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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE COLEGIADO DE ENFERMAGEM Disciplina: Prática de clínica Docente: Roseanne Montargil Discentes: Joaquim Guimarães e Thaynara Oliveira Estudo de Caso Clínico Caso clínico: V.A.S., 63 anos, negro, casado, trabalhador rural, analfabeto, residente de Itapitanga, deu entrada no Pronto Socorro do HBLEM dia cinco de dezembro apresentando dor abdominal difusa intensa, presente já há alguns dias, e inchaço. Anteriormente, já havia sido diagnosticado com hipertensão e miocardiopatia dilatada. Anamnese: Identificação: Nome: V.M.S Sexo: Masculino Idade: 63 anos Cor: Negra Estado civil: Casado Leito: B13 Profissão: Trabalhador rural Procedência: Itapitanga Grau de instrução: Analfabeto Fonte de dados: Esposa Diagnóstico médico: Insuficiência cardíaca, pancreatite, insuficiência renal. Anamnese: Queixa principal: Dor abdominal intensa e inchaço. História da doença atual: A dor abdominal estava presente há alguns dias. Progressivamente a dor piorou e inchaço apareceu. Fora as medicações que o paciente já fazia uso por causa dos diagnóstico previamente apresentados, nada foi usado. Anamnese: Antecedentes patológicos: Não tem cartão de vacina, sem alergias conhecidas à drogas ou alimentos, não fuma, alcoolista nos fins de semana durante anos, mas parou de beber há cerca de 2 meses. História medicamentosa: Usa há cerca de dois anos com algumas trocas: Carvedilol, Furosemida, Omeprazol, Monocordil, Aldactone. Anamnese: Antecedentes fisiológicos: Nascido em Itapitanga, tem 4 filhos, casou-se só uma vez, atividade sexual presente. Antecedente familiares: Mãe e duas irmãs falecidas apresentavam diabetes e cardiopatia dilatada. Anamnese: Hábitos de Vida: Mora em casa de tijolo queimado com 5 cômodos, água encanada e energia elétrica. Alimentação gordurosa e rica em açúcar. Tomava banhos de rios na juventude. Apresenta insônia noturna e por isso dorme em curtos período durante o dia. FISIOPATOLOGIA MIOCARDIOPATIA DILATADA FISIOPATOLOGIA HIPERTENSÃO É o aumento permanente da pressão diastólica ou sistólica acima dos níveis considerados normais. Fatores de risco relacionados ao paciente: Obesidade, Ingestão de álcool, alimentação gordurosa, trabalho cansativo; Complicação da hipertensão: Hipertrofia do ventrículo esquerdo P.A= D.C x RVP D.C = FC x VS FISIOPATOLOGIA HIPERTENSÃO A regulação da pressão arterial se dá por: Mecanismos Nervosos (controle rápido) II) Mecanismos humorais ( longo prazo) EXAMES LABORATORIAIS Avaliações Valoresencontrados Padrãode normalidade 05/12 07/12 Hemoglobina 11,7 -- 13 a 16 g/dL Dosagem de Gama G.T 193 U/L -- Homem: Até 55 U/L Leucometria global 4.900 mm3 -- 5000 a 10.000 mm3 Uréia 199 mg/ dL 280 mg/dL 15a 39 mg/dL Creatinina 3,2 mg/dL 4,5 mg/dL Homem: 0,9 – 1,3 mg/dL Amilase -- 251,00 U/L Menor que 90 U/L TGO 376,00 U/L -- Até 40U/L TGP 785, 00 U/L -- Até 41 U/L ICC Hipertensão e cardiomiopatia dilatada podem causar ICC. Sinais e sintomas do paciente relacionados a patologia: EDEMA; DISPNÉIA; HIPOTENSÃO; ASCITE; A IC é uma síndrome clínica definida pela disfunção cardíaca que causa suprimento sanguíneo inadequado para as demandas metabólicas dos tecidos ( Ramires, 1988). Insuficiência Renal A IR pode ser consequência da hipertensão e da IC; Sinais e sintomas do paciente relacionados a patologia: AVALIAÇÕES VALORES ENCONTRADOS REFERENCIA 05/07 07/07 Uréia 199 mg/ dL 280 mg/dL 15a 39 mg/dL Creatinina 3,2 mg/dL 4,5 mg/dL Homem: 0,9 – 1,3 mg/dL Amilase -- 251,00 U/L Menor que 90 U/L Hemoglobina 11,7 -- 13 a 16 g/dL Define-se insuficiência renal quando os rins não são capazes de remover os produtos de degradação metabólica do corpo ou de realizar as funções reguladoras (Ribeiro et all, 2008). Pancreatite Pancreatite é a inflamação no pâncreas. O alcoolismo é um dos fatores de risco; Sinais e sintomas do paciente relacionados a patologia: Dor abdominal Os cálculos ocluem o ducto biliar que liga o pâncreas a vesícula. Os cálculos biliares são a causa mais comum da pancreatite aguda. As enzimas digestivas, ativadas começam a causar lesão . AVALIAÇÕES VALORES ENCONTRADOS REFERENCIA 05/07 07/07 Amilase -- 251,00 U/L Menor que 90 U/L TGO 376,00 U/L -- Até 40U/L DosagemGG.T 193 U/L -- Homem: Até 55 U/L SSVV – FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA SSVV- PULSO SSVV – PRESSÃO ARTERIAL DIAS PressãoArterial Manhã Tarde Noite 05/12 90x50 90x50 80x50 06/12 126x97 90x60 80x60 07/12 100x60 130x70 140x90 08/12 90x80 120x90 120x80 09/12 take 90x60 take 10/12 110x70 take take 17 SSVV – TEMPERATURA* EXAME FÍSICO Fonte: Google Imagens DIAS EXAME FÍSICO 05/12/2015PS Consciente,calmo, verbalizando, deambulando com dificuldade, mucosas oftálmicas normocrômicas, algia abdominal intensa, abdome globoso e distendido e dolor a palpação , quadro deemese,dispnéico MMII edemaciados. 06/12/2015PS Consciente,calmo, verbalizando, deambulando com dificuldade,mucosas oftálmicas normocrômicas, abdome globoso e distendido e dolor a palpação, dispnéia noturna. 07/12/2015 Consciente,calmo, verbalizando, deambulando com dificuldade, mucosas oftálmicas normocrômicas, abdome globoso, distendido e dolor a palpação, dispnéico.Eliminações intestinais ausentes há cinco dias.A noite melhora da dispnéia. 08/12/2015 Consciente,calmo, verbalizando, deambulando com dificuldade, mucosas oftálmicas normocrômicas ,bulhas cardíacas inaudíveisabdome globoso e distendido e dolor a palpação , eliminações vesicais presentes,eliminações intestinais ausentes há seis dias. 09/12/2015 Consciente,calmo, verbalizando, deambulando com dificuldade, mucosas oftálmicas normocrômicas, abdome globoso e distendido e dolor a palpação , eliminações vesicais presentes. 10/12/2015 Confuso,inquieto,verbalizando,não deambulando, mucosas oftálmicas normocrômicas,bulhas cardíacas inaudíveis, presença de sons broncovesiculares, dispnéico ,respiração rápida e superficial, abdome globoso, distendido e dolor a palpação,ruídos hidroaéreos diminuídos,porção inferior dos MMII escurecidos , pés desidratados,edema generalizado, eliminações intestinais ausentes há oito dias. EM USO: Fonte: Google Imagens DIAS Manhã Tarde Noite 05/12 SNGnão produtiva; SVF produtiva – sem controle; Mascara com reservatório de O2; 06/12 SNG poucoprodutiva; SVF produtiva – 800ml; Mascara com reservatório de O2; SNG poucoprodutiva; SVF produtiva – sem controle; Mascara com reservatório de O2 ; SNG poucoprodutiva; SVF pouco produtiva ; Mascara com reservatório de O2; 07/12 SNG poucoprodutiva; SVF pouco produtiva–500 ml; Mascara com reservatório de O2 ; Transferido para enfermaria; Oxigenoterapia por cânula nasal; 08/12 --- --- --- 09/12 --- Oxigenoterapia por cânula nasal 2l/ min; Oxigenoterapia por cânula nasal 2l/ min; SNG produtiva – 300 ml; Sondapara controle de diurese – desprezados 700 ml; 10/12 Oxigenoterapia por cânula nasal 5l/ min; SNG produtiva – 290 ml; Sondapara controle de diurese – desprezados 300 ml; MEDICAÇÃO BUSCOPAN Principioativo BultibrometodeEscopolamina Uso Antiespamódicoindicado para o tratamento de desconfortos e dores de cólicas abdominais. Mecanismode ação Cuidados MEDICAÇÃO ANTAK Principioativo Ranitidina Uso Antiulceroso, tratamento de ulceras duodenal, gástrica e pós-operatória. Mecanismode ação Age antagonizando a ação da histamina. Inibe a secreção basal de ácido gástrico, reduzindo tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e de pepsina da secreção. Cuidados MEDICAÇÃO LASIX Principioativo Furosemida Uso Indicado para hipertensão arterial leve a moderada, edema devido distúrbios cardíacos, hepáticos e renais, edema devido a queimaduras. Mecanismode ação A furosemida age inibindo o transportador Na-K-2Cl na alça de Henle, e em menor grau nos túbulos contornados proximal e distal. Tal inibição impede a reabsorção de sódio e cloro, o que causa diminuição da pressão osmótica no sentido da reabsorção de água, a qual é então excretada em maior quantidade. Cuidados MEDICAÇÃO ALDACTONE Principioativo Espirolactona Uso Indicado para o tratamento da hipertensão essencial; distúrbios edematosos, tais como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndromenefrótica Mecanismode ação Antagonista específico da aldosterona, atuando no local de troca de íons sódio-potássio dependente de aldosterona. Causando aumento das quantidades de sódio e água a serem excretados, enquanto o potássio é retido. Cuidados Distúrbios gástricos,genecosmastia, alterações menstruais MEDICAÇÃO LUFTAL Principioativo Dimeticona Uso É utilizado para diminuir os gases do aparelhodigestórioe aliviar a dor e o desconforto abdominal. Mecanismode ação Reduz a tensão superficial das bolhas de ar presentes no trato gastrointestinal, permitindo que as mesmas se desfaçam ou que ajudem na formação uma grande massa de ar a qual é expelida facilmente por meio de flatos. Cuidados Causaeczema de contato MEDICAÇÃO MONOCORDIL Principioativo MononitratoIsorssobida Uso Mecanismode ação Doador de óxido nítrico (Metabólito ativo) que vai atuar no endotélio vascular (arterial < venosa) causando relaxamento. Cuidados MEDICAÇÃO SOROS SoroRingerLactado Reposição de fluídos extracelulares; reposição de eletrólitos perdidos . Soro Glicosado A glicose é uma fonte de energia que é facilmente absorvido pelas células, é usado como nutriente energético. PLANO DE CUIDADOS Fonte: Google Imagens Problemas Cuidados Aprazamento Dor abdominal Avaliar grau da dor usando escala de 0 a 10; 6 em 6hrs; Dispnéia Monitorar dispnéia; Elevar cabeceira do leito para45°; Administraroxigenoterapia por cânula nasal 5 a 10l/min; 6 em6 horas; Edema generalizado Medir circunferência doabdome, tornozelos e panturrilha; Realizar balanço hídrico; Monitorar gotejamento do soro; Antes do desjejum; Não deambula Realizar banho noleito; Promover mudança de decúbito para evitar úlcera; Pela manhã; 4 em 4 hrs; Problemas Cuidados Aprazamento Uso de SNG aberta Monitorar drenagem da sondaquanto a quantidade; Monitorarperveidadeda sonda; Lavar a sonda em caso de obstrução; 8 em 8 hrs; 8 em 8 hrs; Acesso venoso em MSD Trocar acesso; Monitorar funcionamentodo acesso; A cada 72 hrs; 8 em 8 hrs; Sondapara controle de diurese; Monitorar drenagem da sondaquanto a quantidade e coloração da diurese; 8 em 8 hrs; Problemas Cuidados Aprazamento Constipação há cerca de oito dias Solicitar nutrição uma alimentação fibrosa ou um suco de mamão; Comunicar médico em caso de permanência do quadro; Pés desidratados; Hidratar pés com hidratante ou óleo de girassol; Orientaracompanhante quanto a hidratação dos pés; Após banho no leito; Agitação Conter comatadura nas mãos e pés; Monitorar contenção quanto ao risco de lesão de pele, a firmeza da contenção; Após banho no leito; 8 em 8 horas; Confusão mental Monitorar estadoneurológico por escala de Glasgow; 8 em 8 horas; Referências Potter, Patricia Ann. Fundamentos de enfermagem / Patricia A. Potter, Anne Griffi n Perry ; [tradução de Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. BRUNNER, LS; SUDDARTH, DS. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 8ª ed. v.1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. VALLE, LBS et cols. Farmacologia integrada. v. 2. Rio de Janeiro: Atheneu, 1991. Ribeiro RCHM, Oliveira GASA, Ribeiro DF, Bertolin DC, Cesarino CB, Lima LCEQ, Oliveira SM. Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo, Acta Paul Enferm 2008;21(Número Especial):207-11. Pereira Barretto AC, Wajngarten M, Serro-Azul JB et al - Tratamento medicamentoso da insuficiência cardíaca em hospital terciário de São Paulo. Arq Bras Cardiol 1997; 69: 375-9. Guyton AC, Hall JE. Os líquidos corporais e os rins. In: Guyton AC, Hall JE. Fisiologia humana e mecanismo das doenças. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. Barreto ACP, Santello JL. Manual de hipertensão: entre a evidência e a prática clínica. São Paulo: Lemos Editorial; 2002. cap. 9. Barretto & Ramires,Insuficiência cardíaca, Arq Bras Cardiol, volume 71, (nº 4), 1998 Obrigados!