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TGPp5_Pressupostos processuais

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
TEORIA GERAL DO PROCESSO
 TEMA 05 - Pressupostos Processuais: de constituição, de existência e de validade. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS:
DE CONSTITUIÇÃO, DE EXISTÊNCIA E DE VALIDADE
Os pressupostos processuais e as condições da ação estão intimamente ligados. Todavia, essas duas figuras de direito processual se distinguem exatamente pelos seus liames e nexos. Isto porque, muito embora ambas se constituam em pressupostos “latu sensu”, de admissibilidade da tutela jurisdicional, os pressupostos processuais incidem diretamente sobre a relação processual e o formalismo do processo, sua existência e validade, enquanto que as condições da ação dizem respeito à viabilidade do pedido em que o autor se afirma na postulação, como seja: possibilidade jurídica, legitimidade de parte e interesse processual.
Os pressupostos processuais são indicativos da validade do processo porque, com a ausência destes, o instrumento da jurisdição não pode oferecer as necessárias garantias para o reconhecimento definitivo de uma pretensão existente, eis que o processo há de ter um desenvolvimento válido e regular para que possa permitir uma sentença eficaz.
São assim, os pressupostos processuais, os requisitos indispensáveis à constituição, à regularidade e à existência da relação processual. Vale dizer que, sem o atendimento desses pressupostos, não pode haver o estabelecimento da relação processual válida. Tanto mais quando a autoridade judicante pode reconhecer o direito postulatório, o mesmo que direito de agir do acionante, porém não deferir o requerimento que pretende chamar o demandado à lide judicial. Neste caso, a jurisdição não instaura, ou não dá curso ao processo, por considerar a ausência de pelo menos um dos pressupostos processuais, mesmo que, no instrumento postulatório, se encontrem os pré-requisitos da ação, ou sejam as condições da ação.
Sim, porque o órgão judicante não pode apreciar as condições da ação, objetivando o estabelecimento da ralação processual, com o chamamento à lide, do demandado, sem antes haver examinado sobre a existência dos pressupostos processuais para decidir liminarmente sobre a admissibilidade e da validade do processo em sí. Isto quer dizer que esses pressupostos são condições “sine qua non” para a constituição e o desenvolvimento válido e regular do processo.
Essa matéria processual, em particular, encontra-se capitulada nas disposições do CPC: 
“Art.267 . Extingue-se o processo, sem resolução de mérito :
 ..................................................................................................................................................
 IV – 	quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
.....................................................................................................................................................
VI – 	quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual ”
Não há que referir à pura existência de uma relação processual, mas também, e principalmente, à sua validade. Por isso estamos estudando os pressupostos de constituição, de existência e de validade. Quando o juiz extingue, por ausência de pressupostos, está praticando ato de existência porque, ao extinguir, está praticando um ato processual em cima de um processo existente. Todavia, ao mesmo tempo, ante a ausência de pressupostos, poderá estar reconhecendo ou decretando a impossibilidade do seguimento válido e regular do processo, antes mesmo do exame das condições da ação (possibilidade jurídica, legitimidade de parte e interesse processual).
Cabe, ao órgão jurisdicional, conhecer de ofício a matéria aqui examinada ou por provocação da parte ré.
No particular ao processo civil, o CPC assim disciplina:
“art. 267........................................................................................................................
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento”..
Essa matéria será examinada minuciosamente em momentos futuros do Curso de Direito Processual, todavia é imperativo e oportuno, de logo, demonstrar esquematicamente esses pressupostos, à luz dos ensinamentos de Theodoro Júnior, para colocações sobre cada um deles em sala de aula :
 	competência do juiz para a causa.
	 S u b j e t i v o s
 	 sujeitos principais do processo: 	capacidade civil das partes
 - juiz e partes -
 		 representação por advogado
Pressupostos de constituição,existência 
e de desenvolvimento válido do processo. 	observância de forma processual adequada à pretensão 
						 
	 	 existência de instrumento de mandato
 O b j e t i v o s
 forma procedimental e 	inexistência de litispendência, coisa julgada, compromisso 
 ausência de fatos impeditivos 	ou de inépcia da inicial
 
 	 inexistência de qualquer nulidade prevista na lei processual
 
 - obr. cit. pág. 59 -
Há uma tendência doutrinária que racionaliza, todavia, de modo mais sucinto e conceitual, os pressupostos processuais, a exemplo Ada Pellegrini, etc., que assim os indica:
			 a) - uma demanda regularmente formulada
 (arts. 2º e 282 do C.P.C. e 24 do C.P.P.)
				 
Pressupostos Processuais	b) - a capacidade de quem a formula.
	c) - investidura do destinatário (qualidade do juiz)
E, mais adiante, a mesma autora e seus co-autores, informam que “a doutrina mais autorizada sintetiza esses requesitos nessa fórmula : uma correta propositura de ação, feita perante uma autoridade jurisdicional, por uma entidade capaz de ser parte em juízo”.
							 - obr. cit. pág. 287 -
Em seguida, os mesmos Autores assim explicitam: 
“Os pressupostos processuais inserem-se entre os requisitos de admissibilidade de provimento jurisdicional. No processo de conhecimento, a sentença de mérito só poderá ser dada (não importando ainda se favorável ou desfavorável) se estiverem presentes esses requisitos gerais.
Diferentemente da alemã, a doutrina brasileira distingue com nitidez as condições da ação (v. supra, n. 158) e os pressupostos processuais, incluindo ambos na categoria mais ampla dos ‘pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito’. ”
 - obr. cit. pag. 287/288 -
Ainda há uma outra tendência doutrinária no sentido de ampliar o elenco desses pressupostos. Segundo algunsjuristas brasileiros, a exemplo do reforço a essa tendência apontada por Vicente Greco Filho, dentre as doutrinas que tendem ampliar o elenco desses pressupostos, regra geral, que também assim classifica :
	 a) - intrínsecos (regularidade procedimental, existência de citação)
 
 I - Objetivos
 
	 b) – extrínsecos (ausência de impedimento, como coisa julgada, litispendência e compromisso)
Pressupostos
 Processuais
	 a - Referente ao Juiz (investidura, competência e imparcialidades)
	 
 II - Subjetivos
 	 b) - Referente às partes (capacidade de ser parte, capacidade de estar em juízo, 
 capacidade postulatória).
OBS.	- Todos esses pressupostos serão objeto de estudo, em momento próprio, com necessária amplitude, nas oportunidades previstas no programa elaborado para a cadeira.
	- Os temas esquematizados são desenvolvidos em aula expositiva.
	- A citação é dispensável, quando ocorre a hipótese prescrita no art. 214, § 1º.
_________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFESSOR LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
Vicente Greco Filho 	Direito Processual Civil Brasileiro 
 	1º Volume - 10ª Edição
 
Moacyr Amaral Santos 	Primeiras Linhas de Direito Processual Civil Brasileiro
	1º Volume - 15ª Edição 
José Frederico Marques 	Manual de Direito Processual Civil
 	1º Volume - 13ª Edição
 
Antonio Carlos de A. Cintra 	Teoria Geral do Processo
Ada Pellegrini Grinover 	14ª Edição
Cândido R. Dinamarco 
Humberto Theodoro Junior 	Curso de Direito Processual Civil
 	Vol. I - 15ª Edição.
 
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.	
Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores.
	 Atualizada em setembro/2010
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