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1.Da Organização do Estado

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Da Organização do Estado
Da organização político-administrativa (art. 18 e 19 da CF/88)
A República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito federal e os Municípios. O legislador constituinte declara que todos são autônomos, nos termos da Constituição Federal
Da Organização do Estado
A federação brasileira compõem-se de comunidades jurídicas parciais, que são autônomas, porém a União é dotada de soberania e não de simples autonomia
Formas de Estado
Estados Simples
Chama-se Estado Simples, aqueles em que existe uma só soberania em uma determinada Nação. Pode ser de dois tipos
Estado Unitário
Estado federal (Federação)
Estados Compostos
Confederação
Comunidade de nações
Formas de Estado
Estado Unitário
Quando suceder que a uma nação corresponda uma só soberania na ordem interna e na ordem internacional, chamamos a essa organização política de Estado Unitário, pois só existe um Estado e uma autoridade máxima na nação. É o caso da Itália, nação em que existem várias províncias e regiões, mas um só Estado: o Estado italiano
A França também é um estado unitário, dividido em departamentos
Formas de Estado
Estado federal (Federação)
Federalismos (aspectos históricos)
Confederação das tribos de Israel (sec. XIII a.c.)
As ligas da antiga Grécia
Federalismos (aspectos históricos)
Confederação Helvética (Cantões suíços); resistiu até 1815; foi aperfeiçoada e desde então é a confederação suíça
Federalismo Norte-americano – formado inicialmente pelas 13 Colônias (1776); artigos que regulamentavam a confederação datam de 1777; havia apenas uma Assembléia; não havia executivo e judiciário; não ficou estabelecido um governo central
Convenção de Filadélfia – 1787 (promulgados os 17 artigos da Constituição)
Argumentos pró-federalista: A. Hamilton, J. Madison, J. Jay: visavam demonstrar o progresso e a estabilidade que traria para os Estados norte-americanos; proteger a União contra facções; 
Argumentos anti-federalistas: defendiam o poder popular; associavam o governo á tirania; para eles o republicanismo só seria viável em uma sociedade pequena
Características básicas do estado federal
Soberania e autonomia
Existência de uma Constituição federal
Repartição de competências previstas constitucionalmente (predominância do interesse)
Participação dos Estados-membros na vontade federal (Senado; partidos políticos nacionais)
Inexistência de Direito de secessão 
O Papel da Suprema Corte e a Intervenção federal
Tipos de Federalismo
Federalismo por agregação e federalismo por segregação
 Federalismo dual – repartição de competências mais equânime entre a União e os Estados;
Federalismo Cooperativo – decorre da necessidade da promoção do desenvolvimento econômicos; a União tem forte participação nas implementação de políticas no âmbitos dos Estados e municípios (Princípio da Subsidiariedade)
Federalismo Regional 
Preocupação inicial do presidente Epitácio Pessoa (1919-1922)
A CF/88 inovou no federalismo de Cooperação
Distribuição de receitas federais aos estados e Municípios (discriminação da rendas pelo produto)
Estimular a produtividade em regiões subdesenvolvidas
Defesa do federalismo regional: as fronteiras econômicas dos Estados não se confundem com as fronteiras políticas
Federalismo no Brasil
Origens do Federalismo - O Ideal federalista remonta ao Brasil Colônia, mas só se tornou realidade com a primeira República
Independência (1822): Constituição de 1824 - centralização administrativa;
Conselhos das províncias;
O Poder Central nomeava o juiz e o promotor público
1831 – pressão liberal: Monarquia federativa e Constitucional
Federalismo na República
Constituição Republicana de 1891
Realizado o sonho republicano e federativo; confirmou o federalismo dual; exacerbado centralismo; descaso com a autonomia municipal; prefeitos eleitos pelos governadores
Aproximação maior com o federalismo argentino e mexicano: centralizador
Década de 1920: crescimento da burguesia; aumento da população; pressão contra o setor cafeeiro que gerou o modelo da política dos governadores;
Movimento tenentista; reforma de 1926: maior intervenção do governo central nos estados
A crise federalista aí instalada persiste até os nossos dias;
Revolução de 1930: populismo de Vargas
Federalismo na República
Constituição de 1934
Pressão sobre Vargas: inspiração social-democrática alemã
Instituição dos sindicatos;
Criação dos Monopólios da União
Centralização mais ampla
Discriminação dos impostos federais, estaduais e municipais
Reconhecimento da autonomia municipal
Representação sindical para a Câmara dos Deputados
Federalismo na República
Constituição de 1937
Ameaças comunistas justificaram o golpe de estado
Extinção da autonomia municipal
Excessiva centralização – O Estado Federal foi praticamente transformado em Estado Unitário
Federalismo na República
Constituição de 1946
Redemocratização
Foi considerada a Constituição mais municipalista
Federalismo na República
Constituições de Período Militar
Federalismo na República
Constituição de 1988
Repartição de competências decorrente do federalismo da CF/88:
Competência Gerald da União (art. 21 da CF/88): exercício do poder soberano do Estado federal
Competência Legislativa privativa da união (arts. 22 e 48 da CF/88); possibilidade de delegação de competência privativa
Competência relativa aos poderes reservados dos Estados (art. 25): competências remanescentes ou residuais; mas existem competências expressas aos estados (§ § 2º e 3º do art. 25 da CF/88) – gás canalizado e criação de regiões metropolitanas
Competência Tributária – (art. 155 da CF/88) (v. art. 145 da CF/88)
Competência Comum material da União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios (art. 23 da CF/88)
Competência legislativa concorrente (art. 24 da CF/88)
Competência dos Municípios (arts. 29 e 30 da CF/88)
Princípios que visam assegurar a Federação na Constituição Federal
1.Os cidadãos dos diversos Estados-membros aderentes à Federação devem possui nacionalidade única dessa;
2.Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-membros, Distrito federal e Município;
3.Necessidade de que cada ente federativo possua uma esfera de competência tributária que lhe garanta renda própria;
4.Poder de auto-organização dos Estados-membros, Distrito federal e municípios, atribuindo-lhes autonomia constitucional
5.Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção federal, para manutenção do equilíbrio federativo;
6.Participação dos Estados no Poder Legislativo Federal, de forma a permitir-se a ingerência de sua vontade na formação legislativa federal
7.possibilidade de criação de novo Estado ou modificação territorial de Estado existente dependendo da aquiescência da população do Estado afetado;
8.Existência de um órgão de cúpula do Poder Judiciário para interpretação e proteção da Constituição federal
Da Organização do Estado
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Da Organização do Estado
Capital Federal 
Art. 18, § 1º - O constituinte de 1988 não mais definiu Distrito federal como a Capital do país; O DF é o ente federativo que engloba Brasília Capital Federal
Brasília tem como função de Capital da União,Capital Federal e Capital do Brasil como entidade de direito internacional 
Da Organização do Estado
Territórios – art. 18 , § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Da Organização do Estado
Formação de Estados
Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada,
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Da Organização do Estado
Formação de Municípios
Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996
Da Organização do Estado
Vedações Constitucionais de natureza federativa
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
A União
A União é entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros e municípios, constituindo-se pessoa jurídica de Direito Público interno, cabendo-lhe exercer as atribuições da soberania do Estado brasileiro
A UNIÃO não se confunde com o Estado Federal – este é pessoa jurídica de direito internacional público e formado pelo conjunto de União, Estados-membros, DF e Municípios
A União
 Bens da União (art. 20 da CF/88)
Bens da União (art. 20 da CF/88):
1. as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
2. os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com ouros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e praias fluviais;
3. as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II, da Constituição Federal (as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estivem no domínio do Estado
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
4. os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva.
5. o mar territorial
A lei 8617/93 define
Mar territorial – o mar territorial compreende uma faixa de 12 milhas (uma milha corresponde a 1852) marítimas de largura , medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como indicado nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Brasil
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
Zona contígua – A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das 12 milhas às 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. Na zona contígua, O Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização para evitar infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de migração ou sanitária; reprimir infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar territorial
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
Zona Econômica Exclusiva – a zona econômica exclusiva compreende uma faixa que se estende das 12 às 200 milhas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.
O Brasil pode explorar economicamente tal região marítima; deve exercer sua Soberania para fins de conservação e gestão
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
Plataforma continental – a plataforma continental compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
6. os terrenos de marinha e seus acrescidos - Os terrenos da União são identificados a partir da média das marés altas do ano de 1831, tomando como referência o estado da costa brasileira naquele ano.
Com base na média de marés altas e baixas foi traçada uma linha imaginária que corta a costa brasileira. A partir dessa linha, no sentido do litoral brasileiro, todo terreno que estiver a 33 metros da preamar média será considerado da União.
A União 
Bens da União (art. 20 da CF/88)
7. os potenciais de energia hidráulica
8. os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
9. as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos
10. as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. O § 1º do art. 231 da CF/88 define as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são as que são por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
A União 
Participação dos Estados, DF e municípios no resultado da exploração de petróleo e gás natural e demais recursos minerais no respectivo território
Faixa de fronteira
Criação das regiões de desenvolvimento pela União (art. 43 da CF/88)

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