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01/06/16 1 Amálgama Dental Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora Amálgama • Definição popular: materiais das restaurações prateadas(escuras). em baixa estética Ribeiro et al., 2002 Definição • Amálgama – Liga de metal em que o mercúrio constitui um dos elementos • ADA – Ligas constituídas essencialmente de prata e estanho • Cobre, paládio e zinco podem estar presentes, em menor proporção 3 Amálgama VANTAGENS DESVANTAGENS Adaptabilidade às paredes cavitárias Falta de resistência nas bordas(pequena espessura) Resistência aos esforços mastigatórios Cor antiestética Insolubilidade no meio bucal Fácil contaminação durante a manipulação Escultura fácil e imediata Fácil manipulação Ribeiro et al., 2002 Definição Amalgamação Formação de ligas unindo metais em estado sólido ao mercúrio, que é líquido à temperatura ambiente 5 Braga, 2009. Introdução • Grande experiência clínica • Facilidade de manipulação • Menor infiltração marginal • Menor sensibilidade técnica • Boa resistência ao desgaste • Baixo custo 6 Sucesso clínico Ampla utilização 01/06/16 2 Introdução • Últimos anos à decréscimo no uso – Estética deficiente – Uso controverso do mercúrio – Ausência de adesão à estrutura dental 7 Composição das ligas • Prata (Ag) – Componente principal – 40 a 70% – Oferece maior resistência à compressão e corrosão • Estanho (Sn) – 12 a 30% – Maior escoamento – Menor expansão de presa – Maior corrosão 8 Braga, 2009. Composição das ligas • Cobre (Cu) – 6 a 30% – Maior resistência e dureza – Menor corrosão • Zinco (Zn) – 0 a 1% – Menor corrosão (anti-oxidante) – Expansão tardia 9 Braga, 2009. Ligas para amálgama Ligas para amálgama: • Fatores que influenciam o desempenho clínico das restaurações: Ø Adequação do paciente; Ø Correto preparo da cavidade; Ø Tipo de liga. Classificação: • Ligas de baixo teor de Cobre (convencionais); • Ligas enriquecidas com Cobre (alto teor de Cobre, não gama 2, gama 2 reduzida, baixo creep) 01/06/16 3 Histórico • 1826 – Introdução na Odontologia • 1896 – Liga de amálgama dental recomendada por Black – 65% prata – 29% estanho – 6% cobre 13 Histórico • 1963 – Innes e Youdelis desenvolveram a primeira liga rica em cobre (não observava a especificação da ADA) 14 Liga de fase dispersa (maior resistência à compressão e melhor desempenho clínico) Histórico • Mahler et al., 1972: melhor comportamento da fase dispersa. Por quê? Eliminação da fase gama 2 (fase de cristalização menos resistente e mais susceptível à corrosão) POR ISSO... Classificação em relação ao formato das partículas: • Ligas convencionais • Ligas com alto teor de Cobre v Partículas irregulares (limalhas) v Partículas esféricas v Partículas esféricas ou esferoidais v Partículas da mistura (limalha e esferoidais) Limalhas: • Irregulares • Oferecem maior resistência à condensação 01/06/16 4 Esféricas: • Regulares • Oferecem pequena resistência à condensação à condensadores maiores e pequena pressão • Exigem menos mercúrio • Superfícies mais lisas após polimento De mistura: • Obtidas por mistura de limalha e partículas esféricas • Proporção da mistura variada • Mais comum: 2/3 de limalha + 1/3 de esférica • Melhor controle das características de condensação e conteúdo de cobre Principais características... TEOR DE FASE GAMA 2 a. Ligas convencionais • Reação de cristalização – Complexa e parcialmente compreendida – Representação simplificada Ag3Sn + Hg (liga) 23 Ag3Sn (γ – gama) + Ag3Hg4 (γ1 – gama 1) + Sn8Hg (γs – gama 2) è Braga, 2009. a. Ligas convencionais 24 01/06/16 5 a. Ligas convencionais Apresentação comercial • Pó (vidros ou cápsulas) 25 Braga, 2009. a. Ligas convencionais Apresentação comercial • Comprimidos 26 Braga, 2009. b. Ligas ricas em cobre 27 Ligas de fase dispersa Ligas de fase única Mista Esférica b.Ligas ricas em cobre Representação simplificada da reação Ag-Sn-Cu + Hg (liga) 28 è Ag-‐Sn-‐Cu (γ – gama) + Ag3Hg4 (γ1 – gama 1) + Cu6Sn5 (η – eta) b.1.Ligas de fase dispersa • Obtidas por mistura de limalha e partículas esféricas • Proporção da mistura variada – Mais comum: 2/3 de limalha + 1/3 de esférica • Melhor controle das características de condensação e conteúdo de cobre 29 30 Braga, 2009. 01/06/16 6 b.2.Ligas de fase única • Ligas esféricas com alto conteúdo de cobre • Também denominadas ligas ternárias 31 Braga, 2009. RESISTÊNCIA À CORROSÃO Resistência à corrosão: • A corrosão é evidenciada através: Ø Textura superficial; Ø Fraturas marginais; Ø Descoloração das estruturas dentais. Ligas ricas em cobre • Menor corrosão • Menor fratura marginal • Baixo creep 34 Braga, 2009. Expansão mercuroscópica Braga, 2009. Sn8 Hg Sn8 Hg Braga, 2009. 01/06/16 7 Sn8 Hg Sn8 Hg Cl O2 O2 Cl Braga, 2009. Hg Hg SnCl SnO2 SnO2 SnCl Braga, 2009. Hg Hg Hg Hg Braga, 2009. Hg Hg Hg Hg Braga, 2009. O que é creep? A deformação progressiva do amálgama sob constante aplicação de força compressiva após sua completa cristalização ao longo do tempo. 01/06/16 8 Creep: • “A taxa de creep mostra a correlação com a deterioração marginal dos amálgamas tradicionais de baixo teor de Cobre, isto é, quanto mais alto é o creep, maior é o grau de deterioração marginal.Todavia para os amálgamas com alto teor de Cobre, o creep não é necessariamente um bom preditor de fratura marginal.” Anusavice, 2005. Escoamento ou creep • Alteração dimensional gradual sob carga – Deformação – Perda da integridade marginal • Ocorre após a cristalização do amálgama (7 dias) • Especificação da ADA: menor que 3% – Alto teor de cobre: 0,15 a 0,44% 44 PROPRIEDADES MECÂNICAS DESEMPENHO CLÍNICO Desempenho clínico: • Ligas com alto teor de Cobre: melhor desempenho, com índice de degradação tardio (6 meses após) CARACTERÍSTICAS MANIPULATIVAS 01/06/16 9 Ligas com partículas irregulares: • Necessitam de mais Hg para amalgamação; • Amálgamas obtidos: condensabilidade de compactação positiva; • Características “granulosas” Ligas com partículas esféricas ou esferoidais: • Necessitam de menos Hg; • Menor resistência à condensação (pastosas); • Fáceis de esculpir (macias). Propriedades das ligas de amálgama • Alterações dimensionais • Resistência • Escoamento • Corrosão 51 Alterações dimensionais • Idealmente, o amálgama não deve contrair nem expandir – Contração à microinfiltração – Expansão à sensibilidade e extrusão • Especificação da ADA – Máximo de 20µm/cm 52 Alterações dimensionais • Na reação, ocorre contração inicial e posterior expansão, dependendo: – Composição da liga – Quantidade de mercúrio na mistura – Pressão de trituração 53 > γ1 e η (choque entre cristais) à > expansão Resistência • Capacidade de resistir às forças mastigatórias sem fraturar-se • Aumenta progressivamente até 24h • Especificação da ADA – Mínimo 80MPa em 1h • Dependente da qualidade da trituração e condensação 54 01/06/16 10 Corrosão • Reação química do amálgama com oxigênio e cloro da saliva – Enfraquecimento da restauração – Maior risco de fratura – Descoloração – Aspereza superficial – Menor microinfiltração 55 Corrosão Vantagem Os produtos da corrosão (óxido de estanho) produzidos na interface dente-restauração (autosselamento da restauração) 56 Retenção ao dente • Ausência de união química (adesão) • Retenção friccional com as paredes cavitárias • Necessidade de retenções adicionais, em algumas situações 57 Retenção ao dente 58 Insucessos Preparo cavitário incorreto Manipulação inadequada do material Indicações • Classe I • Classe II • “Classe V” – Dente com grampo para PPR – Isolamento dificultado 59 Indicações • Dentes posteriores amplamente destruídos – Dentes que não podem receber restauração indireta • Substituição de restaurações deficientes quando estética não é relevante 60 01/06/16 11 Vantagens • Resistência ao desgaste – Próxima à da estrutura dental – 5µm/ano • Experiência clínica – Bom comportamento a longo prazo 61 Vantagens • Facilidade de manipulação – Adequado ponto de contato – Menos sensível à umidade que materiais adesivos • Custo – Menor que o das restaurações adesivas e indiretas 62 Desvantagens • Estética desfavorável • Ausência de união à estrutura dental 63 Desvantagens • Presença do mercúrio – Questionamento sobre problemas sistêmicos nos pacientes – Questão ambiental – Inconveniência da manipulação 64 Contaminação pela umidade • Manifestações clínicas – Maior corrosão – Menor resistência – Expansão tardia ou extrusão do amálgama – Maior porosidade – Formação de pequenas bolhas – Dor pós operatória 65 Braga, 2009. Valamento • Deterioração das margens da restauração – Cáries secundárias (espessura > 50µm) • Causas mais comuns – Preparo cavitário impróprio – Acabamento inadequado – Excesso de mercúrio no proporcionamento 66 Braga, 2009. 01/06/16 12 Valamento 67 Braga, 2009. Efeitos do mercúrio • Exige cuidados especiais de manuseio devido à toxicidade • Hidrargirismo (Mercurialismo Crônico) – Intoxicação pelo mercúrio por exposição a níveis acima do normal – Sintomas: cefaléia, tremor e fadiga – Vias de contaminação: respiratória, cutânea e oral 68 Braga, 2009. Cuidados com o mercúrio Recomendações da ADA • Armazenar em recipientes inquebráveis e fechados • Recolher imediatamente se derramado • Não tocá-lo • Trabalhar sobre superfícies com bordos • Recolher todos os resíduos em água • Trabalhar em ambiente arejado 69 Braga, 2009. Cuidados com o mercúrio Recomendações da ADA • Evitar tapetes e carpetes • Evitar o emprego de anti-sépticos à base de mercúrio • Evitar seu aquecimento ou do amálgama no polimento • Empregar jato de água e sugador para remoção de restaurações de amálgama 70 Braga, 2009. Cuidados com o mercúrio Recomendações da ADA • Realizar anualmente determinação de níveis de mercúrio no pessoal empregado nos consultórios • Fazer determinação periódica do nível de vapor de mercúrio nos consultórios • Alertar às pessoas envolvidas em sua manipulação sobre perigos da intoxicação 71 Braga, 2009. TÁTICA OPERATÓRIA 01/06/16 13 Amálgama TÁTICA OPERATÓRIA: manipulação OU Amalgamadores Manual: gral e pistilo Amálgama TÁTICA OPERATÓRIA: inserção na cavidade Porta amálgama Condensadores NÃO ESQUECER DO ISOLAMENTO ABSOLUTO!!! Amálgama TÁTICA OPERATÓRIA: escultura e brunidura Discóide e cleóide(esculpidores) Esculpidor Hollemback e brunidor Amálgama TÁTICA OPERATÓRIA: acabamento Brocas multilaminadas Escovas de Robinson Pastas para acabamento Amálgama TÁTICA OPERATÓRIA: polimento Escovas de Robinson Pasta do polimento
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