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Aula 11. Hepatites virais

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Revisão
Não são seres vivos
Constituído por no mínimo duas estruturas: genoma e capsídeo
Alguns vírus podem possuir ainda 
uma camada adicional
Genoma
RNA ou DNA
Capsídeo
Estrutura proteica desenvolvida 
para proteger o genoma
Envelope
Membrana lipoproteica 
(dupla camada lipídica 
contendo proteínas). É 
externo ao capsídeo
Revisão
Vírion
Partícula viral completa.
Está fora da célula, mas possui 
a capacidade de infectá-la.
Revisão
Ciclo Lítico Ciclo Lisogênico
HEPATITES 
VIRAIS
Luiza da Gama Osório
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA
HEPATITE “Inflamação do fígado”
Vírus das hepatites
 Tropismo pelo fígado
 Replicação restrita ao hepatócito
Vírus podem infectar o 
fígado e outros órgãos
HEPATITES VIRAIS
Forte resposta imune
“Bata-e-corra”
Rápida infecção aguda
Grande produção de vírions
Excretados nas fezes
“Esconder-e-infiltrar”
Infecção aguda sem 
danos aos hepatócitos
Presente no sangue e líquidos 
sexuais 
Nunca são totalmente eliminados
Hepatite infecciosa Hepatite sérica
Digestório DST
Hepatites virais
Capacidade de regeneração
Sintomas após lesão em 2/3 do 
órgão
HEPATITES
Doenças silenciosas
 havendo ou não sintomas
 Brasil: milhões de assintomáticos
(B ou C)
 Grande importância em Saúde 
Pública
 Pré-natal (achados)
Brasil
 maior número de casos de 
Hepatite A, B, C e D
Ministério da Saúde
Hepatite A
ETIOLOGIA
Picornavirus
 Família: Picornaviridae
 Gênero: Hepatovírus
 Espécie: Hepatitis A virus
PicornavirusPicornavirus
20 a 30 nm
RNA filamento simples
Não envelopado
HVA
Hepatite A
Etiologia
HVA
Esférico icosaédrico
Resistente ao éter, clorofórmio e álcool.
Sobrevive por longos períodos em secreções e outros produtos animais. 
Inativado por UV, formol por 72h, hipoclorito 1% e aquecimento acima de 600C (> 
10min.).
Hepatite A
TRANSMISSÃO
Fecal-oral
Hepatite A
transmissão
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
Hepatite A
Países em desenvolvimento: 90% das crianças até 5 anos de idade
Países desenvolvidos: 20% adultos jovens
Hepatite A
 Período de incubação: 3 a 5 semanas
 Vírus presente nas fezes duas semanas antes do aparecimento 
de sinais clínicos
 Início súbito
 Manifestações clínicas brandas: 
 Febre,
 Anorexia,
 Náuseas e vômitos
 Icterícia: + comum em adultos
 Hepatomegalia – pouco evidente
As manifestações clínicas da 
Hepatite A são mais brandas em 
crianças de pouca idade do que 
em adultos ou crianças maiores 
 Cura após 3 a 5 semanas
 Não cronifica
Em menos de 1% dos casos 
evolui para insuficiência hepática
Hepatite A
Icterícia
Hepatomegalia70 – 80% adultos
5 – 50% crianças
Hepatite A
DIAGNÓSTICO
CONTROLE
TRATAMENTO
Bons hábitos de higiene pessoal e alimentar
Detecção de anticorpos Anti - HAV
Vacina desde 1991
Vírus inativado
Duas doses
Militares
Viagem para zona endêmica
Homossexuais do sexo masculino
Terapia de suporte
Pós infecção
Hepatite E
ETIOLOGIA
 Família: Calciviridae
 Gênero: Calcivirus
 Espécie: Hepatitis E virus
RNA filamento simples
Não envelopado
TRANSMISSÃO
Fecal-oral
 Baixa transmissão pelas fezes
 Baixa transmissão por contato direto
 Principal fonte: reservatórios de água
o Sintomas semelhantes
o Causa apenas o quadro agudo
oHEV
oMortalidade 1%. Gestantes 20%
o Hepatite fulminante
Hepatite E
HEV X HAV
oRara em países desenvolvidos.
oEndêmica: Índia, África e Argentina
oPrimeiro caso agudo no Brasil em 2010
Hepatite B
ETIOLOGIA
 Família: Hepadnaviridae
 Gênero: Orthohepadnavirus
 Espécie: Hepatitis B virus
Estável no ambiente
 -20°C por anos, 30°C por 6 meses
 Inativado: 
 Autoclave
 Hipoclorito Na 0,5% / 10 min.
 98°C / 1min
 Calor seco 160° / 1h
DNA fita dupla circular
Envelopado
Hepadnaviridae
 Ag S, codificando para o polipeptideos HBsAg (Ag de superfície),
 Ag C, codificando para o polipeptideo HBcAg, 
 Ag E, codificando para polipeptideo HBeAg
 Ag "p", codificando para o DNA polimerase
 Ag x que codifica para uma proteína de 154 aminoácios
importante proteína ligada à resposta imunológica do 
hospedeiros contra células hepáticas infectadas.
Hepatite B
Principais Ag do vírus
Hepatite BREPLICAÇÃO VIRAL
Entrada hepatócito
Perda do envelope
Transcrição do genoma RNAm
Liberação por exocitose
RNAm é traduzido em proteína
Hepatite B
TRANSMISSÃO
Secreções corporais
Hepatite B
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
Países em desenvolvimento: maior número de casos em crianças
Países desenvolvidos: adultos jovens
Hepatite B
Descoberta em 1965, é a mais ocorrente das hepatites Pode ser fatal.
Estima-se que 1 / 3 da população mundial tenha sido infectada pelo HBV
e que 250 milhões de pessoas estejam cronicamente infectadas
 90% dos adultos saudáveis: resposta imune elimina a infecção
 10% progride para a infecção crônica
 1% apresenta insuficiência hepática aguda
 90% neonatos sem tratamento evolui para a forma crônica
Portadores crônicos
Cirrose
...
Carcinoma hepato celular
CONTROLE
Não compartilhar objetos de uso pessoal
Hepatite B
Hepatite B
ControleVACINA
SUS em qualquer unidade de saúde de forma gratuita
3 doses
Dose 1 – ao nascimento
gestante
trabalhador da saúde
policial / bombeiro
manicure
doador de sangue
gay / lésbica / travesti / transexual
profissionais do sexo
usuários de drogas
portadores de DST
familiares de doentes
...
Grupo de maior 
vulnerabilidade
 Desde 1981
 Eficácia de 95%
Dose 2 – ao 1º mês
Dose 3 – ao 6º mês
DIAGNÓSTICO
Hepatite B
Detecção de marcadores
-HBs
- HBe
Detecção de Ag
-Anti-HBc
- Anti-Hbe
- Anti HBs
TRATAMENTO Interferon 70% benefícios transitórios
Análogos de nucleosídeos
Lamivudina (3TC)
Aguda
X
Crônica
Hepatite C
ETIOLOGIA
 Família: Flaviviridae
 Gênero: Hepacivirus
 Espécie: Hepatitis C virus
RNA filamento simples linear
Envelopado
Sensível
 Solventes orgânicos e detergentes
 T° de fervura ou a 60°C / 10h
Hepatite C
Existem 6 diferentes genótipos do 
VHC
Coexistir em um mesmo hospedeiro
Dificulta a produção de vacina
Hepatite C
TRANSMISSÃO
Principalmente através do 
sangue
 Relação sexual: raro
 Convívio social: NÃO
 Beijo: NÃO – feridas na boca
 Mãe / feto – 6%
 Periparto
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
Hepatite C
170 milhões de portadores crônicos
3 a 4 milhões de novos casos / ano
Maior ocorrência que HIV
Hepatite C
Hepatite C
CONTROLE
Não existe vacina
Ribavirina + Interferon peguilado
TRATAMENTO
Eficácia global 60%
Dependente do genótipo viral
Varia de 45 a 80%
Hepatite C
DIAGNÓSTICO
A princípio pela detecção de anticorpos
Teste NAT
PCR em tempo real
Tecnologia Nacional
HCV e HIV
Triagem (5 amostras)
Hepatite D
ETIOLOGIA
 Família: Deltaviridae
 Gênero: Deltavirus
RNA filamento simples circular
Envelopado
Hepatite D
TRANSMISSÃO
Necessário co-infecção com HBV
Formas de transmissão = HBV Fluidos corporais
Hepatite D
Infecção simultânea HBV
Infecção posterior HBV
Mesma forma aguda HBV
Fígado afetado
40% fulminanteMaior causa de cirrose
em crianças e adultos jovens
TRATAMENTO
 Hepatite do tipo B
Hepatite D
Distribuição mundial
15 milhões de infectados
Hepatite G Família: Flaviviridae
RNA filamento simples
 Transmissão através do sangue
 0,3% dos casos mundiais de hepatite
 Pode evoluir para infecção persistente em 2% dos casos
 90% dos infectados tornam-se portadores crônicos, porém
podem nunca apresentar doença hepática
 Co-existe em 20 a 30% dos infectados por VHB ou VHC sem
agravar o caso
HEPATITE G
 Descoberto em 1995
HEPATITES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Importância em saúde pública
 Formas de transmissão
 População de risco
 Medidas de prevenção
 Vacina: A e B
Considerações finais
A
B
C
D
E
G
Fecal-oral
A Alimento e água
E Água
Principalmente...
B e D Em geral
C e G Sangue
Secreções
Bibliografia utilizada
Jackelyn G. Black. MICROBIOLOGIA – FUNDAMENTOS E PERSPECTIVAS. Ed. 
Guanabara, 2002
Patrick R. Murray. MICROBIOLOGIA CLÍNICA. Ed. Medsi, 2002
Gwendolyn R. W. Burton e Paul G. Engelkirk. MICROBIOLOGIA PARA AS 
CIÊNCIAS DA SAÚDE. Ed. Guanabara, 2005
Leslie Collier e John Oxford. HUMAN VIROLOGY. Ed. Oxford, 2006
Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case. MICROBIOLOGIA. Ed. 
Artmed, 2012
Patrick R. Murray, Ken S. Rosenthal, Michael A. Pfaller. MICROBIOLOGIA 
MÉDICA. Ed. Elsevier, 2009 
Moseilo Schaechter, N. Cary Engleberg, Barryl I. Eisenstein, Gerald Medoff. 
MICROBIOLOGIA. Ed. Guanabara, 2009
Cedric Mims, Hazel M. Dockrell, Richard V. Goering, Ivan Roitt, Derek Wakelin, 
Mark Zuckerman. MICROBIOLOGIA MÉDICA. Ed. Elsevier, 2005
William A. Strohl, Harriet Rouse, Bruce D. Ficher. MICROBIOLOGIA ILUSTRADA. 
Ed., Artmed, 2004
Afonso Dinis Costa Passos. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS HEPATITES VIRAIS. 
Revista de Medicina de Riberão Preto, 2004
Cristina Targa Ferreira, Themis Reverbel da Silveira. HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS DA
EPIDEMIOLOGIA E DA PREVENÇÃO. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2004
Evanildo da Silveira. NOVO TESTE DETECTA AO MESMO TEMPO VÍRUS DA AIDS E DA 
HEPATITE C EM AMOSTRA DE SANGUE; TRANSFUSÃO SERÁ MAIS SEGURA, DIZ EMPRESA. 
Disponível em: http://www.inovacao.unicamp.br/pipe/report/070514-catg.shtml , 2012 
Bibliografia utilizada
DÚVIDAS?
Luiza da Gama Osório
luizaosorio@yahoo.com
HEPATITES 
VIRAIS

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