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Introdução ao Direito Processual do Trabalho

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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Introdução
 Direito Processual do Trabalho é um conjunto de princípios, regras e 
instituições que se destinam a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais 
na solução dos conflitos individuais ou coletivos, oriundos das relações de 
trabalho.
Visa, pois, a resoluções de dissídios trabalhistas, possibilitando tanto 
ao empregado, quanto ao empregador, satisfazer um prejuízo que por 
ventura tenha tido na relação de trabalho.
 Posteriormente estudaremos os princípios peculiares do direito 
processual do trabalho. 
Embora o direito processual comum seja fonte subsidiária do Direito 
Processual do Trabalho, conforme norma esculpida no artigo 769 da CLT, 
o direito Processual do Trabalho é um ramo específico do Direito, e, 
portanto, possui seus próprios princípios. 
Fique sabendo!
Príncipios:
a) Princípio da Proteção: As regras do Direito do Trabalho são 
interpretadas mais favoravelmente ao empregado, devido sua 
inferioridade econômica.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
b) Princípio da Celeridade: Tal princípio funda-se no fato de que o 
empregado precisa receber mais rapidamente as verbas que lhes são 
devidas, vez que são de natureza alimentar, devendo, portanto, haver mais 
simplificação de procedimento para que o processo seja o mais célere 
possível. 
c) Princípio da ultra ou da extrapolação: O art. 467 da CLT permite ao Juiz o 
pagamento das verbas rescisórias incontroversas com acréscimo de 50%, 
caso não tenham sido pagas na primeira audiência em que comparecer o 
réu, ainda que inexista pedido do autor. 
d) Princípio da iniciativa ex ofício: O art. 765 mostra que o Juiz tem a 
liberdade de dirigir o processo e pode designar qualquer diligência 
necessária.
e) Princípio da Oralidade: O Processo do Trabalho é essencialmente um 
procedimento oral. Existe, pois, uma maior concentração dos atos 
processuais em audiência, possibilitando uma maior interatividade entre o 
Juiz e as partes. 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Organização da
Justiça do Trabalho
A Justiça Trabalhista possui três graus de Jurisdição: Varas do 
Trabalho; TRT e TST. Para instituir um TRT são necessários pelo menos 7 
juízes. As turmas são compostas por 5 juízes, mas em cada processo são 
sorteados 3 para julgar: o relator, o revisor e o presidente. Os TRTs atuam 
em primeira e em segunda instâncias.
Ademais, de acordo com a EC 45, o TST voltou a ser composto por 27 
juízes togados. O pleno não é mais órgão julgador de processo comum, é 
órgão administrativo. No TST temos ainda: as Turmas, SDI e SDC. O TST 
atua em todas as instancias. SDI e SDC são 4ª instância.
Justiça Nacional
Justiça Especial
Justiça do Trabalho
Justiça Eleitoral
Justiça Militar
Justiça Comum Justiça ComumJustiça Federal
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Competência Material da
Justiça do Trabalho
A JT tem competência para julgar relação de consumo? (Art. 3º, §2º, 
CDC). Posição do TST: pelo ângulo do consumidor (destinatário final), será 
relação de consumo. Pelo ângulo do prestador de serviços, incidirão as 
regras do CC, sendo a Justiça do Trabalho competente.
A JT tem competência para julgar ação de cobrança de honorários 
advocatícios? Posição majoritária na doutrina e jurisprudência: sim, pois 
se trata de relação de trabalho. Só caberão na JT, quando comprovar 
insuficiência financeira e estiver assistido, por advogado do sindicato de 
classe, bem como nas ações rescisórias, sindicais, e de relações de 
trabalho. Súmula 219, TST.
Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança 
ajuizada por profissional liberal contra cliente.
A JT tem competência criminal? Ver art. 114, I, IV e IX, CF. A JT não 
tem competência para julgar as ações penais (decisão do STF em liminar na 
ADIN 3684). 114, IV, CF. A Justiça do Trabalho pode mandar prender por 
crime de desacato, crime de falso testemunho, e disso cabe habeas corpus, 
para o TRF.
 AJUFE - ADI 3395-6 / STF: A Justiça do Trabalho não tem competência 
para julgar as ações envolvendo servidores públicos estatutários.
 Art. 37, IX, CF – contratação por tempo determinado para atender 
necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da 
Lei 8.745/93. O TST cancelou OJ 205 da SDI- I tendo em vista recentes 
decisões do STF.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Mandado de segurança: com a reforma do judiciário, a competência 
foi ampliada, abrangendo atos de outras autoridades (ex.: auditor fiscal do 
trabalho).
Habeas corpus: possível nos casos de decretação de prisão do depositário 
infiel na execução trabalhista. Não pode mais a prisão, havendo esta, 
deverá ser intentado HC.
Acidente de trabalho: art. 465, CTL. As ações de dano moral ou material 
decorrentes do acidente de trabalho são de competência da Justiça do 
Trabalho. A configuração do acidente de trabalho são de competência da 
Justiça Comum.
 Conforme a Súm. 411 do TST não há conflito de competência entre TRT e 
Vara do Trabalho a ele vinculado. Sum. 411. Se a decisão recorrida, em 
agravo regimental, aprecia a matéria na fundamentação, sob o enfoque 
das Súmulas nºs 83 do TST e 343 do STF, constitui sentença de mérito, 
ainda que haja resultado no indeferimento da petição inicial e na extinção 
do processo sem julgamento do mérito. Sujeita-se, assim, à reforma pelo 
TST, a decisão do Tribunal que, invocando controvérsia na interpretação da 
lei, indefere a petição inicial de ação rescisória.
 Súm. 392 do TST – danos morais – competência da Justiça do Trabalho.
Acidente de Trabalho: 2 regras:
1ª regra: ação acidentária / lide previdenciária: competência da Justiça 
Comum Estadual (Súm.
15 do STJ e Súm. 235 e 501 do STF).
2ª regra: ação de indenização por danos morais ou materiais. 
Competência da Justiça do trabalho.
O STJ cancelou a Súm. 366 que estabelecia a competência da Justiça 
Comum Estadual para a ação de indenização movida pela viúva ou filho de 
empregado falecido em acidente de trabalho. Súm. 367 STJ – remessa dos 
autos da Justiça Comum para a Justiça do Trabalho.
Títulos executivos extrajudiciais trabalhistas: (art. 876, caput, CLT)
 TAC (termo de análise de conduta);
 Termo de conciliação firmado perante a CCP (comissão de conciliação 
prévia);
 Oriundo da multa aplicada pelo TEM e inscrita na Dívida Ativa da União.
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Art. 114 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes 
da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, 
I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentesda relação de trabalho, na forma da 
lei.
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à 
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio 
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o 
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao 
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão 
do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar 
dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
Fique sabendo!
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Competência Territorial
Antes da Emenda Constitucional 45/2004, a Justiça do Trabalho tinha 
competência para: 
a) Conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre 
trabalhadores e empregadores; e 
b) Executar as suas próprias sentenças.
Entretanto, no atual texto, houve também a retirada de previsão 
expressa da competência para executar as próprias sentenças, até porque 
não seria necessário, por se tratar de decorrência lógica do processamento 
da ação.
Outrossim, possui competência para processar e julgar ações oriundas 
de relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
A Competência da Justiça do Trabalho não abrange apenas as 
controvérsias ocorridas durante a relação trabalhista, mas também as 
relações pré e pós contratuais. Ademais, o STF decidiu que a Justiça do 
Trabalho é competente para processar e julgar controvérsias relativas ao 
meio-ambiente do trabalho, ainda que em face da Administração Pública. 
Além das ações relativas ao cadastramento no Programa de Integração 
Social (PIS) e no FGTS.
Art. 651, CLT - Caput – regra: local da prestação dos serviços; Se o 
empregado prestar serviços em mais de um local – será competente o 
foro do último lugar da prestação de serviço. Todavia, há uma posição 
moderna que defende a competência concorrente.
Fique sabendo!
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Empregado agente ou viajante comercial – neste caso a ação deve ser 
proposta onde o empregado prestar serviços e for subordinado, sendo que 
na falta de cumulatividade desses requisitos a ação deverá ser proposta 
onde o empregado reside, ou na localidade mais próxima (quando no local 
onde ele reside não tem JT).
1. Empregador viajante: neste caso a ação deve ser proposta tanto no local 
da contratação, como também no da prestação dos respectivos serviços.
2. Empregado contratado no Brasil para prestar serviços no exterior: 
Anteriormente era aplicada a súmula 207 do TST, e tendo sido a mesma 
revogada, aplicar-se-á CLT: 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou 
a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 
27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou 
no da prestação dos respectivos serviços.
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Competência Internacional 
Material ou em 
Razão de Pessoa
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
Regras de direito processual: brasileiras;
Regras de direito material: Artigo 651,§3, da CLT.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro
§3 - em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
Obs.: a cláusula de eleição é incompatível com o processo do trabalho.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
Art. 114, CF:
I – ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
Estados, Municípios e DF.
Súmula 363, STJ.
ADI 3684-0 – justiça do trabalho não tem competência criminal.
ADI 3395-6 – justiça do trabalho não tem competência para julgar ações 
envolvendo qualquer relação estatutária ou de caráter jurídico 
administrativo.
IV – ações de indenização por danos materiais ou morais decorrentes da 
relação de trabalho. (Súmula 392, TST).
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Dissídios
Dissídios
a) Individuais:
a. Simples – apenas um reclamante
b. Plúrimo – mais de um reclamante
c. Especial – inquérito judicial (falta grave de empregado estável); até 6 
testemunhas cada parte
b) Coletivos
A diferença do dissídio individual para o coletivo não diz respeito ao 
número de reclamantes, mas sim ao pedido. No dissídio individual o 
pedido é pessoal e no dissídio coletivo o pedido diz respeito a uma 
categoria.
Todos os dissídios individuais têm início nas Varas do Trabalho.
Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos TRTs. 
Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, sua 
competência originária será a do TST.
Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos 
TRTs. Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, 
sua competência originária será a do TST.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Ritos Trabalhistas
Espécies:
1. Comum/ordinário:
 Mais completo;
 Demandas cujo valor da causa supera 40 salários mínimos;
 Cada parte poderá ouvir até três testemunhas (art. 821 da CLT);
 O retro mencionado dispositivo legal estabelece que no Inquérito Policial 
para apuração de falta grave, cada parte poderá ouvir até 6 testemunhas.
2. Sumário/dissídio de alçada:
 Célere, art. 2°, §§ 3° e 4° da Lei n. 5584/70;
 Demanda cujo valor da causa é de até 2 salários mínimos.
 Obs.: neste procedimento em regra não é cabível a interposição de 
recursos, salvo se a sentença envolver matéria constitucional. Recurso este 
que será o Recurso extraordinário
 Obs2: a lei é omissa quanto ao número máximo de testemunhas. 
Prevalece o entendimento que cada parte poderá ouvir até três 
testemunhas.
3. Sumaríssimo (Lei 9957/00 – inclusão dos arts. 852-A a 852-I)
 Valor da causa que não exceda 40 salários mínimos. Prevalece o 
entendimento, que o advento do procedimento sumaríssimo, não revogou 
o procedimento sumário. Então o valor da causa será acima de 2 salários 
mínimos;
 Poderão ser ouvidas até duas testemunhas para cada parte
4. Procedimentos especiais trabalhistas - Trazem regras especiais:
A.Inquérito judicial para apuração de falta grave.
B. Dissídio coletivo
C. Ação de cumprimento
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Sequência de Atos
Processuais
1. Em regra a reclamação trabalhista (art. 840 CLT) poderá ser verbal ou 
escrita. Todavia algumas petições inicias trabalhistas são obrigatoriamente 
escritas: dissídio coletivo e inquérito judicial.
2. Notificação inicial postal automática do reclamado. (Art. 841 CLT). 
Nesse caso o servidor da secretaria da vara remeterá a segunda via da 
reclamação ao reclamado para que ele querendo compareça em audiência 
e apresente a sua defesa. Dessa forma juiz do trabalho apenas tem contato 
com a inicial em audiência.
3. Recebimento da notificação postal pelo reclamado. 
Presume-se recebida a notificação no prazo de 48 de sua postagem. 
O não recebimento ou a entrega após o decurso do prazo constitui ônus 
da prova do destinatário. Súmula 16 do TST. Obs. 2: considera-se válida a 
notificação entregue a qualquer empregado da empresa, ao porteiro ou 
zelador do edifício ou até mesmo depositada na caixa do correio. TST: 
não se exige a notificação pessoal, basta a entrega no endereço do 
reclamado.
Fique sabendo!
4. Audiência Trabalhista: 
• Entre o recebimento da notificação postal e a data da audiência deverá 
decorrer um prazo mínimo de 5 dias corridos. A audiência é em regra 
contínua/una (art. 849 CLT). A audiência apesar de una, na prática é 
dividida em: inicial, instrução e julgamento.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
• Em audiência o reclamante poderá ser substituído por um colega 
de profissão ou representante do sindicato, em caso de doença ou 
motivo ponderoso. A substituição se dará apenas para fins de 
justificar a falta do reclamante.
• O reclamado poderá ser substituído por gerente ou preposto que 
tenham conhecimento dos fatos. O conhecimento dos fatos não 
precisa ser direto (quem precisa disso é a testemunha). O TST 
entende que preposto deve ser empregado da empresa que 
representa, salvo se for microempresa ou ação contra empregador 
doméstico.
• Se o reclamante não comparece à audiência inicial o processo 
será extinto sem julgamento do mérito. Poderá entrar novamente 
no dia seguinte, se ele falta novamente, 2° arquivamento. Para 
entrar uma 3ª vez deverá esperar 6 meses. Havendo o 3° 
arquivamento ocorrerá a perempção da matéria.
No caso de ausência da reclamada em audiência inicial, será 
decretada a revelia, sendo consideradas verdadeiras todas as alegações, 
exceto insalubridade e periculosidade Caso o reclamante ou o reclamado 
não compareçam à audiência de instrução ficam condicionados à pena de 
confissão quanto à matéria de fato, não gerando o arquivamento nem 
revelia.
a) Aberta a audiência haverá a primeira tentativa de conciliação (art. 846 
CLT). Dois caminhos:
Acordo: termo de conciliação (art. 831, parágrafo único, da CLT)
Partes: (súmula 100, V, TST) trata-se de decisão irrecorrível, transitando 
em julgado na data da homologação judicial (e não na data de publicação). 
Todavia é cabível o ajuizamento de ação rescisória. Não cabe recurso, mas 
cabe ação Recisória. 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
INSS: é possível a interposição de recurso ordinário para a discussão de 
contribuições sociais. Prazo em dobro (16 dias) para o Recurso Ordinário.
b) Não havendo acordo, teremos a defesa do reclamado, na CLT art. 847 
temos que a defesa é oral (20 min) mas a praxe forense admite a defesa 
escrita.
c) Instrução, art. 848 CLT.
 Interrogatório e depoimento pessoal das partes
 Oitiva de testemunhas.
 Oitiva de peritos e assistentes técnicos
d) Razoes finais, não excedentes de 10 min para cada parte (art. 850 CLT); 
a jurisprudência admite memoriais escritos até após a sentença.
e) 2ª tentativa de conciliação (850 CLT)
f) Sentença (art. 852, CLT)
 
Súmula 259 TST. Conforme a sumula 418 do TST o juiz do trabalho não é 
obrigado a homologar um acordo, não sendo cabível a impetração de 
mandado de segurança. Art. 764, § 3ª CLT estabelece que é cabível o 
acordo em qualquer fase do processo.
Fique sabendo!
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Procedimento Sumaríssimo
• Abrange apenas dissídios individuais;
• Não é aplicado quando for parte a administração pública direta, 
autárquica e fundacional (fazenda pública). Aplicado para empresas 
públicas e sociedades de economia mista (pessoas jurídicas de direito 
privado).
• A reclamação trabalhista deverá respeitar requisitos específicos na 
inicial: pedido certo ou determinado (valor correspondente) = pedido 
líquido.
• O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do 
reclamado, não sendo cabível citação por edital. Caso um desses 
requisitos não seja observado a reclamação será arquivada e o 
reclamante será condenado ao pagamento de custas sobre o valor da 
causa.
• O recurso de revista é cabível em apenas duas hipóteses (art. 896, § 6° 
CLT)
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Processo de Conhecimento
Petição Inicial: A Petição Inicial é o ato pelo qual o processo se inicia, 
traçando os limites da lide, tendo em vista que a sentença do Juiz deve 
ficar restrita ao seu conteúdo. Seus requisitos encontram-se elencados no 
art. 840 da CLT, vejamos:
Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente 
da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do 
reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte 
o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias 
datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no 
que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Audiência Trabalhista
A Audiência Trabalhista é onde se realiza quase a totalidade da fase 
probatória. As Audiências podem ser: a) Unas ou b) Bipartidas. O horário 
das Audiências deverá ser entre às 08:00hs e 18:00hs, em dias úteis, ainda, 
deverá esta ter, no máximo, 5 (cinco) horas seguidas, salvo nas hipóteses 
de haver matéria urgente. 
As audiências são públicas, exceto nos processos que tramitam em 
segredo de justiça. O segredo de justiça poderá ser decretado quando: a) 
houver exigência de interesse público; b) a ação disser respeito a questões 
de Direito de Família.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
A ausência do reclamante importará no arquivamento do processo, 
ainda que o reclamado também esteja ausente na audiência inicial. 
Ademais, acaso o reclamante der causa a dois arquivamentos, ficará 
impossibilitado de ajuizar a ação pelo prazo de 6 meses. Bem assim, em 
caso de ausência do reclamado, este irá arcar com o reconhecimento de 
sua revelia, aplicando-se, inclusive, os efeitos de sua confissão ficta.
Fique sabendo!
Resposta ao Réu
Após a primeira tentativa de acordo, o réu terá 20 minutos para 
apresentar a sua defesa de forma oral. É praxe, entretanto, que o 
reclamado já a leve impressa em papel. 
A resposta poderá ser: a) Exceção: as exceções são espécies de 
defesa que impedem o recebimento da própria contestação, razão pela 
qual devem ser opostas em primeiro lugar; b) Exceção de impedimento e 
suspeição: a exceção de impedimento é fundada em causas objetivas, 
enquanto a de suspeição, em questões objetivas, tais como: inimizade 
pessoal, amizade íntima, parentesco por consanguinidade ou afinidade até 
o 3º grau e interesse particular; c) Exceção deincompetência territorial: tal 
modalidade de defesa é utilizada para opor a incompetência territorial, 
uma vez que a incompetência material deve ser arguida como preliminar 
de contestação; d) Reconvenção: é o meio pelo qual o réu pode formular 
pedidos em face do autor; e) Contestação: é a forma de resposta em que a 
parte deve opor todas as matérias de defesa; f) Defesa direta de mérito: o 
reclamado nega o fato constitutivo do direito do autor, mas opõe fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido.
Provas
No processo trabalhista, a produção de prova inicia-se pela petição 
inicial e pela defesa, em que as partes podem juntar os documentos 
indispensáveis, bem como aqueles que entender pertinentes. O restante 
das provas serão produzidas em audiência, tanto que não é necessário a 
formulação do requerimento de produção de provas na petição inicial.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Ademais, no Processo Trabalhista, o ônus da prova é tratado pelo art. 818 
da CLT, que assim dispõe:
Art. 818. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Meios de Prova
O depoimento pessoal e o interrogatório objetivam buscar a 
confissão da parte. O interrogatório é de iniciativa do Juiz e pode ser feito, 
inclusive de ofício, a qualquer momento no processo. Ao passo que o 
depoimento pessoal, seria meio de prova de iniciativa das partes.
Razões Finais e tentativa de Acordo
Terminada a produção de provas, a instrução processual é encerrada, 
momento a partir do qual nenhuma outra prova pode ser feita. Em 
seguida, as partes acrescentam suas razões finais, que são facultativas e 
feitas de forma oral. Em seguida, será feita a última tentativa de acordo, 
sob pena de nulidade, não logrado acordo, prolata-se a sentença.
O STF e o TST entendem que a gravação de conversa feita por um dos 
interlocutores não é prova ilícita.
 ATENÇÃO
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Sentença
Sentença é o pronunciamento judicial com conteúdo decisório, 
colocando fim a uma etapa do procedimento em 1ª Instância. Ademais, o 
termo de conciliação valerá como decisão irrecorrível, exceto para a 
Previdência Social, com relação às contribuições previdenciárias 
pertinentes. Portanto, quando as partes realizam acordo, o processo é 
encerrado por meio de uma sentença homologatória da transação
Deve-se ressaltar ainda, uma particularidade específica da sentença 
trabalhista, que é a possibilidade expressa de julgamento ultra e extra 
petita. O art. 467 autoriza o julgamento ultra petita, ao dispor que, 
havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias o juiz 
determinará o pagamento em dobro daquelas que, embora reconhecido 
o débito, não foram pagas na primeira audiência em que o reclamado 
compareceu, e, no art. 496, permite o julgamento extra petita, ao 
determinar o pagamento de indenização em dobro em vez de condenar 
a empresa a reintegrar o empregado estável. Também, juros de mora e 
correção monetária poderão ser concedidos ainda que não requeridos 
expressamente (Súmula 211 do TST).
 
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Teoria Geral dos 
Recursos em Espécies
Pressupostos de admissibilidade:
a. Subjetivos: (intrínsecos):
 Legitimidade ativa: vencido, 3° prejudicado, MPT, o próprio juiz (contra 
poderes públicos e não inferior a 60sm).
b. Objetivos:
1. Previsão legal (adequação);
2. Tempestividade; o recurso interposto antes da publicação do julgado 
é tido como extemporâneo e o seu efeito será o mesmo de como se 
fosse intempestivo, ou seja, não será conhecido. 
3. Todos os recursos inteiramente regulados CLT têm prazo de 8 dias.
4. Depósito recursal – só serve para o reclamado que quer recorrer. 
Serve de caução, não se deposita mais do que se deve. Reclamado 
beneficiário da justiça gratuita (pessoa física ou empresa sem fins 
lucrativos) não paga depósito recursal. Art. 899, CLT.
5. Custas processuais – são pagas ao final, pelo sucumbente. 2% do 
valor da casa ou da condenação.
6. Preparo = Custas processuais + depósito recursal.
Prazos, regra geral: 8 dias:
 
4ª exceção: Agravo regimental interno
• Prazo: 8 dias
• Contra decisões monocráticas proferidas por magistrados. Ex.: decisão 
monocrática do relator que denega seguimento ao recurso ordinário.
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5ª exceção: Fazenda pública e MPT:
❏ Prazo em dobro p/ recorrer
❏ Art. 1° do decreto lei 779/69 e 188 CPC
❏ Prazo em dobro para recorrer
❏ O procedimento sumaríssimo não se aplica quando a fazenda 
(união, estados, municípios, DF, autarquias e fundações) é parte;
 Obs: prevalece o entendimento que o prazo é simples para contrarrazões;
 O TST entende que o art. 191 do CPC, que prevê a regra da dobra do prazo 
em caso de litisconsortes com diferentes procuradores não é aplicável ao 
processo do trabalho pó incompatibilidade com o princípio da celeridade 
trabalhista. IJ 310 SDI 1/TST
Características:
1. Serão interpostos por simples petição
2. Segundo a CLT não há necessidade de fundamentação na 
interposição de um recurso trabalhista (com base no Jus postulandi 
art. 791 da CLT), em contrapartida o TST adota entendimento diverso 
exigindo a fundamentação (Súmula 422 do TST), pois é o que 
possibilita a dialética (contraditório e ampla defesa).
3. São dotados apenas de efeito devolutivo (em regra), art. 899, caput, 
CLT.é a extração da carta de sentença e o início da execução 
provisória que vai até a penhora. Todavia é possível a obtenção de 
efeito suspensivo mediante ação cautelar (Súmula 414, I, parte final), 
que suspende também a execução provisória, com base no fumu boni 
júris e do periculum in mora.
4. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, arts. 799, §2° 
e 893§1° CLT e Súmula 214 da CLT.
Decisão interlocutória é o ato do juiz que no curso do processo resolve 
questão incidente (art. 162, §2° CPC). Ex: liminares; decisão que resolve 
uma exceção ritual; decisão que indefere a oitiva de testemunha 
tempestivamente arrolada.
 Não é cabível o recurso imediato (direto), mas é cabível interposição de 
recurso mediato (indireto). O que acontece é o protesto nos autos, 
consigna-se em audiência para se ter o direito de recorrer depois (para não 
precluir o direito). Para conter uma decisão interlocutória cabe Mandado 
de Segurança (Súmula 414).
 
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 Súmula 425 do TST: o jus postulandi previsto no art. 791 da CLT limita-se 
às varas do Trabalho e aos TRTs, não alcançando a ação rescisória, a ação 
cautelar, o mandado de segurança, e os recursos de competência do TST.
Para reformar acórdão: recurso de revista no TRT. Para acórdão 
omisso, contraditório ou obscuro: Para reformar acórdão: embargos no 
TST
Acórdão da sessão omisso, contraditório ou obscuro: embargos de 
declaração
Reformar RO: embargos de declaração.
Recurso ordinário
Cabe recurso ordinário da decisão proferida pela vara do trabalho 
para o TRT julgar e da decisão proferida TRT, quando este atuar em 1ª 
instancia (dissídios coletivos, ações rescisórias e MS), para o TST julgar.
No entanto, caso o TRT julgue originariamente o HC, não caberá mais 
recurso ordinário, sendo que, em sua substituição caberá novo HC para o 
TST julgar.
 Recurso de revista
Cabe recurso de revista da decisão do TRT que julgar o recurso 
ordinário, ou seja, quando este órgão estiver atuando em 2ª instância, 
para o TST julgar.
Só se discute no RR:
a) Divergência de jurisprudência ou de súmula;
b) Divergência de norma coletiva;
c) Divergência da constituiçãofederal ou da lei federal
No sumaríssimo só cabe: a) divergência de súmula b) divergência da CF
Embargos no TST
O Art. 894, da CTL, estabelece o prazo de 8 dias com efeito devolutivo. 
Das decisões proferidas pelas turmas do TST.
 
 
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Agravo de instrumento
Art. 897-B, CLT. Prazo de 8 dias, efeito devolutivo. Só cabe agravo de 
instrumento da decisão que denega seguimento a recurso (falta de algum 
dos pressupostos de admissibilidade).
Denegou seguimento: agravo de instrumento.
A Lei 12.275/10 trouxe uma nova redação ao art. 87, §5°, I, CLT e 
determinou a inclusão do §7° ao art. 899 da CLT. Deposito recursal em 
agravo de instrumento, corresponde a 50% do valor pago a título de 
depósito recursal do recurso de foi denegado. Exigência que visa evitar a 
procrastinação do processo. Obs.: o depósito recursal, serve de garantia 
do juízo, somente será exigido do empregador havendo condenação em 
pecúnia. §§ do art. 899, CLT e Súmula 161 TST.
Recurso extraordinário
O art. 102, III, a, b,c, CF. Prazo de 15 dias. Cabe recurso extraordinário 
da decisão proferida pelo TST por meio de suas turmas no recurso de 
revista, ou pela SDI ou SDC, nos embargos do TST, quando atacar a 
constituição federal, para o STF julgar.
Recurso adesivo
É compatível com o processo do trabalho e é cabível nos seguintes 
casos: recurso ordinário; recurso de revista; embargos no TST; recurso 
extraordinário; agravo de petição.
 
 
 
Quando não houver nenhum recurso caberá MS.
 ATENÇÃO
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Mudança na Lei 13015
A lei 13.015, de 21 de julho de 2014, foi publicada no DOU de 22/7/14, 
com início da sua vigência 60 dias depois da publicação.
Trata-se de diploma legal que alterou a CLT, dispondo sobre o processamento 
de recursos no âmbito da JT, mais especificamente sobre os recursos de 
revista e de embargos no TST, tratando, ainda, de temas de relevância, como 
uniformização da jurisprudência, recursos repetitivos e assunção de 
competência.
Tal lei objetiva , em essência, obter maior celeridade no processamento e no 
julgamento dos recursos, em especial no âmbito do TST, passando a adotar 
técnicas previstas no CPC, como de julgamento de recursos repetitivos e de 
assunção de competência.
Nesse sentido, conforme o art. 5º, inciso LXXVIII, da CF, acrescentado pela EC 
45/14, “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados 
a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação”.
Ademais, procurou-se alcançar maior segurança jurídica, por meio da 
uniformização da jurisprudência, inclusive no âmbito dos TRTs. Cabe, assim, 
acompanhar a aplicação da referida alteração legislativa, para que se possa 
verificar a efetiva concretização dos objetivos idealizados.
Cabe, assim, destacar as principais mudanças decorrentes da lei em questão.
a) Recurso de embargos no TST;
b) Recurso de revista;
c) Uniformização da jurisprudência;
d) Julgamento dos recursos de revista repetitivos;
e) Assunção de competência em recursos de revista repetitivos;
f) Julgamento do recurso extraordinário repetitivo;
g) Embargos de declaração e
h) Depósito recursal em agravo de instrumento. 
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Execução Trabalhista
Conceito de execução e a execução trabalhista 
Toda atividade jurisdicional tem como função principal dirimir conflitos, 
gerando certeza, segurança e a efetivação de um direito.
A expressão “execução” contida na lei, compreende o exercício da 
prestação jurisdicional do Estado, por intermédio do Poder Judiciário ao qual 
recorre o credor para exigir do devedor o cumprimento, não efetuado 
voluntariamente, da obrigação resultante da sentença transitada em julgado 
ou de algum título extrajudicial a que a lei outorga efeitos executivos. Se o 
credor tiver seu direito assegurado num processo de conhecimento por 
sentença condenatória irrecorrível, ou reconhecido pelo próprio devedor 
num título executivo extrajudicial, estará autorizado a ingressar na execução 
a fim de que, pelo Estado, seja a sanção devida aplicada ao devedor 
inadimplente.
Via de regra, a execução visa a tirar bem do patrimônio do devedor, para, 
transformado ou não em dinheiro, entregá-lo ao credor.
O exeqüente, detentor de justo título, líquido, certo e exigível tem a 
possibilidade de satisfazer seu direito reconhecido mediante decisão judicial 
condenatória transitada em julgado ou através de título executivo 
extrajudicial, assim reconhecido, que preencha os requisitos necessários a 
conferir-lhe executividade.
Deste modo, para a execução prevalecem as mesmas condições 
genéricas de todas as ações: a legitimidade das partes, o interesse e a 
possibilidade jurídica do pedido, sendo a aferição delas mais facilmente 
constatada porque a lei só irá admiti-la quando o devedor possuir título 
executivo e a obrigação nele documentada já seja exigível, consoante 
determina os artigos 583 e 586 do CPC.
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Neste sentido, como bem salienta Humberto Theodoro Júnior (2004) 
pode-se estabelecer dois requisitos específicos da execução, um formal, que 
representa a existência de um título executivo atestando a certeza e liquidez 
da dívida, e um outro, prático, que é atitude ilícita do devedor, 
correspondente ao inadimplemento da obrigação, que comprova a 
exigibilidade da dívida.
A execução, segundo a técnica de efetivação utilizada pelo Estado, 
poderá ser direta ou indireta. Considerar-se-á direta se o Estado se sub-rogar 
na ação, como substituto do devedor inadimplente, procurando dar satisfação 
ao credor, proporcionando-lhe o mesmo benefício que para ele representaria 
o cumprimento da obrigação, e indireta se a parte for coagida a agir, tendo-se 
como exemplos de coação, a multa e a prisão.
Poderá ser ainda, definitiva ou provisória. Será definitiva quando ela, ao 
se iniciar, puder ir até o final; e provisória quando, iniciada, já se sabe que não 
poderá ir até o final, pois o título no qual se funda é ainda precário, pendendo 
recurso sobre ele por não ter transitado em julgado.
Considerar-se-á a execução como imprópria quando tratar-se apenas de 
realização de atos voltados para a complementação da efetivação de direitos 
potestativos. Apesar desses direitos, como regra, se realizarem com o verbo, 
às vezes, precisam de uma complementação física, por exemplo, o divórcio 
precisa de sua averbação para ser efetivado. É, portanto, a complementação 
de uma satisfação já obtida.
No que diz respeito à Execução Trabalhista, antes de tudo, deve-se 
pontuar que se encontra regida pela Consolidação das Leis do Trabalho nos 
artigos 876 a 892, cujas seções têm os seguintes subtítulos: das disposições 
preliminares, do mandado e da penhora, dos embargos à execução e da sua 
impugnação, do julgamento e dos trâmites finais da execução, da execução 
por prestações sucessivas.
Entretanto, o legislador da CLT, foi previdente ao estabelecer no seu 
artigo 769 que: nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título.(CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS 
TRABALHISTAS, 1943)
 
 
 
 
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Na Justiça do Trabalho tem prevalência a execução por quantia certa, 
em que o objeto é a expropriação de bem do devedor para o pagamento 
do credor, e cuja forma de executar está prevista no artigo 880 da CLT.
A execução poderá ser feita provisoriamente, ou seja, quando a 
decisãoainda não transitou em julgado, e o recurso interposto foi recebido 
apenas no efeito devolutivo, vale dizer, sem efeito suspensivo, como 
acontece, via de regra, no Processo do Trabalho.
No Processo do Trabalho, depois de transitada em julgado a Sentença, 
esta poderá ser objeto de Liquidação e, em seguida, de execução, que será 
processada, nos próprios autos da ação de conhecimento.
Conceituando-se Liquidação de sentença, José Augusto Rodrigues 
Pinto (2002), diz ser o conjunto de atos que devem ser praticados com a 
finalidade de estabelecer o exato valor da condenação ou de individualizar 
o objeto da obrigação.
A doutrina dominante, a exemplo de Graziella Zappalá Giuffrida 
Liberatti, concebe a liquidação como uma fase preparatória da execução; 
ela antecede a execução, apesar de ser parte integrante da mesma. 
(LIBERATTI, 2003, p. 03)
Isso ocorre, pois, a maioria das sentenças de processos trabalhistas, 
após proferidas e transitadas em julgado, não possuem valor determinado, 
necessitando, assim, de liquidação para apuração dos valores a serem 
executados, conforme preceitua o artigo. 879 da CLT.
Pelo disposto no mencionado artigo 879 da CLT a liquidação pode se 
dar por três modos: por cálculos, arbitramento ou artigos.
Por fim, vale lembrar apenas que, no Processo Trabalhista, a despeito 
do princípio da inércia da jurisdição, o Juiz pode iniciar, de ofício, a 
execução. 
 
 
 
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Princípios da Execução
Partindo do pressuposto de que todo sistema jurídico possui linhas 
gerais que o conduz, os chamados princípios, com o processo de execução 
também não é diferente.
Na Execução são seus princípios norteadores que emprestam notas 
típicas ao modo desta se processar e aos seus institutos, bem como 
orientam e inspiram à elaboração e o modo de aplicar e interpretar as 
normas legais.
A fim de desenvolver um estudo mais completo, de início, torna-se 
necessário averiguar qual o significado do vocábulo princípios dentro do 
ordenamento jurídico, para que somente assim, se possa adentrar e 
discorrer a respeito dos pontos cruciais de pesquisa deste trabalho.
Os princípios seriam definidos como “certos enunciados lógicos 
admitidos como condição ou base de validade das demais asserções que 
compõem dado campo do saber”. (REALE, 1991, p.300)
Em seus ensinamentos, os estudiosos dos vocábulos jurídicos, 
afirmam que “os princípios são o conjunto de regras ou preceitos que se 
fixam para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando a 
conduta a ser tida em uma operação jurídica”. (SILVA, 1991, p.447)
Ainda neste sentido, segundo Bandeira de Mello (1991), princípios 
são, por definição, mandamentos nucleares de um sistema, verdadeiros 
alicerces dele, disposições fundamentais que se irradiam sobre diferentes 
normas, dando a estas o seu verdadeiro espírito e exata compreensão e 
inteligência, exatamente por definirem a lógica e a racionalidade do 
sistema normativo, no que lhe conferem a tônica e lhe dão sentido 
harmônico. É o conhecimento dos princípios que possibilita a 
compreensão das diferentes partes componentes do todo unitário que é o 
sistema jurídico positivo.
Resta, portanto, concluir que os princípios constituem o fundamento 
maior de uma ciência jurídica, possuindo fundamental importância dentro 
de um ramo do direito, seja na elaboração da norma legal ou na aplicação 
em face dos casos concretos.
 
 
 
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Em se tratando de Execução, podemos destacar alguns princípios.
São princípios do processo de execução como um todo: o princípio da 
autonomia, o princípio da disponibilidade, princípio da execução menos 
gravosa ao devedor, princípio da responsabilidade, princípio do 
contraditório, princípio da maior coincidência possível, e princípio do título.
 Princípios da Execução Trabalhista
A Execução é, sem sombra de dúvidas, a fase processual do Direito do 
Trabalho, que envolve mais complexidade e desafio à função judicante, 
quanto à aplicação dos princípios, já que é nela que se vislumbra 
verdadeiramente a prestação jurisdicional, com a entrega do bem da vida 
perseguido no processo.
Não bastasse a complexidade peculiar desta fase processual, o legislador 
demonstra seu descaso com essa fundamental fase de procedimento 
trabalhista na abordagem tímida e superficial que empresta à matéria, 
regulada por apenas 17 artigos, os artigos 876 a 892 da CLT. Agrava o quadro 
com a remissão a pouco aplicada Lei nº. 6.830/80 (que dispõe sobre a 
cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras 
providências) que, por não preencher todas as lacunas da CLT, exige à 
aplicação do Código de Processo Civil.
Registre-se que, por consequência lógica da mencionada aplicação 
subsidiária do Direito Processual Comum ao Direito Processual do Trabalho, 
trazida no artigo 769 da CLT, também deve se aplicar, supletivamente, os 
princípios supra explanados, na Execução Trabalhista, desde que compatíveis 
com os princípios que regem o processo trabalhista.
Como bem salienta José Augusto Rodrigues Pinto, 
o Direito do Trabalho, como ramo da ciência jurídica, também se 
servirá obrigatoriamente de outros princípios peculiares a determinados 
ramos, princípios gerais, como o princípio da razoabilidade de conduta, da 
proporcionalidade, princípio da boa-fé nos contratos, princípio do não 
locupletamento com a própria malícia, dentre outros inúmeros, conforme 
autoriza de forma expressa o artigo 8o da Consolidação das Leis Trabalhistas. 
(PINTO, 2003, p.80).
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Destarte, como é de se esperar, a Execução Trabalhista também 
possui princípios próprios a sua fase, que costumam seguir a mesma lógica 
dos princípios do Direito Material do Trabalho, mas precisamente o 
princípio da proteção; dando origem a princípios como o da Superioridade 
do Exequente Trabalhista, “axioma” segundo o qual a execução se faz no 
interesse e benefício unicamente do Exequente.
Passemos à análise dos mesmos: 
a) Princípio da superioridade do exequente trabalhista 
Segundo este primado, o exequente encontra-se num plano de 
superioridade em relação ao executado.
Essa posição de superioridade parte do pressuposto de que o 
contraditório e a ampla defesa já foram exercidos quando da fase de 
conhecimento, daí porque não se verifica mais a igualdade das partes.
O devedor está sujeito à execução, devendo suportar os prejuízos e 
gravames inerentes à sua condição. Dado o axioma segundo o qual a 
execução se faz no interesse e benefício do exequente.
Essa ideologia permeia todo o processo de execução e ganha vulto na 
esfera trabalhista, onde a execução se faz para satisfazer o crédito do 
trabalhador, visto, em regra, como a parte hipossuficiente.
O princípio da superioridade do exequente, igualmente conhecido 
como princípio do resultado, está consagrado em várias regras do CPC, da 
CLT e da L. 6.830/80 (aplicável ao processo do trabalho em razão do 
disposto no art. 889 da CLT)
Desse princípio, extraímos premissas e conclusões valiosas. Em 
primeiro lugar, a compreensão para alguns de que o princípio da execução 
menos gravosa ao devedor, consagrado no art. 620 do CPC, se aplicável ao 
processo do trabalho, não se afirmaria no mesmo patamar do processo 
comum.
 
 
 
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Entretanto, podem conviver harmonicamente, pois o fato de 
promover uma execução menos onerosa, nem sempre implicará em 
prejuízo do empregado. E se eventualmente ocorrer choque entre eles, 
deve-se o princípio da proporcionalidade, o que será abordado no item 4.1do presente trabalho.
Outra consequência reside na superioridade absoluta atribuída ao 
crédito trabalhista, o que traz implicações dignas de registro, como a 
prática de constrição sobre bens hipotecados ou alienados 
fiduciariamente, execução não sujeita a concurso ou juízo universal etc.
É tomando como foco este princípio que na esfera trabalhista, 
diversas situações são deduzidas: a execução de ofício, limitação dos 
recursos cabíveis na execução e o seu efeito meramente devolutivo (salvo 
no tocante aos casos em que haja controvérsia acerca de valores, quando 
o apelo nesse aspecto tem o condão de sobrestar a execução), a cognição 
restrita dos embargos à execução (art. 884, § 1º, da CLT) e a execução 
definitiva na pendência de recurso extraordinário (art. 893, § 2º, da CLT).
Sofre, outrossim, influência desta orientação a desconsideração da 
personalidade jurídica para efeitos de penhora, arresto e outras medidas 
constritivas sobre bens dos sócios ou gerentes (LTDA) e acionistas 
(majoritários), administradores e diretores (S/A).
b) Princípio da patrimonialidade ou da natureza real 
À execução trabalhista, como a todo tipo de execução, se atribui 
conteúdo real, ou seja, a execução visa o patrimônio do devedor (art. 646, 
do CPC). 
Esse princípio reside em outro, estabelecido no art. 591, do CPC, 
segundo o qual o executado responde na execução com seus bens, tanto 
os presentes como os futuros.
No processo moderno, contudo, a rigidez dessa patrimonialidade, em 
certos casos, cede espaço ao emprego de medidas coercitivas sobre a 
pessoa do devedor, que podem ser, ou não, consideradas exageradas a 
depender do caso.
 
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Isso acontece por que, não se contenta mais o legislador com a mera 
penhora de bens ou a conversão de obrigações e deveres em indenizações. 
A busca da efetividade gera hoje uma prática cada vez maior da utilização 
de arsenal de medidas pelo juiz para a satisfação concreta do direito ou 
interesse da parte.
c) Princípio da utilidade
A execução, como toda atividade jurisdicional, há de ser útil. Logo, 
não comunga com atos e diligências sem relevância prática, tampouco com 
meros caprichos do credor. 
Desta maneira, deve-se ter como proibida a realização de penhora 
quando evidente sua total inutilidade para o pagamento dos créditos do 
obreiro (art. 659, § 2º, do CPC). Presente essa situação, o juiz precisa 
sobrestar o andamento da execução, a ser reativada na oportunidade em 
que forem encontrados bens aptos a ensejar uma execução frutífera.
d) Princípio do superprivilégio do crédito trabalhista 
Esse princípio orienta o pensamento daqueles que lutam pela 
inexistência da vis atractiva operada pela falência e pela liquidação 
extrajudicial junto aos créditos trabalhistas, ao fundamento de que sendo 
créditos de natureza alimentícia, preferem a qualquer outro, mesmo 
previdenciários, fiscais e tributários.
É em função desta superioridade atribuída ao crédito trabalhista que 
por vezes, pode-se verificar penhora de bem hipotecado, de bem dado em 
garantia de cédula de crédito industrial e bem adquirido em alienação 
fiduciária e arrendamento mercantil, práticas afastadas na seara cível, por 
exemplo.
Com efeito, Cláudio Armando Couce de Menezes (2003), afirma que 
o crédito trabalhista seria superprivilegiado, sobrepondo-se a todos os 
demais. Assim, não pode ter um tratamento inferior ao da hipoteca, 
independente de ter sido constituída antes ou depois do crédito laboral.
 
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O crédito real é destituído de qualquer eficácia para afastar execução 
fazendária, de acordo com o disposto nos artigos. 10 e 30 da LEF (Lei. 
6.830/80), então, diante da superioridade do crédito trabalhista em face 
aos demais, também se afastaria o crédito real quando este configurar 
empecilho à sua execução.
O crédito trabalhista, por gozar de superprivilégio, coloca-se acima do 
próprio executivo fiscal, só cedendo lugar ao crédito acidentário (art. 186 
do CTN - L. 5.172/66), à lei dos executivos fiscais (L. 6.830/80).
A justificativa por vezes estaria na hipótese de se tratar de uma 
situação em que o trabalhador, após anos de percalços judiciais; encontra 
apenas um único bem para satisfazer o seu crédito, justamente o que está 
hipotecado e não executado pelo credor hipotecário, logo, em razão aos 
reclamos da efetividade da prestação jurisdicional não pode ser ignorado 
em favor de credores civis ou comerciais. Até porque seus créditos não 
gozam do prestígio que a lei concede ao hipossuficiente.
e) Princípio do dever de indicação obrigatória dos bens sujeitos à 
execução 
 Dispõe o art. 600, IV, do CPC, que o executado incorre em atentado à 
dignidade da Justiça quando “não indica ao juiz onde se encontram os bens 
sujeitos à execução”. Alguns processualistas sustentam que tal proceder 
consiste em autêntico dever do executado, cujo descumprimento levaria a 
preclusão da faculdade de nomeação de bens para efeito de penhora, e 
eventual cominação pelo magistrado de pagamento da multa do art. 601 
do CPC.
IMPORTANTE!
O respeito ao princípio da indicação obrigatória de bens, que também 
encontra apoio nos incisos I e III, dos arts. 600, e 17 do CPC, é de 
fundamental importância para a satisfação do direito do credor 
trabalhista. 
Busca-se afastar com isso, manobras procrastinatórias à execução, 
como a omissão na informação do paradeiro dos bens, que se confunde 
com a própria ocultação fraudulenta de bens e além de configurar, 
outrossim, resistência injustificada ao andamento do processo.
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Para que a localização dos bens do devedor seja possível, o Direito 
brasileiro autoriza ainda a requisição de informações junto aos órgãos e 
entes públicos, bancos privados e estatais, mercê da quebra dos sigilos 
fiscal e bancário.
Existem inclusive alguns convênios, feitos entre o Judiciário e as 
instituições financeiras, em decorrência deste aludido princípio, a exemplo 
do BACENJUD (convênio firmado entre o Banco Central e o Poder 
Judiciário, para o fornecimento de informações de contas bancárias em 
nome dos executados).
Por ora, importante se faz destacar que a realizada identificação e a 
análise correta dos princípios norteadores da Execução, são de 
fundamental importância para a solução de inúmeros problemas da 
execução trabalhista sem prejuízo da efetividade da prestação 
jurisdicional.
A sentença trabalhista geralmente é ilíquida. Depois da sentença o 
juiz abre prazo para o exequente apresentar seus cálculos de acordo 
com a sentença. Depois disso abre prazo para o executado se manifestar. 
Havendo divergência entre os cálculos apresentados o juiz nomeará 
perito, depois de apresentado o laudo o juiz pode optar por abrir vista às 
partes. Se o juiz opta por abrir vista às partes estas têm obrigação de se 
manifestar sob pena de preclusão (quem cala consente). Depois disso os 
cálculos são homologados. Depois da homologação se o exequente não 
concorda com os cálculos por meio de impugnação. Se o executado não 
concorda com estes cálculos pode interpor embargos à execução. Ambos 
têm prazo de 5 dias. Ao de julgar a impugnação ou os embargos à 
execução proferirá sentença, da qual cabe agravo de petição.
Fique sabendo!
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Questões Comentadas
dos Últimos Exames
QUESTÃO 1 
A Lei nº 5.010/1966, Art. 62, inciso I, considera “feriados na Justiça 
Federal, inclusive nos Tribunais Superiores” os dias compreendidos entre 
20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive. Na ótica do Tribunal Superior do 
Trabalho, o prazo para apresentaçãode recurso de revista, que se inicia 
três dias antes do início do recesso forense, deve ser contado do seguinte 
modo:
 
A) o prazo recomeça sua contagem, desde o início, no primeiro dia útil 
após o fim do recesso.
B) o prazo retoma sua contagem de onde parou, no primeiro dia útil após 
o fim do recesso.
C) o prazo continua a ser contado, prorrogando-se apenas o seu termo 
final para o primeiro dia útil após o fim do recesso.
D) o prazo se encerra ao atingir seu termo final, em razão da possibilidade 
de se cumprir o prazo por peticionamento eletrônico.
 
Comentário: Súm. 262 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal 
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. Alternativa correta: B
QUESTÃO 2 
A sociedade empresária “V” Ltda., executada em ação trabalhista, 
apresentou embargos à execução arrolando testemunhas, o que foi 
indeferido pelo juiz, ao argumento de que não se tratava de processo de 
conhecimento. Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
 
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A) Correta a decisão do juiz, pois já fora ultrapassada a fase de 
conhecimento.
B) Errada a decisão do juiz, pois era cabível a prova testemunhal em sede 
de embargos à execução, podendo o juiz indeferir as testemunhas se 
desnecessários os depoimentos.
C) Errada a decisão do juiz, sendo cabível a prova testemunhal, não 
podendo indeferir as testemunhas, cabendo, nesse caso, arguição de 
nulidade da decisão.
D) Correta a decisão do juiz, já que a matéria da execução está restrita a 
valores.
 
Comentário: Art. 885 - Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o 
juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 
(cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora. Alternativa 
correta: B
 
QUESTÃO 3 
Simone, ré em uma demanda trabalhista ajuizada por sua ex-empregada 
doméstica, em audiência una requereu ao juiz o adiamento para juntada 
de documento suplementar, que não conseguiu obter, pois se referia ao 
depoimento prestado pela ora autora em outro processo como 
testemunha, no qual confessava nunca haver laborado em horário 
extraordinário. O documento não foi obtido por Simone, pois, logo após a 
audiência daquele processo, os autos seguiram para conclusão, sem que 
fosse permitido a ela o acesso ao depoimento. O juiz da causa ora em 
audiência indeferiu o adiamento requerido por Simone, e, ao sentenciar, 
condenou-a ao pagamento de horas extras. No prazo de recurso ordinário, 
Simone finalmente teve acesso ao documento que comprovava a 
inexistência do labor extraordinário. Diante da situação apresentada, 
assinale a afirmativa correta.
 
A) Simone poderá juntar o documento no recurso ordinário.
B) Não cabe juntada do documento em recurso ordinário.
C) Precluiu a possibilidade de produção da prova documental por Simone.
D) Simone só poderia juntar o documento em embargos de declaração.
 
 
 
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Comentário: súmula 8 do TST “A juntada de documentos na fase recursal só 
se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna 
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.” Alternativa correta: 
A
QUESTÃO 4 
Jorge, que presta serviços a uma companhia aérea na China, é autor de um 
processo em face da Viação Brasil S/A, sua ex-empregadora. Na data da 
audiência, Jorge estará, comprovadamente, trabalhando na China. 
Considerando que Jorge tem interesse no desfecho rápido de seu processo, 
deverá
 
A) requerer o adiamento para data próxima.
B) dar procuração com poderes específicos ao seu advogado para que este o 
represente.
C) fazer-se representar por outro empregado da mesma profissão ou pelo 
seu sindicato.
D) deixar arquivar a demanda e ajuizar uma nova.
 
Comentário: Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes 
o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de 
seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de 
Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente 
comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, 
poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma 
profissão, ou pelo seu sindicato. Alternativa correta: C
 
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 5 
Antônio é assistente administrativo na sociedade empresária Setler 
Conservação Ltda., que presta serviços terceirizados à União. Ele está com o 
seu contrato em vigor, mas não recebeu o ticket refeição dos últimos doze 
meses, o que alcança o valor de R$ 2.400,00 (R$ 200,00 em cada mês). 
 
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Em razão dessa irregularidade, estimulada pela ausência de fiscalização 
por parte da União, Antônio pretende cobrar o ticket por meio de 
reclamação trabalhista contra a empregadora e o tomador dos serviços, 
objetivando garantir deste a responsabilidade subsidiária, na forma da 
Súmula 331 do TST. Diante da hipótese, assinale a afirmativa correta.
A) A ação deverá seguir o procedimento ordinário, vez que há 
litisconsórcio passivo, sendo, em razão disso, obrigatório o rito comum.
B) A ação deverá seguir o procedimento sumaríssimo, uma vez que o valor 
do pedido é inferior a 40 salários mínimos.
C) A ação tramitará pelo rito ordinário porque um dos réus é ente público.
D) O autor poderá optar pelo procedimento que lhe seja mais vantajoso.
 
Comentário: Artigo 852 – A parágrafo único da CLT: mesmo que o valor da 
ação seja acima de 2 salários mínimos e até 40 salários mínimos, se a 
administração pública for parte no processo, o procedimento será o 
ordinário. Alternativa correta: C
 
QUESTÃO 6 
Julgado dissídio coletivo entre uma categoria profissional e a patronal, em 
que foram concedidas algumas vantagens econômicas à categoria dos 
empregados, estas não foram cumpridas de imediato pela empresa Alfa 
Ltda.. Diante disso, o sindicato profissional decidiu ajuizar ação de 
cumprimento em face da empresa. Sobre o caso apresentado, assinale a 
afirmativa correta.
 
A) Deverá aguardar o trânsito em julgado da decisão, para ajuizar a 
referida ação.
B) Poderá ajuizar a ação, pois o trânsito em julgado da sentença normativa 
é dispensável.
C) Não juntada a certidão de trânsito em julgado da sentença normativa, o 
feito será extinto sem resolução de mérito.
D) Incabível a ação de cumprimento, no caso.
 
Comentário: Súmula 246 TST: É dispensável o trânsito em julgado da 
sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento. 
Alternativa correta: B
 
 
 
 
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QUESTÃO 7
O Desembargador Relator de um recurso ordinário, ao verificar que a 
matéria posta em debate já era sumulada pelo TRT do qual é integrante, 
resolveu julgar, monocraticamente, o recurso. Diante do caso e da 
jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta.
 
A) A atitude está equivocada, pois, na Justiça do Trabalho, não cabe 
julgamento monocrático pelo TRT.
B) O julgamento monocrático está correto e dessa decisão não caberá 
recurso, com o objetivo de abreviar o trânsito em julgado.
C) É possível o uso subsidiário do Art. 557 do CPC, de modo que a decisão 
monocrática é válida na hipótese, e caberá recurso contra a decisão.
D) A única possibilidade de julgamento monocrático válido é aquele feito 
pelo TST.
 
Comentário: Uso subsidiário do CPC, em seu de Artigo 557:O relator 
negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, 
prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência 
dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de 
Tribunal Superior. Alternativa correta: C
 
QUESTÃO 8
Jairo requereu adicional de periculosidade em ação trabalhista movida em 
face de seu empregador. A gratuidade de justiça foi deferida e o perito 
realizou o laudo para receber ao final da demanda, tudo nos termos e nas 
limitações de valores fixados pelo Conselho Superior da Justiça do 
Trabalho. Contudo, não foi constatada atividade em situação que 
ensejasse o pagamento do adicional pretendido. Diante disso, assinale a 
afirmativa correta.
 
A) A União fica responsável pelo pagamento dos honorários periciais.
B) Como Jairo é beneficiário da gratuidade de justiça, está isento do 
pagamento de custas; logo, não poderá custear os honorários do perito, 
que ficam dispensados.
C) A parte ré fica responsável pelo custeio da perícia, face à inversão do 
ônus da prova pela hipossuficiência do empregado.
D) Jairo deverá custear os honorários parceladamente ou compensá-los 
com o que vier a receber no restante da demanda.
 
 
 
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Comentário: Art. 790-B, CLT: A responsabilidade pelo pagamento dos 
honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, 
salvo se beneficiária de justiça gratuita. Alternativa correta: A
 
 QUESTÃO 9
No momento em que a sociedade empresária estava fazendo o recolhimento 
do preparo relativo ao recurso de revista que iria interpor em face de um 
acórdão, houve um lapso do departamento financeiro e o depósito recursal foi 
feito com uma diferença a menor, de R$ 5,00, o que somente foi verificado 
após o término do prazo. Diante da situação retratada e de acordo com o 
entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
 
A) A diferença é ínfima e deve ser desprezada, não prejudicando a apreciação 
imediata do recurso.
B) Apesar de pequena, a diferença existe, cabendo, então, ao Ministro Relator, 
no TST, intimar a parte à complementação do preparo, sob pena de deserção.
C) O recurso não será conhecido por deserto, mesmo que a diferença seja de 
pequeno valor.
D) Não havendo nenhuma disciplina a respeito, caberá a cada magistrado, 
valendo-se do seu poder diretivo do processo, determinar o que deve ser 
feito.
 
Comentário: O preparo é o pagamento das despesas relacionadas ao recurso. 
Estas despesas incluem as custas, o porte de remessa e retorno dos autos e as 
despesas postais. A falta de preparo ocasiona a deserção do recurso, ou seja, o 
abandono ao recurso intentado. Por isso, deve-se prestar bastante atenção 
quando da interposição de um recurso, para não torná-lo deserto por falta do 
preparo. Alternativa correta: C
 
XVII Exame da Ordem 
QUESTÃO 10 
Brenda aufere um salário mínimo e meio e ajuizou reclamação trabalhista 
contra o empregador, postulando diversas verbas que entende fazer jus. Na 
petição inicial, não houve requerimento de gratuidade de justiça nem 
declaração de miserabilidade jurídica.
 
 
 
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O pedido foi julgado improcedente, mas, na sentença, o juiz concedeu, de 
ofício, a gratuidade de justiça. Diante da situação e do comando legal, 
assinale a afirmativa correta.
A) Houve julgamento extra petita no tocante à gratuidade, atraindo a 
nulidade do julgado, já que isso não foi requerido na petição inicial. 
B) A Lei é omissa a respeito, daí porque o juiz, invocando o princípio da 
proteção, poderia conceder espontaneamente a gratuidade de justiça. 
C) A sociedade empresária poderia recorrer para ver reformada a 
sentença, no tocante à concessão espontânea da gratuidade de justiça, 
tratando-se de julgamento ultra petita. 
D) O juiz agiu dentro do padrão legal, pois é possível a concessão da 
gratuidade de justiça de ofício, desde que presentes os requisitos legais, 
como era o caso.
Comentário: Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos 
Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das 
custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo 
Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 
27.8.2002)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais 
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo 
legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de 
pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua 
família. Alternativa correta: D
 
 QUESTÃO 11 
A papelaria Monte Fino Ltda. foi condenada numa reclamação trabalhista 
movida pelo ex-empregado Sérgio Silva. Uma das parcelas reivindicadas e 
deferidas foi o 13º salário, que a msociedade empresária insistia haver 
pago, mas não tinha o recibo em mãos porque houve um assalto na 
sociedade empresária, quando os bandidos levaram o cofre, as matérias-
primas e todos os arquivos com a contabilidade e os documentos da 
sociedade empresária. 
 
 
 
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Recuperados os arquivos pela polícia, agora, no momento do recurso, a 
Monte Fino Ltda. pretende juntar o recibo provando o pagamento, 
inclusive porque a sentença nada mencionou acerca da possível dedução 
de valores pagos sob o mesmo título. De acordo com o caso apresentado e 
o entendimento jurisprudencial consolidado, assinale a afirmativa correta.
 
A) É possível a juntada do documento no caso concreto, porque provado o 
justo impedimento para sua oportuna apresentação.
B) O momento de apresentação da prova documental já se esgotou, não 
sendo possível fazê-lo em sede de recurso.
C) Pelo princípio da primazia da realidade, qualquer documento pode ser 
apresentado com sucesso em qualquer grau de jurisdição, inclusive na fase 
de execução, independentemente de justificativa.
D) Há preclusão, e o juiz não pode aceitar a produção da prova em razão 
do princípio da proteção, pois isso diminuiria a condenação.
 
Comentário: Sum. 8 TST: A juntada de documentos na fase recursal só se 
justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna 
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. Alternativa correta: 
A
 
 QUESTÃO 12 
A sociedade empresária Beta S.A. teve a falência decretada durante a 
tramitação de uma reclamação trabalhista, fato devidamente informado 
ao juízo. Depois de julgado procedente em parte o pedido de diferenças de 
horas extras e de parcelas recisórias, nenhuma das partes recorreu da 
sentença, que transitou em julgado dessa forma. Teve, então, início a 
execução, com a apresentação dos cálculos pelo autor e posterior 
homologação pelo juiz. Diante da situação, assinale a afirmativa correta.
 
A) Há equívoco, pois, a partir da decretação da falência, a ação trabalhista 
passa a ser da competência do juízo falimentar, que deve proferir a 
sentença.
B) O pagamento do valor homologado deverá ser feito no juízo da falência, 
que é universal.
C) A execução será feita diretamente na Justiça do Trabalho, porque o 
título executivo foi criado pelo Juiz do Trabalho.
 
 
 
 
 
 
 
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D) Essa é a única hipótese de competência concorrente, ou seja, poderá 
ser executado tanto na Justiça do Trabalho quanto na Justiça comum.
Comentário: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, 
as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipótesede decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos 
autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Alternativa 
correta: B 
 
QUESTÃO 13
No bojo de uma execução trabalhista, a sociedade empresária executada 
apresentou uma exceção de pré-executividade, alegando não ter sido 
citada para a fase de conhecimento. Em razão disso, requereu a nulidade 
de todo o processo, desde a citação inicial. O juiz conferiu vista à parte 
contrária para manifestação e, em seguida, determinou a conclusão dos 
autos. Após analisar as razões da parte e as provas produzidas, convenceu-
se de que a alegação da sociedade empresária era correta e, assim, anulou 
todo o feito desde o início. Diante desse quadro, assinale a afirmativa 
correta.
 
A) Contra essa decisão caberá agravo de petição.
B) Trata-se de decisão interlocutória e, portanto, não passível de recurso 
imediato.
C) Caberá a interposição de recurso ordinário.
D) Caberá a interposição de agravo de instrumento.
 
Comentário: Em regra, o agravo de petição será interposto em face das 
decisões definitivas ou terminativas proferidas em processo de execução 
trabalhista, como na decisão que julga eventuais embargos à execução ou 
embargos de terceiros, ou ainda extingue, total ou parcialmente, a 
execução. Alternativa correta: A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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XVIII Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 14
 A empresa XPTO Ltda., necessitando dispensar empregado estável, 
ajuizou inquérito para apuração de falta grave em face de seu empregado. 
No dia da audiência, a empresa
apresentou seis testemunhas, protestando pela oitiva de todas. O 
empregado apresentou três testemunhas, afirmando ser este o limite na 
Justiça do Trabalho. Assinale a alternativa que mostra qual advogado agiu 
da forma determinada na CLT.
 
 A) O advogado da empresa agiu corretamente, pois trata-se de inquérito 
para apuração de falta grave.
B) O juiz determinou que a empresa dispensasse três das seis 
testemunhas, pois é necessário o equilíbrio com a outra parte. Logo, 
ambos os advogados agiram corretamente, levando o número de 
testemunhas que entendiam cabível.
C) O advogado do empregado está correto, pois o limite de testemunhas 
para o processo de rito ordinário é de três para cada parte.
D) Os dois advogados se equivocaram, pois o limite legal é de três por 
processo no rito ordinário, sendo as testemunhas do juízo.
 
Comentário: Por se tratar de ação de inquérito para apuração de falta 
grave, temos até 6 (seis) testemunhas para cada parte, conforme art. 821 
da CLT. Assim, está correto o Advogado da empresa.
“Art. 821 – Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) 
testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse 
número poderá ser elevado a 6 (seis)”. Alternativa correta: A
 
 QUESTÃO 15
 Em ação trabalhista, a parte ré recebeu a notificação da sentença em um 
sábado. Assinale a opção que, de acordo com a CLT, indica o dia a partir do 
qual se iniciará a contagem do
prazo recursal.
 
A) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo deverá 
ser iniciada na terça-feira, se forem dias úteis.
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo também 
deverá ser iniciada na própria segundafeira, se dia útil.
C) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada 
na terça-feira, se dia útil.
D) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada 
na segunda-feira, se dia útil.
Comentário: Súmula nº 262, I do TST: “I – Intimada ou notificada a parte 
no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a 
contagem, no subseqüente”. Alternativa correta: A
QUESTÃO 16
Marcos ajuizou reclamação trabalhista em face de sua exempregadora, a 
sociedade empresária Cardinal Roupas Ltda., afirmando ter sofrido 
acidente do trabalho (doença
profissional). Em razão disso, requereu indenização por danos material e 
moral. Foi determinada a realização de perícia, que concluiu pela ausência 
de nexo causal entre o problema sofrido e as condições ambientais. Na 
audiência de instrução, foram ouvidas cinco testemunhas e colhidos os 
depoimentos pessoais. Com base na prova oral, o juiz se convenceu de que 
havia o nexo causal e os demais requisitos para a responsabilidade civil, 
pelo que deferiu o pedido. Diante da situação retratada, e em relação aos 
honorários
periciais, assinale a afirmativa correta.
 
A) O trabalhador sucumbiu no objeto da perícia feita pelo expert, de modo 
que pagará os honorários.
B) Uma vez que a perícia não identificou o nexo causal, mas o juiz, sim, os 
honorários serão rateados entre as partes.
C) A empresa pagará os honorários, pois foi sucumbente na pretensão 
objeto da perícia.
D) Não havendo disposição a respeito, ficará a critério do juiz, com 
liberdade, determinar quem pagará os honorários.
 
Comentário: “Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos 
honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, 
salvo se beneficiária de justiça gratuita”. Alternativa correta: C
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 17
Em sede de reclamação trabalhista sob o rito sumaríssimo, as testemunhas do 
autor não compareceram à audiência, apesar de convidadas verbalmente por 
ele. Na audiência, nada foi comprovado acerca da alegação do convite às 
testemunhas. Diante disso, assinale a afirmativa correta.
 A) A audiência deverá prosseguir, pois não cabe a intimação das 
testemunhas, uma vez que não foi comprovado o convite a elas.
B) As testemunhas deverão ser intimadas porque a busca da verdade real é 
um princípio que deve sempre prevalecer.
C) As testemunhas deverão ser conduzidas coercitivamente, porque não se 
admite que descumpram seu dever de cidadania.
D) O feito deverá ser adiado para novo comparecimento espontâneo das 
testemunhas.
 
Comentário: art. 852-H, §3º da CLT: “§ 3º Só será deferida intimação de 
testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não 
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata 
condução coercitiva”. Alternativa correta: A
 
QUESTÃO 18
Na qualidade de advogado de Mauro, você ajuizou reclamação trabalhista no 
local da prestação de serviços do empregado. Entretanto, o advogado da 
empresa ré, na audiência,
apresentou exceção de incompetência em razão do lugar. Diante disso, à luz 
da CLT,
 
A) o autor-exceto terá 24 horas improrrogáveis para se manifestar.
B) o juiz julgará independentemente da manifestação da parte contrária, pois 
não há previsão para tanto em razão do princípio da celeridade.
C) o autor-exceto terá prazo de 48 horas para manifestação.
D) o autor-exceto poderá se manifestar até a sessão de julgamento da 
exceção de incompetência.
 
Comentário: “Art. 800 – Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á 
vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, 
devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se 
seguir”. Alternativa correta: A

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