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28/09/2015 CRIME -------- fato típico ----- antijuridicidade PENA - > Culpabilidade Situações que excluem a culpabilidade...... Embriaguez fortuita Inexigibilidade de conduta diversa Inimputabilidade As causas que excluem a CULPABILIDADE 1 – EMBRIAGUEZ FORTUÍTA: É aquela em que o agente sem querer fica embriagado. Ex: o funcionário cai em um tonel de pinga, exemplo do professor Flávio Monteio de Barros; o funcionário de um posto de gasolina recebe a ordem de descer num alçapão do posto para arrumar a bomba de gasolina que está vazando, de modo que o funcionário inala por muito tempo o vapor daquele combustível, vindo a ficar alterado, exemplo do professor Pitter. Nessas duas hipóteses exemplificadas, se ambos os agentes cometerem uma infração penal logo após, existe crime, mas não tem culpabilidade. Obs: Essa regra da embriaguez fortuita não se confunde com a embriaguez pré-ordenada, pois o agente bebe álcool para ter coragem para praticar uma infração penal e o pratica, isto será motivo de agravar a pena art.61 CP II letra L. Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: II - ter o agente cometido o crime l) em estado de embriaguez preordenada. 2 – INEXIGIBLIDADE DE CONDUTA DIVERSA: Ocorre de acordo com a situação em que a pessoa está passando. Ex: um familiar que tem um filho muito doente pode forçar o médico a tratar o filho. 3 – INIMPUTABILIDADE: Falta de capacidade; desde que demonstrado no processo, isenta o réu de pena, porém se esse for perigoso, é possível se aplicar uma medida de segurança. Uma vez iniciada a ação penal, existindo a notícia ou indícios de que o agente é doente mental, o juiz determina a instauração de um incidente de insanidade mental, de modo que o processo se paralisa e o acusado é encaminhado ao psiquiatra forense, que vai apresentar ao juiz o diagnóstico sobre o estado mental do acusado. Se for apurado que ele o réu é doente mental, o juiz declara a inimputabilidade do agente e vê se é o caso de se aplicar a internação em um manicômio se o crime tiver pena de reclusão; ou o tratamento ambulatorial se a pena for de detenção CONDENAÇÃO Mesmo que o juiz apure que o réu é doente mental, para se aplicar medida de segurança é necessário que o juiz entenda que existiu crime de modo que a aplicação da medida vai ser pelo tempo de pena calculado pelo juiz sobre o crime praticado pelo agente. EXERCÍCIO Explique o princípio da Legalidade e da retroatividade. O princípio da legalidade é a garantia lícita que temos para nos basear nos alicerces codificados no Código Penal. Diz respeito à obediência às leis. Por meio dele, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Modalidade indicadora de que não há crime, nem pena, sem prévia definição legal. O outro modo é a retroatividade, que visa possibilitar a lei mais benéfica retroagir aos fatos acontecidos antes de sua entrada em vigor para favorecer o réu com uma pena mais benéfica, se assim a trouxer expressamente. Princípio da Retroatividade Benéfica Penal determina que os efeitos benéficos e favoráveis de uma lei penal retroagem ilimitadamente e indiscriminadamente para todos os fatos anteriores à sua entrada em vigência. José estava casado com Maria e conheceu Madalena uma bela moça. De modo que teve um relacionamento com está vindo a trair Maria. Os fatos se deram antes de 2004, tendo José sido condenado por adultério previsto no art.240 CP. Você como profissional de Direito qual saída visualiza? Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 28.03.05) Redação anterior: Art. 240 - Cometer adultério: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses. § 1º - Incorre na mesma pena o co-réu. § 2º - A ação penal somente pode ser intentada pelo cônjuge ofendido, e dentro de 1 (um) mês após o conhecimento do fato. § 3º - A ação penal não pode ser intentada: I - pelo cônjuge desquitado ; II - pelo cônjuge que consentiu no adultério ou o perdoou, expressa ou tacitamente. § 4º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - se havia cessado a vida em comum dos cônjuges; II - se o querelante havia praticado qualquer dos atos previstos no art. 317, do Código Civil. Aqui se aplica o instituto da retroatividade da lei mais benéfica de modo que não existe mais infração penal e sendo um abolitio criminis. José estava cheirando um lança perfume e foi preso pela polícia. Porém o lança perfume foi retirado da lista da Anvisa que prevê o que é droga. Existiu crime? Não. Não é uma infração penal porque a lei de drogas é uma norma penal em branco e a droga precisa estar prevista na Anvisa para ser droga. Explique o princípio da Territorialidade. Significa dizer que a lei penal brasileira só é aplicada no território nacional. O código penal prevê algumas exceções, navios e aeronaves que seja mercante ou particular esteja em alto mar. Explique a diferença entre imunidade e foro por prerrogativa de função Imunidade de expressão, de liberdade, surge para resguardar o cargo. A pessoa não responde por uma infração penal em razão ou cargo público. Foro por prerrogativa de função é para proteger a democracia. Alguns cargos públicos gozam de foro especial que decorre do cargo e não da pessoa. Dependendo do cargo ela será processada em um tribunal especifico. Essas pessoas não tem direito a um duplo grau de jurisdição. Abolitio criminis (uma das formas de Novatio legis) é uma forma de tornar atípica penalmente uma conduta até então proibida pela lei penal, gera como consequência a cassação imediata da execução e dos efeitos penais da sentença condenatória. Ocorre quando uma nova lei penaldescriminaliza determinado fato assim enquadrado por uma lei anterior, ou seja, quando a lei que tipifica criminalmente o fato é revogada. É mera aplicação do Princípio da Retroatividade Benéfica Penal, um princípio constitucional que garante a retroatividade dos efeitos das leis penais quando benéficas ao réu, inclusive os já condenados
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