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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Introdução Direito Processual do Trabalho é um conjunto de princípios, regras e instituições que se destinam a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos conflitos individuais ou coletivos, oriundos das relações de trabalho. Visa, pois, a resoluções de dissídios trabalhistas, possibilitando tanto ao empregado, quanto ao empregador, satisfazer um prejuízo que por ventura tenha tido na relação de trabalho. Posteriormente estudaremos os princípios peculiares do direito processual do trabalho. Embora o direito processual comum seja fonte subsidiária do Direito Processual do Trabalho, conforme norma esculpida no artigo 769 da CLT, o direito Processual do Trabalho é um ramo específico do Direito, e, portanto, possui seus próprios princípios. Fique sabendo! Príncipios: a) Princípio da Proteção: As regras do Direito do Trabalho são interpretadas mais favoravelmente ao empregado, devido sua inferioridade econômica. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com b) Princípio da Celeridade: Tal princípio funda-se no fato de que o empregado precisa receber mais rapidamente as verbas que lhes são devidas, vez que são de natureza alimentar, devendo, portanto, haver mais simplificação de procedimento para que o processo seja o mais célere possível. c) Princípio da ultra ou da extrapolação: O art. 467 da CLT permite ao Juiz o pagamento das verbas rescisórias incontroversas com acréscimo de 50%, caso não tenham sido pagas na primeira audiência em que comparecer o réu, ainda que inexista pedido do autor. d) Princípio da iniciativa ex ofício: O art. 765 mostra que o Juiz tem a liberdade de dirigir o processo e pode designar qualquer diligência necessária. e) Princípio da Oralidade: O Processo do Trabalho é essencialmente um procedimento oral. Existe, pois, uma maior concentração dos atos processuais em audiência, possibilitando uma maior interatividade entre o Juiz e as partes. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Organização da Justiça do Trabalho A Justiça Trabalhista possui três graus de Jurisdição: Varas do Trabalho; TRT e TST. Para instituir um TRT são necessários pelo menos 7 juízes. As turmas são compostas por 5 juízes, mas em cada processo são sorteados 3 para julgar: o relator, o revisor e o presidente. Os TRTs atuam em primeira e em segunda instâncias. Ademais, de acordo com a EC 45, o TST voltou a ser composto por 27 juízes togados. O pleno não é mais órgão julgador de processo comum, é órgão administrativo. No TST temos ainda: as Turmas, SDI e SDC. O TST atua em todas as instancias. SDI e SDC são 4ª instância. Justiça Nacional Justiça Especial Justiça do Trabalho Justiça Eleitoral Justiça Militar Justiça Comum Justiça ComumJustiça Federal Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Competência Material da Justiça do Trabalho A JT tem competência para julgar relação de consumo? (Art. 3º, §2º, CDC). Posição do TST: pelo ângulo do consumidor (destinatário final), será relação de consumo. Pelo ângulo do prestador de serviços, incidirão as regras do CC, sendo a Justiça do Trabalho competente. A JT tem competência para julgar ação de cobrança de honorários advocatícios? Posição majoritária na doutrina e jurisprudência: sim, pois se trata de relação de trabalho. Só caberão na JT, quando comprovar insuficiência financeira e estiver assistido, por advogado do sindicato de classe, bem como nas ações rescisórias, sindicais, e de relações de trabalho. Súmula 219, TST. Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. A JT tem competência criminal? Ver art. 114, I, IV e IX, CF. A JT não tem competência para julgar as ações penais (decisão do STF em liminar na ADIN 3684). 114, IV, CF. A Justiça do Trabalho pode mandar prender por crime de desacato, crime de falso testemunho, e disso cabe habeas corpus, para o TRF. AJUFE - ADI 3395-6 / STF: A Justiça do Trabalho não tem competência para julgar as ações envolvendo servidores públicos estatutários. Art. 37, IX, CF – contratação por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da Lei 8.745/93. O TST cancelou OJ 205 da SDI- I tendo em vista recentes decisões do STF. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Mandado de segurança: com a reforma do judiciário, a competência foi ampliada, abrangendo atos de outras autoridades (ex.: auditor fiscal do trabalho). Habeas corpus: possível nos casos de decretação de prisão do depositário infiel na execução trabalhista. Não pode mais a prisão, havendo esta, deverá ser intentado HC. Acidente de trabalho: art. 465, CTL. As ações de dano moral ou material decorrentes do acidente de trabalho são de competência da Justiça do Trabalho. A configuração do acidente de trabalho são de competência da Justiça Comum. Conforme a Súm. 411 do TST não há conflito de competência entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculado. Sum. 411. Se a decisão recorrida, em agravo regimental, aprecia a matéria na fundamentação, sob o enfoque das Súmulas nºs 83 do TST e 343 do STF, constitui sentença de mérito, ainda que haja resultado no indeferimento da petição inicial e na extinção do processo sem julgamento do mérito. Sujeita-se, assim, à reforma pelo TST, a decisão do Tribunal que, invocando controvérsia na interpretação da lei, indefere a petição inicial de ação rescisória. Súm. 392 do TST – danos morais – competência da Justiça do Trabalho. Acidente de Trabalho: 2 regras: 1ª regra: ação acidentária / lide previdenciária: competência da Justiça Comum Estadual (Súm. 15 do STJ e Súm. 235 e 501 do STF). 2ª regra: ação de indenização por danos morais ou materiais. Competência da Justiça do trabalho. O STJ cancelou a Súm. 366 que estabelecia a competência da Justiça Comum Estadual para a ação de indenização movida pela viúva ou filho de empregado falecido em acidente de trabalho. Súm. 367 STJ – remessa dos autos da Justiça Comum para a Justiça do Trabalho. Títulos executivos extrajudiciais trabalhistas: (art. 876, caput, CLT) TAC (termo de análise de conduta); Termo de conciliação firmado perante a CCP (comissão de conciliação prévia); Oriundo da multa aplicada pelo TEM e inscrita na Dívida Ativa da União. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Art. 114 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II as ações que envolvam exercício do direito de greve; III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX outras controvérsias decorrentesda relação de trabalho, na forma da lei. § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Fique sabendo! Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Competência Territorial Antes da Emenda Constitucional 45/2004, a Justiça do Trabalho tinha competência para: a) Conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores; e b) Executar as suas próprias sentenças. Entretanto, no atual texto, houve também a retirada de previsão expressa da competência para executar as próprias sentenças, até porque não seria necessário, por se tratar de decorrência lógica do processamento da ação. Outrossim, possui competência para processar e julgar ações oriundas de relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Competência da Justiça do Trabalho não abrange apenas as controvérsias ocorridas durante a relação trabalhista, mas também as relações pré e pós contratuais. Ademais, o STF decidiu que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar controvérsias relativas ao meio-ambiente do trabalho, ainda que em face da Administração Pública. Além das ações relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS) e no FGTS. Art. 651, CLT - Caput – regra: local da prestação dos serviços; Se o empregado prestar serviços em mais de um local – será competente o foro do último lugar da prestação de serviço. Todavia, há uma posição moderna que defende a competência concorrente. Fique sabendo! Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Empregado agente ou viajante comercial – neste caso a ação deve ser proposta onde o empregado prestar serviços e for subordinado, sendo que na falta de cumulatividade desses requisitos a ação deverá ser proposta onde o empregado reside, ou na localidade mais próxima (quando no local onde ele reside não tem JT). 1. Empregador viajante: neste caso a ação deve ser proposta tanto no local da contratação, como também no da prestação dos respectivos serviços. 2. Empregado contratado no Brasil para prestar serviços no exterior: Anteriormente era aplicada a súmula 207 do TST, e tendo sido a mesma revogada, aplicar-se-á CLT: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988) § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Competência Internacional Material ou em Razão de Pessoa COMPETÊNCIA INTERNACIONAL Regras de direito processual: brasileiras; Regras de direito material: Artigo 651,§3, da CLT. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro §3 - em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Obs.: a cláusula de eleição é incompatível com o processo do trabalho. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA Art. 114, CF: I – ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, Estados, Municípios e DF. Súmula 363, STJ. ADI 3684-0 – justiça do trabalho não tem competência criminal. ADI 3395-6 – justiça do trabalho não tem competência para julgar ações envolvendo qualquer relação estatutária ou de caráter jurídico administrativo. IV – ações de indenização por danos materiais ou morais decorrentes da relação de trabalho. (Súmula 392, TST). Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Dissídios Dissídios a) Individuais: a. Simples – apenas um reclamante b. Plúrimo – mais de um reclamante c. Especial – inquérito judicial (falta grave de empregado estável); até 6 testemunhas cada parte b) Coletivos A diferença do dissídio individual para o coletivo não diz respeito ao número de reclamantes, mas sim ao pedido. No dissídio individual o pedido é pessoal e no dissídio coletivo o pedido diz respeito a uma categoria. Todos os dissídios individuais têm início nas Varas do Trabalho. Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos TRTs. Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, sua competência originária será a do TST. Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos TRTs. Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, sua competência originária será a do TST. ATENÇÃO Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Ritos Trabalhistas Espécies: 1. Comum/ordinário: Mais completo; Demandas cujo valor da causa supera 40 salários mínimos; Cada parte poderá ouvir até três testemunhas (art. 821 da CLT); O retro mencionado dispositivo legal estabelece que no Inquérito Policial para apuração de falta grave, cada parte poderá ouvir até 6 testemunhas. 2. Sumário/dissídio de alçada: Célere, art. 2°, §§ 3° e 4° da Lei n. 5584/70; Demanda cujo valor da causa é de até 2 salários mínimos. Obs.: neste procedimento em regra não é cabível a interposição de recursos, salvo se a sentença envolver matéria constitucional. Recurso este que será o Recurso extraordinário Obs2: a lei é omissa quanto ao número máximo de testemunhas. Prevalece o entendimento que cada parte poderá ouvir até três testemunhas. 3. Sumaríssimo (Lei 9957/00 – inclusão dos arts. 852-A a 852-I) Valor da causa que não exceda 40 salários mínimos. Prevalece o entendimento, que o advento do procedimento sumaríssimo, não revogou o procedimento sumário. Então o valor da causa será acima de 2 salários mínimos; Poderão ser ouvidas até duas testemunhas para cada parte 4. Procedimentos especiais trabalhistas - Trazem regras especiais: A.Inquérito judicial para apuração de falta grave. B. Dissídio coletivo C. Ação de cumprimento Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Sequência de Atos Processuais 1. Em regra a reclamação trabalhista (art. 840 CLT) poderá ser verbal ou escrita. Todavia algumas petições inicias trabalhistas são obrigatoriamente escritas: dissídio coletivo e inquérito judicial. 2. Notificação inicial postal automática do reclamado. (Art. 841 CLT). Nesse caso o servidor da secretaria da vara remeterá a segunda via da reclamação ao reclamado para que ele querendo compareça em audiência e apresente a sua defesa. Dessa forma juiz do trabalho apenas tem contato com a inicial em audiência. 3. Recebimento da notificação postal pelo reclamado. Presume-se recebida a notificação no prazo de 48 de sua postagem. O não recebimento ou a entrega após o decurso do prazo constitui ônus da prova do destinatário. Súmula 16 do TST. Obs. 2: considera-se válida a notificação entregue a qualquer empregado da empresa, ao porteiro ou zelador do edifício ou até mesmo depositada na caixa do correio. TST: não se exige a notificação pessoal, basta a entrega no endereço do reclamado. Fique sabendo! 4. Audiência Trabalhista: • Entre o recebimento da notificação postal e a data da audiência deverá decorrer um prazo mínimo de 5 dias corridos. A audiência é em regra contínua/una (art. 849 CLT). A audiência apesar de una, na prática é dividida em: inicial, instrução e julgamento. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com • Em audiência o reclamante poderá ser substituído por um colega de profissão ou representante do sindicato, em caso de doença ou motivo ponderoso. A substituição se dará apenas para fins de justificar a falta do reclamante. • O reclamado poderá ser substituído por gerente ou preposto que tenham conhecimento dos fatos. O conhecimento dos fatos não precisa ser direto (quem precisa disso é a testemunha). O TST entende que preposto deve ser empregado da empresa que representa, salvo se for microempresa ou ação contra empregador doméstico. • Se o reclamante não comparece à audiência inicial o processo será extinto sem julgamento do mérito. Poderá entrar novamente no dia seguinte, se ele falta novamente, 2° arquivamento. Para entrar uma 3ª vez deverá esperar 6 meses. Havendo o 3° arquivamento ocorrerá a perempção da matéria. No caso de ausência da reclamada em audiência inicial, será decretada a revelia, sendo consideradas verdadeiras todas as alegações, exceto insalubridade e periculosidade Caso o reclamante ou o reclamado não compareçam à audiência de instrução ficam condicionados à pena de confissão quanto à matéria de fato, não gerando o arquivamento nem revelia. a) Aberta a audiência haverá a primeira tentativa de conciliação (art. 846 CLT). Dois caminhos: Acordo: termo de conciliação (art. 831, parágrafo único, da CLT) Partes: (súmula 100, V, TST) trata-se de decisão irrecorrível, transitando em julgado na data da homologação judicial (e não na data de publicação). Todavia é cabível o ajuizamento de ação rescisória. Não cabe recurso, mas cabe ação Recisória. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com INSS: é possível a interposição de recurso ordinário para a discussão de contribuições sociais. Prazo em dobro (16 dias) para o Recurso Ordinário. b) Não havendo acordo, teremos a defesa do reclamado, na CLT art. 847 temos que a defesa é oral (20 min) mas a praxe forense admite a defesa escrita. c) Instrução, art. 848 CLT. Interrogatório e depoimento pessoal das partes Oitiva de testemunhas. Oitiva de peritos e assistentes técnicos d) Razoes finais, não excedentes de 10 min para cada parte (art. 850 CLT); a jurisprudência admite memoriais escritos até após a sentença. e) 2ª tentativa de conciliação (850 CLT) f) Sentença (art. 852, CLT) Súmula 259 TST. Conforme a sumula 418 do TST o juiz do trabalho não é obrigado a homologar um acordo, não sendo cabível a impetração de mandado de segurança. Art. 764, § 3ª CLT estabelece que é cabível o acordo em qualquer fase do processo. Fique sabendo! Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Procedimento Sumaríssimo • Abrange apenas dissídios individuais; • Não é aplicado quando for parte a administração pública direta, autárquica e fundacional (fazenda pública). Aplicado para empresas públicas e sociedades de economia mista (pessoas jurídicas de direito privado). • A reclamação trabalhista deverá respeitar requisitos específicos na inicial: pedido certo ou determinado (valor correspondente) = pedido líquido. • O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado, não sendo cabível citação por edital. Caso um desses requisitos não seja observado a reclamação será arquivada e o reclamante será condenado ao pagamento de custas sobre o valor da causa. • O recurso de revista é cabível em apenas duas hipóteses (art. 896, § 6° CLT) Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Processo de Conhecimento Petição Inicial: A Petição Inicial é o ato pelo qual o processo se inicia, traçando os limites da lide, tendo em vista que a sentença do Juiz deve ficar restrita ao seu conteúdo. Seus requisitos encontram-se elencados no art. 840 da CLT, vejamos: Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior. Audiência Trabalhista A Audiência Trabalhista é onde se realiza quase a totalidade da fase probatória. As Audiências podem ser: a) Unas ou b) Bipartidas. O horário das Audiências deverá ser entre às 08:00hs e 18:00hs, em dias úteis, ainda, deverá esta ter, no máximo, 5 (cinco) horas seguidas, salvo nas hipóteses de haver matéria urgente. As audiências são públicas, exceto nos processos que tramitam em segredo de justiça. O segredo de justiça poderá ser decretado quando: a) houver exigência de interesse público; b) a ação disser respeito a questões de Direito de Família. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com A ausência do reclamante importará no arquivamento do processo, ainda que o reclamado também esteja ausente na audiência inicial. Ademais, acaso o reclamante der causa a dois arquivamentos, ficará impossibilitado de ajuizar a ação pelo prazo de 6 meses. Bem assim, em caso de ausência do reclamado, este irá arcar com o reconhecimento de sua revelia, aplicando-se, inclusive, os efeitos de sua confissão ficta. Fique sabendo! Resposta ao Réu Após a primeira tentativa de acordo, o réu terá 20 minutos para apresentar a sua defesa de forma oral. É praxe, entretanto, que o reclamado já a leve impressa em papel. A resposta poderá ser: a) Exceção: as exceções são espécies de defesa que impedem o recebimento da própria contestação, razão pela qual devem ser opostas em primeiro lugar; b) Exceção de impedimento e suspeição: a exceção de impedimento é fundada em causas objetivas, enquanto a de suspeição, em questões objetivas, tais como: inimizade pessoal, amizade íntima, parentesco por consanguinidade ou afinidade até o 3º grau e interesse particular; c) Exceção deincompetência territorial: tal modalidade de defesa é utilizada para opor a incompetência territorial, uma vez que a incompetência material deve ser arguida como preliminar de contestação; d) Reconvenção: é o meio pelo qual o réu pode formular pedidos em face do autor; e) Contestação: é a forma de resposta em que a parte deve opor todas as matérias de defesa; f) Defesa direta de mérito: o reclamado nega o fato constitutivo do direito do autor, mas opõe fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido. Provas No processo trabalhista, a produção de prova inicia-se pela petição inicial e pela defesa, em que as partes podem juntar os documentos indispensáveis, bem como aqueles que entender pertinentes. O restante das provas serão produzidas em audiência, tanto que não é necessário a formulação do requerimento de produção de provas na petição inicial. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Ademais, no Processo Trabalhista, o ônus da prova é tratado pelo art. 818 da CLT, que assim dispõe: Art. 818. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Meios de Prova O depoimento pessoal e o interrogatório objetivam buscar a confissão da parte. O interrogatório é de iniciativa do Juiz e pode ser feito, inclusive de ofício, a qualquer momento no processo. Ao passo que o depoimento pessoal, seria meio de prova de iniciativa das partes. Razões Finais e tentativa de Acordo Terminada a produção de provas, a instrução processual é encerrada, momento a partir do qual nenhuma outra prova pode ser feita. Em seguida, as partes acrescentam suas razões finais, que são facultativas e feitas de forma oral. Em seguida, será feita a última tentativa de acordo, sob pena de nulidade, não logrado acordo, prolata-se a sentença. O STF e o TST entendem que a gravação de conversa feita por um dos interlocutores não é prova ilícita. ATENÇÃO Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Sentença Sentença é o pronunciamento judicial com conteúdo decisório, colocando fim a uma etapa do procedimento em 1ª Instância. Ademais, o termo de conciliação valerá como decisão irrecorrível, exceto para a Previdência Social, com relação às contribuições previdenciárias pertinentes. Portanto, quando as partes realizam acordo, o processo é encerrado por meio de uma sentença homologatória da transação Deve-se ressaltar ainda, uma particularidade específica da sentença trabalhista, que é a possibilidade expressa de julgamento ultra e extra petita. O art. 467 autoriza o julgamento ultra petita, ao dispor que, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias o juiz determinará o pagamento em dobro daquelas que, embora reconhecido o débito, não foram pagas na primeira audiência em que o reclamado compareceu, e, no art. 496, permite o julgamento extra petita, ao determinar o pagamento de indenização em dobro em vez de condenar a empresa a reintegrar o empregado estável. Também, juros de mora e correção monetária poderão ser concedidos ainda que não requeridos expressamente (Súmula 211 do TST). Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Teoria Geral dos Recursos em Espécies Pressupostos de admissibilidade: a. Subjetivos: (intrínsecos): Legitimidade ativa: vencido, 3° prejudicado, MPT, o próprio juiz (contra poderes públicos e não inferior a 60sm). b. Objetivos: 1. Previsão legal (adequação); 2. Tempestividade; o recurso interposto antes da publicação do julgado é tido como extemporâneo e o seu efeito será o mesmo de como se fosse intempestivo, ou seja, não será conhecido. 3. Todos os recursos inteiramente regulados CLT têm prazo de 8 dias. 4. Depósito recursal – só serve para o reclamado que quer recorrer. Serve de caução, não se deposita mais do que se deve. Reclamado beneficiário da justiça gratuita (pessoa física ou empresa sem fins lucrativos) não paga depósito recursal. Art. 899, CLT. 5. Custas processuais – são pagas ao final, pelo sucumbente. 2% do valor da casa ou da condenação. 6. Preparo = Custas processuais + depósito recursal. Prazos, regra geral: 8 dias: 4ª exceção: Agravo regimental interno • Prazo: 8 dias • Contra decisões monocráticas proferidas por magistrados. Ex.: decisão monocrática do relator que denega seguimento ao recurso ordinário. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 5ª exceção: Fazenda pública e MPT: ❏ Prazo em dobro p/ recorrer ❏ Art. 1° do decreto lei 779/69 e 188 CPC ❏ Prazo em dobro para recorrer ❏ O procedimento sumaríssimo não se aplica quando a fazenda (união, estados, municípios, DF, autarquias e fundações) é parte; Obs: prevalece o entendimento que o prazo é simples para contrarrazões; O TST entende que o art. 191 do CPC, que prevê a regra da dobra do prazo em caso de litisconsortes com diferentes procuradores não é aplicável ao processo do trabalho pó incompatibilidade com o princípio da celeridade trabalhista. IJ 310 SDI 1/TST Características: 1. Serão interpostos por simples petição 2. Segundo a CLT não há necessidade de fundamentação na interposição de um recurso trabalhista (com base no Jus postulandi art. 791 da CLT), em contrapartida o TST adota entendimento diverso exigindo a fundamentação (Súmula 422 do TST), pois é o que possibilita a dialética (contraditório e ampla defesa). 3. São dotados apenas de efeito devolutivo (em regra), art. 899, caput, CLT.é a extração da carta de sentença e o início da execução provisória que vai até a penhora. Todavia é possível a obtenção de efeito suspensivo mediante ação cautelar (Súmula 414, I, parte final), que suspende também a execução provisória, com base no fumu boni júris e do periculum in mora. 4. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, arts. 799, §2° e 893§1° CLT e Súmula 214 da CLT. Decisão interlocutória é o ato do juiz que no curso do processo resolve questão incidente (art. 162, §2° CPC). Ex: liminares; decisão que resolve uma exceção ritual; decisão que indefere a oitiva de testemunha tempestivamente arrolada. Não é cabível o recurso imediato (direto), mas é cabível interposição de recurso mediato (indireto). O que acontece é o protesto nos autos, consigna-se em audiência para se ter o direito de recorrer depois (para não precluir o direito). Para conter uma decisão interlocutória cabe Mandado de Segurança (Súmula 414). Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Súmula 425 do TST: o jus postulandi previsto no art. 791 da CLT limita-se às varas do Trabalho e aos TRTs, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança, e os recursos de competência do TST. Para reformar acórdão: recurso de revista no TRT. Para acórdão omisso, contraditório ou obscuro: Para reformar acórdão: embargos no TST Acórdão da sessão omisso, contraditório ou obscuro: embargos de declaração Reformar RO: embargos de declaração. Recurso ordinário Cabe recurso ordinário da decisão proferida pela vara do trabalho para o TRT julgar e da decisão proferida TRT, quando este atuar em 1ª instancia (dissídios coletivos, ações rescisórias e MS), para o TST julgar. No entanto, caso o TRT julgue originariamente o HC, não caberá mais recurso ordinário, sendo que, em sua substituição caberá novo HC para o TST julgar. Recurso de revista Cabe recurso de revista da decisão do TRT que julgar o recurso ordinário, ou seja, quando este órgão estiver atuando em 2ª instância, para o TST julgar. Só se discute no RR: a) Divergência de jurisprudência ou de súmula; b) Divergência de norma coletiva; c) Divergência da constituiçãofederal ou da lei federal No sumaríssimo só cabe: a) divergência de súmula b) divergência da CF Embargos no TST O Art. 894, da CTL, estabelece o prazo de 8 dias com efeito devolutivo. Das decisões proferidas pelas turmas do TST. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Agravo de instrumento Art. 897-B, CLT. Prazo de 8 dias, efeito devolutivo. Só cabe agravo de instrumento da decisão que denega seguimento a recurso (falta de algum dos pressupostos de admissibilidade). Denegou seguimento: agravo de instrumento. A Lei 12.275/10 trouxe uma nova redação ao art. 87, §5°, I, CLT e determinou a inclusão do §7° ao art. 899 da CLT. Deposito recursal em agravo de instrumento, corresponde a 50% do valor pago a título de depósito recursal do recurso de foi denegado. Exigência que visa evitar a procrastinação do processo. Obs.: o depósito recursal, serve de garantia do juízo, somente será exigido do empregador havendo condenação em pecúnia. §§ do art. 899, CLT e Súmula 161 TST. Recurso extraordinário O art. 102, III, a, b,c, CF. Prazo de 15 dias. Cabe recurso extraordinário da decisão proferida pelo TST por meio de suas turmas no recurso de revista, ou pela SDI ou SDC, nos embargos do TST, quando atacar a constituição federal, para o STF julgar. Recurso adesivo É compatível com o processo do trabalho e é cabível nos seguintes casos: recurso ordinário; recurso de revista; embargos no TST; recurso extraordinário; agravo de petição. Quando não houver nenhum recurso caberá MS. ATENÇÃO Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Mudança na Lei 13015 A lei 13.015, de 21 de julho de 2014, foi publicada no DOU de 22/7/14, com início da sua vigência 60 dias depois da publicação. Trata-se de diploma legal que alterou a CLT, dispondo sobre o processamento de recursos no âmbito da JT, mais especificamente sobre os recursos de revista e de embargos no TST, tratando, ainda, de temas de relevância, como uniformização da jurisprudência, recursos repetitivos e assunção de competência. Tal lei objetiva , em essência, obter maior celeridade no processamento e no julgamento dos recursos, em especial no âmbito do TST, passando a adotar técnicas previstas no CPC, como de julgamento de recursos repetitivos e de assunção de competência. Nesse sentido, conforme o art. 5º, inciso LXXVIII, da CF, acrescentado pela EC 45/14, “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Ademais, procurou-se alcançar maior segurança jurídica, por meio da uniformização da jurisprudência, inclusive no âmbito dos TRTs. Cabe, assim, acompanhar a aplicação da referida alteração legislativa, para que se possa verificar a efetiva concretização dos objetivos idealizados. Cabe, assim, destacar as principais mudanças decorrentes da lei em questão. a) Recurso de embargos no TST; b) Recurso de revista; c) Uniformização da jurisprudência; d) Julgamento dos recursos de revista repetitivos; e) Assunção de competência em recursos de revista repetitivos; f) Julgamento do recurso extraordinário repetitivo; g) Embargos de declaração e h) Depósito recursal em agravo de instrumento. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Execução Trabalhista Conceito de execução e a execução trabalhista Toda atividade jurisdicional tem como função principal dirimir conflitos, gerando certeza, segurança e a efetivação de um direito. A expressão “execução” contida na lei, compreende o exercício da prestação jurisdicional do Estado, por intermédio do Poder Judiciário ao qual recorre o credor para exigir do devedor o cumprimento, não efetuado voluntariamente, da obrigação resultante da sentença transitada em julgado ou de algum título extrajudicial a que a lei outorga efeitos executivos. Se o credor tiver seu direito assegurado num processo de conhecimento por sentença condenatória irrecorrível, ou reconhecido pelo próprio devedor num título executivo extrajudicial, estará autorizado a ingressar na execução a fim de que, pelo Estado, seja a sanção devida aplicada ao devedor inadimplente. Via de regra, a execução visa a tirar bem do patrimônio do devedor, para, transformado ou não em dinheiro, entregá-lo ao credor. O exeqüente, detentor de justo título, líquido, certo e exigível tem a possibilidade de satisfazer seu direito reconhecido mediante decisão judicial condenatória transitada em julgado ou através de título executivo extrajudicial, assim reconhecido, que preencha os requisitos necessários a conferir-lhe executividade. Deste modo, para a execução prevalecem as mesmas condições genéricas de todas as ações: a legitimidade das partes, o interesse e a possibilidade jurídica do pedido, sendo a aferição delas mais facilmente constatada porque a lei só irá admiti-la quando o devedor possuir título executivo e a obrigação nele documentada já seja exigível, consoante determina os artigos 583 e 586 do CPC. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Neste sentido, como bem salienta Humberto Theodoro Júnior (2004) pode-se estabelecer dois requisitos específicos da execução, um formal, que representa a existência de um título executivo atestando a certeza e liquidez da dívida, e um outro, prático, que é atitude ilícita do devedor, correspondente ao inadimplemento da obrigação, que comprova a exigibilidade da dívida. A execução, segundo a técnica de efetivação utilizada pelo Estado, poderá ser direta ou indireta. Considerar-se-á direta se o Estado se sub-rogar na ação, como substituto do devedor inadimplente, procurando dar satisfação ao credor, proporcionando-lhe o mesmo benefício que para ele representaria o cumprimento da obrigação, e indireta se a parte for coagida a agir, tendo-se como exemplos de coação, a multa e a prisão. Poderá ser ainda, definitiva ou provisória. Será definitiva quando ela, ao se iniciar, puder ir até o final; e provisória quando, iniciada, já se sabe que não poderá ir até o final, pois o título no qual se funda é ainda precário, pendendo recurso sobre ele por não ter transitado em julgado. Considerar-se-á a execução como imprópria quando tratar-se apenas de realização de atos voltados para a complementação da efetivação de direitos potestativos. Apesar desses direitos, como regra, se realizarem com o verbo, às vezes, precisam de uma complementação física, por exemplo, o divórcio precisa de sua averbação para ser efetivado. É, portanto, a complementação de uma satisfação já obtida. No que diz respeito à Execução Trabalhista, antes de tudo, deve-se pontuar que se encontra regida pela Consolidação das Leis do Trabalho nos artigos 876 a 892, cujas seções têm os seguintes subtítulos: das disposições preliminares, do mandado e da penhora, dos embargos à execução e da sua impugnação, do julgamento e dos trâmites finais da execução, da execução por prestações sucessivas. Entretanto, o legislador da CLT, foi previdente ao estabelecer no seu artigo 769 que: nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.(CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS, 1943) Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Na Justiça do Trabalho tem prevalência a execução por quantia certa, em que o objeto é a expropriação de bem do devedor para o pagamento do credor, e cuja forma de executar está prevista no artigo 880 da CLT. A execução poderá ser feita provisoriamente, ou seja, quando a decisãoainda não transitou em julgado, e o recurso interposto foi recebido apenas no efeito devolutivo, vale dizer, sem efeito suspensivo, como acontece, via de regra, no Processo do Trabalho. No Processo do Trabalho, depois de transitada em julgado a Sentença, esta poderá ser objeto de Liquidação e, em seguida, de execução, que será processada, nos próprios autos da ação de conhecimento. Conceituando-se Liquidação de sentença, José Augusto Rodrigues Pinto (2002), diz ser o conjunto de atos que devem ser praticados com a finalidade de estabelecer o exato valor da condenação ou de individualizar o objeto da obrigação. A doutrina dominante, a exemplo de Graziella Zappalá Giuffrida Liberatti, concebe a liquidação como uma fase preparatória da execução; ela antecede a execução, apesar de ser parte integrante da mesma. (LIBERATTI, 2003, p. 03) Isso ocorre, pois, a maioria das sentenças de processos trabalhistas, após proferidas e transitadas em julgado, não possuem valor determinado, necessitando, assim, de liquidação para apuração dos valores a serem executados, conforme preceitua o artigo. 879 da CLT. Pelo disposto no mencionado artigo 879 da CLT a liquidação pode se dar por três modos: por cálculos, arbitramento ou artigos. Por fim, vale lembrar apenas que, no Processo Trabalhista, a despeito do princípio da inércia da jurisdição, o Juiz pode iniciar, de ofício, a execução. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Princípios da Execução Partindo do pressuposto de que todo sistema jurídico possui linhas gerais que o conduz, os chamados princípios, com o processo de execução também não é diferente. Na Execução são seus princípios norteadores que emprestam notas típicas ao modo desta se processar e aos seus institutos, bem como orientam e inspiram à elaboração e o modo de aplicar e interpretar as normas legais. A fim de desenvolver um estudo mais completo, de início, torna-se necessário averiguar qual o significado do vocábulo princípios dentro do ordenamento jurídico, para que somente assim, se possa adentrar e discorrer a respeito dos pontos cruciais de pesquisa deste trabalho. Os princípios seriam definidos como “certos enunciados lógicos admitidos como condição ou base de validade das demais asserções que compõem dado campo do saber”. (REALE, 1991, p.300) Em seus ensinamentos, os estudiosos dos vocábulos jurídicos, afirmam que “os princípios são o conjunto de regras ou preceitos que se fixam para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando a conduta a ser tida em uma operação jurídica”. (SILVA, 1991, p.447) Ainda neste sentido, segundo Bandeira de Mello (1991), princípios são, por definição, mandamentos nucleares de um sistema, verdadeiros alicerces dele, disposições fundamentais que se irradiam sobre diferentes normas, dando a estas o seu verdadeiro espírito e exata compreensão e inteligência, exatamente por definirem a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe conferem a tônica e lhe dão sentido harmônico. É o conhecimento dos princípios que possibilita a compreensão das diferentes partes componentes do todo unitário que é o sistema jurídico positivo. Resta, portanto, concluir que os princípios constituem o fundamento maior de uma ciência jurídica, possuindo fundamental importância dentro de um ramo do direito, seja na elaboração da norma legal ou na aplicação em face dos casos concretos. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Em se tratando de Execução, podemos destacar alguns princípios. São princípios do processo de execução como um todo: o princípio da autonomia, o princípio da disponibilidade, princípio da execução menos gravosa ao devedor, princípio da responsabilidade, princípio do contraditório, princípio da maior coincidência possível, e princípio do título. Princípios da Execução Trabalhista A Execução é, sem sombra de dúvidas, a fase processual do Direito do Trabalho, que envolve mais complexidade e desafio à função judicante, quanto à aplicação dos princípios, já que é nela que se vislumbra verdadeiramente a prestação jurisdicional, com a entrega do bem da vida perseguido no processo. Não bastasse a complexidade peculiar desta fase processual, o legislador demonstra seu descaso com essa fundamental fase de procedimento trabalhista na abordagem tímida e superficial que empresta à matéria, regulada por apenas 17 artigos, os artigos 876 a 892 da CLT. Agrava o quadro com a remissão a pouco aplicada Lei nº. 6.830/80 (que dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências) que, por não preencher todas as lacunas da CLT, exige à aplicação do Código de Processo Civil. Registre-se que, por consequência lógica da mencionada aplicação subsidiária do Direito Processual Comum ao Direito Processual do Trabalho, trazida no artigo 769 da CLT, também deve se aplicar, supletivamente, os princípios supra explanados, na Execução Trabalhista, desde que compatíveis com os princípios que regem o processo trabalhista. Como bem salienta José Augusto Rodrigues Pinto, o Direito do Trabalho, como ramo da ciência jurídica, também se servirá obrigatoriamente de outros princípios peculiares a determinados ramos, princípios gerais, como o princípio da razoabilidade de conduta, da proporcionalidade, princípio da boa-fé nos contratos, princípio do não locupletamento com a própria malícia, dentre outros inúmeros, conforme autoriza de forma expressa o artigo 8o da Consolidação das Leis Trabalhistas. (PINTO, 2003, p.80). Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Destarte, como é de se esperar, a Execução Trabalhista também possui princípios próprios a sua fase, que costumam seguir a mesma lógica dos princípios do Direito Material do Trabalho, mas precisamente o princípio da proteção; dando origem a princípios como o da Superioridade do Exequente Trabalhista, “axioma” segundo o qual a execução se faz no interesse e benefício unicamente do Exequente. Passemos à análise dos mesmos: a) Princípio da superioridade do exequente trabalhista Segundo este primado, o exequente encontra-se num plano de superioridade em relação ao executado. Essa posição de superioridade parte do pressuposto de que o contraditório e a ampla defesa já foram exercidos quando da fase de conhecimento, daí porque não se verifica mais a igualdade das partes. O devedor está sujeito à execução, devendo suportar os prejuízos e gravames inerentes à sua condição. Dado o axioma segundo o qual a execução se faz no interesse e benefício do exequente. Essa ideologia permeia todo o processo de execução e ganha vulto na esfera trabalhista, onde a execução se faz para satisfazer o crédito do trabalhador, visto, em regra, como a parte hipossuficiente. O princípio da superioridade do exequente, igualmente conhecido como princípio do resultado, está consagrado em várias regras do CPC, da CLT e da L. 6.830/80 (aplicável ao processo do trabalho em razão do disposto no art. 889 da CLT) Desse princípio, extraímos premissas e conclusões valiosas. Em primeiro lugar, a compreensão para alguns de que o princípio da execução menos gravosa ao devedor, consagrado no art. 620 do CPC, se aplicável ao processo do trabalho, não se afirmaria no mesmo patamar do processo comum. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Entretanto, podem conviver harmonicamente, pois o fato de promover uma execução menos onerosa, nem sempre implicará em prejuízo do empregado. E se eventualmente ocorrer choque entre eles, deve-se o princípio da proporcionalidade, o que será abordado no item 4.1do presente trabalho. Outra consequência reside na superioridade absoluta atribuída ao crédito trabalhista, o que traz implicações dignas de registro, como a prática de constrição sobre bens hipotecados ou alienados fiduciariamente, execução não sujeita a concurso ou juízo universal etc. É tomando como foco este princípio que na esfera trabalhista, diversas situações são deduzidas: a execução de ofício, limitação dos recursos cabíveis na execução e o seu efeito meramente devolutivo (salvo no tocante aos casos em que haja controvérsia acerca de valores, quando o apelo nesse aspecto tem o condão de sobrestar a execução), a cognição restrita dos embargos à execução (art. 884, § 1º, da CLT) e a execução definitiva na pendência de recurso extraordinário (art. 893, § 2º, da CLT). Sofre, outrossim, influência desta orientação a desconsideração da personalidade jurídica para efeitos de penhora, arresto e outras medidas constritivas sobre bens dos sócios ou gerentes (LTDA) e acionistas (majoritários), administradores e diretores (S/A). b) Princípio da patrimonialidade ou da natureza real À execução trabalhista, como a todo tipo de execução, se atribui conteúdo real, ou seja, a execução visa o patrimônio do devedor (art. 646, do CPC). Esse princípio reside em outro, estabelecido no art. 591, do CPC, segundo o qual o executado responde na execução com seus bens, tanto os presentes como os futuros. No processo moderno, contudo, a rigidez dessa patrimonialidade, em certos casos, cede espaço ao emprego de medidas coercitivas sobre a pessoa do devedor, que podem ser, ou não, consideradas exageradas a depender do caso. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Isso acontece por que, não se contenta mais o legislador com a mera penhora de bens ou a conversão de obrigações e deveres em indenizações. A busca da efetividade gera hoje uma prática cada vez maior da utilização de arsenal de medidas pelo juiz para a satisfação concreta do direito ou interesse da parte. c) Princípio da utilidade A execução, como toda atividade jurisdicional, há de ser útil. Logo, não comunga com atos e diligências sem relevância prática, tampouco com meros caprichos do credor. Desta maneira, deve-se ter como proibida a realização de penhora quando evidente sua total inutilidade para o pagamento dos créditos do obreiro (art. 659, § 2º, do CPC). Presente essa situação, o juiz precisa sobrestar o andamento da execução, a ser reativada na oportunidade em que forem encontrados bens aptos a ensejar uma execução frutífera. d) Princípio do superprivilégio do crédito trabalhista Esse princípio orienta o pensamento daqueles que lutam pela inexistência da vis atractiva operada pela falência e pela liquidação extrajudicial junto aos créditos trabalhistas, ao fundamento de que sendo créditos de natureza alimentícia, preferem a qualquer outro, mesmo previdenciários, fiscais e tributários. É em função desta superioridade atribuída ao crédito trabalhista que por vezes, pode-se verificar penhora de bem hipotecado, de bem dado em garantia de cédula de crédito industrial e bem adquirido em alienação fiduciária e arrendamento mercantil, práticas afastadas na seara cível, por exemplo. Com efeito, Cláudio Armando Couce de Menezes (2003), afirma que o crédito trabalhista seria superprivilegiado, sobrepondo-se a todos os demais. Assim, não pode ter um tratamento inferior ao da hipoteca, independente de ter sido constituída antes ou depois do crédito laboral. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com O crédito real é destituído de qualquer eficácia para afastar execução fazendária, de acordo com o disposto nos artigos. 10 e 30 da LEF (Lei. 6.830/80), então, diante da superioridade do crédito trabalhista em face aos demais, também se afastaria o crédito real quando este configurar empecilho à sua execução. O crédito trabalhista, por gozar de superprivilégio, coloca-se acima do próprio executivo fiscal, só cedendo lugar ao crédito acidentário (art. 186 do CTN - L. 5.172/66), à lei dos executivos fiscais (L. 6.830/80). A justificativa por vezes estaria na hipótese de se tratar de uma situação em que o trabalhador, após anos de percalços judiciais; encontra apenas um único bem para satisfazer o seu crédito, justamente o que está hipotecado e não executado pelo credor hipotecário, logo, em razão aos reclamos da efetividade da prestação jurisdicional não pode ser ignorado em favor de credores civis ou comerciais. Até porque seus créditos não gozam do prestígio que a lei concede ao hipossuficiente. e) Princípio do dever de indicação obrigatória dos bens sujeitos à execução Dispõe o art. 600, IV, do CPC, que o executado incorre em atentado à dignidade da Justiça quando “não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução”. Alguns processualistas sustentam que tal proceder consiste em autêntico dever do executado, cujo descumprimento levaria a preclusão da faculdade de nomeação de bens para efeito de penhora, e eventual cominação pelo magistrado de pagamento da multa do art. 601 do CPC. IMPORTANTE! O respeito ao princípio da indicação obrigatória de bens, que também encontra apoio nos incisos I e III, dos arts. 600, e 17 do CPC, é de fundamental importância para a satisfação do direito do credor trabalhista. Busca-se afastar com isso, manobras procrastinatórias à execução, como a omissão na informação do paradeiro dos bens, que se confunde com a própria ocultação fraudulenta de bens e além de configurar, outrossim, resistência injustificada ao andamento do processo. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Para que a localização dos bens do devedor seja possível, o Direito brasileiro autoriza ainda a requisição de informações junto aos órgãos e entes públicos, bancos privados e estatais, mercê da quebra dos sigilos fiscal e bancário. Existem inclusive alguns convênios, feitos entre o Judiciário e as instituições financeiras, em decorrência deste aludido princípio, a exemplo do BACENJUD (convênio firmado entre o Banco Central e o Poder Judiciário, para o fornecimento de informações de contas bancárias em nome dos executados). Por ora, importante se faz destacar que a realizada identificação e a análise correta dos princípios norteadores da Execução, são de fundamental importância para a solução de inúmeros problemas da execução trabalhista sem prejuízo da efetividade da prestação jurisdicional. A sentença trabalhista geralmente é ilíquida. Depois da sentença o juiz abre prazo para o exequente apresentar seus cálculos de acordo com a sentença. Depois disso abre prazo para o executado se manifestar. Havendo divergência entre os cálculos apresentados o juiz nomeará perito, depois de apresentado o laudo o juiz pode optar por abrir vista às partes. Se o juiz opta por abrir vista às partes estas têm obrigação de se manifestar sob pena de preclusão (quem cala consente). Depois disso os cálculos são homologados. Depois da homologação se o exequente não concorda com os cálculos por meio de impugnação. Se o executado não concorda com estes cálculos pode interpor embargos à execução. Ambos têm prazo de 5 dias. Ao de julgar a impugnação ou os embargos à execução proferirá sentença, da qual cabe agravo de petição. Fique sabendo! Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Questões Comentadas dos Últimos Exames QUESTÃO 1 A Lei nº 5.010/1966, Art. 62, inciso I, considera “feriados na Justiça Federal, inclusive nos Tribunais Superiores” os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive. Na ótica do Tribunal Superior do Trabalho, o prazo para apresentaçãode recurso de revista, que se inicia três dias antes do início do recesso forense, deve ser contado do seguinte modo: A) o prazo recomeça sua contagem, desde o início, no primeiro dia útil após o fim do recesso. B) o prazo retoma sua contagem de onde parou, no primeiro dia útil após o fim do recesso. C) o prazo continua a ser contado, prorrogando-se apenas o seu termo final para o primeiro dia útil após o fim do recesso. D) o prazo se encerra ao atingir seu termo final, em razão da possibilidade de se cumprir o prazo por peticionamento eletrônico. Comentário: Súm. 262 I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. Alternativa correta: B QUESTÃO 2 A sociedade empresária “V” Ltda., executada em ação trabalhista, apresentou embargos à execução arrolando testemunhas, o que foi indeferido pelo juiz, ao argumento de que não se tratava de processo de conhecimento. Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com A) Correta a decisão do juiz, pois já fora ultrapassada a fase de conhecimento. B) Errada a decisão do juiz, pois era cabível a prova testemunhal em sede de embargos à execução, podendo o juiz indeferir as testemunhas se desnecessários os depoimentos. C) Errada a decisão do juiz, sendo cabível a prova testemunhal, não podendo indeferir as testemunhas, cabendo, nesse caso, arguição de nulidade da decisão. D) Correta a decisão do juiz, já que a matéria da execução está restrita a valores. Comentário: Art. 885 - Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora. Alternativa correta: B QUESTÃO 3 Simone, ré em uma demanda trabalhista ajuizada por sua ex-empregada doméstica, em audiência una requereu ao juiz o adiamento para juntada de documento suplementar, que não conseguiu obter, pois se referia ao depoimento prestado pela ora autora em outro processo como testemunha, no qual confessava nunca haver laborado em horário extraordinário. O documento não foi obtido por Simone, pois, logo após a audiência daquele processo, os autos seguiram para conclusão, sem que fosse permitido a ela o acesso ao depoimento. O juiz da causa ora em audiência indeferiu o adiamento requerido por Simone, e, ao sentenciar, condenou-a ao pagamento de horas extras. No prazo de recurso ordinário, Simone finalmente teve acesso ao documento que comprovava a inexistência do labor extraordinário. Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. A) Simone poderá juntar o documento no recurso ordinário. B) Não cabe juntada do documento em recurso ordinário. C) Precluiu a possibilidade de produção da prova documental por Simone. D) Simone só poderia juntar o documento em embargos de declaração. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Comentário: súmula 8 do TST “A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.” Alternativa correta: A QUESTÃO 4 Jorge, que presta serviços a uma companhia aérea na China, é autor de um processo em face da Viação Brasil S/A, sua ex-empregadora. Na data da audiência, Jorge estará, comprovadamente, trabalhando na China. Considerando que Jorge tem interesse no desfecho rápido de seu processo, deverá A) requerer o adiamento para data próxima. B) dar procuração com poderes específicos ao seu advogado para que este o represente. C) fazer-se representar por outro empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. D) deixar arquivar a demanda e ajuizar uma nova. Comentário: Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979) § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. Alternativa correta: C XVI Exame da Ordem QUESTÃO 5 Antônio é assistente administrativo na sociedade empresária Setler Conservação Ltda., que presta serviços terceirizados à União. Ele está com o seu contrato em vigor, mas não recebeu o ticket refeição dos últimos doze meses, o que alcança o valor de R$ 2.400,00 (R$ 200,00 em cada mês). Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Em razão dessa irregularidade, estimulada pela ausência de fiscalização por parte da União, Antônio pretende cobrar o ticket por meio de reclamação trabalhista contra a empregadora e o tomador dos serviços, objetivando garantir deste a responsabilidade subsidiária, na forma da Súmula 331 do TST. Diante da hipótese, assinale a afirmativa correta. A) A ação deverá seguir o procedimento ordinário, vez que há litisconsórcio passivo, sendo, em razão disso, obrigatório o rito comum. B) A ação deverá seguir o procedimento sumaríssimo, uma vez que o valor do pedido é inferior a 40 salários mínimos. C) A ação tramitará pelo rito ordinário porque um dos réus é ente público. D) O autor poderá optar pelo procedimento que lhe seja mais vantajoso. Comentário: Artigo 852 – A parágrafo único da CLT: mesmo que o valor da ação seja acima de 2 salários mínimos e até 40 salários mínimos, se a administração pública for parte no processo, o procedimento será o ordinário. Alternativa correta: C QUESTÃO 6 Julgado dissídio coletivo entre uma categoria profissional e a patronal, em que foram concedidas algumas vantagens econômicas à categoria dos empregados, estas não foram cumpridas de imediato pela empresa Alfa Ltda.. Diante disso, o sindicato profissional decidiu ajuizar ação de cumprimento em face da empresa. Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta. A) Deverá aguardar o trânsito em julgado da decisão, para ajuizar a referida ação. B) Poderá ajuizar a ação, pois o trânsito em julgado da sentença normativa é dispensável. C) Não juntada a certidão de trânsito em julgado da sentença normativa, o feito será extinto sem resolução de mérito. D) Incabível a ação de cumprimento, no caso. Comentário: Súmula 246 TST: É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento. Alternativa correta: B Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com QUESTÃO 7 O Desembargador Relator de um recurso ordinário, ao verificar que a matéria posta em debate já era sumulada pelo TRT do qual é integrante, resolveu julgar, monocraticamente, o recurso. Diante do caso e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. A) A atitude está equivocada, pois, na Justiça do Trabalho, não cabe julgamento monocrático pelo TRT. B) O julgamento monocrático está correto e dessa decisão não caberá recurso, com o objetivo de abreviar o trânsito em julgado. C) É possível o uso subsidiário do Art. 557 do CPC, de modo que a decisão monocrática é válida na hipótese, e caberá recurso contra a decisão. D) A única possibilidade de julgamento monocrático válido é aquele feito pelo TST. Comentário: Uso subsidiário do CPC, em seu de Artigo 557:O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Alternativa correta: C QUESTÃO 8 Jairo requereu adicional de periculosidade em ação trabalhista movida em face de seu empregador. A gratuidade de justiça foi deferida e o perito realizou o laudo para receber ao final da demanda, tudo nos termos e nas limitações de valores fixados pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Contudo, não foi constatada atividade em situação que ensejasse o pagamento do adicional pretendido. Diante disso, assinale a afirmativa correta. A) A União fica responsável pelo pagamento dos honorários periciais. B) Como Jairo é beneficiário da gratuidade de justiça, está isento do pagamento de custas; logo, não poderá custear os honorários do perito, que ficam dispensados. C) A parte ré fica responsável pelo custeio da perícia, face à inversão do ônus da prova pela hipossuficiência do empregado. D) Jairo deverá custear os honorários parceladamente ou compensá-los com o que vier a receber no restante da demanda. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Comentário: Art. 790-B, CLT: A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. Alternativa correta: A QUESTÃO 9 No momento em que a sociedade empresária estava fazendo o recolhimento do preparo relativo ao recurso de revista que iria interpor em face de um acórdão, houve um lapso do departamento financeiro e o depósito recursal foi feito com uma diferença a menor, de R$ 5,00, o que somente foi verificado após o término do prazo. Diante da situação retratada e de acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. A) A diferença é ínfima e deve ser desprezada, não prejudicando a apreciação imediata do recurso. B) Apesar de pequena, a diferença existe, cabendo, então, ao Ministro Relator, no TST, intimar a parte à complementação do preparo, sob pena de deserção. C) O recurso não será conhecido por deserto, mesmo que a diferença seja de pequeno valor. D) Não havendo nenhuma disciplina a respeito, caberá a cada magistrado, valendo-se do seu poder diretivo do processo, determinar o que deve ser feito. Comentário: O preparo é o pagamento das despesas relacionadas ao recurso. Estas despesas incluem as custas, o porte de remessa e retorno dos autos e as despesas postais. A falta de preparo ocasiona a deserção do recurso, ou seja, o abandono ao recurso intentado. Por isso, deve-se prestar bastante atenção quando da interposição de um recurso, para não torná-lo deserto por falta do preparo. Alternativa correta: C XVII Exame da Ordem QUESTÃO 10 Brenda aufere um salário mínimo e meio e ajuizou reclamação trabalhista contra o empregador, postulando diversas verbas que entende fazer jus. Na petição inicial, não houve requerimento de gratuidade de justiça nem declaração de miserabilidade jurídica. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com O pedido foi julgado improcedente, mas, na sentença, o juiz concedeu, de ofício, a gratuidade de justiça. Diante da situação e do comando legal, assinale a afirmativa correta. A) Houve julgamento extra petita no tocante à gratuidade, atraindo a nulidade do julgado, já que isso não foi requerido na petição inicial. B) A Lei é omissa a respeito, daí porque o juiz, invocando o princípio da proteção, poderia conceder espontaneamente a gratuidade de justiça. C) A sociedade empresária poderia recorrer para ver reformada a sentença, no tocante à concessão espontânea da gratuidade de justiça, tratando-se de julgamento ultra petita. D) O juiz agiu dentro do padrão legal, pois é possível a concessão da gratuidade de justiça de ofício, desde que presentes os requisitos legais, como era o caso. Comentário: Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Alternativa correta: D QUESTÃO 11 A papelaria Monte Fino Ltda. foi condenada numa reclamação trabalhista movida pelo ex-empregado Sérgio Silva. Uma das parcelas reivindicadas e deferidas foi o 13º salário, que a msociedade empresária insistia haver pago, mas não tinha o recibo em mãos porque houve um assalto na sociedade empresária, quando os bandidos levaram o cofre, as matérias- primas e todos os arquivos com a contabilidade e os documentos da sociedade empresária. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com Recuperados os arquivos pela polícia, agora, no momento do recurso, a Monte Fino Ltda. pretende juntar o recibo provando o pagamento, inclusive porque a sentença nada mencionou acerca da possível dedução de valores pagos sob o mesmo título. De acordo com o caso apresentado e o entendimento jurisprudencial consolidado, assinale a afirmativa correta. A) É possível a juntada do documento no caso concreto, porque provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação. B) O momento de apresentação da prova documental já se esgotou, não sendo possível fazê-lo em sede de recurso. C) Pelo princípio da primazia da realidade, qualquer documento pode ser apresentado com sucesso em qualquer grau de jurisdição, inclusive na fase de execução, independentemente de justificativa. D) Há preclusão, e o juiz não pode aceitar a produção da prova em razão do princípio da proteção, pois isso diminuiria a condenação. Comentário: Sum. 8 TST: A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. Alternativa correta: A QUESTÃO 12 A sociedade empresária Beta S.A. teve a falência decretada durante a tramitação de uma reclamação trabalhista, fato devidamente informado ao juízo. Depois de julgado procedente em parte o pedido de diferenças de horas extras e de parcelas recisórias, nenhuma das partes recorreu da sentença, que transitou em julgado dessa forma. Teve, então, início a execução, com a apresentação dos cálculos pelo autor e posterior homologação pelo juiz. Diante da situação, assinale a afirmativa correta. A) Há equívoco, pois, a partir da decretação da falência, a ação trabalhista passa a ser da competência do juízo falimentar, que deve proferir a sentença. B) O pagamento do valor homologado deverá ser feito no juízo da falência, que é universal. C) A execução será feita diretamente na Justiça do Trabalho, porque o título executivo foi criado pelo Juiz do Trabalho. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com D) Essa é a única hipótese de competência concorrente, ou seja, poderá ser executado tanto na Justiça do Trabalho quanto na Justiça comum. Comentário: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipótesede decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Alternativa correta: B QUESTÃO 13 No bojo de uma execução trabalhista, a sociedade empresária executada apresentou uma exceção de pré-executividade, alegando não ter sido citada para a fase de conhecimento. Em razão disso, requereu a nulidade de todo o processo, desde a citação inicial. O juiz conferiu vista à parte contrária para manifestação e, em seguida, determinou a conclusão dos autos. Após analisar as razões da parte e as provas produzidas, convenceu- se de que a alegação da sociedade empresária era correta e, assim, anulou todo o feito desde o início. Diante desse quadro, assinale a afirmativa correta. A) Contra essa decisão caberá agravo de petição. B) Trata-se de decisão interlocutória e, portanto, não passível de recurso imediato. C) Caberá a interposição de recurso ordinário. D) Caberá a interposição de agravo de instrumento. Comentário: Em regra, o agravo de petição será interposto em face das decisões definitivas ou terminativas proferidas em processo de execução trabalhista, como na decisão que julga eventuais embargos à execução ou embargos de terceiros, ou ainda extingue, total ou parcialmente, a execução. Alternativa correta: A Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com XVIII Exame da Ordem QUESTÃO 14 A empresa XPTO Ltda., necessitando dispensar empregado estável, ajuizou inquérito para apuração de falta grave em face de seu empregado. No dia da audiência, a empresa apresentou seis testemunhas, protestando pela oitiva de todas. O empregado apresentou três testemunhas, afirmando ser este o limite na Justiça do Trabalho. Assinale a alternativa que mostra qual advogado agiu da forma determinada na CLT. A) O advogado da empresa agiu corretamente, pois trata-se de inquérito para apuração de falta grave. B) O juiz determinou que a empresa dispensasse três das seis testemunhas, pois é necessário o equilíbrio com a outra parte. Logo, ambos os advogados agiram corretamente, levando o número de testemunhas que entendiam cabível. C) O advogado do empregado está correto, pois o limite de testemunhas para o processo de rito ordinário é de três para cada parte. D) Os dois advogados se equivocaram, pois o limite legal é de três por processo no rito ordinário, sendo as testemunhas do juízo. Comentário: Por se tratar de ação de inquérito para apuração de falta grave, temos até 6 (seis) testemunhas para cada parte, conforme art. 821 da CLT. Assim, está correto o Advogado da empresa. “Art. 821 – Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis)”. Alternativa correta: A QUESTÃO 15 Em ação trabalhista, a parte ré recebeu a notificação da sentença em um sábado. Assinale a opção que, de acordo com a CLT, indica o dia a partir do qual se iniciará a contagem do prazo recursal. A) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo deverá ser iniciada na terça-feira, se forem dias úteis. Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com B) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo também deverá ser iniciada na própria segundafeira, se dia útil. C) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada na terça-feira, se dia útil. D) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada na segunda-feira, se dia útil. Comentário: Súmula nº 262, I do TST: “I – Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente”. Alternativa correta: A QUESTÃO 16 Marcos ajuizou reclamação trabalhista em face de sua exempregadora, a sociedade empresária Cardinal Roupas Ltda., afirmando ter sofrido acidente do trabalho (doença profissional). Em razão disso, requereu indenização por danos material e moral. Foi determinada a realização de perícia, que concluiu pela ausência de nexo causal entre o problema sofrido e as condições ambientais. Na audiência de instrução, foram ouvidas cinco testemunhas e colhidos os depoimentos pessoais. Com base na prova oral, o juiz se convenceu de que havia o nexo causal e os demais requisitos para a responsabilidade civil, pelo que deferiu o pedido. Diante da situação retratada, e em relação aos honorários periciais, assinale a afirmativa correta. A) O trabalhador sucumbiu no objeto da perícia feita pelo expert, de modo que pagará os honorários. B) Uma vez que a perícia não identificou o nexo causal, mas o juiz, sim, os honorários serão rateados entre as partes. C) A empresa pagará os honorários, pois foi sucumbente na pretensão objeto da perícia. D) Não havendo disposição a respeito, ficará a critério do juiz, com liberdade, determinar quem pagará os honorários. Comentário: “Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita”. Alternativa correta: C Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com QUESTÃO 17 Em sede de reclamação trabalhista sob o rito sumaríssimo, as testemunhas do autor não compareceram à audiência, apesar de convidadas verbalmente por ele. Na audiência, nada foi comprovado acerca da alegação do convite às testemunhas. Diante disso, assinale a afirmativa correta. A) A audiência deverá prosseguir, pois não cabe a intimação das testemunhas, uma vez que não foi comprovado o convite a elas. B) As testemunhas deverão ser intimadas porque a busca da verdade real é um princípio que deve sempre prevalecer. C) As testemunhas deverão ser conduzidas coercitivamente, porque não se admite que descumpram seu dever de cidadania. D) O feito deverá ser adiado para novo comparecimento espontâneo das testemunhas. Comentário: art. 852-H, §3º da CLT: “§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva”. Alternativa correta: A QUESTÃO 18 Na qualidade de advogado de Mauro, você ajuizou reclamação trabalhista no local da prestação de serviços do empregado. Entretanto, o advogado da empresa ré, na audiência, apresentou exceção de incompetência em razão do lugar. Diante disso, à luz da CLT, A) o autor-exceto terá 24 horas improrrogáveis para se manifestar. B) o juiz julgará independentemente da manifestação da parte contrária, pois não há previsão para tanto em razão do princípio da celeridade. C) o autor-exceto terá prazo de 48 horas para manifestação. D) o autor-exceto poderá se manifestar até a sessão de julgamento da exceção de incompetência. Comentário: “Art. 800 – Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir”. Alternativa correta: A
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