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* DOENÇAS REUMÁTICAS ARTRITE REUMATÓIDE * CONCEITO “É uma doença sistêmica do tecido conjuntivo cujas alterações são predominantemente nas articulações e estruturas periarticulares.” * CONCEITO “A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem.” * CONCEITO Processo inflamatório de caráter crônico e deformante. * INCIDÊNCIA Ambos os sexos, pp sexo feminino (3:1). Acomete 0,5 a 1% da pop adulta; Aumenta para 4,5% na faixa etária dos 55 aos 75 anos. * ETIOLOGIA Origem multifatorial, de causa desconhecida; Fatores etiológicos: Componente genético (alteração na resposta imunológica); Componente hormonal ? Fatores ambientais ? Agentes infecciosos? * QUADRO CLÍNICO Com início insidioso, prosseguindo com poliartrite simétrica, erosiva e deformante. Início: fadiga, mialgia, febre e emagrecimento; Posteriormente: crises com dor inflamatória e edema em grandes e pequenas articulações + rigidez (> ou = 1hora). * QUADRO CLÍNICO Articulações mais acometidas: punho, MCF e IFP; Outras: joelhos, tornozelos e pequenas articulações dos pés. * QUADRO CLÍNICO Sinais clínicos de sinovite: edema, calor e Hiperemia. * QUADRO CLÍNICO Fraqueza muscular (distensão e ao edema), prejudicando a propriocepção; Instabilidade articular devido à frouxidão ligamentar decorrente da artrite persistente; Há uma certa dificuldade na marcha, nas AVDs, atividades laborativas; * QUADRO CLÍNICO Doença avançada: Deformidades como dedos em pescoço de cisne (hiperextensão da a. IFP e flexão da a. IFD), dedos em botoeira (flexão da a. IFP e hiperextensão da a. IFD), desvio ulnar dos dedos (MCF), desvio radial dos punhos, luxações e deformidades pp em cotovelos, joelhos e em quadril. * QUADRO CLÍNICO Deformidades: Ombros: rot int + add, limitando AVDs. Pés: podem perder os arcos, tornando-se planos com luxações, hálux valgo e calosidades no antepé. Síndromes compressivas: STC Comprometimento da ATM (50%). * QUADRO CLÍNICO Luxação atlantoaxial instabilidade; * * Diagnóstico Critérios de Classificação do Colégio Americano de Reumatologia 1) Rigidez matinal: (rigidez articular > 1 hora); 2) Artrite de 3 ou mais áreas; com edema de partes moles ou derrame articular; 3) Artrite de articulações das mãos (punho, IFP e MTC); 4) Artrite simétrica; 5) Nódulos reumatóides; 6) Fator reumatóide sérico; 7) Alterações radiográficas: erosões ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos. * DIAGNÓSTICO EXAMES LABORATORIAIS: Provas de atividade inflamatória: VHS e PCR. “O fator reumatóide presente em cerca de 80% dos pacientes, pode desenvolver uma doença mais agressiva e com mais manifestações extra-articulares. A ausência desse fator não exclui o diagnóstico, e sua presença isolada não identifica a doença.” * DIAGNÓSTICO RADIOLOGIA: Aumento de partes moles; Rarefação óssea periarticular nos estágios iniciais; Cistos subcondrais; Erosões ósseas marginais; Deformidades e anquilose nas articulações. * AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Para a confirmação do diagnóstico de AR o paciente deve ter pelo menos 4 dos 7 sintomas positivos, durante pelo menos 6 semanas. Critérios observados: Rigidez matinal por mais de 1 hora; Artrite de 3 ou mais articulações; Artrite das mãos; Artrite simétrica; Fator reumatóide positivo; Presença de nódulos reumatóides; Alterações típicas no RX. * AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Importante constar na avaliação: dados pessoais do paciente, histórico, assim como o tempo de doença do paciente, se houve internações, comprometimento extra-articular, tratamentos prévios e medicação em uso pelo paciente, assim como resultados dessas. A dor é avaliada geralmente através de escalas numéricas (0 a 10); Executar etapas do exame físico. * Tto Objetivos: Aliviar a dor; Reduzir a inflamação; Evitar ou reduzir os danos nas articulações; Melhorar a função e o bem estar do pcte e Melhorar AVDs (independência). * A abordagem terapêutica começa com a educação do paciente e de seus familiares sobre sua doença, as possibilidades de tratamento, com seus riscos e benefícios. O acompanhamento multidisciplinar é necessário. * O tratamento deve ser considerado um processo dinâmico, sendo constantemente reavaliado. As decisões quanto ao planejamento terapêutico devem ser sempre compartilhadas com o paciente. * Tratamento medicamentoso A terapêutica do paciente vai variar de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo no tto quanto mais agressiva for a doença. * Exercícios O papel do repouso e exercício deve ser enfatizado, reconhecendo-se que a degeneração articular é maior quando o repouso é prolongado. A estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e repouso, este sempre em posição funcional. * PROGNÓSTICO Início da doença em idade mais precoce; Altos títulos de fator reumatóide; VHS e/ou proteína C reativa elevada persistentemente; Artrite em mais de 20 articulações; Comprometimento extra-articular: presença de nódulos reumatóides, síndrome de Sjögren; Doença pulmonar intersticial, pericardite, vasculite sistêmica; Presença de erosões nos 2 primeiros anos da doença (raio X mãos e pés). * Órteses Restrição dos movimentos - órteses – tem como objetivo aliviar as dores mioarticulares pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser intermitente, exceção feita às órteses p/ os pés. * Tratamento fisioterápico * Tratamentos cirúrgicos Sinovectomia para sinovite por mais de 6m, resistente ao tto conservador, na ausência de instabilidades grosseiras; Correção de tendões e sinovectomia; Debridamento articular; Artrodese; Artroplastias totais. *
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