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LEGUMINOSAS Nut. Ana Cecilia Fam CONCEITO As leguminosas são grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso. Algumas espécies podem ser consumidas quando ainda verdes (ervilhas e vagens); Papel importante na alimentação universal; Boa fonte protéica: Orientais: “Quem tem soja, tem carne, leite e ovos” Italianos: “Carne dos pobres” ESTRUTURA Vagens com alto valor fibroso; Grãos – ao redor celulose – 2 a 5%; Fibras solúveis – retardam o esvaziamento gástrico, torna mais lenta a absorção de glicose ( por isso indica-se feijão aos diabéticos); VALOR NUTRITIVO Boa fonte protéica, porém AA limitante (metionina), cerca de 23%; Mistura de arroz ou farinha de milho e feijão (3:1) corrige o aminograma (Dutra); Soja 40% de ptn de melhor VB; Ricos em Fe (n-heme), Zn, K, compl. B; Fatores antinutricionais (inibidores de tripsina, fitatos, polifenóis e oligossacarídeos); Para Reddy et al. (1984) a soja apresenta os maiores teores de fitatos (0,28-0,63%), seguidas pelo feijão vermelho (0,34- 0,58%), ervilhas (0,06-0,33%) e lentilhas (0,08-0,30%). Oligossacarídeos flatulência por fermentação (derivados da galactose) liberando gases como o CO2, H2, CH4 e traços de H2S(responsável pelo cheiro) CLASSIFICAÇÃO Várias tipos: Feijão (tipos), Soja, Grão de bico, Ervilha, Lentilha, Amendoim, Guandu, Soja e Tremoço. FEIJÃO É uma leguminosa que produz vagens de até 15cm de comprimento, dentro das quais estão as sementes, ou seja, os grãos empregados na alimentação. Há muitos tipos de feijão, de tamanho, VB, cores e sabores diferentes: PRATO TÍPICO BRASILEIRO Rajado Peq. Carioca Rajado Canário Preto Jalo Vinagrinho Rajado Verm Bolinha Verm Vermelho Cavalo Roxinho Macaça Branco Peq. Alubia Fabada Rosinha Bico de Ouro Mulatinho Fradinho Caupi Branco Caupi Pequeno Azuki Conhecida a mais de 5000 anos, no Oriente; Contém uma classe de fito-hormônio (hormônio de origem vegetal) conhecidos como isoflavonas ou isoflavonóides (amenizar sintomas da menopausa). Antioxidante↓LDL-c ↓risco DCV; Proteínas de AVB: 35 a 45%; Lipídios: 18 a 22%; Vitaminas: princ. Vit. A, C, E e comp.B; Minerais: princ. Mg, Se, Cl e K. SOJA SOJA Missô (pasta de soja) e shoyu (molho de soja): basicamente são usados como temperos na culinária oriental. Soja torrada: possui a aparência de um amendoim torrado e pode ser consumida como tal. (PHILLIPI, 2006) FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS LEGUMINOSAS FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS LEGUMINOSAS Durante o preparo, as leguminosas secas absorvem água e tornam-se macias, o sabor acentua-se e a digestibilidade aumenta. Para a cocção, pode ser empregado calor úmido ou calor seco (amendoim) . O tempo de cocção varia de acordo com a temperatura, o tipo de grão e a forma de cocção: Tradicional: 02 a 03 horas; Pressão: 15 a 30 minutos. Vagens : retirar a fibra dura ao longo das bordas – podem ser cozidas inteiras ou picadas, em água e sal por mais ou menos 20 minutos. Ervilhas : podem ser cozidas na vagem ou retiradas; refogadas e servidas com manteiga. FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS LEGUMINOSAS Leguminosas secas: deixar de remolho antes da cocção para abrandar a celulose e hidratar o amido do interior; devem ser lavadas antes do remolho; Alguns autores recomendam que devem ser cozidas na própria água do remolho para evitar perdas de vitaminas que se dissolveram na água (ressalvas). Água de remolho enxofre (desprezar) No Brasil soca-se o grão para engrossar o caldo, então a celulose se rompe e o amido passa para o meio de cocção. Na fervura inicial das leguminosas forma-se uma camada de espuma, que diminui com o acréscimo de sal e gordura. FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS LEGUMINOSAS Para impedir a descoloração do grão dar fervura inicial de 2 minutos sem pressão e após 1 hora submetê-lo a cocção sob pressão. Somente o amendoim , que também é uma leguminosa seca, é submetido a cocção seca pois possui características individuais: maior teor de lipídios e menor quantidade de amido. É parecido com nozes; é rico em P, vitaminas do complexo B e gordura insaturada. FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS LEGUMINOSAS RECEPÇÃO E ARMAZENAMENTO IDEM CEREAIS; Bolor do amendoim: aflotoxina; > tempo>umidade difícil coccão. APLICACÕES EM TEC. DIETÉTICA Fonte: Ornellas, 2007 Fonte: Ornellas, 2007 APLICACÕES EM TEC. DIETÉTICA BIBLIOGRAFIA CAMARGO, E.B., et al. . Técnica dietética: seleção e preparo de Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2005. ORNELLAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2001. PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dietética. São Paulo: Ed. Manole, 2003. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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