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Sociologia Histórica 
As Identidades Nacionais 
Texto de apoio: 
THIESSE, Anne-Marie, A Criação das Identidades Nacionais, Lisboa: Temas&Debates, 2000, pp. 185-229. 
As Identidades Nacionais 
1.  Construção social das nações e da identidade nacional: historicização dos processos 2.  Nacionalismo gera a nação, não o contrário 3.  Nações como produto da imaginação, da invenção e do proselitismo 1.  O sentimento nacional “só é espontâneo quando já está totalmente interiorizado; tem de ser ensinado previamente”(18) 3	FCSH	-	
As Identidades Nacionais 1.  Três processos fundamentais 1.  Identificação dos antepassados: elaboração de mitos fundadores, heróis e heroínas, e a fabricação da língua, culturas e histórias nacionais 1.  Estabelecimento de uma continuidade histórica 2.  O folclore: o popular, a identidade estetizada, a simbolização e a monumentalização da nação 3.  A cultura de massas: educação da nação, a pedagogia do nacional 
4	As Identidades Nacionais 
1.  Indagar: 
1.  Papel dos actores políticos e instituições políticas: a promoção e a instrumentalização do passado, da tradição, da cultura, da identidade 
2.  Papel dos meios de comunicação social de massa na ressurreição do passado: a circulação e a reprodução sociais de modelos, símbolos, narrativas 
5	
As Identidades Nacionais 
1.  Produtores e difusores do património nacional (intelectuais, poetas, instituições culturais, museus) 1.  “todo o processo de formação identitária consistiu em determinar o património de cada nação e difundir o seu culto” (16) 2.  Inventários culturais: identificação e classificação das origens e da tradição 3.  Do colecionismo e da museologia à teorização sobre a cultura popular e nacional: Nação como resultado de uma língua e de uma tradição específica e única (Johann Gottfried Herder) 1.  “Uma língua, um povo” 6	FCSH	-	Departamento	de		
As Identidades Nacionais 
1.  Particularismos regionais como demonstração da diversidade e riqueza nacional 2.  Processos transnacionais: competição, mimetismo, diferenciação 1.  Universalização de um modelo comum de nação, associada à emergência de uma nova forma de vida social 1.  “A universalidade do nacional passa pelo particular” (225) 2.  Industrialização, urbanização, Estado territorial moderno: transformação dos modos de produção, da expansão dos mercados, da intensificação das trocas comerciais, do surgimento de tipos sociais inéditos 3.  Nação: fruto de uma “revolução ideológica”, associado à modernidade económica e social (16, 19) 4.  Paradoxo? Nação como produto da modernidade que recusa essa modernidade, exaltando a tradição, o passado, o arcaico, o rural 7		As Identidades Nacionais 
1.  Diversidade de formas de construção colectiva de identidades nacionais 2.  Fundamentos simbólicos e materiais: “uma história que estabelece uma continuidade com os ilustres antepassados, uma série de heróis modelos das virtudes nacionais, uma língua, monumentos culturais, um folclore, locais eleitos e uma paisagem épica, uma determinada mentalidade, representações oficiais - hino e bandeira - e identificações pitorescas – trajes, especialidades culinárias ou um animal emblemático” (18) 
8	As Identidades Nacionais 
1.  O folclore: o popular, a identidade estetizada, a simbolização e a monumentalização da nação 2.  A “nação ilustrada”: paisagens, trajes tradicionais, exibições identitárias, museus patrióticos, a arte nacional, os selos postais 3.  Paisagens: a paisagem nacional e o princípio da diferenciação 4.  Os trajes nacionais: o código de vestuário “já não apenas social, mas também territorial e nacional” (191) 1.  Usos políticos do vestuário: a importância cerimonial, bailes “patrióticos” em trajes “nacionais” 2.  Os trajes campesinos e a invenção de um povo 3.  O “museu vivo” 
9		
As Identidades Nacionais 
1.  Os trajes nacionais 1.  O kilt: a invenção de uma tradição (c. 1720-1730) 2.  Apropriação pelas classes altas – burguesia e nobreza – para “anunciar a sua prestigiosa origem” (194) 3.  1820: Celtic Society, promoção do “antigo traje” das “terras altas” da Escócia, padrão do kilt como suposto identificador de clans. 4.  Inscrição “numa longa tradição histórica” das “criações mais ou menos recentes da indústria têxtil” (195) 5.  “descoberta miraculosa” de um manuscrito: Vestiarum Scoticum, supostamente do século XVI 
10	As Identidades Nacionais 
1.  Exibições identitárias: a “aliança profunda entre o arcaísmo ostensivo da construção identitária e a mais inegável modernidade económica e tecnológica” (196) 1.  Londres Exposição Internacional 1851; Paris Exposição Universal 1867, 1878; Chicago Exposição Universal 1893 2.  Exposição de produtos, inovações mas também da “identidade sob o signo da tradição” (196): por exemplo, trajes, arquitectura, “aldeias nacionais” (“miniaturas da nação”), gastronomia, artes populares 
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As Identidades Nacionais 
1.  Museus patrióticos: museus da nação, museus etnográficos 1.  Fenómeno transnacional desde anos de 1880: competição, mimetismo 1.  1889 Congresso Internacional das Tradições Populares 2.  Folclorização da identidade nacional: documentação do povo e das suas tradições 3.  Tripla função: exaltar sentimento patriótico, documentar cientificamente a civilização material tradicional, criar modelos para sustentar criações modernas, associadas à expansão da produção industrial (artesanato e produção industrial) 
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As Identidades Nacionais 
1.  A arte nacional: a mercadorização da nação 1.  Nascimento da “Arte decorativa moderna no espírito da tradição artesanal”, movimento estético das Arts and Crafts (207) 1.  A “arte rústica nacional” 2.  Neo-artesanato: a salvação da tradição e a sua mercadorização 2.  inovação estética, valorização do passado e da tradição, crítica da sociedade moderna 3.  Mercados internacionais (de luxo) para artesanatos nacionais 
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As Identidades Nacionais 
1.  Da epopeia ao selo postal: inscrever a identidade nacional em “notas de banco, moedas, selos postais e uniformes” (219) 1.  Envolvimento de artistas de nomeada (Alphonse Mucha, “mestre internacional das artes decorativas”) 
Conclusão: “os antepassados são identificados, a língua nacional e fixada, a história nacional escrita e ilustrada, a paisagem descrita e pintada, o folclore museografado, as músicas nacionais compostas” (222)

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