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www.embalagemmarca.com.br Veículo ideal para amostragem esta edição até o final do ano, a cada mês os leitores rece- berão EMBALAGEMMARCA acondicionada em enve- lopes que, mais uma vez, materializam duas carac- terísticas que contribuíram para sua consagração como melhor revista do setor no Brasil: inovação e criativi- dade. Nesta oportunidade, serão apresentados quatro diferentes modelos de enve- lopes, cada um dos quais será veiculado duas vezes, de forma alternada. Esta ação integrada visa evidenciar qualidades de materiais e serviços cuja convergência resultou num produto final com excelên- cia de desempenho e perfei- ta adequação para variadas alternativas de acondicio- namento. Ao falarmos de integração queremos dizer ter sido fundamental para o êxito do trabalho a parceria de empresas que participa- ram com o melhor de seus portfólios. São elas: Polo Films (filme de BOPP), Aquiléia (pré-impressão), Dann Group (tintas), Henkel (adesivos) e Arco Convert (impressão em rotogravura, com seis cores – quadri- cromia, branco e prata). A criação dos envelopes ficou a cargo da agência de design Recriar. Ao abrigar iniciativas deste gênero, EMBALAGEMMARCA procura sempre ir além dos meros objetivos comerciais. A rigor, ao mesmo tempo que ajuda a integrar par- ceiros, com tais ações se transforma num veículo de amostragem de materiais, insumos e serviços. Na verdade, o meio revista é o único que permite fazer com eficácia esse tipo de ação. O que surpreende é que, antes do lançamento de EMBALAGEMMARCA, no Brasil essa era uma práti- ca inexistente no segmento editorial dirigido à cadeia de embalagem. Até abril. Esta ação integrada visa evidenciar qualidades de materiais e serviços que resultaram num produto final com perfeita adequação para variadas alternativas de acondicionamento Wilson Palhares D Entrevista: Fábio Mestriner e Lincoln Seragini Presidente da Abre e um dos maiores especialistas em marcas criam curso na ESPM com o objetivo de criar gestores de embalagem Rotulagem Indústrias nacionais serão obriga- das a informar nível de gordura trans nos rótulos de alimentos Ponto-de-venda Tecnologia européia desenvolve displays dobráveis, capazes de reduzir custos com montagem Tecnologia Kit de amostragem destaca frasco de cosmético com tampa que exala odor do produto Limpeza Doméstica Unilever lança Omo com toque de Comfort em embalagem que destaca as duas marcas líderes Fechamentos Tampa de borracha revestida com flúor propicia segurança a medicamentos injetáveis Plásticas Garrafas de PET sem painéis de dilatação prometem agregar valor ao envase a quente de chás, sucos e isotônicos Plásticas Em vias de completar um ano no mercado, garrafa de PP de alta transparência faz sucesso Etiquetas inteligentes: Marcelo Pedroso Gerente da IBM Business Consulting detalha pesquisa sobre RFID no Brasil Conversão Investimento em letterform design pode aliviar custos de impressão de embalagens 10 nº 79 • março 2006 Diretor de Redação Wilson Palhares palhares@embalagemmarca.com.br Reportagem Flávio Palhares flavio@embalagemmarca.com.br Guilherme Kamio guma@embalagemmarca.com.br Leandro Haberli Silva leandro@embalagemmarca.com.br Livia Deorsola redacao@embalagemmarca.com.br Departamento de Arte Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte) arte@embalagemmarca.com.br José Hiroshi Taniguti (Assistente) Administração Marcos Palhares (Diretor de Marketing) Eunice Fruet (Diretora Financeira) Departamento Comercial comercial@embalagemmarca.com.br Karin Trojan Wagner Ferreira Circulação e Assinaturas Marcella de Freitas Monteiro Raquel V. Pereira assinaturas@embalagemmarca.com.br Assinatura anual: R$ 99,00 Público-Alvo EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo- cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos. Filiada ao Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466 EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda. Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463 Filiada à www.embalagemmarca.com.br O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per- mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle- tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta. 3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor 58 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens 28 54 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens 32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas 5 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores 56 6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens 46 25 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição 29 26 Reportagem de capa: Molhos prontos Molhos para saladas ainda podem investir em embalagens diferenciadas. Molhos de mesa começam a fazê-lo 18 27 36 50 42 MARGARINAS E SABONETES Nossos cumprimentos pela repor- tagem sobre embalagens para sabo- netes, destacando a preferência pelo cartucho de papel cartão. Causou-nos surpresa, entretanto, o fato de não terem sido explorados outros aspec- tos e diferenciais competitivos do material, como a otimização da área impressa, o empilhamento melhor no ponto-de-venda e a eficácia supe- rior na proteção do produto, tanto na armazenagem quanto no transporte. Ademais, as embalagens de papel car- tão são produzidas, em sua maioria, com elevado grau de matéria-prima reciclada (aparas), que reforçam a res- ponsabilidade social e ambiental das empresas produtoras e usuárias. Finalmente, a matéria omite que a marca líder desenvolveu sua produ- ção de cartuchos no Brasil com papel cartão Ripasa, e com ele continua até os dias de hoje. A Ripasa foi pioneira no desenvolvimento de embalagens para sabonetes. Instalou em sua planta industrial uma extrusora para aplicação de PEBD em elevadas temperaturas, a qual constitui a mais eficiente barreira a umidade e vapor para este tipo de embalagem, impedindo a proliferação de fungos e alterações na qualidade do produto e da embalagem final. Sergio Canela Gerente de Marketing e Vendas Fernanda Hassad Analista de Produto e Mercado Ripasa S.A. Celulose e Papel São Paulo, SP N. da R.: Por razões de espaço, a carta acima foi editada. Pode ser lida na íntegra em nosso site, na seção Espaço Aberto. Parabéns pela qualidade das maté- rias e pelo layout da edição de feverei- ro de EMBALAGEMMARCA. (nº 78). As reportagens sobre margarinas e sabo- netes ficaram muito boas. Aproveito para lembrar que a Santher é grande fornecedora do papel para os “selos” utilizados no inte- rior das embala- gens de margari- nas. Trata-se de um papel especial com determina- das barreiras, que é convertido por outra empresa. Uma das marcas que o utiliza é a Qualy, da Sadia. Fabiana C. Della Piazza Marketing Santher Specialty Papers São Paulo, SP Gostaria de parabenizá-los pela matéria sobre o mercado de mar- garina divulgada na edição de EMBALAGEMMARCA nº 78 (fevereiro de 2006). Faço um reparoquanto ao meu nome, nela mencionado, que aparece grafado errado. No mais, a matéria ficou muito boa. Antonio Carlos S. Junior Gerente Comercial Poly-Vac S/A São Paulo, SP utilizados no inte- rior das embala- gens de margari- nas. Trata-se de um papel especial por outra empresa. Uma das marcas 6 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Cresce linha de limpeza do Grupo Bertin O Grupo Bertin, um dos maio- res produtores de carnes do Brasil, investe, desta vez, na engorda de outra catego- ria. Sua divisão de higiene e limpeza lança a linha de detergentes líquidos Lavarte em três versões – maçã, limão e neutro. O produto é acondicionado em frascos de 500 mililitros, produzidos internamente pela própria empresa em polietileno de alta densidade. A elabo- ração do design ficou a cargo da agência Labcom, de Ribeirão Preto (SP), que optou por rótulos do tipo magazine, impressos em qua- tro cores pela Teciclo e pela Ibagraf em papel couchê. Hikari lança salgadinho de trigo A Hikari, que acaba de completar quarenta anos de atuação no seg- mento de farináceos e especiarias, ingressa no mercado de snacks com o lançamento da linha de salgadi- nhos de trigo prontos para consumo. “Optamos por esta nova linha para acompanhar uma tendência de mer- cado cada vez mais voltada para produtos prontos e em embalagens práticas”, informa Luiz Kurita, diretor comercial da Hikari. A linha de salga- dinhos Hikari é composta por quatro opções de sabores: Queijo, Salsa e Cebola, Churrasco e Pizza. Produzidos com farinha de trigo, os snacks são acondicionados em embalagens individuais de 60g de BOPP coextru- dado, fornecidas pela Itaprint, que também criou o design. O vidro como cartão postal A fim de gerar impacto nas gôn- dolas das seções de maionese, ao mesmo tempo explorando o apelo da reutilização de embalagens, a Bunge lançou uma edição limitada de sua marca Primor em potes de vidro decorados com serigrafia em duas cores. A série, denominada Postais do Brasil, destaca através da decoração das embalagens, concebida pela Pande, algumas imagens de cartões postais bra- sileiros, como a Ópera de Arame de Curitiba, o Elevador Lacerda de Salvador e o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Os potes são da Owens-Illinois do Brasil. A Rezende, empresa mineira adquirida há sete anos pela Sadia, modernizou o visual de toda sua linha de alimentos congelados, composta por mais de 100 itens. Sob o slogan “Casa gostosa tem esse sabor”, a maior reformula- ção empreendida pela marca em 44 anos de atividade privilegiou a adoção de cores mais vivas. A opção foi por padronizar os invó- lucros, que passam a apresentar grafismos em branco e azul. A aposta da Team Créatif, agência francesa responsável pelo projeto, também inclui a logomarca, cujo símbolo passa a ser uma casa impressa sobre fundo azul e detalhes em amarelo, em substituição ao antigo painel cinza e vermelho. Outra novidade é a inclusão de receitas nas emba- lagens, demanda identificada em pesquisas com consumidores. Os materiais dos recipientes variam entre embalagens flexíveis de polie- tileno de baixa densidade forneci- das pela Maxiplast e pela Incoplast, termoformados da Unipac e car- tuchos de papel cartão impressos pela Brasilgráfica e Gráfica Estrela. A Kory´s Produtos Alimentícios está abastecendo o mercado de food service com a nova sobremesa gela- Mangas dentro e fora das taças da Mister Mousse, feita à base de sorvete cremoso de manga. O pro- jeto gráfico foi abraçado pela RNA Design, agência de Campinas (SP) que remodelou os antigos copos termoformados com impressão serigráfica. Agora a sobremesa é acondicionada em taças de polipropileno de 120 mililitros fornecidas pela Sonoco For-Plas, com rótulo termoen- colhível impresso em seis cores pela Italpack. Os selos metálicos que vedam as taças são forneci- dos pela Emplal. Cores vivas e padronizadas 8 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Kaiser Gold com praça ampliada Comercializada desde 1995 na região Sul, a cerveja premium Kaiser Gold agora chega a São Paulo e a toda região Sudeste. Segundo a Kaiser, o lançamento atende a pedidos de consumidores, que aumentaram devido aos resultados de um teste cego feito por jorna- listas, que conside- rou a Gold a melhor cerveja premium do país. O produto chega à nova praça nas versões garrafa de 600 mililitros e long neck de 355 mililitros, ambas da Owens-Illinois do Brasil, decora- das com rótulos da Dixie Toga. A con- cepção gráfica dos rótulos é da agên- cia Giovanni, FCB. Visuais deixam fins claros Chamex Colors, Chamex Toner Líquido e Chamex Super, três versões de papéis para escritório da International Paper, estão com apresentações renovadas. Desenhadas pela Portal Publicidade, as embalagens agora estampam ícones que ressaltam a finalidade do produto. No Chamex Toner, por exemplo, gotículas de tinta sobre folhas de papel comunicam a eficiência do produ- to em aplicações com toner. Detentora do licencia- mento da marca HP para papéis, a International Paper também renovou o layout dos envoltórios dessa linha, composta pelas variantes Office e Laserjet. Eles agora seguem o mais recente padrão visual adotado mundialmente pela empresa de tecnologia. “As especifi- cações estão com fonte maior, o que facilita a leitura e a diferenciação entre os produtos”, explica Antonio Gimenez, diretor de marketing da IP. As embalagens de Chamex e HP são produzidas em papel laminado com BOPP pela Teruel (Papéis Amália). Chopp, vinho e suco de uva de uma só vez Na onda dos mix de bebidas com frutas, a Worldbev, produ- tora das cervejas e refrigerantes Lecker há quarenta anos, lança Draft&Wine, mistura de chopp, vinho e suco de uva. O inusita- do coquetel é distribuído em todo o Brasil em latas de aço da Cia. Metalic Nordeste, também responsável pela impressão dos rótulos, em off-set seis cores. O design foi elaborado pelo departamento de marketing da Worldbev. Bola de PET, a jogada da Coca-Cola de olho na Copa Maná para as promoções, a Copa do Mundo já começa a inspirar criativas edições limitadas de embalagens. Uma delas vem da Coca-Cola: uma garrafa inovadora, cujos contornos explicitam a ligação com o megae- vento esportivo que acontecerá na Alemanha a partir de junho. Propalada como “Coca-Cola oficial da torcida”, a Copabola Coca-Cola consiste numa embalagem de PET de 400 mililitros com aparência de bola de futebol. “É uma embalagem com o formato da paixão nacional”, diz Mônica Horcades, diretora de marketing da Coca-Cola Brasil. A garrafa esférica de Coca-Cola é um projeto mundial, sendo o Brasil um dos primeiros países a receber a novidade. Ela será comercializa- da em supermercados, mercearias, padarias e bares das principais capi- tais do país, numa ação que compre- enderá 40 milhões de unidades até o fim do mês de junho. O desenvolvimento da Copabola brasileira partiu de um modelo do México, e reuniu esforços de pro- fissionais da Coca-Cola Brasil e da Amcor PET Packaging. A pro- dução da garrafa divide- se entre a Amcor e a Engepack. 10 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Meta: criar gestores de embalagem entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini em designer, nem engenheiro. Um novo curso de especialização da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) será lançado em São Paulo, em maio próximo, com a proposta de formar profissionais com know-how em gestão estratégica de embalagem. Classificada como pioneira no Brasil por seus criadores, a idéia visa melho- rar a qualidade dos departamentos de gestão de embalagem das empresas usuárias. “Os poucos profissionais que atuam nessaárea não têm formação específica”, diz Lincoln Seragini, diretor da agência Seragini Farné, um dos maiores especialis- tas em formação de marcas e ligado ao ensino de embalagem há quase trinta anos. Seu parceiro na criação do novo curso, Fábio Mestriner, é presidente da Abre (Associação Brasileira de Embalagem), diretor da Packing Design e Inteligência de Embalagem e foi um dos responsáveis pelo lançamento, quase dez anos atrás, do curso de design de embalagem da ESPM, hoje referência no assunto. Denominado Curso Avançado de Administração de Embalagem, o programa tem carga horária de 360 horas/aula e duração de aproximadamente quinze meses. É destinado a profissionais que já atuam na cadeia de embalagem, e pretende preencher uma lacuna no setor. “Existem cursos de graduação e pós-graduação ligados a embalagem”, diz Mestriner, “mas nenhum tem a proposta de formar profissionais que saibam lidar com comunicação, marketing, design, gestão, enfim, todos os aspectos do gerenciamento de embalagens.” Por ocasião do lançamento do curso, EMBALAGEMMARCA entrevistou os dois profissionais para saber das perspectivas dessa carreira no mercado brasileiro de embalagem. Mais que aspectos ligados ao novo programa de ensino, a conversa ren- deu uma análise crítica de Mestriner e Seragini do papel dos profissionais que decidem sobre embalagem no Brasil. Qual o perfil do profissional que atua na área de gestão de embalagem no Brasil? LINCOLN SERAGINI – Existe uma defasagem entre a importância da embalagem para as empresas, para a economia e para a sociedade e a qualidade da gestão da embalagem. Essa é uma das áreas mais atrasadas. Poucas empresas têm a função de gerente de embalagem no Brasil. Elas não só ganham mais dinheiro, como controlam melhor seus custos e aumentam o poder de competição da embalagem, man- tendo-se atualizadas e aproveitando-se dessa complexa cadeia. Qual a formação desse profissional? LS – Quem trabalha nessa área de gestão não tem formação específica. É um profissional híbrido. É um engenheiro de alimentos, um designer. Ele não tem uma formação especia- lizada. A infra-estrutura da indústria de emba- lagem é muito boa. Mas nosso ponto fraco é a gestão. Nem todas as empresas entenderam D IV U LG A Ç Ã O N Embalagem, o programa tem carga horária de 360 horas/aula Essa é uma das áreas mais atrasadas. Poucas empresas têm a função de gerente de embalagem no Brasil. Elas não só ganham mais dinheiro, como controlam melhor seus custos e aumentam o poder de competição da embalagem, man- tendo-se atualizadas e aproveitando-se dessa complexa cadeia. Qual a formação desse profissional? LS tem formação específica. É um profissional híbrido. É um engenheiro de alimentos, um designer. Ele não tem uma formação especia- lizada. A infra-estrutura da indústria de emba- lagem é muito boa. Mas nosso ponto fraco é a gestão. Nem todas as empresas entenderam D IV U LG A Ç Ã O Duas das maiores referências brasileiras em embalagens, o designer e presidente da Abre Fábio Mestriner e o consultor e designer Lincoln Seragini, explicam porque decidiram criar um novo curso de gestão estratégica de embalagem com o aval da ESPM 12 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 sos de embalagem precisam fazer essa interface com a área técnica. A embalagem funciona como ferramenta de marke- ting e veículo de comunicação. Portanto, os novos gestores da embalagem vão ter que ser capazes de propor programas de utilização intensiva da embalagem como tal. No futuro só existirão embalagens com alguma ação promocional. Vocês estão pensando em criar um profis- sional que não existe. Mas a função também não existe. Não seria necessá- rio primeiro convencer as empresas da necessidade desse profissional? FM – De fato estamos fazendo algo revolucionário, a exemplo do que ocor- reu quando a Bauhaus, na Alemanha, nos anos 20, criou sua escola de design para formar um novo profissional, o designer. Até então esse profissional não existia. Nem o conhecimento para formá-lo. Mas a necessidade desse pro- fissional já existia. No nosso caso, a necessidade é gritante. Só que não existe a disciplina, tampouco a metodologia. Um dos objetivos do curso é formar a metodologia de gestão. A ESPM tem um exemplo bem sucedido nesse sen- tido que é o curso de design, prestes a completar dez anos. Nesse curso foi desenvolvida e sistematizada a metodo- logia do design de embalagem, que está publicada nos livros que escrevi, hoje adotados por mais de trinta universidades no Brasil. O precursor disso é o Lincoln, que está ligado à ESPM desde 1975. Nosso objetivo é fazer a mesma coisa com a gestão estratégica da embalagem: desenvolver uma metodologia para sub- sidiar o trabalho desses profissionais e, ao mesmo tempo, abrir espaço para que eles atuem nas empresas. Esse curso é apoiado por um con- junto de indústrias de embalagem: Owens-Illinois do Brasil, Suzano Petroquímica, Rigesa, Novelprint, Gegraf e Canguru Embalagens. Como funcionam hoje os departamentos de embalagem das empresas usuárias? LS – Ao mesmo tempo que não existe esse modelo de gestão, muitas empresas têm a gerência de embalagem. Qual a dife- rença? Geralmente, essas gerências são parciais, elas não têm domínio nem influência geral na decisão. O problema é que esse profissional não foi treinado para isso. Ele gerencia parte daquele tripé. O Brasil está atrasado nesse sentido. O design e a inovação são temas principais hoje. As grandes empresas o papel que a embalagem desempenha no seu negócio. Além de componente obrigatório do custo, ela influencia na venda. A evolução da embalagem está muito mais na conveniência e no impacto de prateleira, na estética. Na hierarquia da embala- gem, primeiro estão os novos tipos de embalagem, que levam séculos para ser inventados. Depois vêm os materiais, também muito raros de serem renovados. Depois vem o processo. No quarto degrau já entram a estética e a comunicação. E o último é a conveni- ência. Nos últimos anos, o design tem sido mais importante do que a tecno- logia. Do ponto de vista de gerencia- mento, a embalagem é órfã dentro das empresas. Não tem quem mande. Mesmo quem manda não tem pleno domínio. Só responde pela parte téc- nica, mercadológica ou econômica. Não há um profissional que cuide da gestão dessas três áreas. Com isso, a empresa tira pouco proveito dessa equação. A embalagem é um componente do custo, mas nem sempre está claro quem define o nível de custo. O marketing apenas diz que o preço de venda do produto não pode passar de X. A embalagem influencia também na lucratividade. A questão é a seguinte: quem gerencia isso? Historicamente, o especialista de embalagem não tem influência na decisão final. Trata-se de uma lacuna. O gerente de embalagem é um mero executor. Esperamos que o curso seja capaz de preencher esse vazio, for- mando profissionais especializados em gestão de embalagem. Mais de 70% de todos os produtos comerciali- zados no mundo têm embalagem. Se a empresa entender a contribuição da embalagem, para o bem e para o mal, ela vai buscar esse tipo de profissional. Cursos como os oferecidos pela Escola de Engenharia Mauá, ou pela Anhembi Morumbi, para ficar em exemplos de São Paulo, não vinham preenchendo essa lacuna? FÁBIO MESTRINER – Os outros cursos existentes não têm esse perfil, eles são mais voltados a técnicas. O curso da Mauá é de pós-graduação em engenharia de embalagem. Ele tem um módulo de design, mas é um curso técnico. Já o da Anhembi Morumbi é um curso de design. O conceito por trás do curso da ESPM é marketing, comunicação e administração. Buscamos reunir essas três especializações. Trouxemos ainda um módulo de tecnologia. As pessoas que vão gerir os proces- entrevista>>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini Vocês estão pensando em criar um profis- sional que não existe. Mas a função também não existe. Não seria necessá- rio primeiro convencer as empresas da necessidade desse profissional? FM revolucionário, a exemplo do que ocor- reu quando a Bauhaus, na Alemanha, nos anos 20, criou sua escola de design para formar um novo profissional, o designer. Até então esse profissional não existia. Nem o conhecimento para formá-lo. Mas a necessidade desse pro- fissional já existia. No nosso caso, a necessidade é gritante. Só que não existe a disciplina, tampouco a metodologia. Um dos objetivos do curso é formar a muito raros de serem renovados. Depois vem o processo. No quarto degrau já entram a estética e a comunicação. E o último é a conveni- ência. Nos últimos anos, o design tem sido mais importante do que a tecno- logia. Do ponto de vista de gerencia- mento, a embalagem é órfã dentro das empresas. Não tem quem mande. Mesmo quem manda não tem pleno domínio. Só responde pela parte téc- nica, mercadológica ou econômica. Não há um profissional que cuide da gestão dessas três áreas. Com isso, a empresa tira pouco proveito dessa equação. A embalagem é um nível de custo. O marketing apenas “Nosso objetivo é desen- volver uma metodologia para subsidiar o trabalho dos profissionais e, ao mesmo tempo, abrir espaço para que eles atuem nas empresas” Fábio Mestriner 14 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 de consumo do mundo estão implantando vice-presidências de design. A inovação do produto em si mesmo está se esgo- tando. Mais do que recipiente, a embalagem é esse fator de diferenciação. Não é aceitável que, dentro desse contexto, no Brasil não se dê a devida importância estratégica para a gestão de embalagem. FM – A maioria das gerências de embalagem existentes nas empresas atua apenas no nível ope- racional. Esse modelo de formação que vocês querem implantar já existe lá fora? LS – Sim, já existe mestrado em ges- tão de embalagem há muitos anos lá fora. Mas muitos dos avanços recentes estão ligados às escolas de design. Nesse curso haverá uma disciplina chamada design mana- gement. Embalagem é um serviço ou uma indústria? Quem lidera as definições de embalagem? Qual a embalagem ideal para um produto ou uma empresa? Quem responde essa pergunta? Não é mais o marke- ting. O design vai liderar o processo não só de concepção, mas de resolu- ção de problemas. O designer é o pro- fissional mais completo que existe. O engenheiro, por melhor que seja, é uni-direcionado para atividades pro- dutivas, de qualidade. O marketing e o financeiro também são específicos. O profissional mais completo é o designer, no sentido de que ele é um integrador. FM – Apesar dessa colocação, não queremos causar rivalidade entre designers e engenheiros. Mas é ine- gável que o designer está presente na relação de todos os componentes, isto é, o fabricante, a indústria usuária, o canal de distribuição e o consumidor. Ele é o elemento integrador. Por isso há oito anos existe um comitê de design na Abre cujo objetivo é promover a integração do setor com a indústria de embalagem. Há cinqüenta agências participando atualmente. No lado das indústrias, essa idéia de integração também não é nova. Prova disso é que o curso da ESPM terá um convênio com a Abre, através de seu comitê de educação. Esse tipo de parceria existe desde a gestão do Sérgio Haberfeld (ex-presidente da Abre). A indústria está pre- ocupada em desenvolver o ensino de embalagem no Brasil. Os associados da Abre terão descontos nesse curso. A abre apóia não apenas esse curso, mas também os da Mauá, da FAAP, da Anhembi Morumbi, do IED (Istituto Europeo di Design) entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini e de outras entidades que promovem o ensino de embalagem no Brasil. LS – Vale lembrar também que o designer é o intérprete, mas ele não é treinado na tecnologia. Como ele pode pro- jetar algo se não domina os limites e as tecnologias? Além da ferramenta técnica, é preciso ter a liderança da gestão, para não apenas otimizar o projeto, mas vender a decisão para a alta gestão. É um profissional precioso. As experiências de gerência de embalagem no Brasil são poucas, e merecem ser citadas. Eis alguns nomes de empresas: Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Natura, O Boticário, Nestlé e Sadia. Estas já perceberam a importância da embala- gem. Montaram uma equipe inteira que cuida da estrutura da embalagem, do custo, da fabricação e da especificação. Esses departamentos têm poderes deci- sórios? LS – Nem sempre. Até porque não se decide a respeito de uma embalagem com base apenas em informações sobre a estrutura de seu material. É preciso aprovar o conceito global da embalagem e otimizá-lo. O defeito que vejo na gestão atual é a falta de um profissional dentro dessas empresas com influência na tota- lidade. Mesmo nas grandes empresas, não é o gerente de embalagem que define o design. Ao contrário. Ele vai ver se dá para fabricar, se o equipamento é bom, se rotula, se é possível manusear, transportar etc. Essa é a equação central do problema. A última geração é formada por profissio- nais que lideram o todo, que dizem para a empresa o que a embalagem deveria ter. A carga horária do curso é de 360 horas/aula. Isso é suficiente para formar um profissional desses? FM – Sim, desde que ele já tenha experiência e pré-requisitos. É preciso já ter formação universitária, ou, se não tiver, que ao menos já tenha trabalhado com embalagem. Os alunos serão selecionados. LS – Importante também é que esse profissional anseie, que queira ser gerente. Ele vai ser treinado para assumir liderança. Se isso não acontecer, não ofereceremos ao mercado o bene- fício de estar treinando pessoas especiais. A função só será consagrada se a indústria entender e apoiar. Qualquer função precisa de apoio da alta direção. Faz falta no Brasil uma etapa preparatória para estudantes de administração e engenharia, empresas atua apenas no nível ope- Esse modelo de formação que vocês querem implantar já existe lá fora? – Sim, já existe mestrado em ges- tão de embalagem há muitos anos lá fora. Mas muitos dos avanços recentes estão ligados às escolas de design. Nesse curso haverá uma disciplina chamada design mana- gement. Embalagem é um serviço ou uma indústria? Quem lidera as definições de embalagem? Qual a embalagem ideal para um produto essa pergunta? Não é mais o marke- para não apenas otimizar o projeto, mas vender a decisão para a alta gestão. É um profissional precioso. As experiências de gerência de embalagem no Brasil são poucas, e merecem ser citadas. Eis alguns nomes de empresas: Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Natura, O Boticário, Nestlé e Sadia. Estas já perceberam a importância da embala- gem. Montaram uma equipe inteira que cuida da estrutura da embalagem, do custo, da fabricação e da especificação. Esses departamentos têm poderes deci- sórios? LS decide a respeito de uma embalagem “O designer é o intérprete, mas ele não é treinado na tecnologia. Além da ferramenta técnica, é preciso ter liderança da gestão, para não apenas otimizar o projeto” Lincoln Seragini 16 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Esse profissional tem a missão de ser completo. Qual o conhe- cimento que ele teria dos diferentes materiais e processos industriais de produção? LS – Para gerenciar um processo não é preciso ser especialis- ta. A missão de um gerente é coordenar trabalhos de terceiros. Entender do maior para o menor. Dominar os fundamentos de compatibilidade química dos materiais, e também as regras econômicas. Antigamente as próprias indústrias usuárias tinham que fazer testes, pesquisaspara desenvolver novas idéias de embalagem. Isso está passando para os fornecedo- res, que, para evoluir, também tiveram de aprender design, tomar a iniciativa de ofere- cer idéias novas. A pressão de preço aumentou a busca por diferenciais. Aí os fornecedores passaram a oferecer ser- viços. Mais uma razão para ter dentro da empresa usuária a figura do gestor. FM – Teremos um módulo de tecnolo- gia. A idéia é que o profissional não tenha conhecimentos profundos em todos os aspectos da embalagem, como tampa, rótulos, sistemas de transporte, mas saiba interagir com a indústria, obtendo o máxi- mo que ela pode oferecer. Ele precisa ser capaz de desenvolver uma interlocução qualificada, inclusive com o engenheiro de embalagem, que não será substituído nem dispensado. Como surgiu a idéia do curso? FM – Trabalho na ESPM há treze anos. Buscamos há certo tempo trazer para o Brasil um curso internacional de gestão estratégica do design. Esse projeto não saiu, mas continuamos trabalhando na idéia. Aí partimos para esse modelo. Tem crescido o número de empresas que se propõem a prestar consultoria de embalagem. Esse é um mercado potencial para os futuros alunos? LS – Sim. E é muito bom que isso ocorra, pois abre campo de trabalho. As agências não devem enxergar os consultores como uma ameaça. Há espaço para todos, e só assim o merca- do de embalagem será capaz de evoluir e crescer ainda mais no Brasil. entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini por exemplo, entenderem a importância da embalagem no negócio. Historicamente a embalagem é vista como um custo, um mal necessário. A cultura das empresas valoriza o produ- to. Pensa-se: “O produto eu faço, a embalagem eu compro de terceiros.” Ora, por que as grandes empresas não têm uma embalagem exclusiva, patenteada? Nenhuma empresa grande parte desse princípio. Latinhas de cerveja são todas iguais. Mas as empresas patenteiam o design gráfico. No lado estru- tural, existe o eterno exemplo da garrafa da Coca-Cola... FM – É verdade, a própria Nestlé patenteou a lata do Leite Moça. LS – Há exemplos, mas são poucos. Cito outro. O Marlboro, quando nas- ceu, patenteou a caixinha flip top. Ninguém pôde comprar. Hoje todo mundo usa, mas a exclusividade durou dez anos. Por causa disso, só disso, a marca ganhou a liderança mundial. Esse futuro gerente que nós queremos formar precisa ser subsidiado com ferramentas e argu- mentos para conseguir alcançar a liderança. Não é um passe de mágica, é um processo. O mais importante é vender a idéia. Sem escola não nasce a função. FM – Um médico consegue fazer uma cirurgia porque aprendeu os procedi- mentos médicos. Daí a importância da metodologia sistematizada. Esse profissional novo não vai decidir tudo sozinho. Ele deve atuar junto com o pensamento estratégico da empresa. A dificuldade hoje é atuar no nível de decisão estratégica. É de se esperar que as decisões vão melhorar. É preci- so ter poder de veto. Um dos módulos do curso é o design management, que será de responsabilidade de Ellen Kiss, que fez mestrado em design management na Inglaterra. O Lincoln falará sobre ino- vação, tema em que é referência no mercado. Eu falarei sobre metodologia e fundamentos de design, além de uma disciplina nova, inteligência de embalagem. É uma metodologia em que são utilizadas ferramentas estratégicas para estabelecer um programa de embalagem na empresa. A idéia é que os alunos saibam montar e operacionalizar um programa de inteligência de embalagem na empresa. O design é uma dessas ferramen- tas. O marketing e a comunicação, outra. Nesse campo, a ESPM tem um primeiríssimo time de professores. Buscamos formar pessoas que, além do conhecimento técnico das ferra- mentas, tenham instrumentos de compreensão do consumidor, do varejo, do marketing e da comunicação. res, que, para evoluir, também tiveram de aprender design, tomar a iniciativa de ofere- cer idéias novas. A pressão de preço aumentou a busca por diferenciais. Aí os fornecedores passaram a oferecer ser- viços. Mais uma razão para ter dentro da empresa usuária a figura do gestor. FM gia. A idéia é que o profissional não tenha conhecimentos profundos em todos os aspectos da embalagem, como tampa, rótulos, sistemas de transporte, mas saiba interagir com a indústria, obtendo o máxi- mo que ela pode oferecer. Ele precisa ser – É verdade, a própria Nestlé – Há exemplos, mas são poucos. Cito outro. O Marlboro, quando nas- ceu, patenteou a caixinha flip top. Ninguém pôde comprar. Hoje todo mundo usa, mas a exclusividade durou dez anos. Por causa disso, só disso, a marca ganhou a liderança mundial. Esse futuro gerente que nós queremos formar precisa ser subsidiado com ferramentas e argu- liderança. Não é um passe de mágica, “Esse futuro gerente que nós queremos formar precisa ser subsidiado de ferramentas e argu- mentos para alcançar a liderança. Sem escola não nasce a função” Lincoln Seragini Serviço: Início das aulas: 3/5/2006 Carga Horária: 360 horas/aula Duração: 15 meses Mais informações: (11) 5081-8225 ou candidato@espn.com.br reportagem de capa >>> molhos Consolidado no país após oito anos, mercado de molhos prontos para saladas vive prenúncio de maiores investimentos em apresentação Por Guilherme Kamio Mais tempero à frente? março 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 19 Mais tempero à frente? efrigerante, margarina, sabão em pó. Produtos como esses, hoje tri- viais na cesta de compras do brasi- leiro, foram trazidos ao país pelas multinacionais e rapidamente se tornaram hits de consumo. Os molhos para saladas pare- cem seguir essa carreira. Ano após ano, desde sua estréia nas gôndolas nacionais, cerca de oito anos atrás, essas misturas condimentadas ganham popularidade. Entre 2002 e 2004, por exemplo, o faturamento desse mercado saltou de 334 milhões de reais para 460 milhões de reais, aponta a mais recente leitura divulgada pela AC Nielsen. A verda- de é que os salad dressings, como os molhos para saladas são conhecidos nos Estados Unidos, onde fazem tre- mendo sucesso, atraem progressiva- mente a atenção do ramo alimentício – e também do setor de embalagens. pó. Produtos como esses, hoje tri- multinacionais e rapidamente se tornaram hits FO TO : ST U D IO A G – A N D R É G O D O Y 20 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 bém conta a favor do frasco de PET na área de molhos, somado ao seu custo atraente, “o fato de que nos últimos anos o setor de embalagens tem aperfeiçoado a construção de embalagens do material com notável squeezability” – a capacidade de o frasco dispensar o conteúdo ao ser apertado. Mesmo sem precisar romper com esses quesitos, porém, ainda nota-se hesitação em partir para projetos de embalagens exclusivas. Belizário, da Olveplast, situa que os formatos standard respondem pela grande maioria dos frascos escoados pela empresa às marcas de molhos para saladas. (A propósito, para dar conta de um salto na demanda pelos frascos para molhos, a Olveplast investiu meses atrás em ampliação do ferramental, agregando um novo molde ao seu parque). No entanto, o exe- cutivo confirma já notar sinais de preocupação de alguns clientes em obter embalagens identi- ficadas com suas marcas. Inovação em gotas Um deles é a Castelo Alimentos, que ban- cou o projeto de frascos para molhos com formato gotejado, sem ombros. Projeto que também denota uma preocupação em fugir da estandardização de embalagens de dressings é o dos frascos dos molhos Kenko, da Sakura Alimentos, que igualmente apresentam um per- fil de gota. “Muitas vezes não vale se limitar a seguir as embalagens do líder”, comenta Salles, da Amcor PET Packaging, com propriedade Produtora dasembalagens dos molhos da Masterfoods (Uncle Ben’s), a PremiumPlastic é uma das fornecedoras atentas ao fenôme- no. “A busca de conveniência na alimentação faz a categoria decolar”, avalia Gian Piero Bortone, gerente de vendas da transformadora. “O produto também vem sendo beneficiado pelo crescimento do mercado de consumidores single”, lembra Carlos Belizário Júnior, gerente industrial da Olveplast, de onde saem os frascos dos molhos de produtores como Cargill (Liza e Purilev), Castelo Alimentos e GL Laboratories. Consolidadas no Brasil, as gôndolas de molhos agora aguardam aquilo que é inevitável em qualquer segmento de largo consumo com ascendente disputa entre marcas: apresentações diferenciadas de produto. Sucede que os molhos para saladas do mercado interno ainda utilizam embalagens bastante similares, dominadas pelo binômio frasco transparente de PET e tampa flip-top. De acordo com os fornecedores, trata-se de uma solução “redonda” para o produto, aclamada nos países de onde a mania dos dressings foi importada. Como o produto tem alto apelo visual, com condimentos coloridos dispersados em seu interior, e não é afetado violentamen- te pelos raios ultravioleta, diferentemente de molhos como ketchup e mostarda, a embalagem transparente faz todo sentido. Segundo Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento e engenha- ria da Amcor PET Packaging do Brasil, tam- FO TO S: S TU D IO A G – A N D R É G O D O Y APOSTA – PremiumPlastic acaba de inaugurar nova fábrica de olho na clientela em salad dressings ASCENSÃO – Clientela da Olveplast cresce na área de molhos; frasco da Castelo (à dir. na foto) aposta no perfil de gota 22 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 (áreas de pega) diferentes”. Belizário, da Olveplast, propõe frascos com geo- metrias alternativas, “porém sempre com respeito à ergonomia, fator cru- cial para esse tipo de embalagem”. Uma amostra de como há espaço para se lançar embalagens inovadoras para molhos no Brasil é dada por um lançamento internacional. O produto em questão é um chutney da marca Sharwood’s, da fabricante inglesa Centura Foods. Seu frasco de PET de 322 mililitros, produzido pela RPC, grande fabricante européia de embalagens rígi- das, tem orientação invertida. A tampa flip-top fica na base e o rótulo é aplicado seguindo a disposição de cabeça para baixo. “Queríamos algo insinuante, que apelasse ao consumidor de molhos, e conseguimos”, comenta Helen Williams, gerente da marca Sharwood’s. O certo é que, conforme o setor nacional de embalagens deixa claro, existem condições para inovar na apresentação de molhos para sala- das. Elas estão à mesa. Caberá aos fabricantes decidir se valerá a pena dar maior tempero às prateleiras do produto. Amcor PET Packaging (11) 4589-8000 www.amcor.com Olveplast (11) 4191-8222 www.olveplast.com.br PremiumPlastic (11) 4655-1051 www.premiumplastic.net RPC www.rpc-group.com Sart/Dreamaker (11) 3887-4133 www.sart.com.br (áreas de pega) diferentes”. Belizário, da Olveplast, propõe frascos com geo- metrias alternativas, “porém sempre com respeito à ergonomia, fator cru- cial para esse tipo de embalagem”. para se lançar embalagens inovadoras para molhos no Brasil é dada por um lançamento internacional. O produto em questão é um chutney da marca Sharwood’s, – a empresa fabrica os frascos da Sakura e os da poderosa família de molhos Hellmann’s, da Unilever, pioneira e líder do segmento no país. A Hellmann’s seria uma capitã natural de inovações em embalagem na área de molhos. Convém lembrar que a Unilever não titubeou em migrar as maioneses da mesma marca dos potes de vidro para o PET há cerca de dois anos. Só que a marca líder somente atualizou os shapes de seus frascos uma vez em oito anos. A prioridade tem sido os upgrades nos visuais dos rótulos, sendo que o último deles, no ano pas- sado, ficou a cargo da agência Sart/Dreamaker. “A lógica de quem está na dianteira parece ser a de não mexer em time que está ganhando”, pondera um especialista em embalagens que pede para não ser identificado. Do balcão da PremiumPlastic, que acaba de inaugurar uma nova fábrica com GMP próprio para o atendimento da indústria alimentícia, em Arujá (SP), o gerente de vendas Gian Piero Bortone informa que estão em curso “alguns projetos de frascos personalizados para esse segmento”. Atualmente, a empresa produz fras- cos exclusivos somente para os dressings da Masterfoods. “Estamos dispostos a estudar for- matos diferenciados para esse tipo de embala- gem”, diz Bortone. Segundo ele, o crescimento do mercado implicará em desenvolvimentos de novos tamanhos de frascos, tanto menores – de olho nas pessoas que moram sozinhas – quanto maiores – para famílias com quatro ou mais integrantes. Outros profis- sionais até sugerem mudanças mais radi- cais. “Impressões em serigrafia, como ocorre em frascos de xampus e cosméticos, poderiam ser inte- ressantes para dife- renciação de linhas de molhos”, sugere Salles, da Amcor PET Packaging. “Outras possibilidades são o uso de engravings (relevos) nas paredes da embalagem, conci- liado com os rótulos, e projetos de grips TENDÊNCIA – Lá fora, chutney inova com base invertida FO TO S: S TU D IO A G – A N D R É G O D O Y D IV U LG A Ç Ã O DIANTEIRA – Amcor PET Packaging produz os frascos da líder Hellmann’s e da Sakura/Kenko (no destaque), uma das marcas que apostam na fuga dos frascos standard 24 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 lássicos dos balcões de pada- ria e das mesas de bares, restaurantes e lares brasileiros, os molhos de mesa – pimenta, molho inglês, molho de alho – começam a atender a um clamor de boa parte de seus entusiastas: a substituição das tampas de rosca por mecanismos flip-top. Para o consumidor, a tampa basculante significa conveniência. É prática, não se perde e dispensa o uso da faca ou de outro ins- trumento pontiagudo para o corte do batoque plástico que tradicionalmente conjuga-se à tampa de rosca. Em vez do batoque, as tampas flip-top que vêm sendo utilizadas pelos molhos de mesa utilizam um bico dosador, que controla o fluxo do produto. Uma das mais recentes adeptas das tampas flip-top nessa área é a Fuchs do Brasil, produtora dos molhos Jimmi. As peças são importadas de fornecedores alemães cujos nomes a empresa não revela. Segundo a Fuchs, a troca das tampas elevou as vendas, embora a empre- sa também se esquive de detalhar números. “A flip-top permite a abertura dos frascos apenas com o polegar, enquanto a tampa de rosca requer o uso das duas mãos para abertura e fechamento”, lembra a gerente de marketing da companhia, Ana Lúcia Schledorn. “A pra- ticidade é incomparável”. Clássico da Jimmi, o molho inglês foi o escolhido para estrear o novo fechamento. O sucesso trasladou a solução ao shoyu e aos molhos de alho e de pimenta, todos cativos dos frascos de vidro da Owens-Illinois do Brasil. Conforme situa Luiz Adolfo Basqueira, diretor comercial da Jaguar Plásticos, umas das poucas empresas a fornecer tampas flip- top para frascos de 150 mililitros no país, os dosadores possuem diâmetro calculado de acordo com a espessura do líquido, para que ele seja servido na medida exata. As medidas do orifício também levam em consideração o equilíbrio dimensional do frasco, de modo a reportagem de capa >>> molhos prontos C Molhos de mesa investem em apelo prático com tampas flip-top Fator polegar em alta evitar que sobras do molho escorram quan- do a embalagem volta à posição vertical, explica Ricardo Rodrigues, representante comercial do grupo. As tampas injetadas da Jaguar foram elaboradas paraa aplica- ção em frascos de PET, mas podem ser usadas em recipientes de vidro, desde que a terminação do gargalo tenha as mesmas dimensões. A segurança também é um quesito avaliado pelos usuários na hora de levar adiante a substituição das tam- pas de rosca pelas flip-top. Ocorre que alguns modelos destas últimas já incorporam um lacre protetor. Tome-se como exemplo a Sakura, cujas tampas flip-top recém-adotadas para a linha Kenko de molhos de mesa envasados em frascos de PET apresentam um anel rígido de segurança ao redor do fechamento. Os den- tes que unem o lacre ao corpo da tampa são destacados no momento da abertura. A substituição das tampas dos molhos Kenko foi realizada há cerca de um ano e baseou-se em extenso programa de pesquisas mercado- lógicas e de desenvolvimento técnico, segundo afirma Henry Nakaya, gerente de marketing da companhia. “O resultado”, afirma o executivo, “foi a apro- vação total por parte do consu- midor, que informou sentir-se mais seguro. Isso se refletiu no aumento das vendas acima das expectativas da empresa”. Nakaya, no entanto, também mostra-se refratário a revelar dados de desempenho merca- dológico e a identidade do forne- cedor das flip-tops da Sakura. É um indício de como as tampas acionadas pelo polegar vêm sendo encaradas como ferramenta estratégica para aumentar vendas na categoria. EM VOGA – Mais práticas que as de rosca, tampas flip-top começam a ser estrategicamente adotadas por marcas como Jimmi (à dir.) e Kenko (acima) Jaguar Plásticos (19) 3867-2831 www.jaguar.ind.br Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br FO TO S: D IV U LG A Ç Ã O rotulagem >>> alimentos Nível de gordura trans de alimentos deverá ser informado nas embalagens a partir de agosto Para transmitir uem avisa é a Anvisa, a autoridade máxima em vigilância sanitária no Brasil. A partir de agosto as embalagens das indústrias alimentícias terão de exibir a quantidade presente em seus produtos de gordura trans – ou ácido graxo transverso, substância que aumenta o nível do chamado colesterol ruim no organismo. A nova regra foi escrita pela Anvisa em conjunto com os órgãos competentes dos demais países do Mercosul, a fim de padro- nizar a apresentação dos alimentos e facilitar seu trânsito no bloco geopolítico sul-americano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a gordura trans não ultrapasse 1% do consumo calórico diário. Essa informação, porém, dificilmente constará das tabelas nutricionais a serem adotadas pelos alimentos brasileiros. “Não podemos recomendar o consumo mínimo de uma coisa ruim como a gordura trans”, declarou a gerente de produtos especiais da Anvisa, Antonia Maria de Aquino, ao diário O Estado de S. Paulo. Segundo ela, diversas indústrias já ava- liam seus produtos, para modificar embalagens e adaptar-se às novas regras da Anvisa. Ações de reforço do caráter informativo das embalagens têm gerado barulho mundo afora. O McDonald’s, por exemplo, já encampa uma política mundial de estampar informações nutricionais minuciosas em suas embalagens. Lançados em fevereiro, no início da vigésima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Turim, na Itália, os novos recipientes chegarão às 20 000 unidades da rede até o fim de 2006. Um artigo recente da revista The Economist ventila que, com decisões desse tipo, empresas como o McDonald’s não apenas visam polir suas imagens, mas também garantir um “álibi” para possíveis que- relas futuras com consumidores que alegarem prejuízos à saúde causados pela ingestão de seus gordurosos quitutes. Q CUIDADO – Novas embalagens do McDonald’s, com dados nutricionais, são apresentadas pelo presidente mundial da empresa, Mike Roberts, em Turim. Rigor informativo das embalagens também recrudesce no Brasil SC O TT H A LL ER A N / P R N EW SW IR E Anvisa: (61) 3448-1000 • www.anvisa.gov.br oas novas para o merchandising em ponto-de-venda chegam do exterior, através de cartas. São os displays dobráveis e de fácil montagem Lamà, patenteados pela empresa francesa Marin’s. A grande cartada des- ses expositores: desmontados, eles adqui- rem tamanho reduzido, sendo guardados em envelopes. Assim, toda a sua logística, incluída aí a realocação em grandes espaços, como supermercados e megastores, é prática e simples. Segundo a fabricante, os displays Lamà reduzem de 20% a 30% os custos com transporte, além de garantirem economia em manuseio, armazenagem e montagem no PDV. Quem recentemente aderiu aos displays Lamà foi a Colgate brasileira, para apre- sentar sua linha infantil de escovas dentais. Literalmente de olho no crescimento do seu público-alvo, a Colgate optou por um mode- lo de papelão com mais de 2 metros que traz, em uma das laterais, uma régua de 1,5 metro. Com ela, as crianças podem medir sua altura a cada ida ao supermercado. A estrutura é composta por 24 gancheiras, com capacida- de para cinco escovas cada uma. Os displays Lamà também estão atu- almente espalhados por 1 350 agências do Unibanco, em projetos com janelas transpa- rentes de PVC e dimensões de 1,90 metro de altura e 65 centímetros de largura. É esse formato, de acordo com José Cosme Fernandes, diretor da filial brasileira da Marin’s, o de maior saída no país. O executivo situa que os displays Lamà são impressos em até seis cores, em equipamentos da própria fornecedora, e contemplam uma série de modelos. Além das com gancheiras, existem versões com vitrine, prateleiras e mesas para degustação. Para este ano, está previsto o lançamento de novos displays com função de outdoor e versões de quatro faces. marcas >>> ponto-de-venda B Agilidade e redução de custos são trunfos de novos displays dobráveis Do envelope à exposição 26 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 GIGANTE – Colgate opta por modelo de display com 2 metros para apresentar sua linha de escovas infantis. A estrutura vem com uma régua para medir o tamanho dos pequenos consumidores Marin´s (11) 4148-3008 www.marins.net FO TO S: S TU D IO A G – A N D R É G O D O Y tecnologia >>> higiene e beleza Projeto mostra potencial das embalagens que exalam fragrância do cosmético acondicionado Ao faro fino aior sinestesia, ou seja, combinação de experi- ências sensoriais, é algo que as indústrias de bens de largo consumo, principalmente de cosméticos, cada vez mais procu- ram trabalhar em suas embalagens. A essas empresas, a química americana Eastman propõe uma interessante solu- ção: recipientes produzidos com plás- ticos de alto valor agregado contendo aromas encapsulados, que se dispersam no ambiente. Um exemplo prático dessa possibili- dade está sendo exibido num programa de amostragem da empresa, nomeado Material Difference. Nele, um pote de espessas paredes transparentes, mol- dado por injeção e sopro com Glass Polymer, um grupo de termoplásticos que emulam propriedades visuais e táteis do vidro, acondiciona um creme com fragrâncias de chocolate, baunilha e laranja batizado com a marca fictícia Chocolatine. A tampa do pote emprega uma resina natural aromatizada (acetato de celulose), produzida com uma tec- nologia de encapsulação que lhe con- fere a mesma fragrância do produto M Eastman (11) 4506-1000 www.eastman.com.br. DOCE – Tampas exalam odor de chocolate, o mesmo do conteúdo D IV U LG A Ç Ã O acondicionado. Além de atrair o olfato, o odor exalado, o mesmo do produto, desestimula violações da embalagem no ponto-de-venda. Segundo a Eastman, o Chocolatine demonstra como a sinergia de diferentes competências pode criar produtos ino- vadores. O projeto só conseguiutomar forma graças a uma parceria entre a quí- mica e a casa espanhola de fragrâncias Eurofragrance, a fabricante sul-coreana de embalagens para cosméticos EJ Pack e a americana Rotuba, produtora da linha Auracell de cápsulas de aroma. Conforme a Eastman sublinha, a amos- tra “ilustra o potencial da encapsulação e a qualidade do Glass Polymer na pro- dução de recipientes com paredes gros- sas e geometria complexa. Informações sobre o programa de amostragem Material Difference podem ser aces- sadas no Eastman Innovation Lab, um site criado pela química americana para estimular inovações em design (www. innovationlab.eastman.com). EJ Pack www.ejpack.com Rotuba www.rotuba.com 28 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 a tentativa de jogar água fria sobre os concorrentes de um mercado aquecido, cujo faturamento foi de 2,8 bilhões de reais em 2005, a Unilever decidiu apostar em um produto inovador unindo duas marcas líderes – Omo e Confort – em um mesmo detergente em pó. O crossover faz todo sentido. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa, 56% das consumidoras de Omo também usam o amaciante Comfort. Outro fator embasa boas perspectivas para o produto: a combinação do sabão em pó Surf, de apelo popular, com o amaciante Fofo, lançada cerca de um ano atrás, é um sucesso. Já responde por 25% das vendas da marca Surf e alcançou cinco pontos de market share. Para a apresentação do novo Omo, foi necessária uma solução em embalagem que destacasse os dois componentes, porém dando mais ênfase ao sabão em pó, estrela principal da parceria. Os cartuchos de papel cartão “horizontalizados” da Dixie Toga, já utilizados em outros itens da linha Omo desde meados de 2005, foram os escolhidos. A caixinha bojuda, mais baixa e de maior comprimento lateral e maior profundida- de, recebe impressão em rotogravura cinco cores com a marca Omo sublinhada pela palavra Confort em curvas “costuradas”, que buscam aludir à maciez. Um verniz especial na embalagem barra a umidade, evitando o endurecimento do pó. A novidade contraria a onda de estratégias de promoção do tipo “dois em um”. Andréa Salgueiro, diretora de marketing de higiene e limpeza da Unilever, explica que o intuito é incentivar a combinação das poderosas marcas na lavagem de roupas, tornando o casamento um sinônimo de máxima eficácia. Prova disso – e de que a multinacional não quer ver arrefecidas as vendas do amaciante –, paralelamente, a Unilever lança nova edição de Comfort, justamente com a mesma fragrância do detergente em pó (Aloe Vera) e uma peque- marcas >>> limpeza doméstica N Cruzamento de Omo e Comfort é a nova tática da Unilever para se perpetuar na liderança em limpeza de roupas Para amaciar a concorrência na tarja na embalagem com a frase “recomen- dado por Omo”. As garrafas de polietileno de alta densidade (PEAD), fornecidas pela Sinimplast, ganharam rótulos auto-adesivos impressos pela Prodesmaq em off-set cinco cores mais a aplicação de verniz UV. Assim como a combinação de Omo e Comfort, a nova embalagem do amaciante também foi desenha- da pela Rex Design, que optou por repetir as linhas costuradas e os grafismos em forma de coração onde aparece o termo Aloe Vera. Foram investidos 15 milhões de reais no projeto do novo Omo, cuja divulgação segui- rá a campanha “Porque se sujar faz bem”. Em busca de manter a liderança de mercado de 40,4%, segundo o instituto AC Nielsen, o novo item da marca irá disputar faixas de preço de cinco a seis reais, próximas ao emer- gente concorrente Assim, da Assolan. Dixie Toga (11) 6982-9497 www.dixietoga.com.br Prodesmaq (19) 3876-9300 www.prodesmaq.com.br Rex Design (11) 3862-5121 www.rexnet.com.br Sinimplast (11) 3683-0137 www.sinimplast.com.br DUPLA LIDERANÇA – Novo Omo com toque de Confort se vale de 56% das consumidoras que compartilham a preferência entre o sabão em pó e o amaciante FO TO S: D IV U LG A Ç Ã O março 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 29 em sempre as embalagens primárias são consideradas parte integrante dos medicamentos, e isso pode oca- sionar sérios problemas. Veja-se o caso das tampas de borracha, largamente utili- zadas nas embalagens de fármacos injetáveis. Reações químicas indesejáveis entre esses pro- dutos e a fórmula do medicamento, vedação imprecisa e a fragmentação da borracha, liberan- do partículas no produto, são exemplos de riscos aos quais as drogas ficam expostas quando estudos de sua compatibilidade com as tampas pecam em rigor. Só que nem sempre é possível estabelecer níveis de segurança nessa interação. Atenta a isso, a americana West Pharmaceutical Services, importante fornecedora de embalagens para a indústria farmacêutica, disponibiliza aos fechamentos >>> medicamentos N Tampa de borracha com flúor garante segurança de medicamentos injetáveis Risco zero FLÚOR – Tampas da West possuem revestimento fluoretado: segurança para fármacos injetáveis seus clientes uma linha de tampas especiais. Com a marca FluroTec, essas tampas de borracha possuem um filme de revestimento fluoretizado. “Esse revestimento proporciona uma barreira, evitando reações entre tampa e conteúdo que produzem os chamados extraíveis orgânicos e inorgânicos, substâncias indesejá- veis para a droga, e minimiza a interação entre a droga e a tampa, mantendo a integridade do medicamento”, explica Vanessa Marks, analista de marketing da subsidiária brasileira da West. A West, através do seu Departamento de Suporte Técnico, avalia a necessidade ou não do uso dos revestimentos, bem como a melhor formulação de borracha para cada fármaco, levando em conta a fórmula do produto, seu processo de embalagem e sua forma de aplicação. West Pharmaceutical Services (11) 4055-6060 www.westpharma.com DIVUL GAÇÃ O 32 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Ano pode ser melhor para o vidroGrande assédioEm fevereiro a Marca Brasil comple- tou um ano registrando 1 045 pedidos de uso. Criada por órgãos governa- mentais para identificar o turismo brasileiro no exterior, a marca pas- sou a ser adotada em embalagens de produtos de exportação de empresas como Matte Leão, Nestlé e Carrefour. Promoções na Imaje Marcio Caillaux assumiu a gerência operacional da fabricante de codifica- doras Imaje Brasil. O profissional atua na área comercial da empresa desde 1999. Por sua vez, Cláudia Pereira, responsável pela área de marketing da Imaje, assume também a gerência de marketing da América Latina. Sacolas verdes em voga Numa iniciativa apoiada pela prefeitu- ra do Rio de Janeiro, a rede de super- mercados Mundial começou a utilizar sacolas produzidas com plástico oxi- biodegradável (de degradação acele- rada). Outra ação com sacolas desse tipo foi encampada pelo Bradesco em praias espalhadas pelo Brasil. As duas embalagens têm a tecnologia D2W, da inglesa Symphony, licencia- da no país pela RES Brasil. Já passam de sessenta os transformadores aptos a trabalhar com a tecnologia. Tudo sobre PVC na web Com o objetivo de oferecer maior interatividade e mais informações técnicas e ambientais, o Instituto do PVC lançou o seu Portal do PVC na internet (www.portaldopvc.com.br). O portal é dotado de diferentes fer- ramentas operacionais, de modo a facilitar a busca de informações pelos interessados. Risco nos carrinhos Uma pesquisa realizada pelo Comitê de Proteção ao Consumidor da Coréia do Sul mostrou que carrinhos de supermercado são os objetos mais contaminados por bactérias entre os itens freqüentemente usados no dia- a-dia. Em seguida vieram os mouses de cibercafés, as alças de ônibus e as maçanetas de banheiros públicos. O segmento de embalagens res- pondeu por 31,1% do faturamento das produtoras de vidroem 2005 – ou 1,168 bilhão de reais –, conso- lidando-se como principal negócio do setor. Tais dados constam do mais novo Anuário da Abividro – Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas do Vidro, que acaba de ser lançado. No capítulo sobre embalagens, o volume destaca cases aborda- dos numa recente reportagem de EMBALAGEMMARCA (nº 75, novembro de 2005), como os novos potes das conservas Olé e do creme Nutella e as garrafas da cerve- ja Bohemia Confraria e do rum Montilla. O presidente da entidade, Jean-Pierre Floris, visualiza um crescimento de 3% a 4% em 2006 para o setor vidreiro. “A Copa do Mundo deve aquecer os negócios para os fabricantes de embalagens e de equipamentos para televisores”, aposta o executivo. 0800 7720 207 • www.abividro.org.br0800 7720 207 • www.abividro.org.br Sigdopack quer ampliar a presença Mais um sintoma do bom momen- to para os filmes de polipropileno biorientado (BOPP) na América do Sul. A holding chilena Sigdo Koppers anunciou que sua sub- sidiária Sigdopack irá construir uma nova planta desse material na Argentina, próxima a Buenos Aires. Com isso, a Sigdopack irá dobrar sua capacidade, hoje de 31 500 toneladas anuais, baseada na pro- dução de sua matriz de Santiago. O investimento na nova fábrica será de cerca de 50 milhões de dólares. Importados por algumas convertedoras nacionais, os filmes de BOPP da Sigdopack são utili- zados por aqui principalmente no segmento de salgadinhos. www.sigdopack.cl “Como já era previsto, nossa indústria não viveu uma situação confortável diante da série de dificuldades enfrentadas durante o ano de 2005. Situação muito diferente de 2004, ano que foi excelente para o setor” De Eli Kattan, presidente da Afipol – Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Poliolefínicas. O setor faturou cerca de 700 milhões de reais em 2005. As produções de sacaria para açúcar, fertilizantes e rações caíram respectivamente, em unidades, 20%, 21,7% e 13,4% comparadas às de 2004. Somente a sacaria para grãos, que representa apenas 4% do volume total da produção do setor, se destacou, registrando alta de 37,7%. Kattan estima que o setor irá crescer de 3% a 5% em volume em 2006. 34 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Marcas fortes também influem em insumos. Quase cinco meses após ter adquirido o controle da Polibrasil, criando a Suzano Petroquímica, o Grupo Suzano anuncia que irá utilizar a marca PP-Polibrasil em seus negó- cios. “O objetivo da ação é reforçar a comu- nicação com os clientes, resgatando o antigo nome da companhia que durante décadas foi referência no mercado de polipropileno no Brasil e na América Latina”, explica o diretor- superintendente da Suzano Petroquímica, José Ricardo Roriz Coelho. A companhia detém cerca de 45% de participação no mercado nacional de polipropileno e 500 clientes locais. Retomada da referência Papel cartão conquista Moscou Maior cervejaria russa, a Baltika tornou-se cliente da Klabin. A indústria brasileira fornece as novas multipacks de papel cartão que a engarrafadora utiliza para comercializar quatro unidades de garrafas long neck. O leste europeu é uma região promissora para os negócios da Klabin. Lá, o conceito de multipack cartonada ainda é novo, assim como o formato long neck de garrafas de vidro (na foto ao lado). A mesma multipack da Baltika também é exportada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Basf propõe espumas avançadas Em vez das espumas de polies- tireno expandido (EPS), que ela ajudou a difundir há quase cinqüenta anos com a célebre marca Isopor, a Basf agora quer popularizar uma outra solução para a produção de embala- gens de transporte e proteção. Trata-se da Neopolen P, linha de espumas de polipropileno expan- dido (EPP) que acaba de ganhar cinco novas variantes. Segundo a gigante química alemã, o material deriva em peças mais robustas e com melhor desem- penho na absorção de choques que o EPS. Uma possibilida- de de aplicação dos novos materiais, sugere a Basf, é a produção de embalagens de despacho para refeições com diferentes cores, identificando pratos frios e quentes. Enquanto aguardam utilizações em massa como embalagem, os novos grades do Neopolen P já come- çam a ser utilizados na criação de brinquedos. É o caso de um conjunto de tijolos encaixáveis da alemã DVHV (veja a imagem abaixo). www.basf.de/neopolen Papel cartão conquista Moscou garrafas long neck. O leste europeu negócios da Klabin. Lá, o conceito Olhos atentos a um mercado em expansão A julgar pelos números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), não é difícil descobrir para que ramo a indús- tria de embalagens deve mirar seus esforços em 2006 se não quiser perder um bonde certeiro. Segundo a associação, 109 novas empresas foram criadas em 2005, todas devidamente autorizadas e regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Esse número significou um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior. Um dos destaques do crescimento é o Estado da Bahia, que viu sua indústria cosmética aumen- tar em dezesseis empresas de 2003 até final de 2005. Para este ano, o cenário continua promissor. Segundo o presidente da Abihpec, João Carlos Basílio da Silva, os próximos obje- tivos são combater a informalidade sanitária e garantir o tratamento adequado às pequenas e médias empresas do setor. “Por serem ágeis e dinâmicas, elas conseguem identificar nichos especiais, lançar produtos diferenciados e abrir novos mercados”, afirma ele. www.abihpec.org.br 36 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 esquise-se, nas divisões de marke- ting das indústrias de bebidas, a reputação das garrafas de PET para o envase a quente de chás, sucos e isotônicos. Seguramente pedras voarão sobre os chamados painéis de dilatação dessas embalagens. É compreensível. Tais painéis, esqueletos frisados ou estriados projetados nas paredes das garrafas, são vistos por muitos que cuidam da imagem dos produtos como um mal necessário. Ocorre que, se por um lado eles acomodam o vácuo formado quando o líquido acondicionado resfria e se contrai, evitando deformações da garrafa, por outro eles com- plicam a rotulagem, embargam a ergonomia e cerceiam a liberdade de design da embalagem. Boas novas para os apedrejadores: garrafas de PET desprovidas dos painéis laterais começam a se difundir no exterior, e algumas delas já podem ser adquiridas aqui. plásticas >>> bebidas P Garrafas para envase a quente com paredes lisas, sem painéis de dilatação, prometem polir a imagem do PET nas gôndolas de sucos, chás e similares Um novo trunfo na lisura FO TO S: D IV U LG A Ç Ã O Uma dessas garrafas libertas dos painéis, ou panel-less, na definição em inglês, é a PowerFlex, da Amcor PET Packaging, lançada em meados do ano passado. Em vez dos arcabouços laterais, é a sua base que absorve a distorção ocasionada pelo vácuo. Como um diafragma, a base con- verge para o interior da garrafa à medida que o líquido resfria, ganhando o formato de um cone invertido. As primeiras utilizações da nova garra- fa aconteceram nos Estados Unidos, no segundo semestre de 2005, com uma família de chás prontos da Tradewinds Tea e com águas com sabores da marca Trinity Springs. Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento e engenharia da subsidiária brasileira da Amcor PET Packaging, situa que um trabalho de apre- sentação da PowerFlex ao setor nacional de bebidas já se encontra em curso. “A atenção despertada por essa embalagem é enorme”, relata o executivo. De acordo com ele, a PowerFlex PIONEIROS – Chás prontos Tradewinds estão entre os primeiros clientes da garrafasem painéis PowerFlex, da Amcor PET Packaging 38 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 pode rodar nas mesmas linhas de envase a quen- te das garrafas contendo painéis, e também nas linhas de enchimento para vidro, com mínima ou nenhuma alteração de configurações. Atividade é da base Sob o nome comercial ATP (sigla para Active Transverse Panel, ou “Painel Transverso Ativo”, numa tradução livre do inglês), outra garrafa de PET para hot-fill sem painéis laterais é destacada pela americana Graham Packaging. A empresa brande o pioneirismo na área, tendo lançado ofi- cialmente sua embalagem em agosto de 2004, e também vantagens de custo em relação à concor- rência. “Nossas garrafas ATP são as mais leves do mercado”, afirma John Denner, diretor de serviços globais de desenvolvimento da matriz da Graham Packaging. Conforme ele explica, a ATP funciona a partir de mecânica similar à da PowerFlex, cabendo à base da garrafa o papel ativo na absorção do vácuo. Por ora, a principal usuária da ATP é a produtora americana de chás prontos Honest Tea. Com uma operação brasileira hoje mais focada na produção de embalagens para óleos automotivos, alimentos, defensivos agrícolas e cosméticos, a Graham se aquece para investir sobre as bebidas nacionais cativas do enchi- mento a quente. “Queremos expandir negó- cios entre os engarrafadores brasileiros e nossa garrafa ATP está à disposição deles”, contou a EMBALAGEMMARCA o americano Paul Young, vice-presidente de negócios em PET da Graham Packaging. “De início, as embalagens poderão ser fornecidas via importações. Com massa críti- ca, nossa planta brasileira passaria a fabricá-las.” Inicialmente, as proponentes das garrafas sem painéis miram as linhas de chás, sucos e outras bebidas apelativas à saúde posicionadas em faixas premium. No raciocínio do americano David Andison, vice-presidente de estratégias de mercado da Amcor PET Packaging, “mui- tas marcas adotaram só vidro por não terem encontrado uma solução em PET que conjugasse envase a quente com nobreza estética”. Para ele, as garrafas panel-less irão virar esse jogo. Nesse ponto, John Denner, da Graham Packaging, lembra que as paredes lisas das novas garrafas de PET permitem decorações com rótulos auto- adesivos ou termoencolhíveis sem riscos dos enrugamentos associados aos painéis. “Ademais, o PET abate custos de frete e é inquebrável, podendo sofrer grandes empilhamentos e explo- rar canais em que o vidro encontra restrições, como casas noturnas.” DISPONIBILIDADE Também sem painéis de dilatação, garrafas ATP da Graham Packaging, como as dos chás americanos Honest Tea, já estão ao alcance das indústrias nacionais FONTE – PowerFlex também foi adotada para águas com sabor da Trinity Springs Amcor PET Packaging (11) 4589-3000 www.amcor.com Graham Packaging (11) 3901-7900 www.grahampackaging.com CONGRAF CONGRAF 42 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006 Braskem (11) 3443-9999 www.braskem.com.br Milliken (11) 3043-7170 www.clearpp.com Packpet (11) 4198-7750 www.packpet.com.br Sidel (11) 3783-8800 www.sidel.com m vias de completar seu primeiro aniversá- rio, a garrafa de polipropileno (PP) de alta transparência produzida pela Packpet, pioneira mundial na sua fabricação em escala pelo processo de injeção, estiramento e sopro – conhecido pela sigla em inglês ISBM – engatou marcha rápida no mer- cado de bebidas. Conforme situa Vitor Garcia, diretor da transformadora, a nova embalagem de PP já atende a mais de quinze clientes nos ramos de refrescos, bebidas mistas e repositores energéticos. “Assim como outros segmentos, esse mercado também tem necessidade de embalagens transparentes em resposta à demanda do consumidor”, pondera o dirigente. Desenvolvida com investimentos de um tripé com- pletado pela petroquímica Braskem e pela fabricante de aditivos químicos Milliken, e com a participação da produtora de máquinas Sidel, a garrafa veio bem a calhar para o quadro brasileiro, em que a maior parte das peque- nas e médias engarrafadoras de refrescos, alicerçada em produção de menor escala, tinha dificuldade de diferen- ciação com custo competitivo. “A garrafa transparente de PP permite que essas marcas aumentem sua percepção de valor, e isso é notado pelo consumidor”, defende Garcia. “Ademais”, ele frisa, “no processo de produção ISBM o gargalo é injetado, permitindo um tamponamento perfeito, sem vazamentos e sem necessidade de uso de selos de vedação, refletindo de um lado redução de custos e de outro maior confiabilidade perante o consumidor”. Para aplicações mais sofisticadas, a embalagem de PP suporta envase a quente, a temperaturas de até 95º C, desde que o design seja adequado, com a utilização de painéis de dilatação (veja reportagem na pág. 36). Adorado por ameri- canos e europeus, o envase a quente de bebidas em embala- gens plásticas, principalmente garrafas de PET, ainda possui uma base usuária seleta no Brasil. “Em relação ao PET a nossa garrafa só perde em propriedades de barreira a gases, porém permite uma redução significativa de peso graças à superior resistência do PP à alta temperatura”, explica Garcia, sem perder de vista o potencial do envase a quente no aquecido mercado nacional de bebidas, cada vez mais favorável a produtos apelativos à vida saudável. plásticas >>> sucos e chás E Em um ano, garrafa de PP de alta transparência conquista produtores pequenos e médios de refrescos ao aliar vantagens de custo e de imagem Rápida popularidade FORÇA - GuaraPower é uma das mais de quinze bebidas que adotaram a garrafa de PP da Packpet ST U D IO A G – A N D R É G O D O Y lobalizar, mas com um olhar regio- nal. Esse desafio permanente para as multinacionais acaba de inspi- rar uma solução apaziguadora da Coca-Cola. Para promover a nacionalização da sua grife mundial Minute Maid, um bastião da categoria de sucos prontos para beber, com 59 anos, a gigante americana decidiu mesclá-la à brasileiríssima Sucos Mais, que ela adquirira em agosto do ano passado, criando assim a linha Minute Maid Mais. A nova marca come- çou a aportar no varejo em fevereiro. De acordo com Sandor Hagen, diretor de novos produtos da Coca-Cola Brasil, a inclusão dos sucos Mais sob o chapéu da Minute Maid irá alinhar ainda mais o portfólio brasileiro da companhia ao seu padrão internacional, permitindo maior sinergia com outros países e economia de escala em promoções e marketing. “Ao mesmo tempo, a marca Mais, um caso de sucesso no Brasil, continuará na memória dos consumidores”, afirma o executivo. A princí- pio, a Minute Maid Mais preservará o mix de embalagens dos Sucos Mais, composto por caixinhas Tetra Brik Aseptic de 200 mililitros e de 1 litro da Tetra Pak, latinhas de alumínio marcas >>> sucos prontos Tutelando linha Mais, Minute Maid, referência mundial em sucos, chega ao Brasil Uma grife global à Mais D IV U LG A Ç Ã O Ana Couto Branding & Design (21) 3205-9970 www.anacouto.com Owens-Illinois do Brasil (11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br Rexam (21) 3231-3300 www.rexamcan.com.br Tetra Pak (11) 5501-3200 www.tetrapak.com.br CARTÃO DE VISITA Caixinha Tetra Brik Aseptic é um dos suportes da Minute Maid Mais. Latinha e garrafa de vidro são os outros G de 355 mililitros da Rexam e garrafa de vidro one way de 250 mililitros da Owens-Illinois do Brasil. “As embalagens, porém, agora apresen- tam um visual mais moderno, graças ao novo grafismo”, defende Hagen, aludindo ao trabalho de design coordenado pelo escritório Ana Couto Branding & Design. A chegada da Minute Maid passa recibo do desejo da Coca-Cola de faturar mais no mer- cado de bebidas não-carbonatadas
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