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Alguns pontos do pensamento social da Igreja Catolica

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1 - Cite os principais pontos do Pensamento Social da Igreja...
	A missão da Igreja é a de anunciar e comunicar a salvação realizada em Jesus Cristo,ou seja, a comunhão com Deus e os homens. A Igreja trabalha para tornar mais humana a família dos homens e a sua história, e a pôr-se como baluarte contra qualquer tentação totalitarista, indicando ao homem a sua vocação ao amor de Deus. A Igreja é, na humanidade e no mundo, o sacramento do amor de Deus e, por isso tem o empenho de libertação e promoção humana.				Ao homem «enquanto inserido na complexa rede de relações das sociedades modernas», a Igreja se dirige com a sua doutrina social. «Perita em humanidade», a Igreja busca compreender o Homem, na sua vocação e nas suas aspirações, nos seus limites e nos seus apuros, nos seus direitos e nas suas tarefas, e a ter para ele uma palavra de vida que ressoe nas vicissitudes históricas e sociais da existência humana. Com o seu ensinamento social a Igreja quer fecundar e fermentar o Evangelho na sociedade.											A doutrina social é parte integrante do ministério de evangelização da Igreja. Daquilo que diz respeito à comunidade dos homens — situações e problemas referentes à justiça, à libertação, ao desenvolvimento, às relações entre os povos, à paz —, pessoal e social do homem.			Para a Igreja, ensinar e difundir a doutrina social pertence à sua missão evangelizadora e faz parte essencial da mensagem cristã, porque essa doutrina propõe as suas consequências diretas na vida da sociedade e enquadra o trabalho diário e as lutas pela justiça no testemunho de Cristo Salvador.													«A missão própria que Cristo confiou à sua Igreja não é de ordem política, econômica e social. Pois a finalidade que Cristo lhe prefixou é de ordem religiosa. Mas, na verdade, desta mesma missão religiosa decorrem benefícios, luzes e forças que podem auxiliar a organização e o fortalecimento da comunidade humana segundo a Lei de Deus» (Gaudium et spes, n. 42).
2 - Fale sobre a salvação Integral- Corpo e Alma
	A Igreja oferece a salvação a todos os homens através de Jesus Cristo, na vida nova após a morte, mas também neste mundo: nas realidades da economia, do trabalho, da sociedade , da política, e das relações entre as culturas e os povos. «Jesus veio trazer a salvação integral, que abrange o homem todo e todos os homens, abrindo-lhes os horizontes admiráveis da amizade divina. Assim a Igreja anuncia o Evangelho que propicia salvação e autêntica liberdade, mesmo nas coisas temporais, oferecendo também sua Doutrina Social, com Fé em uma salvação integral, na Esperança em uma justiça plena, da Caridade que torna todos os homens verdadeiramente irmãos em Cristo. A lei nova do amor abrange a humanidade toda e não conhece confins, pois o anúncio da salvação de Cristo se estende até aos confins do mundo.	
	A salvação oferecida pela Igreja através do amor de Cristo já é nessa vida, libertando-nos dos nossos pecados, tornando o Homem livre, feitos novos pelo amor de Deus, são pessoas capazes de levar a paz onde há conflitos, de construir relações fraternas onde há ódio, de buscar a justiça onde prevalece a exploração do homem. Somente o amor é capaz de transformar de modo radical as relações que os seres humanos têm entre si. Este novo homem assim procura salvar todos os que se encontram em um abismo, mostrando que o amor de Cristo revela uma vida nova para nossos corpos e liberta nossas almas para encontrarmos seu amor. Ao descobrir-se amado por Deus, o homem compreende a própria dignidade transcendente, aprende a não se contentar de si e a encontrar o outro, em uma rede de relações cada vez mais autenticamente humanas, capaz de amar a todos e a levar a paz e uma nova alegria.		
	Tantos irmãos necessitados estão à espera de ajuda, tantos oprimidos esperam por justiça, tantos desempregados à espera de trabalho, tantos povos esperam por respeito: «Como é possível que ainda haja, no nosso tempo, quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado dos cuidados médicos mais elementares, quem não tenha uma casa onde abrigar-se?													O amor cristão move à denúncia, à proposta e ao compromisso de elaboração de projetos em campo cultural e social, a uma operosidade concreta e ativa, que impulsione a todos os que tomam sinceramente a peito a sorte do homem a oferecer o próprio contributo para o amor, assim somos chamados a não entrar em guerras, a perder pelo amor.					Nenhuma ambição terrena move a Igreja; ela tem em vista um só fim: continuar, sob o impulso do Espírito Santo, a obra do próprio Cristo que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, para salvar e não para condenar, para servir e não para ser servido.				Toda a pessoa é por Deus criada, amada e salva em Jesus Cristo, e se realiza tecendo relações de amor, de justiça e de solidariedade com as outras pessoas, na medida em que descobre o amor que esta dentro de cada coração.								O agir humano busca a verdade, e Cristo salva nossos corpos e almas oferecendo a sua verdade que é amor, fazendo o Homem agir e ir ao encontro das pessoas pobres, sendo solidária pela dor dos irmãos, na qual Cristo nunca deixa de mostrar o seu amor e a sua Providência para com Seus filhos.												O livro do Gênesis nos propõe algumas linhas da antropologia cristã: a dignidade da pessoa humana, que tem a sua raiz e a sua garantia no desígnio criador de Deus; a sociabilidade(união das pessoas) característico do ser humano, que tem o seu exemplo na relação originária entre o homem e a mulher, « união esta que foi a primeira expressão da comunhão de pessoas »;		A Salvação Universal e Integral, diz respeito à pessoa humana em todas as suas dimensões: pessoal e social, espiritual e corpórea, histórica e transcendente.						O discípulo de Cristo adere, na fé e mediante os sacramentos, ao mistério pascal de Jesus, de sorte que o seu homem velho, com as suas más inclinações, é crucificado com Cristo. Assim uma nova criatura, fica habilitada na graça a caminhar em «uma vida nova».				Para sermos salvos, precisamos do amor de Deus, pois na verdade, a criatura sem o Criador perde o sentido.											Qualquer visão totalitária da sociedade e do Estado e qualquer ideologia puramente intramundana do progresso, são contrárias à verdade integral da pessoa humana e ao desígnio de Deus na história.												A participação na vida de Cristo, pelo Espírito Santo, longe de mortificar, tem o efeito de fazer desabrochar a autêntica e autônoma consistência e identidade dos seres humanos, em todas as suas expressões, salvando nossos corpos e nossas almas, fazendo-nos viver pelo amor ao Criador, e pelo amor ao próximo, encontrando assim o sentido da vida.
3- Fale sobre os Direito Humanos (Imago dei)
	A Igreja vê no homem, a imagem do próprio Deus vivo; Imagem perfeita de Deus, e nos convida a reconhecer em toda e qualquer pessoa, próxima ou distante, conhecido ou desconhecido, e sobretudo no pobre e em quem sofre, um irmão «pelo qual Cristo morreu».				Toda a doutrina social se desenvolve a partir do princípio que afirma a intangível (nada pode ferir) a dignidade da pessoa humana.									Deus criou o homem à sua imagem; criou o homem e a mulher» Deus põe a criatura humana no centro da criação; por ser criado à imagem de Deus, o indivíduo humano tem a dignidade de pessoa: ele não é apenas uma coisa, mas alguém.								O homem e a mulher têm a mesma dignidade e são de igual nível e valor, não só porque ambos na sua diversidade, são imagem de Deus, mas ainda mais profundamente porque é imagem de Deus o dinamismo de reciprocidade que anima a vida do casal humano.				O casal humano pode participar da criatividade de Deus: «Deus os abençoou: “Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a terra”». Nesta perspectiva, a relação com Deus exige que se considere a vida do homem sagrada e inviolável.								No mistério de sua criação, o homem faz a experiência dramática do pecado. Seduzidos pelo mal,o homem e a mulher desobedecem a Deus, ao tentar uma vida plena sem a comunhãode amor com Deus. A consequência do pecado, como ato de separação de Deus, é precisamente a alienação: a ruptura do homem não só com Deus, como também consigo mesmo, com os demais homens e com o mundo ao seu redor.										Pecado pessoal e pecado social: todo o pecado é pessoal sob um aspecto; e sob um outro aspecto todo o pecado é social, enquanto e porque tem também consequências sociais.			É social todo o pecado contra os direitos da pessoa humana, a começar pelo direito à vida, incluindo a do nascituro, ou contra a integridade física de alguém; todo o pecado contra a liberdade de outrem, especialmente contra a suprema liberdade de crer em Deus e de adorá-lo; todo o pecado contra a dignidade e a honra do próximo. 									O homem, portanto, tem duas diferentes características: é um ser material, ligado a este mundo mediante o seu corpo, e um ser espiritual, aberto à transcendência e à descoberta de «uma verdade mais profunda», em razão de sua inteligência, com a qual participa «da luz da inteligência divina».													A dignidade humana exige que o homem atue segundo a sua livre e consciente escolha, isto é, movido e determinado por convicção pessoal, e não por um impulso interior cego, ou por mera coação externa, ele não pode ser instrumento de ninguém. A liberdade não só muda o estado de coisas externas ao homem, mas determina o crescimento do seu ser como pessoa, mediante escolhas conformes ao verdadeiro bem: desse modo, o homem é pai do próprio ser,e constrói a ordem social. Na verdade, a liberdade do homem encontra a sua verdadeira e plena realização, no amor.		O exercício da liberdade implica a referência a uma lei moral natural, de caráter universal, que precede e unifica todos os direitos e deveres. A Lei natural não é senão a luz do intelecto colocada por Deus em nós, graças à qual conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar. Esta luz ou esta lei, Deus deu ao homem na criação. 							A lei natural exprime a dignidade da pessoa humana e estabelece as bases dos seus direitos e dos seus deveres fundamentais.										A igualdade em dignidade de todas as pessoas: «Deus não faz distinção de pessoas» pois todos os homens têm a mesma dignidade de criaturas à Sua imagem e semelhança, independentemente da sua raça, nação, sexo, origem, cultura, classe.					O movimento rumo à identificação e à proclamação dos direitos do homem é um dos mais relevantes esforços para responder de modo eficaz às exigências imprescindíveis da dignidade humana. A raiz dos direitos do homem, com efeito, há de ser buscada na dignidade que pertence a cada ser humano. 												Tal dignidade, conatural à vida humana e igual em cada pessoa, se apreende antes de tudo com a razão.Tais direitos são universais, invioláveis e inalienáveis; tocam todas as fases da vida e todo o contexto político, social, econômico ou cultural. Formam um conjunto unitário, visando resolutamente a promoção do bem, em todos os seus aspectos, da pessoa e da sociedade.			Na Encíclica «Centesimus annus» João Paulo II sintetizou-as num elenco: «o direito à vida, do qual é parte integrante o direito a crescer à sombra do coração da mãe depois de ser gerado; o direito a viver numa família unida e num ambiente moral favorável ao desenvolvimento da própria personalidade; o direito a maturar a sua inteligência e liberdade na procura e no conhecimento da verdade; o direito a participar no trabalho para valorizar os bens da terra e a obter dele o sustento próprio e dos seus familiares; o direito a fundar uma família e a acolher e educar os filhos, exercitando responsavelmente a sua sexualidade. Fonte e síntese destes direitos é, em certo sentido, a liberdade religiosa, entendida como direito a viver na verdade da própria fé e em conformidade com a dignidade transcendente da pessoa» 
	Correlação entre direitos e deveres: os que reivindicam os próprios direitos, mas se esquecem por completo de seus deveres ou lhes dão menor atenção, assemelham-se a quem constrói um edifício com uma das mãos e, com a outra, o destrói. O empenho pastoral da Igreja se desenvolve numa dúplice direção: de anúncio do fundamento cristão dos direitos do homem e de denúncia das violações de tais direitos: em todo caso, o anúncio é sempre mais importante do que a denúncia, e esta não pode prescindir daquele, pois é isso que lhe dá a verdadeira solidez e a força da motivação mais alta.

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