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Amálgama Dentária: Vantagens, Desvantagens e Composição

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Principais Vantagens: 
 Relatos clínicos de sucesso longitudinal extremamente satisfatório; 
 Sua técnica de execução é mais tolerante as dificuldades clínicas, do 
que as restaurações adesivas; 
 Tempo de execução menor; 
 Melhores relações entre custo, simplicidade da técnica e sucesso 
clínico. 
Principais Desvantagens: 
 Não combina com a estrutura dental, devido ao seu aspecto metálico; 
 Não aceita uma abordagem minimamente invasiva; 
 Não ajuda a reforçar a estrutura dental enfraquecida; 
 Sujeito à corrosão, ação galvânica e defeitos marginais; 
 Descarte no lixo líquido. 
Convenção de Minamata: 
 Firmada em Kumamoto, em 10 de outubro de 2013; 
 República Federativa do Brasil: Decreto n° 9.470, de 14 d agosto de 
2018; 
 Diminuir ou parar de produzir o mercúrio. 
Declínio na Utilização do Amálgama: 
 Crescente valorização da estética; 
 Declínio na prevalência de cárie dentária; 
 Filosofia minimamente invasiva; 
 Suspeita quanto aos possíveis efeitos adversos do mercúrio. 
Composição: 
Amálgama 
 Formada pela mistura de mercúrio líquido com partículas sólidas de uma 
liga contendo prata, estanho e cobre, além de outros elementos, entre 
os quais se destaca o zinco; 
 A prata é o constituinte principal e se associa ao estanho na forma de 
composto intermediário, comumente descrito como fase γ, ou seja, a 
prata + estanho forma o composto intermediário gama (γ); 
 O índio e o paládio não são componentes obrigatórios. 
Propriedades dos Componentes da Liga: 
 Prata (Ag): 
 
 Aumenta a resistência da restauração (dureza); 
 Resistência à deformação (diminuição do escoamento do amálgama sob 
ação de cargas mecânicas); 
 Resistência à corrosão; 
 Aumento da expansão de presa (ruim). 
 Cobre (Cu): 
 
 Aumenta a dureza; 
 Aumenta a resistência mecânica; 
 Reduz o escoamento e a corrosão; 
 Ligas convencionais ou com baixo teor de cobre: até 6% de cobre; 
 Ligas com alto teor de cobre: > 6% até 30% de cobre. 
 Zinco (Zn): 
 
 Foi adicionada a liga depois (+ 0,01%); 
 Desoxidante – previne o envelhecimento da liga; 
 Melhora o desempenho clínico pela menor incidência de fratura de 
margens, ajudando na integridade marginal; 
 Cuidado maior com contaminação com água ou saliva, por causa da 
expansão tardia/creep. 
Classificação das Ligas para Amálgama: 
 Tamanho e forma das partículas da liga: 
 
 Partículas irregulares ou usinadas (limalha) – devido à irregularidade 
não se consegue adicionar muito material na composição da liga; 
 Partículas esféricas – se consegue adicionar mais material, porém elas 
absorvem mais mercúrio; 
 Misturar as partículas. 
 Conteúdo de zinco: 
 
 Ligas com zinco = + 0,01%; 
 Ligas sem zinco = - 0,01%. 
 Conteúdo de cobre: 
 
 Ligas convencionais ou com baixo teor de cobre = < 6% 
 Ligas com alto teor de cobre = > 6% até 30%. 
 Ligas de composição única: Um tipo de partículas e um tipo de teor de 
cobre; 
 Ligas de fase dispersa: Pode ter dois tipos de partículas e dois tipos de 
teor de cobre dentro da liga. 
Reação Química: 
 Ligas convencionais ou com baixo teor de cobre: 
 
 O cobre não participa da reação, mas está presente na composição da 
liga; 
 Durante a sua reação de presa tem a formação indesejável de γ2, um 
composto intermediário que tem muita susceptibilidade a corrosão, baixa 
resistência e aumento do creep ou escoamento (deformação sob 
pressão); 
 Reação: Gama (prata + estanho) mais o mercúrio dá origem a γ, γ1 e γ2 
como produtos da reação; 
 Gama 2 é a pior fase intermediária. 
 Ligas com alto teor de cobre: 
 
 Foi adicionado mais cobre para que ele participasse da reação de presa; 
 Na reação tem a presença do eutético, que é a prata + cobre; 
 Reação: Gama (prata + estanho) mais eutético (prata + cobre) mais o 
mercúrio dá origem γ, γ1 e γ2 na primeira reação. Logo dá origem a 
segunda reação, onde o eutético reagirá com γ2, lhe consumindo por 
inteiro e dando origem a γ1 como produto final da reação; 
 Fase única: Um tipo de partícula e um tipo de teor e cobre; 
 Fase dispersa: Dois tipos de partículas com baixo e alto teor de cobre; 
 Recomenda-se utilizar ligas com alto teor de cobre, por proporcionar os 
melhores resultados clínicos, devido a eliminação da fase γ2. 
Mecanismo de União: 
 É o embricamento mecânico; 
 Necessita de preparo com caixas autorretentivas ou retenções 
adicionais, além de uma manipulação correta. 
Propriedades: 
1. Plasticidade e tempo de trabalho: 
 
 Permitir o contato íntimo entre o material e as paredes cavitárias. 
 
2. Resistência à compressão: 
 
 A compressão após 1h é bem inferior do que após 24h e 7 dias (deve-se 
instruir o paciente, caso a liga seja a convencional, a mastigar do outro 
lado); 
 Ligas com alto teor de cobre possuem resistência já nas primeiras horas; 
 Devido à cristalização tardia, o polimento e acabamento devem ser 
realizados posteriormente. 
 
3. Resistência mecânica: 
 
 Após a realização da restauração de amálgama, a resistência é de 
apenas 6% do que será em uma semana; 
 Liga com alto teor de cobre, 1h depois, já possui resistência muito alta. 
 
4. Resistência à tração: 
 
 O amálgama possui baixa resistência à tração; 
 Exige preparos cavitários que minimizem este tipo de esforço, com 
espessura mínima de 2mm; 
 É um material muito mais frágil sob tração e flexão do que sob 
compressão. 
5. Creep ou escoamento: 
 
 Sob pressão o material sólido sofre deformação plástica, seja pela 
contaminação quando se tem zinco ou pelo baixo teor de cobre. 
 
6. Módulo de elasticidade: 
 
 Refere-se ao quanto de tensão ele suporta até deformar; 
 Semelhante ao módulo de elasticidade do esmalte; 
 Ligas com alto teor de cobre tendem a ser mais rígidas, devido a dureza 
maior; 
 Não é resiliente. 
 
7. Alteração dimensional: 
 
 Ele se expande nas primeiras 24h e vai cristalizando aos poucos; 
 Tem-se o selamento hermético da cavidade. 
 
8. Expansão tardia: 
 Associação do zinco + água + saliva. 
 
9. Resistência à corrosão: 
 
 Alto selamento, quando realizado o polimento adequadamente e 
periodicamente; 
 Corrosão excessiva deixa o material poroso, e isso aumenta a aderência 
de biofilme; 
 Corrosão na interface dente restauração – produtos insolúveis da 
corrosão vão selando a interface dente restauração favorecendo o 
selamento; 
 Corrosão na superfície externa da restauração causa perda gradativa da 
massa da restauração, e consequentemente enfraquece a mesma. 
 
10. Manchamento: 
 
 Liberação de íons metálicos na dentina; 
 ‘‘Tatuagem’’. 
 
11. Remoção de películas de óxidos: 
 
 Trituração: 8 a 10 segundos; 
 Subtrituração: manipular de menos – aparência fosca e granulosa, 
restauração mecanicamente fraca e superficie rugosa; 
 Supertrituração: manipular demais – aparência pastosa e não sai da 
cápsula, com propriedades mecânicas fracas. 
 
12. Efeitos do conteúdo de mercúrio: 
 
 Baixo conteúdo de mercúrio: produz uma superficie rugosa e porosa, 
que estimula a corrosão; 
 Alto conteúdo de mercúrio: produz uma redução acentuada da 
resistência. 
 
13. Condutibilidade térmica: 
 
 Correntes elétricas; 
 Uso de vernizes cavitárias para evitar o galvanismo, pois eles selam a 
embocadura dos túbulos dentinários.

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