdade (não suspensa); d) quando o Tribunal reforma a decisão e aumenta a pena - tornando-a incompatível com o benefício. Prorrogação do período de prova: CP: Art. 81. § 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera- se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. prorrogação automática § 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. Observações finais: 1. Ainda que o cumprimento da pena esteja suspenso - os direitos políticos não são restabelecidos - ou seja, ficam suspensos até a extinção da punibilidade. 2. É possível a concessão simultânea de mais de um sursis ao mesmo condenado - nas hipóteses de revogação facultativa. 3. Vedação à concessão de sursis na Lei de Drogas: Lei 11.343/2006: Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. STF: Informativo 639. Tráfico ilícito de entorpecentes e suspensão condicional da pena - 2 Em conclusão de julgamento, a 1ª Turma denegou, por maioria, habeas corpus em que se pleiteava a suspensão condicional da pena a condenado pela prática do crime de tráfico 7 ilícito de entorpecentes (Lei 11.343/2006, art. 33) — v. Informativo 624. Reputou-se não se poder cogitar do benefício devido à vedação expressa contida no art. 44 do referido diploma (“Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”), que estaria em harmonia com a Lei 8.072/90 e com a Constituição, em seu art. 5º, XLIII (“a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”). Vencido o Min. Dias Toffoli, que deferia a ordem ao aplicar o mesmo entendimento fixado pelo Plenário, que declarara incidentalmente a inconstitucionalidade do óbice da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito em crime de tráfico ilícito de droga. STJ: RECURSO ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. CONCESSÃO DE SURSIS. IMPOSSIBILIDADE VEDAÇÃO DO ART. 44 DA LEI 11.343/2006. CRIME OCORRIDO NA VIGÊNCIA DA LEI NOVA. 1. Ao crime de tráfico de entorpecente cometido na vigência da nova lei de drogas aplica- se a vedação prevista no artigo 44 da Lei n.º 11.343/06, que determina que os crimes de tráfico são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, conforme artigos 33, § 1º da referida lei de tráfico de entorpecentes. 2. A inconstitucionalidade declarada pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do HC nº 97256-RS - Rel. Min. Ayres Britto, restringiu-se ao tema da "substituição da pena, ou seja, decidiu-se"remover o obstáculo da Lei 11.343/2006", não examinando a questão do"sursis" e, por consequência, como esta eg. 5ª Turma também não o fez, prevalece a vedação legal ao benefício. 3. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1182021 RJ 2010/0032027-3) 4. Referência na Lei de Execuções Penais (LEP - Lei 7.210/84) - artigos 158 - 163. 8 Livramento Condicional: antecipa a liberdade do condenado - que fica liberado pelo tempo restante - chamado de "período de prova" e condicionado a observância de algumas condições. Objetivos Requisitos Subjetivos CP: Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos (objetivo), desde que: Objetivos: I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; CRIMES HEDIONDOS e equiparados (TTT): V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; Subjetivos: III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; E ainda - LEP (art. 112): ostentar bom comportamento carcerário. 9 Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. Soma de penas. Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. Observações: 1. não reincidente - portador de maus antecedentes: há duas correntes face à omissão legal - 1ª) deve cumprir 1/3 da pena - posição que prevalece na jurisprudência; 2ª) deve cumprir 1/2 da pena. 2. STJ. Enunciado de Súmula 441. “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional”. Neste sentido: Não esquecer que a realização do exame criminológico fica a critério do juiz - face as peculiaridades de cada caso concreto. Este é o entendimento do STJ: Súmula 439. “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada”. A consolidação desse entendimento é consequência de vários julgamentos realizados no STJ. Ao julgar o HC n. 145.217, a Sexta Turma entendeu que a gravidade abstrata do delito praticado e o cometimento de faltas graves, pelas quais o apenado já cumpriu as devidas punições, não constituem motivação concreta para o indeferimento do benefício. Para os ministros, tendo o juízo de execução concedido o livramento condicional, com dispensa do exame criminológico, por entender estarem preenchidos os requisitos legais, não cabe ao tribunal de origem, sem fundamentação idônea, reformar a decisão para exigi-lo ou condicionar tal progressão a requisitos não constantes na norma de regência. Ao julgarem o HC n. 139.090, os ministros da Quinta Turma destacaram que, para a concessão do benefício da progressão de regime e do livramento condicional, deve o acusado preencher os requisitos de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), podendo o magistrado, excepcionalmente, determinar a realização do exame criminológico, diante da peculiaridade da causa, desde que o faça em decisão concretamente fundamentada. Extraído do site: http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=969 95 10 Procedimento para a obtenção do livramento condicional: CPP + LEP Legitimidade - CPP: Art. 712. O livramento condicional poderá ser concedido mediante requerimento do sentenciado, de seu cônjuge ou de parente em linha reta, ou por proposta do diretor do estabelecimento penal, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário.LEP: Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. § 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste. § 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes: a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; b) recolher-se à habitação em hora fixada; c) não frequentar determinados lugares. Obrigatória Revogação estão previstas no Código Penal Facultativa 11 Revogação obrigatória Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: I - por crime cometido durante a vigência do benefício; II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. Revogação facultativa Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. Efeitos da revogação - CP: Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. Prorrogação/Suspensão do benefício: CP: Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. LEP: Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, ficará dependendo da decisão final. Extinção da pena: CP: Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. LEP: Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Público ou mediante representação do Conselho Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade, se expirar o prazo do livramento sem revogação. 12 STJ: Informativo 532. DIREITO PROCESSUAL PENAL. ILEGALIDADE NO RECONHECIMENTO DE FALTA GRAVE. A mudança de endereço sem autorização judicial durante o curso do livramento condicional, em descumprimento a uma das condições impostas na decisão que concedeu o benefício, não configura, por si só, falta disciplinar de natureza grave. Com efeito, essa conduta não está prevista no art. 50 da LEP, cujo teor estabelece, em rol taxativo, as hipóteses de falta grave, a saber, as situações em que o condenado à pena privativa de liberdade: a) incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; b) fugir; c) possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; d) provocar acidente de trabalho; e) descumprir, no regime aberto, as condições impostas; f) inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do artigo 39 da LEP; e g) tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. Desse modo, não é possível o reconhecimento da falta grave com fundamento na simples mudança de endereço durante o curso do livramento condicional, sem que evidenciada situação de fuga, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade. HC 203.015-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 26/11/2013.
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