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CONSERVAÇÃO DE FORRAGEM - ENSILAGEM - Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves Eng. Agrônomo, MSc., DSc. em Zootecnia Departamento de Ciências Animais UFERSA/Campus de Mossoró UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI ÁRIDO CAMPUS DE MOSSORÓ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS Mossoró – RN 2012 1. INTRODUÇÃO 2 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves Pastagens X Ruminantes AS PASTAGENS SÃO A PRINCIPAL FORMA DE ALIMENTAÇÃO DE ANIMAIS RUMINANTES NO BRASIL 90% da carne produzida Grande parte da produção leiteira nacional 1. INTRODUÇÃO 3 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró PROBLEMA!!! SOLUÇÕES: Produção de silagem e feno; Tratamento de volumosos; Cana de açúcar (↑ Valor Nutritivo na época seca) Estacionalidade na produção de forragem na época seca Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 4 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 5 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves O que é Silagem??? Hum... Sei não amigo! 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 6 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves TERMINOLOGIAS: I. ENSILAGEM “Processo de fermentação que tem por objetivo a conservação da forragem no seu estado úmido na ausência de ar” II. SILO “Local de armazenamento da planta forrageira picada que passará por um processo fermentativo” III. SILAGEM “Produto resultante da fermentação da planta forrageira na ausência de ar, moída e acondicionada rapidamente em estrutura de armazenagem” 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 7 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves OBJETIVO PRINCIPAL: Conservação dos nutrientes da planta Id a d e d a P la n ta Qualidade Ruim ENSILAGEM Processo fermentativo 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 8 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DA SILAGEM FATORES Teor de matéria seca da planta forrageira (28 a 34%) (McCullogh, 1977) Teor de carboidratos solúvels (CHOsol) (13 a 16%) Catchpoole & Henzel (1971) Poder tampão da planta forrageira 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 9 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PRINCIPAIS FORRAGEIRAS INDICADAS PARA A ENSILAGEM Milho Gramínea mais indicada; Elevado conteúdo em energia (amido); Facilidade de mecanização; Alta produção de MS/ha; Rendimento variando entre 9,7 a 14 ton./ha; Indicação de híbridos precoces com maior porcentagem de grãos na matéria seca (40 a 50%). 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 10 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PRINCIPAIS FORRAGEIRAS INDICADAS PARA A ENSILAGEM Sorgo Apresenta aproximadamente 80% da energia do milho; Cultura mais resistente à seca; Alta produção de MS/ha; Rendimento variando entre 6,5 a 12 ton./ha; Cuidados com a concentração de taninos. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 11 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PRINCIPAIS FORRAGEIRAS INDICADAS PARA A ENSILAGEM Capim elefante Gramínea que apresenta elevada produção; Boa aceitabilidade pelos animais; Bom valor nutritivo; Produções de 70 a 90 ton MV/ha.; Bastante difundido no Nordeste. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 12 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PONTO DE COLHEITA Maturidade ou Umidade Umidade ou maturidade 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 13 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PONTO DE COLHEITA (Quantidade X Qualidade) MS FIBRA PROTEÍNA LIGNINA 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 14 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PONTO DE COLHEITA Milho 102 a 119 dias; Grão na fase farinácea ou pós farinácea; 28 – 35% de MS. Sorgo 100 a 110 dias; Grão na fase farinácea. Capim elefante 50 a 90 dias 1,6 a 2,0 m Ponto farináceo no milho (linha de leite) 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 15 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves TIPOS DE SILO Silo de Superfície 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 16 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves TIPOS DE SILO Silo de aéreo ou de meia encosta 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 17 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves TIPOS DE SILO Silo Trincheira 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 18 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves TIPOS DE SILO Silo cilíndrico ou tipo cacimba 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 19 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves O PROCESSO DA ENSILAGEM Tamanho de partícula Tamanho variando entre 0,5 e 2,5 cm; Favorecimento à compactação e expulsão do oxigênio; Fornecimento de fibra fisicamente efetiva (ruminação); 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 20 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves O PROCESSO DA ENSILAGEM Tempo de carregamento O mais rápido possível (qualidade da silagem). 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 21 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves O PROCESSO DA ENSILAGEM Compactação Obedece à uma densidade específica de acordo com o volume do silo e a quantidade a ser ensilada; Densidade média de 600 kg/m3. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 22 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves O PROCESSO DA ENSILAGEM Vedação Evitar a entrada de ar e água; Cobri com lona; Colocar terra sobre a lona; Verificar a necessidade de cerca em volta do silo; 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 23 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FASES DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 24 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FASES DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fase 1 – Fase aeróbica (início da fermentação) Respiração da planta; Crescimento de microrganismos aeróbicos; Utilização de CHOsol da plantaforrageira; Duração de 4 a 6 horas após o fechamento do silo; Consumo do oxigênio presente na massa ensilada; Produção de monóxido de carbono, água e calor; Elevadas temperatura da massa ensilada (90oC); Há redução do valor nutritivo (proteólise). 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 25 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FASES DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fase 2 – Fase aneróbica (heterofermentativa) Crescimento de microrganismos anaeróbicos; Utilização dos CHOsol para produção de ácidos (acético, propiônico, lático) e de etanol, manitol, CO2 e calor; Continuação de atuação de proteases (menor proporção); Fermentações butíricas podem acontecer (alta umidade); Formação de compostos de deterioração da silagem (ácido butírico, desaminação, aminas tóxicas, etc); Desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium; Valores de pH > 4,5. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 26 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FASES DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fase 3 – Fase aneróbica (homofermentativa) Utilização de CHOsol para produção de ácido lático; Ácido lático reduz rapidamente o pH da massa ensilada; Paralisam-se as atuações de proteases (pH baixo); Não há perda de energia e de proteína. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 27 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves FASES DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fase 4 – Fase de estabilização Cessam as atividades de utilização de CHOsol e também microbiana; Os valores de pH caem promovendo a latência das bactéria. Fase 5 – Fase de abertura (re-exposição ao oxigênio) O mais rápido possível (qualidade da silagem). 21 dias; Nova condição de aerobiose e degradação da silagem; Retirar fatias uniformes em função da demanda. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 28 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves PERDAS OCORRIDAS NO PROCESSO DA ENSILAGEM 1. CAMPO Corte do material, transporte e respiração da planta. 2. FERMENTAÇÃO Atuação dos microrganismos do decorrer do processo. 3. EFLUENTES Forrageiras ensiladas com umidade. 4. OXIDAÇÃO Ação direta sobre os CHOsol e fechamento do silo. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 29 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves Processo Característica da perda Perda (% MS) Agentes causais Respiração Inevitável 1-2 Enzimas da Planta Fermentação Inevitável 2-4 Bactérias Efluentes Evitável 0-7 Água (% MS) Fermentações secundárias Evitável 0-5 % MS, ambiente silo Aerobiose no silo Evitável 0-5 Vel. Carregamento, Densidade e Vedação Aerobiose na descarga Evitável 0-15 Manejo Total 3-18 *BOVIPLAN Consultoria Agropecuária, 1995. Quadro 1 – Processos e respectivas perdas, tipos de perdas e agentes causais do processo da ensilagem 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 30 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves ADITIVOS NA ENSILAGEM 1. Sequestrantes de umidade e fontes de nutrientes Resíduos de frutas, farelos, etc. 2. Preservativos Antibióticos, bissulfito de sódio, etc. 3. Acidificantes Ácidos minerais ou orgânicos. 4. Inoculantes bacterianos Potencializam a produção de ácido lático. 2.1 PRODUÇÃO DE SILAGEM 31 Universidade Federal Rural do Semi Árido – Campus de Mossoró Prof. Dr. Josemir de Souza Gonçalves CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA SILAGEM Olfativas, visuais e táteis Cheiro agradável; Cor clara verde amarelada ou caqui; Textura firme; Tecidos macios mas destacáveis das fibras. Químicas e fermentativas Bom valor nutritivo (MS – 30 a 35%); Valores de pH menores do que 4,2; N-NH3 < 12%; 13% Ác. Lático; 2,5% Ác. Acético; 0,8% Ác. Butírico;
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