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Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC)

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Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC)
Beatriz Ferreira Silva Antunes
Fabianne Tais Oliveira
Helen Gonçalves dos Santos
Thatiany Santos de Amorin
 O TOC é classificado como um transtorno de ansiedade pela quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- IV), suas principais características são obsessões e/ou compulsões suficientemente graves para causar repercussão psíquica marcante, consumo considerável de tempo (mais de uma hora por dia) e/ou interferência significativa na rotina habitual do individuo. 
Característica 
As pessoas são dominadas por pensamentos repetitivos e persistentes que geram medo ou sensação de desconforto muito grande. Esses pensamentos desagradáveis as obrigam a repetir determinados rituais para aliviar a ansiedade. Essa é a principal característica do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Não existe um prazer nas compulsões mas um jeito de aliviar a ansiedade.
É mais frequente do que
se acredita, sendo o quarto
lugar no que diz respeito 
à frequência entre os trans-
tornos mentais.
3
Obsessões: +
Ideias correspondentes e persistentes, pensamentos, impulsos ou imagens que são experimentadas, pelo menos inicialmente, como intrusivas e irracionais.
A pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos ou impulsos ou neutralizá-los por meio de algum outro pensamento ou ação.
A pessoa reconhece que sua obsessões são produtos de sua mente, não impostas por outros.
 Principais obsessões são medo de contaminação, dúvidas patológicas e preocupações com o físico; necessidade de simetria e precisão de ordem: agressividade ou obsessão sexual e obsessões múltiplas.
Diagnóstico (DSM-IV)
4
Compulsões: -
Comportamentos intencionais, repetitivos que são desenvolvidos em relação a uma obsessão, ou de acordo com certas regras ou de forma estereotipada.
O comportamento visa neutralizar ou prevenir desconfortos ou alguma situação ou eventos trágicos, entretanto esta atividade não guarda uma conexão racional com o evento que pretende neutralizar ou prevenir, ou é notadamente excessivo.
A pessoa reconhece que seu comportamento é excessivo ou irracional (isto pode não ser verificado ou em pessoa cujas obsessões se tornam ideias hipervalorizadas).
 Principais compulsões são verificação, lavagens, contagem, necessidade de perguntar ou conferir, rituais de previsão e simétricos, guardar ou colecionar e compulsões múltiplas.
Dificuldades no Diagnóstico 
Os indivíduos costumam guardar segredo sobre seus sintomas, devido a uma baixa conscientização da doença.
De acordo com as estatística os sintomas obsessivos surgem inicialmente aos 14,5 anos.
Com uma consulta com um profissional pela primeira vez 10 anos mais tarde, aos 24 anos. Além do mais, em decorrência da dificuldade diagnóstica devido à presença habitual de patologia co-mórbida, frequentemente são diagnosticadas de forma incorreta, retardando mais de 6 anos o diagnóstico correto.
Os estudos são indicativos de que existe uma média de 17 anos desde o inicio da doença (14,5 anos) até que seja obtido um tratamento adequado (31,5 anos ).
Muitos profissionais da saúde não possuem treinamento para tratamento adequado deste transtorno.
8
 Kaplan delimita quatro padrões sistemáticos principais de Transtorno Obsessivo Compulsivo pela ordem decrescente de frequência. Essa ordem de frequência pode ser constatada na prática clínica cotidiana: 
Obsessão de contaminação, seguida de banhos, ou de higiene das mãos, ou atitudes mais esdrúxulos. O objetivo temido é difícil de evitar, como o pensamento sobre urina, fezes, contaminação microbiana, feriadas, doenças, sujeiras em geral e a compulsão envolve banhos e limpeza.
 A obsessão da dúvida seguida da compulsão para verificação é o segundo tipo mais encontrado. A obsessão de ter negligenciados a prevenção do perigo, como por exemplo, ter deixado o gás aberto, o ferro de passar ligado, etc. determina complicados mecanismo de verificação e reverificação, obrigando o paciente a voltar várias vezes ao mesmo local.
3. Em terceiro lugar vem os pensamentos obsessivos meramente invasivos de temática extremamente variável; pensamentos libidinosos e obscenos dirigidos à objetos de veneração e respeito(santos, mãe, crianças, filhos), agressões que o indivíduo considera condenável. Por ter consciência destes pérfidos pensamentos habitando o seu psiquismo, a ansiedade experimentada chega a ser insuportável.
4. A lentidão obsessiva ou pensamentos persistentes de criteriosa meticulosidade na execução das atividades corriqueiras transformando cada atividade cotidiana numa verdadeira liturgia de perfeição e ordem. As coisas têm que ser feitas assim ou assado e, na dúvida de terem saído imperfeitos são meticulosamente repetidos. As tarefas do dia-a-dia tornam-se demasiadamente morosas e de realização complexa e cansativa. 
10
Esses pacientes são geralmente educados com meios rígidos, nos quais são reforçados os comportamentos tais como limpeza, a ordem e os valores morais.
O aspecto religioso parece ser importante na manifestação do transtorno, visto ter sido assinalado o fato de ter sido educado em um ambiente de elevada carga religiosa é predisponente a sofrer obsessões de origem religiosa, sexual ou agressiva. 
Características especificas da cultura
O pacientes com TOC, muitas vezes, apresentam associação significativa com depressão, sendo esta também sua complicação mais frequente.
Observa-se coexistência do TOC em casos de pacientes portadores de transtornos afetivo bipolar.
Apresenta uma série de características comuns a outros transtornos de ansiedade, fobia, esquizofrenia ou até de ordem neurológica como Encefalite, Epilepsia, Demências, Doença de la Tourette, etc.
Transtorno Associados
Em geral, aceita-se que o TOC compromete de forma igual homens e mulheres. Em crianças e adolescentes, foi encontrado um predomínio importante do sexo masculino, fato pelo qual é dedutivo que a idade de inicio do transtorno seria mais para os meninos do que para as meninas.
Existe um predomínio importante de pacientes solteiros, pessoas com conflitos conjugais, divorciados, separados e desempregados.
A doença apresenta-se com mais frequência nos primogênitos ou em filhos únicos, é maior também nos familiares de 1º grau(3 a 7%) de portadores de TOC. 
Costuma ter inicio na adolescência ou no inicio da idade adulta (cerca de 20 anos).
Dois terço dos casos demonstram quadro clínico em atividades antes dos 20 anos e somente cerca de 15% após os 35 anos.
Idade e Gênero
Pesquisas indicam que o funcionamento anormal do gânglios de base estaria envolvido na presença de sintomas do transtorno.
Alterações no processamento da informação.
Alteração dos mecanismo da excitação – inibição centrais.
Lobos temporais, que incluem as 
Regiões pré-frontal e órbito-frontal.
Alterações bioquímicas, principal-
mente relacionadas com o sistema 
serotoninérgicos. 
Aspectos Biológicos 
Depressão:
Os pacientes com TOC tendem a sofrer por temores e dúvidas sobre o futuro, enquanto os pacientes com depressão primária possuem tendência a estarem preocupados pelo passado.
Os pacientes obsessivos admitem 
 que as suas obsessões não são 
 baseadas na realidade, enquanto 
 os pacientes com depressão 
 primária relacionam sua 
 preocupações com a realidade.
Diagnóstico Diferencial 
15
Fobia:
As fobias se relacionam a situações ou objetos
desencadeadores de ansiedade
que são externos à pessoa.
Nas obsessões, os estímulos 
que geram ansiedade são prove-
nientes do mundo interno.
Além disso, os conteúdos 
obsessivos são vivenciados, 
geralmente, como absurdos e es-
tranhos à realidade, e o fóbicos,
embora desproporcionais, como
coerentes com a realidade.
As evidências fenomenológicas e epidemiológicas são indicativas de que o TOC é qualitativamente diferente da personalidade obsessiva. Os pacientes portadores de TOC apresentam sintomas egodistônicos(que se impõe contra a vontade) , enquanto os traços de personalidade são egossintônicos (valorizado pela pessoa), e não incluem a sensação de compulsão contra aquela que se está lutando . 
A personalidade obsessiva não é necessária nem suficiente para o desenvolvimento dos sintomas do TOC.
Transtorno Obsessivo Compulsivo da Personalidade
Escala de Sintomas Obsessivo Compulsivo de Yale-Brown (YBOCS): sua utilidade reside na abrangência de sintomas e na exatidão da avaliação da gravidade destes. Foi desenvolvida para documentar a especificidade de mudanças ao longo do tratamento. Uma desvantagem pode ser o tempo necessário para a aplicação da escala, uma vez que os portadores de TOC relutam em descrever seus sintomas.
Inventário de Obsessões de Leyton que mede o número de sintomas obsessivo compulsivos com respostas positivas ou negativas do tipo “sim/não”, assim como o grau de resistência aos sintomas e o grau de interferência destes em relação às atividades diárias, por meio de respostas ponderadas
Psicometria
Escalas de Avaliação Global: Utilizada tanto em populações adultas com em pediátricas, esta escala mede de uma forma global a gravidade da sintomatologia obsessivo compulsiva, não importando o conteúdo desses sintomas. Os escores variam de 1 (sintomas mínimos) a 15 (sintomas completamente incapacitantes) refletindo a gravidade do estado clínico do paciente. Escores baixos (1-3) estão dentro de uma variação “normal’, acima de 6 refletem comportamento obsessivo compulsivo clinicamente significativo. 
Os objetivos do tratamento são a redução dos sintomas alvos e o aprendizado de estratégias para lidar com obsessões e premências compulsivas no futuro.
O tratamento começa com a construção de uma lista contendo as situações ansiogênicas em hierarquias que permitam o manejo da ansiedade por aproximação gradual. O uso de um diário elaborado pelo paciente, incluindo a situação e a duração das obsessões e dos rituais, é muito útil nessa fase.
Abordagem Cognitivo -Comportamental 
As estratégias que demonstraram ser mais eficazes são as técnicas de exposição e de prevenção de respostas.
Exposição: é baseada no fato de que a ansiedade diminui quando o indivíduo é submetido a um contato suficientemente prolongado com o estímulo que gera o temor. O objetivo seria obter a redução do mal-estar associados ao estímulo, mediante a convivência com o mesmo. Desta forma, aos indivíduos com obsessões de contaminação, pede-se aos mesmos que estejam em contato com objetos “infectados” (p. ex., dinheiro), até que desapareça sua ansiedade. As técnicas de exposição vão desde a dessensiblização sistemática com exposição breve imaginada, até a inundação, na qual a exposição prolongada ao estímulo que na vida real desencadeia a conduta ritual, venha ocasionar grande mal-estar.
Prevenção de respostas: técnica necessária para que a exposição torne-se eficaz. Consiste em manter os pacientes frente ao estímulo temido (p.ex., sujeira), sem que lavem as mãos excessivamente, ou tolerando o banho (está fechado o gás?) sem que possam comprovar excessivamente. 
Outras: parada do pensamento, saciedade (evocação do pensamento básico de maneira prolongada, prevenindo o ritual cognitivo, caso exista), intenção paradoxal (exagerar e provocar a ruminação, tentando romper o círculo vicioso de ansiedade que mantém o sintomas).
As técnicas de exposição tornam-se mais eficazes para reduzir a ansiedade e a obsessividade, enquanto a prevenção de resposta torna-se de maior utilidade para diminuição das condutas compulsivas.
A terapia cognitiva ajuda na tomada de consciência sobre as crenças incorretas, nas quais estão baseadas nas observações, fato pelo qual é possível aproveitar melhor a exposição e a prevenção de resposta.
A terapia mais indicada é a terapia cognitivo-comportamental em alguns casos são beneficiados por psicoterapias de apoio, quando existe uma presença de características de simbolismo tem se o apoio da Psicanálise . 
Tratamento Farmacológico
As medicações mais comumente utilizadas para o tratamento do TOC são os inibidores da recaptação da serotonina (IRSs), que são fármacos que aumentam a concentração de serotonina em nível cerebral. Os fármacos utilizados mais frequentemente são: Clomipramina, fluvoxamina, fluoxetina, paroxetina e sertralina. 
A Clomipramina é um IRS não- seletivo, visto que atinge outros neurotransmissores, além da serotonina. Para o restante, utiliza-se denominação de seletivos (ISRSs), porque afetam primariamente somente a serotonina. 
Esse fato acarreta que a Clomipramina possua maiores efeitos secundários do que os ISRSs, fato pelo qual estes fármacos costumam ser utilizados inicialmente por serem melhor tolerados.
De Medeiros , Roberta. Comportamento Obsessivo. Revista Psique, São Paulo, ed. 85, ano VII, pp.24-30.
Rangé, Bernard. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. : Artmed.2011.
Boronat Faus, Gustavo. TOC -Transtorno Obsessivo Compulsivo: 100 perguntas mais frequentes. Médicos S.A, EDIMSA, Espanha, 2005.
R. Asbahr, Fernando. Escalas de Avaliação de transtorno obsessivo-compulsivo na infância e adolescência. São Paulo,Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol25/n6/ansi256f.htm. Acesso em: 23.08.2013.
Ballone GJ- Transtornos Obsessivo Compulsivo- in . PsiqWeb internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=80. Acesso em: 14.08.2013
Referências Bibliografia

Outros materiais