Buscar

CONSTRUÇÕES EM ENCOSTAS

Prévia do material em texto

CONSTRUÇÕES EM ENCOSTAS
Objetivo: Permitir o entendimento sobre os principais problemas que ocorrem com as construções mal planejadas em encostas, suas causas e consequências, e as diferenças existentes entre os movimentos de massa, destacando as causas e soluções.
Metodologia: Pesquisa sobre métodos existentes, análise de casos recorrentes e causas comuns.
A ocupação de encostas se dá por meio do crescimento acelerado e desordenado de aglomerados humanos, mas também com a falta de planejamento urbano. As consequências de tais atos apresentam diretamente impactos ambientais, como por exemplo, a modificação no uso e ocupação do solo. 
A alarmante necessidade de maior infraestrutura tem sido requisitada nos grandes centros populacionais. Uma estimativa quase alarmante nesse aspecto é da Organização das Nações Unidas, prevendo que no ano de 2050, serão 5 bilhões de pessoas morando nas cidades, contra os atuais 2,4 bilhões. A previsão é que 80%das populações urbanas viverão em cidades de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
A questão que surge nesse cenário refere-se ao fato da apertura em aumentar a capacidade das cidades suprir a urgência da população. 
PARCELAMENTO DO SOLO - DISPOSIÇÕES
A Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, alterada pela Lei nº 9.785, de 20 de janeiro de 1999, regula o parcelamento do solo, isto é, os loteamentos, que se constituem em um dos mais importantes instrumentos de ordenação do crescimento das cidades brasileiras e que protege o comprador de terrenos urbanos, dos loteamentos clandestinos, os quais trouxeram sérios prejuízos aos municípios e a população. O parcelamento e ocupação do solo podem ocorrer de diversas maneiras, com um maior ou menor impacto ambiental. Devem se considerar as características naturais do meio ambiente, caso contrário ter-se-á gravíssimos problemas nas diferentes porções físicas do meio ambiente, em especial no solo e na água. A subdivisão das áreas não urbanizadas deverá atender as disposições da referida lei, de modo a não permitir o parcelamento do solo em áreas ambientalmente críticas. O melhor projeto de subdivisão de áreas não urbanizadas é aquele cuja distribuição das vias públicas e dos lotes considera: a topografia do terreno e os caminhos naturais de escoamento das águas, a preservação das áreas marginais aos recursos hídricos, à proteção das áreas de valor ecológico, e prevê lotes maiores e com menor ocupação para as áreas ambientais “críticas” De modo a atender ao exposto não será permitido o parcelamento do solo em: 
1) Terrenos alagadiços e sujeitos as inundações, antes de serem tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas.
2) Terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, que não sejam previamente saneados.
3) Terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes.
4) Terreno onde as condições geológicas não aconselham edificação.
5) Área de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis até a sua correção.
A ocupação de encostas é acompanhada pelo desmatamento, alteração no escoamento natural das águas, movimentos de massas, aumento da permeabilidade do solo, fatores de risco que contribuem para o perigo. A melhor forma de controlar a ocupação de encostas é através da definição de densidades populacionais, as quais devem diminuir, à medida que a declividade do terreno cresce. As densidades são alcançadas através da fixação dos tamanhos mínimos dos lotes e da taxa de ocupação permitida para os mesmos. Os regulamentos de controle dos movimentos de terra, de erosão e de drenagem são dispositivos complementares na preservação de encostas.
Quando os fatores de segurança não são considerados ocorrem os deslizamentos, que é um fenômeno comum em áreas de elevação acidentada, pode ocorrem em regiões não habitadas, no entanto é mais comum em terrenos cuja cobertura vegetal foi retirada, que é responsável pela consistência do sol, e, através das raízes, o escoamento da água. 
Figura 1- Área de risco de deslizamento
 Fonte: Brasil escola
No Brasil, este fenômeno é recorrente, pois o fato de ter predominância de clima tropical existe grandes índices pluviométricos no verão, que corresponde ao período chuvoso, com isso as encostas naturalmente seriam locais de risco, uma vez que estão sujeitas ao risco de deslizamentos de terra.
 
Figura 2- deslizamento de terra
Fonte: Brasil escola.
Isto ocorre porque o solo absorve uma parcela da água, no entanto, outra parte se locomove em forma de enxurrada na superfície do terreno, a parte de água que se infiltra no solo se confronta com alguns tipos de rochas impermeáveis, com isso a água não encontra passagem e começa acumular-se em único local, tornando, dessa forma, o solo saturado de umidade que não consegue suportar e se rompe, desencadeando o deslizamento de terras nas encostas até a base dos morros.
 Fonte: Brasil escola.
 Além dos motivos geológicos, as ações humanas intensificam os deslizamentos através da retirada da cobertura vegetal e da ocupação inadequada, oferecendo condições propícias para o desenvolvimento desse fenômeno.
No Brasil, as pessoas que vivem nos centros urbanos e que mais sofrem são as de baixo poder aquisitivo, pois as áreas de risco em que habitam são uma das únicas alternativas para essa classe residir, visto que são lugares de pequeno valor comercial.
Em todos os anos, durante os períodos de chuva, veiculam notícias de enchente e deslizamento em áreas marginalizadas, produzindo prejuízos e mortes em diversas metrópoles brasileiras.
Referências
Deslizamento em encostas. De Freitas, Eduardo. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/deslizamentos-encostas.htm acessado em 07/06/16.
Fonte das imagens:	 http://brasilescola.uol.com.br/geografia/deslizamentos-encostas.htm acessado em 07/06/16.
Ocupação de encostas. Brasil engenharia. Disponível em: http://www.brasilengenharia.com acessado em 07/06/16.
[1] BRASIL - Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. [2] BRASIL - Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999. Altera o Decreto Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941 (Desapropriação por utilidade pública) e as Leis nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Registros públicos) e 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Parcelamento do solo urbano).

Continue navegando