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Princípios do Direito Administrativo

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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Introdução
CONCEITOS
 
1. Conjunto harmônico de regras e princípios que regem os órgãos 
integrantes da Administração Pública, seus agentes e as atividades 
administrativas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os 
fins desejados pelo Estado, visando o interesse público.
 
2. É o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas reguladores 
do exercício da função administrativa.
- Interesse público:
- Interesse público primário: verdadeiro interesse da sociedade
- Interesse público secundário: interesse do Estado como pessoa jurídica.
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
Função administrativa é uma das funções básicas do Estado, é a 
atividade desempenhada pelas pessoas estatais, sujeitas a controle 
jurisdicional, no fiel cumprimento do dever de alcançar o interesse público. 
Em suma, é toda atividade desenvolvida pela Administração 
representando os interesses da coletividade. 
Temos como identificação da função administrativa três critérios:
1) Subjetivo (ou orgânico): dá ênfase ao sujeito ou agente da função;
2) Objetivo Material: examina-se o conteúdo da atividade; 
3) Objetivo Formal: ilustra a função pelo regime jurídico em que se situa 
a sua disciplina.
 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
A cada um dos poderes Estatais, foi atribuído uma função típica 
(aquela exercida predominantemente): a) o Poder Legislativo exerce a 
função legislativa; b) o Poder Judiciário exerce a função jurisdicional; c) O 
Poder Executivo exerce a função administrativa, também chamada função 
executiva.
Ocorre que, esses poderes também atuam de modo atípico, ou seja, 
é possível que um Poder exerça uma função atribuída a outro, de forma 
secundária. 
Temos como exemplos: O poder Legislativo tem como função 
principal elaborar o regramento jurídico Estatal (sua função típica), 
todavia, também administra seus órgãos, momento em que exerce uma 
atividade típica do poder executivo. Temos ainda, a possibilidade do 
julgamento do chefe do executivo pelo Legislativo nos crimes de 
responsabilidade. Da mesma forma, a função legislativa pode ser exercida 
atipicamente pelos poderes Legislativo e Judiciário.
 
 Aqueles que exercem a competência administrativa, em razão do 
interesse público, possuem uma posição privilegiada e de supremacia em 
face de terceiros que com ela se relacionam, ela tem prerrogativas e 
obrigações que não são extensíveis aos particulares. Tendo como 
finalidade o alcance das necessidades sociais.
Sentidos da Administração Pública:
- Sentido Objetivo: a administração pública nesse contexto representa o 
próprio exercício da função administrativa pelo Estado, por meio de seus 
agentes e órgãos. 
 
- Sentido Subjetivo: por essa concepção, a administração pública vertente 
considera-se, aqui, o sujeito da função administrativa.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Princípios do Direito 
Administrativo
Princípios expressos do Direito Administrativo
 
O Direito Administrativo tem como base dois princípios norteadores, são eles 
: 
1) O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado: 
Por tal princípio entende-se, que sempre que houver conflito entre um 
particular e um interesse público coletivo, deve prevalecer o interesse 
público. Essa é uma das prerrogativas conferidas a administração 
pública. 
2) Princípio da indisponibilidade do interesse público: são limitações as 
prerrogativas do interesse público. Exemplo: licitações, cargos públicos, 
etc.
Não obstante, a Administração Pública possui outros princípios (princípios 
constitucionais), expressos no Art. 37 da CF/88: 
a) Legalidade: tal princípio preceitua que a atuação está vinculada à 
observância do disposto na lei em sentido amplo, ou seja, o administrador só 
pode atuar nos limites previstos no ordenamento jurídico. É, portanto, a base 
do Estado Democrático de Direito e garante que todos os conflitos serão 
resolvidos mediante lei;
 
b) Impessoalidade: o agir da administração pública não pode prejudicar ou 
beneficiar o cidadão individualmente considerado, de modo que será 
imposto ao Administrador Público que só pratique ato para o seu fim legal. 
Ademais, a impessoalidade é o fundamento para a Responsabilidade Objetiva 
do Estado, porquanto, o agir da Administração Pública não se confunde com 
a pessoa física de seu agente.
 
 
 Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Princípios do Direito 
Administrativo
c) Moralidade: a Administração Pública impõem ao Agente Público que 
pratica o ato administrativo um comportamento ético, jurídico, adequado. 
Não basta a simples previsão legal que autorize o agir da administração 
pública, é necessário que além de legal, o ato administrativo também seja 
aceitável do ponto de vista ético-moral, segundo o que está expresso no 
artigo 37, § 4º da CF/88. 
d) Publicidade: diz respeito à imposição legal da divulgação no Órgão 
Oficial, do ato administrativo, como regra geral, no intuito do 
conhecimento do conteúdo deste pelo Administrado e início de seus 
efeitos externos. A publicidade do ato administrativo o torna exequível. 
Todavia, nem todos os atos administrativos necessitam de divulgação 
oficial para serem válidos. A publicidade pode ser restringida e limitada 
pela Constituição Federal, desde que decorra de uma situação de relevante 
interesse coletivo, para garantir a segurança nacional ou para proteção da 
intimidade de garantia ou honra privada.
 
e) Eficiência: este princípio ingressou no rol dos princípios mínimos da 
Administração com o advento da EC 19/98, quando foi inserido no caput 
do artigo 37. Por meio deste princípio, exige-se que o Administrador aja de 
modo rápido e preciso, produzindo resultados que satisfaçam as 
necessidades dos administrados, ou seja, é a eficiência do poder público.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Outros Princípios.
 
Princípios infraconstitucionais (art. 2°. Da Lei 9784/99)
 a) Princípio da autotutela: Estabelece que a Administração pode rever os 
seus próprios atos, seja para anulá-los (se ilegais) ou revogá-los (se 
inconvenientes). Trata-se, pois, de um controle interno realizado através 
da revogação de atos inconvenientes ou inoportunos, com efeito ex nunc; 
e da anulação (Lei 9784/99 art. 54) de atos ilegais (vício, fraude, erro), com 
efeito ex tunc. 
 
b) Princípio da Finalidade: Na visão de Hely Lopes Meireles (doutrina 
minoritária), tal princípio se assemelha ao princípio da impessoalidade. 
Ocorre que, sempre que um ato for praticado visando interesse alheio ao 
interesse público o ato será nulo devido ao desvio de finalidade.
Atenção: desvio de finalidade constitui ato de improbidade administrativa, 
tipificado no art. 11 da Lei 8429/92.
 
c) Princípio da obrigatória motivação: Todo ato deve ser acompanhado de 
uma explicação por escrito das razões de fato e de direito que levaram a 
sua prática. 
d) Princípio da Razoabilidade: Alguns autores defendem que este também 
é princípio explícito, art. 5°, XXVIII, CF. A administração deve agir de 
maneira racional, usando o bom-senso, praticar atos com moderação. 
e) Princípio da Proporcionalidade: É inerente ao princípio da razoabilidade. 
Corresponde a adequação entre fins e meios da administração pública, em 
outras palavras, o motivo da prática do ato deve ser proporcional a prática 
do ato. 
f) Princípio da Continuidade: Este princípio é implícito da CF/88, mas 
expresso na lei nº 8.987/95. Versa que o administrador público deve 
entender que a atuação administrativa não deve ser interrompida, deve 
ser contínua. 
Licenciadopara Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Poderes da 
Administração Pública
Os poderes administrativos são prerrogativas especiais e 
instrumentos que o ordenamento jurídico confere ao Estado para que este 
cumpra suas finalidades institucionais na busca e alcance do interesse 
público.
 
Características dos Poderes Administrativos
 
a) Instrumentalidade;
b) Poder-dever;
c) Irrenunciabilidade;
d) Exercício dos poderes da lei;
e) Responsabilização do Administrador;
 
Classificação dos Poderes Administrativos quanto à margem de liberdade 
 
a) Poder Vinculado: No exercício do poder vinculado, a lei tipifica objetiva 
e claramente a situação em que o agente deve agir e o comportamento a 
ser tomado. O Administrador, pois, é obrigado a agir de acordo com o que 
está definido na lei, sem possuir nenhuma margem de escolha.
 
b) Poder Discricionário: O poder discricionário permite uma margem de 
liberdade ao administrador, que exercerá um juízo de valor segundo 
critérios de conveniência e oportunidade, dentro dos limites definidos pela 
lei, avaliando a situação e escolhendo o melhor comportamento a ser 
tomado dentre os que são legalmente possíveis e que melhor atenda ao 
interesse público buscado ou se aplique melhor ao caso concreto.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Classificação dos Poderes Administrativos quanto às espécies
 
a) Poder Hierárquico: Prerrogativa que tem o Estado de organizar sua 
estrutura, escalonando e definindo funções de seus órgãos, bem como 
fiscalizar, ordenar e rever a atuação de seus agentes, através do 
estabelecimento de relações de subordinação entre aqueles que integram 
o seu quadro de pessoal. Tem-se a Hierarquia Horizontal, que se dá por 
atos de coordenação, tendo a distribuição da competência territorial ou 
por especialidade por matéria e a Hierarquia Vertical, a qual possui sua 
competência distribuída por atos de subordinação, um órgão superior 
controla um inferior. As características do Poder Hierárquico são: a) edição 
de atos normativos internos; b) dar ordens (poder de comando); c) 
fiscalização e controle; e d) delegação e avocação de competência.
 
b) Poder Disciplinar: É o poder conferido ao agente público de aplicar 
sanções aos demais agentes diante da prática de uma infração funcional, 
bem como às pessoas que mantêm vínculo contratual ou pela hierarquia 
com a Administração e cometem alguma falta durante a execução do 
contrato. 
 
c) Regulamentar ou Normativo: Refere-se à prerrogativa que tem o Chefe 
do Executivo de expedir regulamentos que irão complementar o teor das 
leis, preparando-se sua execução (art. 84, IV da CF/88). Ademais, importa 
destacar que no exercício do poder regulamentar, a Administração não 
pode criar direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, devendo 
limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida.
 
No Direito Internacional, o Regulamento ou Decreto, divide-se em dois 
grupos: A) EXECUTIVO – Para execução da lei . B) AUTÔNOMO – Possui 
seu regulamento somo substituto do texto legal, quando não há lei ou 
ela é omissa. Ocorre a cria de direitos e obrigações devido a uma 
Emenda Constitucional, o Art. 84, VI da CF/88.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
d) De Polícia: É a atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse Público concernente à 
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Nesta 
ocasião a polícia atuante é a Administrativa não a Judiciária (prevenção e 
repressão de ilícitos criminais).
Sendo assim, com alicerce nos poderes da Administração Pública, 
podemos utilizar um método Mnemônico bastante conhecido para fixação 
do conteúdo:
HI = Poder Hierárquico
PO = Poder de Polícia
DI = Poder Disciplinar
DI = Poder Discricionário
VI = Poder Vinculado
NO = Poder Normativo
Temos então a palavra : HI.PO.DI DI.VI.NO.
Do Abuso de Poder
 
O abuso de poder ocorre quando o agente, no exercício de suas 
atribuições legais, atua com desrespeito a normas de competência ou em 
forma contrária a sua finalidade institucional.
 
- Excesso de Poder: Atuação fora dos limites de competência;
 - Desvio de Poder ou Finalidade: Deixa de observar a finalidade 
estabelecida em lei para o ato.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Organização da 
Administração Pública e o 
Terceiro Setor
Trata-se da estruturação da Administração Pública, identificando 
seus elementos constitutivos e a forma como se inter-relacionam. 
Órgãos Públicos
 
Segundo o que dispõe o artigo 1°, § 2°, inciso I, da Lei 9.784/ 99:
 Art. 1° (...)
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração 
direta e da estrutura da Administração indireta;
 
 São divisões das entidades estatais (União, Estados e Municípios) ou 
centros especializados de competência, instituídos para o desempenho de 
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à 
pessoa jurídica a que pertencem.
 Ademais, podem ter representação própria, por seus procuradores, 
bem como ingressar em juízo, na defesa de suas prerrogativas, contra 
outros órgãos públicos. 
Os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, são destituídos 
de legitimidade para atuar em Juízo. Excepcionalmente os tribunais 
admitem a legitimidade do órgão para a defesa de competências, 
atribuições e prerrogativas próprias.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
- Classificação:
 
a) Independentes: são os derivados da Constituição órgãos representantes 
do poder e independentes hierarquicamente (ex. Senado Federal); 
b) Autônomos: são órgãos com autonomia técnica e financeira (ex. 
Ministérios); 
c) Superiores: são os órgãos de direção, mas sem autonomia técnica. 
Dependem de um órgão autônomo mas possuem poder de decisão para o 
estabelecimento de regras em suas atividades (ex. Coordenadorias, 
Gabinetes, Secretaria da Receita Federal);
d) Subalternos: são órgãos de execução. Executam uma atividade direta, 
obedecem ordens, auxiliam, prestam serviços públicos de forma direta, 
porém, não possuem poder de decisão (ex. seções e os serviços)
e) Simples: são os que não têm outros órgãos agregados à sua estrutura 
f) Compostos: são os que têm outros órgãos agregados à sua estrutura, 
para funções complementares ou especializadas;
g) Singulares: são órgãos de um só titular (ex. Presidência da República);
h) Colegiados: são os compostos por duas ou mais pessoas (ex. Conselhos 
e Tribunais).
Como forma de buscar eficiência, a Administração Pública transfere a 
prestação de serviços para uma pessoa jurídica especializada (exemplo: 
empresa de correios, INSS, etc.), essa transferência é chamada de 
Descentralização e caracteriza a ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. Quando o 
poder público, não transfere a prestação do serviço, ou seja, cria órgãos 
especializados, divide-se internamente distribuindo competência entre 
uma mesma pessoa jurídica, essa organização é chamada de 
Desconcentração e caracteriza a ADMINISTRAÇÃO DIRETA.
- Administração pública direta: União, Estados, Municípios, DF;
 
- Administração pública indireta: autarquias, fundações, sociedades de 
economia mista, empresas públicas, agencias reguladoras, agencia 
executiva, consórciopúblico com personalidade jurídica de direito público 
(associação pública, Lei 11.107/05).
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
A Administração Indireta está subordinada à Administração Direta?
R.: Não. Entre a Administração Direta e Indireta há relação de 
vinculação. Existe um controle externo chamado de tutela 
administrativa, controle finalístico ou supervisão ministerial, que nada 
mais é do que uma fiscalização que os entes políticos e seus órgãos 
exercem sobre as entidades administrativas da administração indireta, 
visando o cumprimento das suas finalidades institucionais. Ademais, 
insta destacar que todas as entidades da administração indireta federal, 
sejam elas de direito público ou de direito privado, estão sujeitas ao 
controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxilio do 
Tribunal de Contas da União.
 Pergunta
Desconcentração Descentralização
• Órgãos;
• Distribuição das atividades dentro 
da mesma pessoa;
• Sem personalidade jurídica 
(despersonalizados);
• Subordinação hierárquica;
• Ministérios, Secretarias, 
Delegacias;
• Administração pública direta, ou 
centralizada.
• Entidades;
• Distribuição das atividades para 
diferentes pessoas jurídicas;
• Pessoas jurídicas de direito privado 
(autônomas);
• Não são subordinadas, mas vinculas a 
ministérios;
• Autarquias, fundações públicas;
• Administração pública indireta ou 
descentralizada;
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 
Figuras da Administração Indireta 
Os entes da Administração Indireta possuem personalidade jurídica 
própria, são pessoas jurídicas titulares de direitos e obrigações, entidades 
que respondem pelos seus atos. 
As entidades da Administração Indireta são criadas através de Lei 
Específica (EXCEÇÃO: Art.37º, XIX, CF/88 – “somente por lei específica 
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, 
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”).
 Dois tipos de pessoas jurídicas: pessoas de direito público e pessoas de 
direito privado.
1. Direito público: autarquias e fundações públicas (clássicas). Agências 
reguladoras e associações públicas (novas).
2. Direito privado: empresas públicas e sociedades de economia mista 
(clássicas).
Fundações governamentais (nova).
 
Autarquias e fundações públicas:
 São pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei 
específica (art. 37, XIX, CF/ 88), as quais é atribuída, para melhor 
funcionamento, autonomia administrativa, econômica e financeira para 
exercício de algum serviço público típico do Estado.
 
Alguns órgãos possuem capacidade processual especial para defesa de 
suas prerrogativas em juízo. Capacidade para impetrar mandado de 
segurança ou ser autoridade coatora em mandado de segurança.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Ex. INSS, IBAMA, CADE, INCRA, FUNAI, Banco Central, etc.
 
 Características: 
 
a) Pessoas de direito público; 
b) Criadas e extintas por lei específica; 
c) Não podem falir; 
d) Possuem autonomia (capacidade de autogoverno); 
e) São imunes a impostos; 
f) Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos;
g) São executadas pelo sistema de precatórios (art. 100, CF); 
h) Responsabilidade direta e objetiva.
i) Possuem prerrogativas processuais (prazo em dobro para recorrer e em 
quádruplo para contestar);
j) Precisam licitar ao contratar com terceiros;
 
Os Conselhos Profissionais são considerados autarquias federais (ADI 
1.717-DF). Porém, em relação a OAB, o STF, no julgamento da ADI 3026-
DF, classificou esta autarquia como “categoria ímpar no elenco das 
personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”.
 ATENÇÃO
Espécies:
- Autarquias de Controle: Atuam no serviço de polícia do Estado, pois, 
regulamentam, controlam e fiscalizam. Exemplos: CRM, CREA, CRO.
- Autarquias em Regime Especial: Possuem maior liberdade de atuação 
no exercício de suas atividades. São detentoras de um mandado certo e 
possuem a garantia de estabilidade de suas funções. Exemplo: 
universidades públicas.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 
- Agencias Reguladoras: São autarquias de regime especial, são 
responsáveis pela regulamentação, o controle e a fiscalização de 
serviços públicos transferidos ao setor privado.
Ex.: ANATEL – Agência Nacional das Telecomunicações, ANP – Agência 
Nacional de Petróleo, etc.
 
As Agências Reguladoras possuem uma forma diferenciada de 
escolha dos seus dirigentes, eles são nomeados pelo chefe do Executivo 
(Presidente da República) devendo essa nomeação ser aprovada pelo 
Senado Federal. Após a nomeação, o Dirigente cumpre um mandato certo 
e definido pela lei interna da agência podendo perde-lo por meio de um 
processo administrativo ou por renúncia de sua parte. Ao fim do mandato, 
o dirigente cumpre um período de quarentena (estabelecido pela lei nº 
9.986/2000), sendo a princípio quatro meses, em seguida, ficará o ex 
dirigente impedido de prestar serviços a qualquer empresa vinculada a 
agência que participava. 
- Agências Executivas: trata-se de uma qualificação prevista no art. 37, § 
8° da CF/ 88 conferida às autarquias e fundações públicas integrantes 
da Administração Indireta que hajam celebrado contrato de gestão 
com o Ministério Supervisor e possuam um plano estratégico de 
reestruturação e desenvolvimento institucional, voltado para a 
melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos. 
Além da maior autonomia, podemos apontar como vantagem de 
uma agência executiva a ampliação dos valores para a contratação direta. 
Entretanto, as agências executivas devem cumprir objetivos e metas 
fixados no contrato de gestão, visando uma atuação mais eficiente. Um 
exemplo de Agência Executiva é o INMETRO.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Fundações públicas e Empresas Estatais
 
As Fundações surgem quando um determinado patrimônio é 
destacado pelo fundador, ao qual é atribuída uma personalidade jurídica, 
visando ao atendimento de uma finalidade específica, devendo haver uma 
lei específica definindo as áreas que poderão ser criadas essas fundações.
A natureza jurídica das fundações será estabelecida pela sua própria 
lei específica. Definida a natureza jurídica da fundação, saber-se-á o 
ordenamento jurídico que será aplicado á ela, pois, se a natureza jurídica 
for de direito público a ela serão aplicadas as regras das Autarquias, serão 
as chamadas Autarquias fundacionais; se a natureza jurídica da fundação 
for de direito privado, nela haverá um regime híbrido ou misto, não 
gozando de nenhuma prerrogativa pública mas será submetida a todas as 
limitações estatais. 
 As empresas estatais são autorizadas por lei, sendo que sua criação 
efetiva ocorre com o registro dos atos constitutivos no registro 
competente. Ademais, a criação de subsidiárias das empresas estatais ou 
sua participação em empresas privadas também exigem autorização 
legislativa, conforme dispõe o artigo 37, inciso XX, da CF/ 88.
De outro norte, entende-se por empresas estatais as EMPRESAS 
PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. Alguns autores 
denominam estas entidades de “empresas paraestatais”.
Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, 
integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, 
mediante autorização de lei específica, com capital exclusivamente 
público, para a exploração de atividades de natureza econômicaou 
execução de serviços públicos.
Ao passo que Sociedades de economia mista, são pessoas jurídicas de 
direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo 
Poder Público, mediante autorização legal, sob a forma de sociedade 
anônima e com capitais públicos e privados, para a exploração de 
atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos.
 
 
 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas 
com o objetivo de permitir ao Estado a exploração de atividades de caráter 
econômico. Embora tais entidades estejam intimamente ligadas à ideia de 
exploração de atividade econômica, de cunho lucrativo, há empresas 
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos, 
sujeitando-se, portanto, a regime jurídico distinto daquele aplicável às que 
se dedicam a atividades econômicas. 
Fundações públicas e Empresas Estatais
QUANDO COMPARATIVO
 
Fundações públicas Empresas Estatais 
(Governamentais)
• Pessoas de direito público;
• FUNAI, FUNASA, PROCON;
• Criadas por lei específica;
• Exerce atividade social;
• Responsabilidade civil objetiva;
• Necessitam de licitação para 
contratar com terceiros;
• Imunidade tributária recíproca e 
prerrogativas processuais;
• Seus bens são públicos;
• Juízo privativo;
• Pessoas de direito privado;
• Fundação Pe. Anchieta (TV cultura);
• Criadas por autorização legislativa;
• Podem prestar serviço público ou 
explorar atividade econômica;
• Responsabilidade civil objetiva, 
quando prestar serviço público e, 
subjetiva, em caso de exploração de 
atividade econômica;
• Necessitam de licitação para contratar 
com terceiros;
• Não tem imunidade tributária nem 
prerrogativas processuais;
�Somente os bens afetados são 
públicos;
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Consórcios Públicos 
 
Podem ser pessoas públicas ou privadas, se públicas, são associações 
públicas de natureza autárquica. 
 Quando constituídos sob a forma de associação pública, o consórcio 
assumirá personalidade jurídica de direito público e terá natureza de 
autarquia, observando as prerrogativas destas entidades administrativas e 
integrando a Administração Pública Indireta de todos os entes 
consorciados.
 Ademais, o consórcio público também pode se constituir sob a forma 
pessoa jurídica de direito privado, observando-se que a legislação civil 
dispõe sobre o tema. Entretanto, mesmo neste caso, o consórcio público 
observará as normas de direito público no que tange à realização de 
licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de 
pessoal, que será regido pela CLT.
 
Os consórcios públicos poderão gozar dos seguintes privilégios:
– Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber 
auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras 
entidades e órgãos do governo;
– Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover 
desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de 
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder 
Público; 
– Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da 
Federação consorciados, dispensada a licitação;
- Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de 
tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou 
outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante 
autorização específica, pelo ente da Federação consorciado;
- Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços 
públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, 
que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão 
ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a 
legislação de normas gerais em vigor.
 
 
 
 
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A criação de um consórcio público seguirá os seguintes passos: a) 
subscrição de protocolo de intenções entre os entes interessados na 
constituição do consórcio; b) publicação de protocolo de intenções na 
imprensa oficial; c) promulgação de lei por cada um dos entes integrantes 
ratificando o protocolo, salvo se existir lei prévia autorizando a subscrição; e 
d) celebração do correspondente contrato.
 
 
 
 
A União não poderá constituir consórcio público diretamente com 
municípios, assim como os Estados não poderão consorciar-se com 
Municípios que não estejam localizados em seu território.
 Fique Sabendo
Outrossim, além do próprio contrato de criação, há a previsão de 
duas modalidades de contratos firmados entre os entes consorciados, 
quais sejam, os contratos de rateio e programa.
 O contrato de rateio é o instrumento por meio do qual os entes 
consorciados assumem o compromisso de transferir recursos financeiros 
ao consórcio, para que este possa atingir os objetivos estabelecidos no ato 
de criação. Já o contrato de programa é instrumento pelo qual devem ser 
constituídas e reguladas as obrigações de que um ente da Federação, 
inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da 
Federação, ou para com o consórcio público, no âmbito da prestação de 
serviços públicos por meio de cooperação federativa. 
Terceiro Setor
 
O Terceiro Setor é composto por entidades da sociedade civil, sem 
fins lucrativos, que se destinam à prestação de serviços de interesse 
coletivo e social, não exclusivos do Estado, podendo receber incentivo 
estatal para o desempenho de tais atividades. Tais entidades são 
chamadas de entes de cooperação ou entidades paraestatais.
 
As entidades integrantes do terceiro setor não integram a 
Administração Pública direta ou indireta.
 ATENÇÃO
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QUESTÕES COMENTADAS
 
 QUESTÃO 1
No Estado X, foi constituída autarquia para a gestão do regime próprio de 
previdência dos servidores estaduais. A lei de constituição da entidade 
prevê a possibilidade de apresentação de recurso em face das decisões da 
autarquia, a ser dirigido à Secretaria de Administração do Estado (órgão ao 
qual a autarquia está vinculada). Sobre a situação descrita, assinale a 
opção correta.
 
A) Não é possível a criação de autarquia para a gestão da previdência dos 
servidores, uma vez que se trata de atividade típica da Administração 
Pública.
B) Não cabe recurso hierárquico impróprio em face das decisões da 
autarquia, uma vez que ela goza de autonomia técnica, administrativa e 
financeira.
C) A previsão de recurso dirigido à Secretaria de Administração do Estado 
(órgão ao qual a autarquia está vinculada) configura exemplo de recurso 
hierárquico próprio.
D) São válidas tanto a constituição da autarquia para a gestão do regime 
previdenciário quanto a previsão de cabimento do recurso ao órgão ao 
qual a autarquia está vinculada.
Comentário: Não existe qualquer irregularidade na constituição de uma 
autarquia para a gestão de regime previdenciário. Vale ressaltar que o INSS 
é uma autarquia federal que desempenha esta atividade. Alternativa 
correta: D
Questões Comentadas
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 QUESTÃO 2
 A ONG “Festivus”, uma associação de caráter assistencial, qualificada 
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), 
celebrou Termo de Parceria com a União e dela recebeu R$ 150.000,00 
(cento e cinquenta mil reais) para execução de atividades de interesse 
público. Uma revista de circulação nacional, entretanto, divulgou 
denúncias de desvio de recursos e de utilização da associação comoforma 
de fraude. Com base na hipótese apresentada, considerando a disciplina 
constitucional e legal, assinale a afirmativa correta.
A) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar 
eventual irregularidade, uma vez que se trata de pessoa jurídica de direito 
privado, não integrante da Administração Pública.
B) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual 
irregularidade praticada pela OSCIP, por se tratar de pessoa jurídica 
integrante da administração indireta federal.
C) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual 
irregularidade praticada pela OSCIP, por se tratar de recursos públicos 
federais.
D) O controle exercido sobre a utilização dos recursos repassados à OSCIP 
é realizado apenas pela própria Administração e pelo Ministério Público 
Federal.
 
Comentário: A competência do Tribunal de Contas tem fundamento nos 
indícios de desvio de recursos públicos, ainda que a OSCIP não faça parte 
da Administração Pública. Assim, no caso narrado, o TCU deveráinvestigar 
o fato. Alternativa correta: C
QUESTÃO 3
 O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor-
Presidente da Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes 
do Estado, autarquia estadual criada pela Lei nº 1.234, alegando que 
aquela entidade, ao aplicar multas às empresas concessionárias por 
supostas falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a 
investir no Estado”. Ainda, por essa razão, o Governador ameaçou, 
também pela imprensa, substituir o Diretor-
Presidente da agência antes de expirado o prazo do mandato daquele 
dirigente. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.
 
 
 
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A) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras 
contribui para a necessária autonomia da entidade, impedindo a livre 
exoneração pelo chefe do Poder Executivo.
B) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, submete-se 
ao poder disciplinar do chefe do Poder Executivo estadual.
C) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas está 
sujeita, obrigatoriamente, ao poder hierárquico do chefe do Poder 
Executivo.
D) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo, 
pode o chefe do Poder Executivo exonerálos, por razões políticas não 
ligadas ao interesse público, caso discorde das decisões tomadas pela 
entidade.
 
Comentário: Agência reguladores tem mandado fixo para seus dirigentes, 
e isso impossibilita a exoneração de cargo. Alternativa correta: A
QUESTÃO 4
Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para 
atuação no setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de 
pessoal, foi iniciado concurso público com vistas à seleção de 150 
empregados, entre economistas, administradores e advogados.
A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta.
 
A) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado.
B) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, 
obrigatoriamente, uma lei complementar, por exigência do texto 
constitucional.
C) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de 
serviços públicos e às sociedades de economia mista cabe a exploração de 
atividade econômica.
D) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao 
regime trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta a 
exigência de concurso público.
 
 Comentário: Empresa pública que explora atividade econômica está 
sujeita ao regime trabalhista das empresas privadas, ou seja, CLT. O que 
não elimina a necessidade de concurso público. Alternativa correta: D
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Ato Administrativo
Trata-se de toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração, a qual tenha por fim imediato adquirir, resguardar, 
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações a ela 
mesma e aos particulares. 
 
- Atributos dos Atos Administrativos:
a) Presunção de Legitimidade e Veracidade;
b) Imperatividade ou coercibilidade;
c) Autoexecutoriedade ou exigibilidade;
d) Tipicidade.
 
- Requisitos de validade:
a) Competência – prerrogativa para a edição de um ato, esfera de atuação; 
b) Forma – somente a prescrita em lei, maneira de exteriorização dos atos 
administrativos, em regra, são escritos; 
c) Motivo – razões que justificam a edição do ato; 
d) Objeto – é ato em si mesmo considerado, é o que o ato decide, opina, 
certifica; 
e) Finalidade – única, o interesse público. 
 
 Invalidação e Anulação dos Atos Administrativos
 
Os atos administrativos devem ser convenientes, oportunos e 
legítimos e, quando isso não ocorre, devem ser desfeitos pela própria 
Administração ou pelo Poder Judiciário, sempre que se revelarem 
inadequados aos fins visados pelo Poder Público, ou ainda contrários às 
normas legais que os regem. A invalidação, portanto, pode se dar pela 
revogação ou anulação dos atos administrativos, figuras que se 
diferenciam na doutrina. 
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A anulação é a declaração de invalidade de um ato administrativo 
ilegítimo ou ilegal, feita pela própria Administração (Súmula 473, STF) 
independendo de provocação, podendo ocorrer de ofício, ou pelo Poder 
Judiciário, este atuando somente quando provocado. Funda-se, ademais, 
em razões de legitimidade ou legalidade.
 
 Espécies de atos administrativos
 a) Enunciativos: declaram algum fato;
b) Negociais: em concordância com o particular, ampliativos;
c) Ordinatórios: atos internos de disciplina do Estado;
d) Normativos: criam regras para particulares e agentes;
e) Punitivos: aplicam sansões.
 
 Classificação do ato administrativo 
 a) Discricionário ou vinculado; 
b) Concreto ou abstrato;
c) De Império, de gestão ou de expediente (atos de rotina);
d) Gerais ou individuais (especiais).
 
 Invalidade do ato administrativo
 a) Inexistentes – não admitem convalidação;
b) Nulos – não admitem convalidação; 
c) Anuláveis – admitem convalidação; 
d) Irregulares – vício irrelevante.
 
 Extinção do ato administrativo
a) Renúncia: o particular abre mão da vantagem que lhe foi concedida;
b) Cumprimento de seus efeitos (ato exaurido);
c) Desaparecimento do sujeito ou objeto;
d) Cassação: quando o particular não cumpre com seus deveres (cassação 
de licença, por uso indevido), hipótese de retirada do ato administrativo 
por ilegalidade superveniente;
e) Caducidade: lei nova não mais permite a prática do ato; alteração 
judiciária (ato x lei);
 
 
 
 
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f) Contraposição/derrubada: o ato é extinto em razão de novo ato 
antagônico/contrário ao primeiro (exoneração extingue a nomeação); ato 
x ato;
g) Revogação: forma de retirada do mundo jurídico de atos válidos, todos 
os efeitos que o ato produziu foram válidos;
h) Anulação: decorre de um vício de ilegalidade, aniquilando todos os 
efeitos que este ato já produziu.
 
 
 
 
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QUESTÃO 1
 Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria 
de grande movimento na cidade ABCD. A fim de oferecer ao público um 
serviço diferenciado, Manoel formulou pedido administrativo de 
autorização de uso de bem público (calçada), para a colocação de mesas e 
cadeiras. Com a autorização concedida pelo Município, Manoel comprou 
mobiliário de alto padrão para colocá-lo na calçada, em frente ao seu 
estabelecimento. Uma semana depois, entretanto, a Prefeitura revogou a 
autorização, sem apresentar fundamentação.A respeito do ato da prefeitura, que revogou a autorização, assinale a 
afirmativa correta.
 
A) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e sua 
revogação não podem ser investigadas na via judicial.
B) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é admissível 
o controle judicial do ato.
C) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo que, 
uma vez preenchidos os pressupostos, não poderia ser negado ao 
particular o direito ao seu uso, por meio da revogação do ato.
D) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, uma vez 
deferido o uso ao particular, passa-se a estar diante de ato vinculado, que 
não admite revogação.
 
Comentário: Sendo tal autorização ato discricionário da Administração 
Pública, a incidência do poder judiciário se aplicará no que diz respeito a 
esfera da justiça ,somente. Alternativa correta: B
 
Questões Comentadas
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 QUESTÃO 2
 O Estado X publicou edital de concurso público de provas e títulos para o 
cargo de analista administrativo. O edital prevê a realização de uma 
primeira fase, com questões objetivas, e de
uma segunda fase com questões discursivas, e que os 100 (cem) 
candidatos mais bem classificados na primeira fase avançariam para a 
realização da segunda fase. No entanto, após a divulgação dos resultados 
da primeira fase, é publicado um edital complementar estabelecendo que 
os 200 (duzentos) candidatos mais bem classificados avançariam à segunda 
fase e prevendo uma nova forma de composição da pontuação global. 
Nesse caso,
 
A) a alteração não é válida, por ofensa ao princípio da impessoalidade, 
advindo da adoção de novos critérios de pontuação e da ampliação do 
número de candidatos na segunda fase.
B) a alteração é válida, pois a aprovação de mais candidatos na primeira 
fase não gera prejuízo aos candidatos e ainda permite que mais 
interessados realizem a prova de segunda fase.
C) a alteração não é válida, porque o edital de um concurso público não 
pode conter cláusulas ambíguas.
D) a alteração é válida, pois foi observada a exigência de provimento dos 
cargos mediante concurso público de provas e títulos.
Comentário: Todo comportamento da Administração Pública tem que ser 
impessoal. Alternativa correta: A
 
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Licitações
Licitação é o procedimento pelo qual o ente público seleciona a 
proposta de contratação mais vantajosa dentre as que forem oferecidas 
pelos interessados. Ademais, a licitação deverá ser processada e julgada 
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos.
 
Em regra, são obrigados a licitar os entes políticos (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios), além de suas autarquias, fundações, 
empresas estatais e demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.
 
De modo que, de acordo com artigo 2° da Lei de Licitações, é 
obrigatória a realização de licitação para a contratação de obras, serviços, 
inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e 
locações.
 
Legislação
• Lei 8666/93 – alterada pela medida provisória 495/2010;
• Lei 10520/02 – lei do pregão;
• Lei 12232/10 – serviços de publicidade, em especial o art. 2° (ler com 
atenção).
• Art. 37, XXI da CF/88.
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Finalidades (art. 3° e §§ da lei 8666/93)
• Selecionar a proposta mais vantajosa, não necessariamente é o menor 
preço;
• Respeitar o princípio da isonomia, visto que todos podem participar;
• Promoção do desenvolvimento nacional sustentável (novidade!, trazida 
com a MP 495/10).
 
Competência legislativa
• Para normas gerais: União;
• Para norma não geral: os estados e municípios poderão legislar;
 
Princípios
• Princípio da Legalidade – a licitação é um procedimento administrativo 
vinculado á lei. A administração não poderá descumprir as normas e 
condições do edital.
• Princípio da Impessoalidade – determina que não há espaço para 
privilégios ou discriminações, ou seja, todos os participantes devem ser 
tratados igualmente em termos de direitos e obrigações.
• Princípio da Isonomia – todos os licitantes devem concorrer em 
condições idênticas. 
• Princípio da Publicidade – objetiva conferir transparência ao 
procedimento licitatório. 
• Vinculação ao instrumento convocatório (edital de publicação e/ou 
carta- convite – instrumento convocatório da modalidade Convite) – todos 
(inclusive a administração) devem obedecer ao instrumento convocatório.
• Adjudicação compulsória ao licitante vencedor – a atribuição do objeto 
da licitação deve ir obrigatoriamente para o vencedor adjudicação é uma 
das fases da licitação. Vencer a licitação não gera um dever, a contratação 
é ato discricionário da administração, mas se for contratar, deve ser o 
vencedor. O vencedor não pode ser preterido na contratação.
 
Fases da licitação
1. Publicação do edital ou envio da carta-convite: é o ato pelo qual se 
divulga a abertura da licitação (exceto na modalidade Convite), fixa os 
requisitos para a participação, define o objeto e as condições básicas 
do contrato e convida todos os interessados para apresentarem suas 
propostas. (Os requisitos necessários ao edital encontram-se na lei 
8.666/93)
 
 
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2. Habilitação : momento que será verificada a qualificação dos licitantes. É 
realizada em público a abertura dos envelopes contendo a documentação 
dos licitantes, após a examinação dos documentos, serão considerados 
habilitados os licitantes que tiverem atendido ás exigências do edital.
3. Julgamento e classificação das propostas: nesta fase, a Administração 
faz o julgamento das propostas, classificando-as, segundo os critérios do 
edital. O julgamento será de acordo com o tipo de licitação previsto no 
instrumento convocatório.
4. Homologação: é a aprovação do procedimento. A autoridade superior à 
comissão licitante examina as fases da licitação, estando de acordo com a 
legalidade, ela homologa o procedimento.
5. Adjudicação: é o ato final da licitação. A autoridade competente, atribui 
ao vencedor o objeto da licitação, reconhecendo seu direito de preferência 
em uma possível contratação.
Feita a Adjudicação, a Administração convocará o adjudicatório para 
assinar o contrato no prazo de 60 dias da data da entrega das propostas; 
ultrapassado esse prazo, ficam os licitantes liberados do compromisso 
assumido. 
 
 
 
 
A Contratação não é fase da licitação, uma vez que o contrato 
poderá não ser firmado. Assim, pode existir licitação que não leve à 
contratação. 
 ATENÇÃO
Tipos de licitação
Elencados no Art. 45, § 1o da lei 8.666/93; São relacionados com os 
critérios (do edital) de julgamento e classificação de propostas:
• Menor preço: vence o licitante que ofertar o menor preço;
 
 
 
 
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• Melhor técnica: voltada para contratos que tenham por objeto serviços 
de natureza intelectual, como elaboração de projetos, engenharia 
consultiva, etc. Aqui, são abertos os envelopes contendo as propostas 
técnicas e feita sua classificação; 
• Técnica e preço: classifica-se a proposta técnica e, em seguida as 
propostas de preço;
• Maior lance ou oferta: usado nos casos de alienação de bens e concessão 
de direito realde uso de uso;
• Menor lance (apenas para alguns autores);
 
Exceções ao dever de licitar
A regra é que todos devem licitar para contratar. Onde haja dinheiro 
público, é necessário licitação para contratar com terceiros.
• Inexigibilidade – quando a competição for inviável (art. 25 da lei de 
licitações).
• Dispensa – de fato é possível licitar, mas a lei dispensa.
a) Dispensável – a administração tem discricionariedade para decidir se 
licita ou não. 
b) Dispensada – a administração não tem discricionariedade para decidir 
se licita. Em alguns casos de alienação de bens públicos, seguidas as 
exigências legais, a licitação está dispensada pela própria lei de licitações.
 
Modalidades de licitação (art. 22 da lei 8666/93)
a) Concorrência – contratações de maior vulto. É a modalidade de licitação 
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto. É obrigatória para:
- Obras e serviços de engenharia no valor acima de R$ 1.500.000 (um 
milhão e meio de reais);
- Compras e demais Serviços de valor acima de R$ 650.000 (seiscentos e 
cinquenta mil reais);
- Licitação internacional; 
- Compra e Alienação de bens imóveis, de qualquer valor;
- Outorga de concessão de serviço público; 
- Concessão de direito real de uso.
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b) Tomada de preços – é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas 
para cadastramento, os cadastrados e os não cadastrados que preenchem os 
requisitos para cadastro em até três dias do recebimento das propostas (art. 
27 a 31 da lei 8666/93). A tomada de preços é indicada para transações de 
médio vulto:
- Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 1.500.000 (um milhão e 
meio de reais);
- Compras e demais Serviços de valor até R$ 650.000 (seiscentos e 
cinquenta mil reais) 
c) Convite – modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente 
ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em numero 
mínimo de 3 pela unidade administrativa, que afixará, em local apropriado, 
cópia da carta convite e a estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. É a única 
modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de edital, já que a 
convocação se faz por escrito, com antecedência de 5 dias úteis, por meio da 
Carta Convite. O convite é indicado para transações de menor vulto:
- Obras e serviços de engenharia, de valor até R$ 150.000;
- Compras e Serviços de valor até R$ 80.000.
- Admite-se o Convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço 
no País, respeitados os valores de até R$ 150.000,00 para obras e serviços 
de engenharia; e até R$ 80.000,00 para compras e demais serviços.
d) Concurso – Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico, mediante a instituição de 
prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de 
edital. Não se trata de concurso para o provimento de cargos e empregos 
públicos.
e) Leilão – Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a 
venda de bens móveis inservíveis para a administração (no valor de até R$ 
650.000,00) ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para 
a alienação de bens imóveis adquiridos pelas Administração Pública por meio 
de procedimento judicial ou dação em pagamento. 
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Fica com o bem aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao 
valor da avaliação.
f) Pregão (lei 10520/02) – aquisição de bens e serviços comuns (art. 1° da 
aludida lei): aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser 
objetivamente definidos pelo edital por meio de especificações usuais no 
mercado. Não tem limite de valor para o pregão. Só pode ser do tipo 
menor preço, e alguns autores defendem que na verdade é o menor lance. 
A ordem procedimental é invertida: a habilitação é feita depois das 
propostas, é mais inteligente, pois primeiro classifica para depois analisar a 
documentação, se a documentação do vencedor não estiver "ok", 
passa-se para o segundo colocado, e assim por diante. Deve ser de 
preferência eletrônico. Na seleção da proposta teremos uma fase termos 
um momento que os participantes darão lances: aquele que apresentou o 
menor preço e todos aqueles que apresentaram um preço até 10% maior 
que o menor preço.
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QUESTÃO 1 
Diante das chuvas torrenciais que destruíram o telhado do prédio de uma 
Secretaria de Estado, o administrador entende presentes as condições 
para a dispensa de licitação com fundamento no Art. 24, IV, da Lei nº 8.666
/1993 (contratação direta quando caracterizada urgência de atendimento 
de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de 
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou 
particulares). Submete, então, à Assessoria Jurídica a indagação sobre a 
possibilidade de contratação de empresa de construção civil de renome 
nacional para a reconstrução da estrutura afetada do edifício.
Sobre as hipóteses de contratação direta, assinale a afirmativa correta.
 
A) As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação não exigem 
justificativa de preço, porque são casos em que a própria legislação 
entende inconveniente ou inviável a competição pelas melhores condições 
de contratação.
B) A dispensa de licitação, assim como a de inexigibilidade, não prescinde 
de justificativa de preço, uma vez que a autorização legal para não licitar 
não significa possibilidade de contratação por preços superiores aos 
praticados no mercado.
C) Apenas as hipóteses de dispensa de licitação (e não as situações de 
inexigibilidade) exigem justificativa de preço até porque a inexigibilidade 
significa que somente uma pessoa pode ser contratada, o que afasta 
possibilidade de discussão quanto ao preço.
D) A dispensa de licitação não exige justificativa de preço, pois a própria lei 
prevê, taxativamente, que não se faça licitação nas hipóteses elencadas; 
na inexigibilidade, a justificativa de preço é inafastável, diante do caráter 
exemplificativo do Art. 25 da Lei.
 
Questões Comentadas
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Comentário: Impossibilidade de se contratar diretamente obras e serviços 
pelo preço acima ao do mercado, mesmo diante das exceções ao dever de 
licitar. (art.26, Parágrafo Único, III, da Lei 8666/93). Alternativa correta: B
QUESTÃO 2
 O Estado X, após regular processo licitatório, celebrou contrato de 
concessão de serviço público de transporte intermunicipal de passageiros, 
por ônibus regular, com a sociedade empresária “F”, vencedora do 
certame, com prazo de 10 (dez) anos. Entretanto, apenas 5 (cinco) anos 
depois da assinatura do contrato, o Estado publicou edital de licitação para 
a concessão de serviço de transporte de passageiros, por ônibus do tipo 
executivo, para o mesmo trecho. Diante do exposto, assinale a afirmativa 
correta.
 
A) A sociedade empresária “F” pode impedir a realização da nova licitação, 
uma vez que a lei atribui caráter de exclusividade à outorga da concessão 
de serviços públicos.
B) A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, 
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica devidamente 
justificada.
C) A lei atribui caráter de exclusividade à concessão de serviços públicos, 
mas a violação ao comando legal somente confereà sociedade empresária 
“F” direito à indenização por perdas e danos.
D) A lei veda a atribuição do caráter de exclusividade à outorga de 
concessão, o que afasta qualquer pretensão por parte da concessionária, 
salvo o direito à rescisão unilateral do contrato pela concessionária, 
mediante notificação extrajudicial.
 
Comentário: Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá 
caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou 
econômica justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei. Alternativa 
correta: B
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Contratos Administrativos
São considerados contratos administrativos os ajustes celebrados entre 
a Administração e terceiro, pessoa física ou jurídica, regidos por normas de 
direito público, cujo objeto busca atingir algum interesse público. São regidos 
pelas regras de direito público, Lei nº 8.666/93, Lei nº 8987/95, Lei nº 11.079
/04.
 Diversos são os contratos administrativos existentes no ordenamento 
jurídico brasileiro, podendo-se citar como exemplos os contratos de obras 
públicas, de prestação de serviços, de fornecimento, de concessão e 
permissão de serviços públicos.
 
Características
- Participação da Administração Pública no ajuste: a Administração Pública 
atuará valendo-se do seu poder de império, ocorrendo, pois, um 
desequilíbrio na relação contratual;
- Busca de um interesse Público: os contratos administrativos visam atingir 
um interesse público imediata e diretamente;
- Regime jurídico de Direito Público: a existência de interesse público nos 
contratos administrativos permite a aplicação de regime jurídico próprio de 
contratação trazido pela Lei 8.666/ 93, também aplicável, no que couber, aos 
convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados 
por órgãos e entidades da Administração.
- Cláusulas exorbitantes: estas cláusulas conferem à Administração algumas 
prerrogativas exclusivas, assegurando-lhe posição de prevalência 
relativamente ao contratado.
- Possibilidade de alteração contratual: a Administração poderá modificar os 
contratos unilateralmente para melhor adequação às finalidades de interesse 
público, respeitados os direitos do contratado.
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- Possibilidade de rescisão unilateral (Lei nº8.666/93): a Administração 
poderá rescindir unilateralmente o contrato nas seguintes formas: 
a) Por inadimplemento (Art. 78, I a VIII). Exemplos: não cumprimento ou 
cumprimento irregular do contrato, lentidão, atraso injustificado, 
paralisação sem justa causa;
b) Situações que caracterizam o desaparecimento do sujeito, sua 
insolvência ou comprometimento da execução do contrato (Art.78, IX 
a XI), falecimento do contratante, falência, entre outros;
OBS: Nas duas hipóteses apresentadas, a Administração não deve ao 
contratado, pois, a rescisão contratual se deu por atos a ele atribuídos;
c) Razões de interesse público (Art.78, XII)
d) Caso fortuito ou de força maior (Art.78, XVII)
OBS: Nessas hipóteses, não havendo culpa do contratado, haverá 
ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados.
- Fiscalização da execução do contrato: de acordo com o artigo 67 da LLC, 
a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente designado; Todas as 
ocorrências devem ser anotadas, para que se possam determinar 
eventuais regularizações. Caso não sejam cumpridas as determinações da 
autoridade fiscalizadora, o contrato poderá ser rescindido. 
- Aplicação de sanções: a Administração poderá aplicar e executar 
diretamente, sem intervenção do judiciário, sanções legais e contratuais 
caso exista inexecução parcial ou integral do ajuste, assegurando-se o 
contraditório e a ampla defesa ao contratado; São aplicáveis as seguintes 
sanções:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de 
contratar com a Administração por prazo de até 2 anos;
d) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, por prazo mínimo de 2 anos.
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- Ocupação temporária: os casos de serviços essenciais, a Administração 
poderá ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços 
vinculados ao objeto do contrato, nas hipóteses de necessidade de 
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contrato, bem 
como na hipótese de rescisão do contrato administrativo, com o intuito de 
preservar a continuidade do serviço público essencial.
- Restrição ao uso da exceção de contrato não cumprido: caso a 
Administração suspenda a execução do contrato ou atrase no pagamento 
dos valores devidos ao contrato, este não poderá deixar de cumprir 
automaticamente suas obrigações.
- Invalidação: Quando a ilegalidade for imputável a Administração, ela 
ficará obrigada a indenizar o contratado pelo que este houver executado, 
até a data da declaração de nulidade. Bem como por outros prejuízos 
regularmente comprovados.
- Formalismo: a lei 8.666/ 93 estabelece uma série de formalismos que 
devem ser observados, vejamos: 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e 
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização 
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo 
pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de 
observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação 
funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando 
exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e 
os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
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IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão 
administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, 
quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a 
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos 
casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do 
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas 
as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. (...)
- Publicidade: o instrumento do contrato, ou de seus aditamentos, 
deverão ser publicados resumidamente na Imprensa Oficial.
- Pessoalidade: os contratos administrativos são intuito personae não 
podendo o contrato, em regra, transferir o objeto contratado a terceiros.
De acordo com o artigo 60, parágrafo único, será nulo e de nenhum 
efeito o contrato verbal com a Administração, salvo de pequenas 
compras de pronto pagamento, valores que não poderão exceder a 5% 
do limite estabelecido no artigo 23, II, a, desta Lei.
 ATENÇÃO
 
Espécies de contratos Administrativos
a) Concessão de Serviço Público: é o contrato pelo qual o estado (Poder 
Concedente) transfere à pessoa jurídica privada (concessionária) a 
prestação de serviço público, mediante remuneração (tarifa) paga pelo 
usuário.
b) Parcerias Público Privada (PPPs): são tipo de concessão, com 
distribuição de riscos entre o parceiro público e o privado,com duração 
acima de 5 anos e valor superior a 20 milhões. 
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 Execução dos Contratos
 
A Administração deverá fiscalizar a execução do contrato, 
determinando os ajustes que entender necessários. Ademais, a execução 
do contrato traz algumas peculiaridades, vejamos:
 
- Responsabilidade do contratado: o contratado é obrigado a reparar, 
corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou 
em parte, o objeto do contrato em que forem constatados vícios, defeitos 
ou incorreções. Outrossim, o contratado será responsável pelos danos 
causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua 
culpa ou dolo na execução do contrato.
- Encargos do contrato: o contratado é responsável pelos encargos 
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução 
do contrato.
- Prorrogação do contrato: os prazos de início de etapas de execução, de 
conclusão e de entrega do objeto do contrato admitem prorrogação, 
mantidas as demais cláusulas do contrato.
 
 Equilíbrio econômico-financeiro
 
Essa garantia obriga o contratante a alterar a remuneração do 
contratado sempre que sobrevier circunstância excepcional capaz de 
tornar mais onerosa a execução, tais como:
 
- Alteração Unilateral do Contrato; 
- Fato do príncipe: ato praticado pelo poder público (de caráter geral) que 
não está diretamente relacionado ao contrato, mas que acaba causando 
desequilíbrio econômico-financeiro;
- Fato da administração: ação ou omissão do Poder Público, diretamente 
relacionado ao contrato, que acaba causando desequilíbrio econômico-
financeiro, por retardar ou impedir a execução do contrato. Aqui o Poder 
Público é parte do contrato. 
- Álea econômica: é o acontecimento externo ao contrato, de natureza 
econômica e estranho à vontade das partes, imprevisível quanto à sua 
ocorrência e ao alcance de suas consequências, inevitável, que cause 
desequilíbrio contratual. 
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- Sujeições ou Interferências imprevistas: são dificuldades imprevisíveis, 
de ordem material que oneram o contrato.
 
 Extinção dos contratos
 
A extinção do contrato administrativo se dá quando cessa o vínculo 
obrigacional entre as partes pelo integral cumprimento de suas cláusulas 
ou pelo rompimento, através da rescisão ou da anulação. 
 
Os contratos Administrativos podem ser extintos através de:
- Advento do termo ou conclusão do contrato: esta forma de extinção do 
contrato administrativo é a mais comum. Ocorre quando as partes 
cumprem integralmente suas prestações contratuais.
- Recisão unilateral: é prevista nos artigos 78 e 79 da Lei n.º 8.666/93, e 
trata da rescisão por parte da Administração pública quando o 
contratado não cumprir, ou cumprir irregularmente sua obrigação. 
- Recisão judicial: normalmente é requerida pelo contratado, quando 
haja inadimplemento pela Administração, já que ele não pode paralisar 
a execução do contrato nem fazer a rescisão unilateral. No caso do 
Poder Público este não tem necessidade de ir a juízo, já que a lei lhe 
confere o poder de rescindir unilateralmente o contrato, nas hipóteses 
previstas na própria lei. 
- Anulação: a extinção do contrato pela anulação é também uma forma 
excepcional e só pode ser declarada quando se verificar ilegalidade na 
sua formalização ou em cláusula essencial. 
 
 
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Serviços Públicos
Serviço Público é todo e qualquer serviço prestado pela 
Administração ou por seus delegados, a fim de satisfazer necessidades 
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do 
Estado. 
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a finalidade e os 
destinatários dos serviços, podemos classificá-los em:
 
Serviços Públicos Indelegáveis - são os que a Administração presta 
diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e 
necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Tais 
serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que 
só a Administração deve prestá-los.
Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública. 
 
Serviços Delegáveis – são aqueles serviços públicos que podem ser 
prestados pelo Estado ou delegados a particulares mediante contratos de 
concessão ou permissão de serviço público.
Ex: serviços de telefonia, fornecimento de energia elétrica, transporte 
coletivo, etc. 
 
Serviços próprios do Estado – prestações que representam comodidades 
materiais para a população, desempenhadas sob regime jurídico de direito 
público, pela administração pública de forma direta ou indireta.
Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.
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Serviços impróprios do Estado – são atividades de natureza social 
executadas por particulares sem delegação (serviços privados) , sujeitos a 
fiscalização e controle estatais inerentes ao poder de polícia.
Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações governamentais), ou delega sua prestação. 
Serviços Gerais (ou Indivisíveis) - são aqueles prestados a toda 
coletividade, sem distinção, seus usuários são indeterminados e 
indetermináveis. Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. 
 
Serviços Individuais ( Específicos ou Singulares) - são os que têm usuários 
determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário. 
Esses serviços podem ser remunerados mediante cobrança de taxas ou de 
tarifas.
Ex.: serviços telefônicos; a coleta de lixo, fornecimento de água e a energia 
elétrica domiciliares. 
 
Serviços Administrativos – são as atividades internas da administração 
pública, atividades necessárias ao adequado funcionamento dos órgãos 
públicos e entidades administrativas.
Ex.: Imprensa Oficial. 
Serviços Sociais – essa modalidade de serviço público é de prestação 
obrigatória pelo Estado e estão elencadas no Art. 6º e no Título VIII da 
CF/88.
Ex: serviços de educação, saúde, assistência social.
Serviços Econômicos (Comerciais ou Industriais) – são serviços públicos 
que se enquadram como atividade econômica em sentido amplo, que 
podem ser explorados com finalidade lucrativa. Esses serviços são de 
titularidade do Estado, que pode exercê-las de forma direta ou indireta 
(mediante delegação a particulares). 
 
 
 
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Responsabilidade do 
Estado (Civil e 
Extracontratual)
A responsabilidade em estudo é civil, ou seja, patrimonial de ordem 
pecuniária. Costuma-se afirmar que a responsabilidade civil é a obrigação 
atribuída ao Estado de recompor os danos causados a terceiros, em 
decorrência de comportamentos omissivos ou comissivos, lícitos ou ilícitos, 
que lhe sejam imputáveis. Essa responsabilidade civil do Estado é aceita 
universalmente, tal consenso é vislumbrado na doutrina, jurisprudência e 
legislação.
Vejamos algumas teorias (períodos) divergentes da atual teoria da 
Responsabilidade Civil do Estado:
 
1. Teoria da irresponsabilidade Civil Estatal (até 1873) – nesta fase 
negava-se que o Estado soberano tivesse obrigação de indenizar os 
prejuízos que causasse a terceiros; ficou conhecida a frase "o rei não 
erra"; 
1. Teoria da responsabilidade civil com culpa – Divide-se em:
a) Responsabilidade com culpa civil (Responsabilidade Subjetiva) = 
Instaura-se um sistema onde, para fins de ressarcimento, o Estado é 
equiparado ao particular. Assim, o Estado tornava-se responsável e 
obrigado a indenizar sempre que seus agentes agissem com dolo ou 
culpa. Essa doutrinafoi acolhida pelo Código Civil de 1916 e vigorou 
sozinha até o advento da Constituição Federal de 1946.
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b) Responsabilidade com culpa Administrativa = esse sistema mudou o cerne 
da responsabilização, transferindo-o do agente público para o serviço, onde, 
para efeitos de responsabilidade estatal, não se fazia necessária a 
identificação do agente causador do ano, bastando que demonstrasse a falta 
de serviço. O STF reconhece em diversos julgados a teoria da falta de serviço, 
utilizada até hoje, em se tratando de atos omissivos do Poder Público.
3. Teoria da Responsabilidade sem culpa – também conhecida como 
responsabilidade objetiva ou teoria do risco administrativo, onde o 
administrado tem sua proteção ampliada, justamente por prescindir da 
apreciação dos elemento subjetivos (dolo ou culpa). Nessa teoria, é suficiente 
a prova do dano e de que esta foi causada pelo Estado, ou seja, basta a 
existência do nexo de causalidade entre o dano e a atuação estatal.
Fundamento Constitucional da Responsabilidade do Estado (§6° do art. 37 
da CF)
 
O agente deve estar atuando com status de agente público. Há quem 
defenda que para algumas funções públicas o status de agente público é 
permanente (policial, promotor de justiça, juiz). Pessoas jurídicas de direito 
público sempre respondem pela teoria objetiva (ex. entidades federativas, 
autarquias e fundações públicas). As pessoas jurídicas de direito privado só 
respondem objetivamente se prestar serviço público, caso contrário 
respondem pela teoria subjetiva (empresas públicas, sociedades de economia 
mista, fundações governamentais, concessionários e permissionários). Na 
ação regressiva a responsabilidade do agente depende de culpa ou dolo. A 
responsabilidade pessoal do agente é subjetiva.
 
 
 
A partir da CF de 1946 houve um deslocamento do momento de 
discussão de culpa ou dolo. Essa discussão saiu da ação de indenização 
(vítima e Estado) e foi transferida para a ação regressiva (Estado e 
agente público). Não é totalmente irrelevante. Não é necessário falta 
(erro), somente fato do serviço.
 ATENÇÃO
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Risco Integral x Risco Administrativo 
 
Existem no mundo, duas correntes explicativas da responsabilidade 
objetiva:
Risco Integral – entende-se a que obriga o Estado a indenizar todo e 
qualquer dano, desde que esteja envolvido no respectivo evento, ou seja, 
não há causas que possam atenuar ou excluir a responsabilidade estatal.
Ex: um individuo, desejando suicidar-se, atira-se diante de um trem em 
movimento. Nesse caso hipotético, o Estado foi envolvido no evento pelo 
simples fato de ser proprietário do trem.
Risco Administrativo – pela teoria do risco administrativo surge a 
obrigação econômica de reparar o dano sofrido injustamente pelo 
particular, independentemente da existência de falta do serviço e de culpa 
do Agente Público, ou seja, basta a existência do dano, sem que para ele 
tenha concorrido o particular.
 
 
Risco integral Risco administrativo
Mais radical Mais moderada
Mais vantajosa para a vítima Menos vantajosa para a vítima
Exceção (CF 88) Vale como regra geral no Brasil
Sem excludentes Três excludentes
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Agentes Públicos
De maneira geral, podemos definir agente público como todo aquele 
que exerce, ainda que temporariamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública, ou seja, são todas as 
pessoas que se relacionam profissionalmente com o Estado.
 
ESPÉCIES:
1) Servidor Público: São os agentes que mantem relação funcional com o 
Estado, em regime estatutário (legal), ou seja, são os titulares de 
cargos públicos, efetivos ou em comissão, sempre sujeitos a regime 
jurídico de direito público.
2) Empregado Público: São os agentes públicos que, sob regime 
contratual trabalhista (celetista), mantém vínculo funcional 
permanente com a administração pública, são os ocupantes de 
empregos públicos sujeitos a regime jurídico de direito privado.
CLASSIFICAÇÃO:
Agentes Políticos: São os integrantes dos mais altos escalões do Poder 
Público, aos quais incumbe a elaboração das diretrizes de atuação 
governamental, e as funções de direção, orientação e supervisão geral da 
administração pública. Características: sua competência é haurida da 
própria constituição; não se sujeitam ás regras comuns aplicáveis aos 
servidores públicos em geral; são investidos em seus cargos por meio de 
eleição, nomeação ou designação; não são hierarquizados. Ex: Presidente 
da República, governadores, prefeitos, ministros, senadores, etc.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Agentes Administrativos: são todos aqueles que exercem uma atividade 
pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos á hierarquia funcional 
e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São 
os servidores públicos, empregados públicos e temporários.
Agentes Honoríficos: são cidadãos requisitados ou designados para, 
transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de 
serviços específicos. Não possuem vínculo profissional com a administração 
pública e atuam sem remuneração. Ex: jurados, mesários eleitorais, membros 
dos conselhos tutelares, etc.
Agentes Delegados: são particulares que recebem a incumbência de exercer 
determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, 
por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante. 
Sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva e ao mandado de segurança. EX: 
leiloeiros, tradutores públicos, entre outros.
Agentes Credenciados: “são os que recebem a incumbência da administração 
para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, 
mediante remuneração do poder público credenciante.”- Hely Lopes 
Meirelles. Ex: representante do Brasil em evento internacional.
Não é possível acumulação nem de cargos e nem de empregos públicos, 
nem da administração direta ou indireta, nem da União, Estados, 
Municípios ou DF. Exceções: pode acumular dois cargos de professor; dois 
cargos de profissionais da saúde; um cargo técnico ou científico e cargo de 
professor; um carg efetivo e um cargo de vereador.
 ATENÇÃO
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QUESTÃO 1
 Em determinado estado da Federação, o Estatuto dos Servidores Públicos, 
lei ordinária estadual, prevê a realização de concurso interno para a 
promoção de servidores de nível
médio aos cargos de nível superior, desde que preencham todos os 
requisitos para investidura no cargo, inclusive a obtenção do bacharelado.
A partir da situação descrita e tomando como base os requisitos 
constitucionais para acesso aos cargos públicos, assinale a afirmativa 
correta.
 
A) A previsão é inválida, pois só poderia ter sido veiculada por lei 
complementar.
B) A previsão é válida, pois a disciplina dos servidores públicos compete à 
legislação de cada ente da Federação.
C) A previsão é inválida, por ofensa à Constituição da República.
D) A previsão é válida, desde que encontre previsão na Constituição do 
estado.
Comentário: As normas gerais referentes a concurso público devem ter 
previsão no texto constitucional. Com efeito, a Constituição Federal não 
autoriza a realização de concurso interno no Brasil. Alternativa correta: C
QUESTÃO 2
 Carlos, servidor público federal, utilizou dois servidores do departamento 
que chefia para o pagamento de contas em agência

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