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Inoculação e dessecação da soja

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia
Campus Colorado do Oeste
Inoculação e Dessecação na Cultura da Soja
Por: T.A Ivan Júnior de Oliveira Vian e Marcelo Resende da Silva
Colorado do Oeste
Introdução
Hoje em dia a tecnologia serve de grande ajuda para nós. Na agricultura não é diferente, pois ela já conta com tecnologias muito avançadas. Há muitos anos o homem viu a necessidade de ampliar seu conhecimento, questionando pontos como, reduzir o tempo de colheita de culturas, ter um padrão de uniformidade nos grãos, fazer uma colheita em um local limpo, dentre outros, formam quando surgiram os herbicidas, que são os que controlam ervas em geral, os dessecantes nada mais são do que herbicidas que além de controlar as ervas daninhas para se ter uma colheita no limpo, proporcionam uniformidade nos grãos, e etc.
Os inoculantes são insumos biológicos para a substituição de fertilizantes nitrogenados (a base de nitrogênio), em determinadas culturas. É um material vegetal (turfa) com cultura de bactéria do gênero Rhizobium, com alta concentração celular que fixa o nitrogênio do ar em simbiose com culturas.
Desenvolvimento
Dessecação
 A dessecação é uma técnica usada em muitas partes do mundo, para antecipar a colheita de culturas. No Brasil, é usada para antecipar principalmente a colheita de soja, pois proporciona uma série de vantagens, tais como:
Antecipação, uniformidade e facilidade na colheita;
Redução das perdas na colheita;
Redução de impurezas, proporcionando grãos mais limpos;
Melhor qualidade dos grãos colhidos.
A dessecação é indicada quando a lavoura se encontra com plantas daninhas ainda verdes, no momento da colheita ou quando a cultura apresenta uma maturação não uniforme. É uma técnica que envolve a aplicação de um produto químico para secar uma cultura artificialmente, o qual uma vez aplicado promove à rápida e completa secagem de todas as partes verdes de uma planta. São dois os ingredientes ativos disponíveis, (Paraquat e Diquat), que possuem as características necessárias para poderem ser utilizados em dessecação. O Diquat é especialmente recomendado na dessecação da cultura de soja e das plantas daninhas de folhas largas. Já o Paraquat possui a mesma ação do anterior, sendo, porém, mais eficaz para controlar plantas daninhas de folhas estreitas, consideradas gramíneas. A técnica baseia-se na aplicação de um desses produtos ou mistura de ambos, conforme as espécies de plantas presentes. Este produto é solúvel um água.
Testes efetuados em vários países, inclusive no Brasil, demonstraram que as ceifeiras operam mais rapidamente e que há redução de grãos quebrados, quando a cultura está uniformemente seca (com aplicação ou não de desscante).
Antecipação da colheita: os grãos estão fisiologicamente maduros de dez a quinze dias antes da secagem natural da planta na lavoura, período em que se faz a dessecação (geralmente no estádio R7: início da maturação fisiológica da planta).
Redução nas perdas de colheita: muitas vezes a cultura não se desenvolve uniformemente, devido a condições climáticas desfavoráveis. Em tais condições, a dessecação produz rápida secagem de todas as partes verdes da cultura de soja e das plantas daninhas, permitindo melhor funcionamento e consequentemente melhor eficiência da ceifeira e redução de perdas.
Redução de impurezas: além de causarem redução no preço pago pela soja, as impurezas também aumentam custos de secagem e de limpeza. Na dessecação as impurezas restantes são poucas.
Aumento da qualidade de grãos: I- germinação de sementes: pesquisas realizadas confirmam que a técnica de dessecação não diminui a germinação e que, pelo contrário, usando a dessecação, o poder germinativo é incrementado. Testes conduzidos no Brasil mostraram que a porcentagem de germinação de sementes das plantas não dessecadas foi menor quando comparada com tratadas. Além disso, sementes obtidas de parcelas não tratadas, apresentaram elevado nível de infecção por microrganismos (Aspergillus sp. e Fusarium sp.) e de danos, quando comparadas com as sementes provenientes de parcelas dessecadas.
Fusarium 
sp
.
Aspergillus
 
sp
.
II- grãos mais limpos: a dessecação das partes verdes das plantas daninhas permite produção limpa e uniforme. Devido à dessecação, as sementes imaturas das plantas daninhas não são viáveis e, portanto, não germinam na próxima safra.
III- umidade dos grãos: frequentemente há material verde que entra na colhedora junto com soja, aumentando a umidade dos grãos colhidos. Com a colheita dos grãos mais secos, há menos material estranho entrando nos armazéns, resultando em menor perda de peso. Alguns resultados de ensaios indicam uma perda de peso de mais de 6 % em comparação com a área dessecada.
IV- Cuidados na aplicação: os dessecantes são herbicidas totais (não seletivos) e que agem principalmente através da ação de contato (contato com a planta). É, portanto, importante tomar cuidados para que não ocorra deriva durante a aplicação.
V- Dosagem: geralmente, a dose é de 1 litro de Paraquat + 1 litro de Diquat (com 200 gramas de ingrediente ativo por litro) por hectare. Recomenda-se adicionar um agente umectante (Agral ou outro espalhante não iônico) à calda herbicida, para assegurar que a folhagem seja adequadamente molhada. A desvantagem da dessecação está no uso de produtos químicos, o que pode elevar o custo de produção da lavoura, e causar impacto ambiental.
VI- Época de aplicação: é o ponto mais crítico da dessecação. Aplicações não devem ser realizadas antes que os grãos da cultura estejam fisiologicamente maduros. Na maturação fisiológica, a semente já cessou de acumular foto-assimilados. Nesse estádio, as vagens começam a amarelecer, com 50% das folhas amareladas, normalmente de 10 a 15 dias antes da data prevista para a colheita. A coloração marrom-escura do hilo da semente também indica a maturação fisiológica. A partir desse momento, a dessecação pode ser então iniciada.
VII- Equipamentos de aplicação: para aplicação terrestre, podem ser usados pulverizadores de barra e atomizadores. Quando se usa pulverizadores de barra, deve-se empregar volume de 100 a 200 litros de calda por hectare, dando preferência aos bicos do tipo leque, para assegurar penetração e cobertura. Os jatos de pulverização projetados pelos bicos devem se cruzar acima do alvo. No caso de condições difíceis, como, por exemplo, cultura densa e alta incidência de plantas daninhas, são recomendáveis utilizar menor espaço entre bicos com inclinação de 45 graus para trás. Deve-se trabalhar com baixa pressão, a fim de evitar danos de deriva nas culturas vizinhas. A aplicação também é possível com máquinas tipo atomizador tratorizado. Com este equipamento é importante não usar vazão menor que 20 litros/ha de água, assegurando cobertura da folhagem. São os seguintes os pontos a observar na aplicação de dessecantes:
não aplicar em condições de temperatura elevada e de baixa umidade;
não aplicar quando houver vento com velocidade superior a 8 km/hora;
não aplicar quando não há movimento do ar após um dia de calor, quando a temperatura está em ligeiro declínio, pois nessas condições pode estar ocorrendo inversão térmica e pode haver perda do produto por evaporação ou por deriva.
A técnica de aplicação aérea é recomendada e, também, preferível, quando se trata de grandes áreas (Já que me pequenas áreas pode se perder por deriva). A aplicação deve ser feita usando-se volume de 30 litros/ha de água, com cuidados especiais para evitar deriva. Pode ser utilizado sistema de barra com bicos, os quais com regulagem certa proporcionam resultados eficazes. Grandes áreas já foram tratadas no Brasil usando vazões de 30 litros /ha em faixa útil de 15 metros.
VIII- Planejamento da colheita da cultura: o teor de umidade dos grãos de soja é importante aspecto a ser considerado na colheita da, sendo ideal entre 12 e 18 %. Prejuízos elevados na colheita podem ser esperadosquando a cultura de soja estiver muito seca. Quando o teor de umidade dos grãos de soja for inferior a 12%, os grãos se tornam duros e quebradiços e, portanto, facilmente danificáveis durante a colheita. Os danos mecânicos prejudicam muito a longevidade de sementes. É fundamental programar a colheita para conseguir uma produção de soja de qualidade superior, pois a dessecação permite ao agricultor estender este período da colheita, permitindo, até mesmo, colheita precoce. Assim, a área a ser tratada de uma só vez deve ser em função da capacidade diária das colhedoras disponíveis. A dessecação proporciona, portanto, lavoura com maturação uniforme, produto limpo, colheita facilitada, mais rápida e com menos impurezas.
Inoculação
As fontes de nitrogênio disponíveis para a soja são os fertilizantes nitrogenados e a fixação biológica de nitrogênio (FBN), que no Brasil se constitui na mais viável economicamente e ecologicamente para a cultura (Hungria et al., 2005). A simbiose que ocorre entre as plantas leguminosas e bactérias do gênero Bradyrhizobium (bactérias do grupo rizóbio), que resulta na formação de nódulos nas raízes da soja, possibilita a obtenção de todo o nitrogênio que a cultura necessita para alta produtividade.
Resultados obtidos em todas as regiões onde a soja é cultivada mostram que a aplicação de fertilizantes nitrogenados minerais no plantio ou cobertura, em qualquer estágio de desenvolvimento da planta, em sistemas de plantio direto ou convencional, não aumenta a produtividade da soja. Ao contrário, a aplicação de nitrogênio mineral em quantidade superior a 20 kg ha-1 de N tende a inibir a formação de nódulos nas plantas.
Não se recomenda o uso de fertilizantes nitrogenados minerais para a cultura da soja, pois, além de reduzir a nodulação das plantas, não traz nenhum incremento de produtividade. No entanto, se as fórmulas de adubo contendo nitrogênio que o produtor for utilizar no plantio forem mais econômicas que as fórmulas sem nitrogênio, essas poderão ser utilizadas, desde que não sejam aplicados mais do que 20 kg ha-1 de N.
Qualidade e quantidade de inoculante
Os inoculantes turfosos, líquidos ou outras formulações devem conter uma população mínima de 1 x 108 (100000000) de células por grama ou ml de inoculante, terem eficiência simbiótica comprovada pela RELARE (Rede de Laboratórios Recomendadores de Estirpes) e serem registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A quantidade recomendada para a cultura da soja, é de: 10 a 25% de solução açucarada, 300 a 500 g de inoculante turfoso para cada 50 kg de sementes. Neste estudo, foram testadas cinco doses de inoculante turfoso, 0, 250, 500, 750 e 1.000 gramas. A quantidade de inoculante a ser usado de dado produto comercial deve obrigatoriamente vir impressa na embalagem do produto, de acordo com registro no MAPA.
Cuidados com o inoculante e com a inoculação
Adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e devidamente registrados no MAPA. O número de registro deverá estar impresso na embalagem. Não usar inoculante com o prazo de validade vencido.
Ao adquirir o inoculante, certifique-se que o mesmo estava armazenado em condições satisfatórias de temperatura e arejamento. Transportá-lo e conservá-lo em lugar fresco e bem arejado.
Fazer a inoculação das sementes à sombra e, efetuar a semeadura no mesmo dia, especialmente se as sementes foram tratadas com fungicidas e micronutrientes, mantendo as sementes inoculadas protegidas do sol e calor excessivo.
Como deve ser feita a inoculação
Cada produto comercial deve conter na embalagem a forma de inoculação. Por isso, antes de utilizar o produto é importante o produtor ler a embalagem do inoculante. De forma geral, os inoculantes turfosos podem ser aplicados da seguinte forma: umedecer as sementes com solução açucarada a 10% a 25% ou com produtos adesivos recomendados, sempre na proporção de 300 a 500 ml para cada 50 kg de sementes e fazer uma boa mistura. Evitar o excesso de umedecimento das sementes, pois pode causar danos às mesmas durante o plantio. Logo em seguida, adicionar o inoculante, fazendo novamente uma boa mistura. Todo o processo deve ser feito de preferência na sombra e utilizando máquinas próprias que existem no mercado, betoneiras ou tambores giratórios. No caso de utilização de inoculantes líquidos, fazer a inoculação conforme a recomendação e deixar a semente secar a sombra.
Um método de inoculação que tem sido utilizado para substituir os tradicionais é a aplicação do inoculante por distribuição no sulco de plantio. Para esse método, tem sido recomendada uma dose de inoculante pelo menos seis vezes maior que a dose para inoculação nas sementes (já que parte irá se perder). Já existem equipamentos próprios no mercado para esta aplicação, sendo recomendado o uso de pelo menos 50 l.ha-1 (litros por hectare) da solução água e inoculante. A principal vantagem de utilizar esse método de inoculação é reduzir os efeitos tóxicos do tratamento com fungicidas e micronutrientes na semente.
A opção de aplicar o inoculante na semente ou no sulco de semeadura deve ser avaliada pelo produtor, pois, embora seja uma nova prática recomendável e que tem mostrado benefícios, a inoculação no sulco do plantio aumenta expressivamente os gastos financeiros com o inoculante, pois usa-se uma dose maior. O ideal seria tratar as sementes com fungicidas apenas naquelas situações indispensáveis como, por exemplo, em áreas com histórico de doenças ou utilização de sementes contaminadas. Não havendo a necessidade de se tratar a semente com fungicida, o produtor pode optar seguramente pela inoculação diretamente na semente.
Considerações Finais
Ao longo deste trabalho abordamos os temas, dessecação e inoculação, na cultura da soja, ao qual foram apresentadas algumas vantagens e desvantagens, modo e quantidades de aplicação, dentre outros. De forma generalizada concluímos que ao fazer-se a inoculação das sementes e a dessecação, temos uma garantia de uma boa colheita, se fizermos as outras técnicas de manejo de forma correta também. Para que tudo funcione corretamente deve-se realizar todos os passos de forma correta.
Literatura Consultada
Tratamento de sementes
Disponível em : <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Soja/CultivodeSojanoCerradodeRoraima/tratamentosemente.htm#inoculacao> Acesso em: 03 de abril de 16
Dessecação da soja:
Disponível em: <http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/p_co60.htm> Acesso em: 03 de abril de 16
FBN:
Disponível em:<http://www.anpii.org.br/site/conteudo/artigo/1,0,30+O-papel-da-RELARE-no-cenario-da-fixacao-de-nitrogenio-no-Brasil.html> Acesso em: 03 de abril de 16

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