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CC 01 16 Civil II 2016 1

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DIREITO CIVIL II - CCJ0013 (Bianca Brasil Nogueira) 
Cesar Corato 
 
SEMANA 1 
Caso Concreto 1 
Da leitura do material didático, autor Flávio Tartuce, p. 03-39, responda: 
a) É correto afirmar que as normas de Direito Obrigacional são hoje as que mais se aplicam com 
frequência? Explique sua resposta. 
Sim, na sua maioria regula todas as relações do nosso dia-a-dia, pois sempre há 
apreciação econômica em direito obrigacional. . 
b) Os princípios da eticidade e da socialidade se aplicam ao direito obrigacional? Ao responder, explique os 
princípios. 
O princípio da eticidade impões a boa-fé objetiva e a propriedade à relações jurídicas e 
o principio da socialidade a observação a boa-fé. Portanto, princípios plenamente 
aplicáveis às relações obrigacionais, ainda mais quando se considera a obrigação como 
um processo. 
Os princípios citados aplicam-se ao direito obrigacional, pois faz valer o princípio da dignidade 
humana e funciona como um limitador dos atos da vida civil. 
Princípio da eticidade: art. 422 do cc, visa imprimir eficácia e efetividade nas relações jurídicas de 
direito privado. 
Princípio da socialidade: determina a supremacia do interesse público, daí o predomínio do social 
sobre o individual. 
 
Principios basilares dos Direitos Obrigacionais; 
Eticidade, vinculada a conduta da boa-fé, da transparência, da lealdade... 
Socialidade, a conduta do coletivo tendo relevância importante em relação as relações 
interpessoais; 
Efetividade (operacionalidade), capacidade de produzir os efeitos nas relações jurídicas entre as 
partes. 
 
c) Há diferença entre obrigação, dever, responsabilidade, ônus e estado de sujeição? Explique sua resposta 
e dê um exemplo de cada situação. 
Obrigação: 
Relação jurídica de caráter patrimonial e transitório entre credor e devedor, que tem por 
objetivo o cumprimento de uma prestação. ex: pagamento de aluguel ; 
Dever: 
Resposta 1: está previsto na lei o fazer e não fazer. 
Resposta 2: necessidade de obedecer as ordens ou comando do ordenamento jurídico 
sobre pena de sanção. 
Responsabilidade: 
Dever secundário, consequência patrimonial do descumprimento de uma obrigação. ex: 
fiador; 
Ônus: 
É o encargo, podem ser entendidos como um comportamento que o sujeito ativo tem de 
observar para receber uma vantagem ou evitar um prejuízo. ex: anatocismo (capitalização 
de juros, juros compostos ou juros sobre juros); 
Estado de sujeição: 
Uma pessoa é obrigada a se sujeitar a uma determinada situação. (Direito potestativo). 
ex: demissão, divórcio litigioso. 
 
 
Caso Concreto 2 
Identifique as fontes das seguintes obrigações: 
1.Obrigação alimentar decorrente de parentesco. Obrigação legal - Lei 
2.Obrigação de indenizar uma pessoa que foi atropelada. Ato ilícito - Lei 
3.Pagar uma recompensa. Declaração unilateral de vontade – Ato unilateral 
4.Pagar o café comprado na cantina durante o intervalo. Contrato 
5.Pagar uma nota promissória. Contrato 
 
 
SEMANA 2 
Caso Concreto 1 
(CESPE TJ-CE 2012 adaptada) Marina comprometeu-se com Carla a entregar-lhe determinada quantia em 
dinheiro quando esta terminasse o curso superior. Ao perceber que Carla havia entregue a monografia de 
conclusão do curso, Marina entregou-lhe o valor prometido. Um mês depois, ela descobriu que Carla ainda não 
havia terminado o curso. Com base nessa situação hipotética, Marina poderia pedir a restituição do valor? 
Justifique sua resposta. 
 
Por ser uma obrigação condicional (não ocorreu evento futuro e incerto) Marina poderá 
pedir a restituição da quantia paga demonstrando apenas ainda não ter havido o implemento 
da condição, no caso, Carla não cumpriu a condição que era a entrega da monografia de 
conclusão de curso. 
 
Caso Concreto 2 
Considere que no último sábado à noite você foi a um bar com seus amigos para realizar um happy hour. No 
momento de pagar a conta, voluntariamente, você destinou 10% (dez por cento) de gorjeta ao garçom que lhes 
atendeu. No entanto, durante a aula de Direito Civil na segunda-feira seguinte, você descobriu que a gorjeta não 
é devida e não pode ser cobrada. Você, então, pergunta ao seu professor se pode retornar ao bar e pedir ao 
garçon a restituição dos valores a esse título pagos. O que o seu professor lhe respondeu? Justifique sua resposta 
explicando a que tipo de obrigação se refere. 
A gorjeta é considerada uma obrigação natural. Portanto, a gorjeta voluntariamente 
paga não gera o direito à restituição. 
 
 
SEMANA 3 
Caso Concreto 1 
Adoaldo compromete-se a entregar a Ivan, em razão de um contrato de compra e venda, o livro Curso de 
Direito Civil, v. II, de Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, até o dia 02 de outubro de 2012. Ivan pagou 
pelo livro o equivalente a R$ 80,00 (oitenta reais). Com relação ao livro identifique: 
a) Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato. 
‘accipiens’, credor ou sujeito ativo: Ivan 
‘solvens’, devedor ou sujeito passivo: Adoaldo 
Objeto Imediato: obrigação de dar coisa certa 
Objeto Mediato: o livro. 
 
b) Suponha que Adoaldo, descuidado, perdeu o livro e não poderá entregá-lo no dia combinado e, por isso, 
Ivan não poderá estudar para a prova que se realizará no dia 06 de outubro. O que acontece com essa obrigação? 
Justifique sua resposta. 
c) 
Ivan pode exigir o pagamento do equivalente mais perdas e danos nos termos do art. 
234, CC. 
 
CC 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 
 
Caso Concreto 2 
Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro 
encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos 
(reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo 
indicando o artigo respectivo! 
Carlos empresta gratuitamente a Andreza, em razão de um contrato de comodato, a casa localizada na Rua 
Enzo Ferrari, n. 27. Andreza se comprometeu a devolvê-la em perfeitas condições até o dia 02 de outubro de 
2009. 
Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é solvens e Carlos accipiens. Trata-se de uma obrigação moral, 
divisível, simples, de trato sucessivo e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de 
dar coisa certa. O seu objeto imediato é o contrato de comodato e o objeto mediato é a casa, que pode ser 
substituída por uma outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. 
Imagine que no dia anterior à devolução começa a chover o que ocasiona o alagamento do bairro onde está 
localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, 
sem direito à indenização, nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, suponha que Andreza, 
intencionalmente ateou fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos não 
poderá exigir perdas e danos nos termos do art. 234, CC. 
 
Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é ‘solvens’ e Carlos ‘accipiens’. Trata-se de 
uma obrigação civil, indivisível, simples, de execução diferida e a termo. A sua fonte 
mediata é a lei e a fonte imediata contrato de comodato. O seu objeto imediato é uma 
obrigação de restituir e o objeto mediato é a casa, que não pode ser substituída por uma 
outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. 
Imagine que no dia anterior à devolução começa a chovero que ocasiona o 
alagamento do bairro onde está localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. 
Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, sem direito à indenização, nos 
termos do art. 240, CC. Em outra situação, suponha que Andreza, intencionalmente ateou 
fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos poderá 
exigir o equivalente mais perdas e danos nos termos do art. 239, CC. 
 
 
 
 
 
SEMANA 4 
Caso Concreto 1 
(CESPE - ABIN Oficial Técnico de Inteligência 2010 adaptada) A obrigação de dar coisa incerta apresenta 
um estado de indeterminação transitório. Certo ou errado? Justifique sua resposta. 
 
Resposta 1: Certo, pois a indeterminação é transitória até o momento da concentração, 
quando ela passará a ser definida e se aplicará as características de dar coisa certa. 
 
Resposta 2: Certo. As obrigações de dar coisa incerta têm objeto inicialmente 
determinável (indicado por gênero, quantidade e qualidade), devendo ser este determinado 
até o momento de seu cumprimento – art. 244, CC. 
 
Caso Concreto 2 
Pedro compromete-se com a confecção Radial, em razão de um contrato de publicidade, a só aparecer em 
público utilizando as roupas pela empresa fornecidas. O contrato foi firmado pelo período de um ano e com 
remuneração mensal fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com relação à cláusula proibitiva contida no 
contrato, identifique: 
a. Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato. 
‘Accipiens’ é a Confecção Radial 
‘solvens’ Pedro 
Objeto Imediato é a obrigação de não fazer 
Objeto Mediato: não aparecer em público utilizando roupas de outras marcas. 
 
Obs.: A fonte é o contrato de publicidade. 
 
b. Imagine que no primeiro dia de vigência do contrato a empresa Radial não encaminhou as roupas a Pedro 
que, necessitando ir à farmácia, aparece em público com roupa não pertencente à empresa contratante. Pedro foi 
fotografado por importante revista de moda. Pode, nesse caso, a empresa contratante resolver o contrato alegando 
inadimplemento e ainda pedir perdas e danos? Justifique sua resposta. 
 
Resposta 1: A empresa não pode cobrar a obrigação de não fazer de Pedro se ela não 
cumpriu a obrigação de dar. 
 
 Resposta 2: A Empresa não pode resolver o contrato alegando inadimplemento pois foi 
quem lhe deu causa (art. 248, CC). Pedro poderá resolver a obrigação sem o dever de 
indenizar. 
 
SEMANA 5 
Caso Concreto 1 
(CESPE 2012 – STJ Analista Judiciário - adaptada) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao 
credor e recair sobre prestação inexigível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação 
subsistente ou optar pelo recebimento do valor da inexigível acrescentado de perdas e danos. Certo ou Errado? 
Justifique sua resposta. 
Resposta 1: Certa (Art. 255, cc). Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações 
tornarem-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação 
subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as 
prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, 
além da indenização por perdas e danos. | 
 
Resposta 2: Certo. Quando apenas uma das prestações se tornar impossível, tendo o credor 
direito de escolha e ocorrendo a impossibilidade por culpa do devedor, o credor terá o direito 
de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra com perdas e danos -art. 255. 
 
Código Civil 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa 
do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e 
danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor 
reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
 
 
Caso Concreto 2 
Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro 
encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos 
(reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo 
indicando o artigo respectivo! 
Caroline compromete-se a entregar a Joana, em razão de contrato de compra e venda, o cachorro Ickx ou o 
cachorro Jack, ambos de seu premiado canil. O preço ajustado é de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). O direito 
de escolha é conferido a Caroline que deverá exercê-lo até 1º de outubro de 2009, direito que é exercido em 25 de 
setembro recaindo a escolha sobre o cachorro Ickx. A comunicação da escolha é feita em 26 de setembro. A 
tradição do bem, então deverá ser realizada até 10 de novembro de 2009 no domicílio da credora. 
Pode-se afirmar que, quanto ao cachorro escolhido, Caroline é o solvens e Joana o accipiens. Trata-se de uma 
obrigação natural, divisível, facultativa, de execução instantânea e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a 
fonte imediata obrigação de dar coisa certa (antes da concentração), cuja escolha pertence ao devedor. O seu objeto 
imediato é o contrato de compra e venda e seu objeto mediato é a obrigação de dar coisa certa (após a 
concentração). Imagine que antes da concentração da obrigação, o cachorro Jack morre fulminado por doença 
genética incurável; pode-se afirmar que a obrigação, nesse caso, se resolverá nos termos do art. 234, CC. Em outra 
situação, após a concentração da obrigação, o cachorro escolhido morre porque Caroline deixou de vaciná-lo; 
nesse caso, a obrigação se concentrará no cachorro remanescente, nos termos do art. 253, CC. 
 
Trata-se de uma obrigação natural, divisível, facultativa, de execução instantânea e 
condicional. -- Trata-se de uma obrigação jurídica, indivisível, alternativa, de execução 
instantânea (numa data futura) e a termo. 
A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa (antes da 
concentração), cuja escolha pertence ao devedor. -- A sua fonte imediata é a lei e a fonte 
mediata (o contrato) obrigação de dar coisa certa (depois da concentração), cuja escolha 
pertence ao credor. 
O seu objeto imediato é o contrato de compra e venda e seu objeto mediato é a 
obrigação de dar coisa certa (após a concentração). -- O seu objeto mediato é o cachorro 
e seu objeto imediato é a obrigação de dar coisa certa (após a concentração). 
 
Imagine que antes da concentração da obrigação, o cachorro Jack morre fulminado por 
doença genética incurável; pode-se afirmar que a obrigação, nesse caso, se resolverá nos 
termos do art. 253, CC. 
Código Civil 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
 
Em outra situação, após a concentração da obrigação, o cachorro escolhido morre 
porque Caroline deixou de vaciná-lo; nesse caso, a obrigação se concentrará no cachorro 
remanescente, nos termos do art. 234, CC. 
Código Civil 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 
 
 
SEMANA 6 
Caso Concreto 1 
(TRT 6a. região – 2010 – Adaptada) Clodoaldo e Jerônimo são coproprietários de uma fazenda de criação de 
cavalos de raça no interior do estado. E, como pessoas físicas, negociam conjuntamente a venda de animais, 
inclusive por meio de feiras e leilões. Obrigaram-se, então, a entregar a Manoel e a Francisco um cavalo de raça, 
campeão de vários prêmios. No entanto, o cavalo fugiuda fazenda por descuido de Teotônio, empregado de 
Clodoaldo e Jerônimo e funcionário da fazenda, que deixou a porteira aberta. O animal morreu atropelado. 
Clodoaldo e Jerônimo podem ser responsabilizados pelo inadimplemento dessa obrigação? Explique sua 
resposta. 
 
Tratando-se de obrigação indivisível, havendo perecimento do objeto por culpa dos 
devedores, Clodoaldo e Jerônimo podem ser responsabilizados. No entanto, a obrigação se 
torna divisível, respondendo cada um proporcionalmente à sua quota do objeto perdido (arts. 
257 e 263, CC) pelo equivalente mais perdas e danos (art. 234, CC). 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta 
presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1.º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2.º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos. 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 
 
SEMANA 7 
Caso Concreto 1 
(CESCRANRIO – BNDES – 2010 – adaptada) Caio e Trício formalizaram contrato de conta-corrente com 
um Banco, tendo recebido talões de cheque para movimentação da conta. Trício emitiu um cheque no valor de 
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) sem a devida provisão de fundos. Aduzindo existir solidariedade passiva 
entre os correntistas, o Banco comunicou o evento aos órgãos de proteção ao crédito, com inscrição de Caio e 
Trício como devedores. Inconformado, Caio postulou ao Banco a retirada do seu nome dos citados órgãos de 
proteção ao crédito, o que foi indeferido administrativamente. 
Observando o instituto da solidariedade identifique quem tem razão o Banco ou Caio? Explique sua resposta. 
 
Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes. Portanto, neste 
caso, o simples fato de terem aberto conjuntamente a conta-corrente não os torna devedores 
solidários. Segundo a jurisprudência, em contratos de conta-corrente conjunta apenas o 
emissor do cheque responde pela dívida contraída. Já com relação a eventuais créditos 
desta conta, consideram-se solidariamente credores. 
 
 
Caso Concreto 2 
(CESPE – Promotor – MPE-ES/2010) Carlos, Pedro e Gustavo, irmãos, maiores de idade, casados e com 
filhos, contrataram os serviços de uma empresa para o fornecimento das bebidas a serem servidas na festa de 
aniversário de seu pai. Pagaram metade do valor combinado no ato da contratação, ficando acertado que o 
restante seria pago após a prestação do serviço, convencionando-se a solidariedade dos devedores. Com base na 
situação hipotética acima apresentada, a morte de um dos irmãos terá o poder de romper a solidariedade? 
 
Errado. A solidariedade não se rompe conforme art. 276, CC. 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será 
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a 
obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em 
relação aos demais devedores. 
 
 
 
SEMANA 8 
Caso Concreto 1 
Na leitura da escritura pública de cessão de créditos anexa observe os dados abaixo: 
Na primeira folha, substituir as partes ocultadas (no corpo da escritura) com a seguinte redação: 
[...] SAIBAM, quantos a presente virem que aos vinte e dois dias do mês de junho de dois mil e nove 
(22/06/2009) em Cartório, neste Distrito de Uberaba, Comarca de Curitiba, Capital do Estado do Paraná, perante 
mim, compareceram com outorgante(s): Princesa Fiona, brasileira, solteira, maior e capaz, princesa, portadora do 
RG nº 0.002-01 e inscrita no CPF/MF nº 000.000.001-01) residente e domiciliada na Rua do Castelo, nº 01, Far 
Far Way; neste ato representada por sua bastante procuradora Fada Madrinha, portadora do RG nº 0.003-02 e 
inscrita no CPF/MF nº 000.000.002-02, advogada (OAB-FFW 010), residente e domiciliada com endereço 
profissional à Rua Encantamento, nº 01, Floresta Encantada; conforme poderes que lhe foram conferidos através 
do Instrumento Público de Procuração lavrado neste Cartório, no livro 265P, às folhas 01 do livro nº 01, em data 
de 1º./01/2007. E, de outro lado como Outorgado Shrek do Pântano, brasileiro, solteiro, maior e capaz, ogro, 
portador do RG nº 0.003-01 e inscrito no CPF/MF nº 000.000.00303 residente e domiciliado na Rua do Pântano, 
n. 01, Pântano Encantado. Os presentes reconhecidos como os próprios [...] *voltar a ler o documento original 
considerando os dados aqui constantes. 
 Analise a escritura pública de cessão de direitos e assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) – ao final corrija 
as frases assinaladas como falsas: 
( V ) É cessão de crédito que tem: Princesa Fiona como outorgante cedente (devidamente representada); 
Shrek como outorgado cessionário e o Estado do Paraná como cedido. 
( F ) Trata-se de negócio jurídico unilateral e oneroso pelo qual Princesa Fiona transferiu à Shrek os direitos 
sobre R$ 10.701,60 (dez mil, setecentos e um reais e sessenta centavos) do qual aquela era credora em 
decorrência da condenação do Estado do Paraná em ação declaratória que tramitou junto à 3ª Vara da Fazenda 
Pública, Falências e Concordatas de Curitiba-PR. 
( F ) Trata-se de forma de transmissão das obrigações que exige o consentimento expresso do Estado do 
Paraná. 
( F ) Trata-se de cessão de débito nos termos do art. 299, CC, que obedeceu à forma prevista em lei para a 
sua validade. 
( F ) Trata-se de cessão de crédito consensual e pro solvendo. 
( F ) Pela cessão analisada o cessionário Shrek se sub-rogou integralmente nos direitos do credor primitivo. 
( F ) Princesa Fiona, no caso de insolvência do Estado do Paraná, responderá ao cessionário pela quantia de 
R$ 66.370,09 (sessenta e seis mil, trezentos e setenta reais e nove centavos). 
( F ) A transmissão da obrigação em análise não abrangeu os acessórios do crédito. 
( F ) A escritura de cessão de créditos em análise é irrevogável e irretratável pela qual o cessionário pagou o 
valor de R$ 10.701,60 (dez mil, setecentos e um reais e sessenta centavos). 
( V ) A cessão de direitos em análise só terá eficácia com relação ao Estado do Paraná após a sua notificação 
que poderá ser judicial ou extrajudicial. 
 
 
 
SEMANA 9 
Caso Concreto 1 
 Cristiane deve a Suzana o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Avençaram que o pagamento deva 
ser realizado em 24 de julho deste ano. Próximo à data de vencimento da dívida, João, pai de Cristiane, descobre 
a dívida da filha e sabendo que esta não terá condições de pagar, dirige-se à credora, sua amiga há anos e oferece 
os vinte mil reais. Suzana, embora amiga de João informa não poder receber o pagamento uma vez que ele não 
faz parte da relação jurídica e, por isso, não poderia lhe dar a quitação. Suzana tem razão? Justifique sua 
resposta. 
 
Suzana está equivocada, realmente João é parte na relação jurídica, mas o 
ordenamento brasileiro admite que terceiro não interessado realize o pagamento e obtenha 
a quitação em nome próprio ou em nome do devedor. 
Pagando em nome próprio terá depois o direito a reembolso, ele se torna o novo credor, 
já pagando em nome da filha o ato aproxima-se de uma doação, retirando-lhe o direito de 
reembolso (art.305,CC). 
Quanto ao vencimento da dívida não há impedimento para que Suzana receba o 
pagamento se oferecido antes do prazo. No entanto, o direito de reembolso só poderá ser 
exercido após o vencimento. 
 
Caso Concreto 2 
(CESPE – TRT RJ – 2010) A proibição de comportamento contraditório não tem o poder de alterar o local do 
pagamento expressamente estabelecido no contrato. Certo ou errado? Justifique sua resposta. 
 
Errado. O artigo 330 CC, permite a alteração do local do pagamento avençado em 
contrato. A prática reiterada importa renúncia do credor. 
Errado. O art. 330, CC, permite a alteração do local do pagamento avençado em 
contrato. A prática reiterada importa renúncia do credor, fenômeno conhecido como 
‘supressio’ (perda de um direito pela prática reiterada). 
 
SEMANA 10 
Caso Concreto 1 
(CESPE Juiz do Trabalho TRF - 5ª Região/2010) A mitigação do pacta sunt servanda pelo novo Código Civil 
permite que o juiz imponha ao credor a dação em pagamento, conforme as circunstâncias do caso concreto. 
 
 
O credor não tem obrigação de receber prestação diversa da originariamente 
convencionada. 
CC 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa. 
 
A dação em pagamento decorre da vontade das partes, não cabendo imposição do juiz 
(art.356, CC). 
 
Dação em pagamento é receber prestação diversa da originariamente convencionada. 
CC 
DA DAÇÃO EM PAGAMETO 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Sem efeito a 
quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. 
 
 
Caso Concreto 2 
Lucas e Luciano são irmãos. Lucas passa por sérios problemas financeiros. Visando ajudá-lo Luciano 
empresta-lhe em contrato de mútuo gratuito o equivalente a R$ 
40.000,00 a serem pagos no prazo de um ano. Na data do vencimento, Lucas entrega ao irmão a quantia de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais) e recebe quitação dívida no valor de quarenta mil reais. Lucas fica com dúvida se 
seu irmão errou no preenchimento do recebo e se ainda deve alguma coisa, por isso, procura-lhe para orientá-lo. 
Que modalidade(s) de pagamento(s) pode(m) ser identificada(s) nesta hipótese? Justifique sua resposta 
indicando se Lucas obteve ou não quitação da dívida. 
 
Aparentemente não há erro no preenchimento da quitação. Pode-se notar o pagamento 
parcial com relação aos dez mil e remissão (também parcial) com relação ao restante da 
dívida. (arts. 385 e 386, CC) 
 
CC 
CAPÍTULO IX 
DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS 
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de 
terceiro. 
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova 
desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz 
de adquirir. 
 
SEMANA 11 
Caso Concreto 1 
(CESPE 2012 STJ Analista Judiciário - adaptada) Para o STJ, a novação, modalidade de extinção de 
obrigação, não impede a revisão dos negócios jurídicos antecedentes, em face da relativização do princípio do 
pacta sunt servanda no direito brasileiro. Certou ou errado? Justifique sua resposta. 
 
Correto. Porque a revisão pode ser dar em razão de fatos inerentes a relação jurídica 
originária entre as partes. 
 
 
Caso Concreto 2 
(CESPE Analista judiciário TRF 1ª Região/2008) José entabulou com Paulo dois negócios distintos, em 
razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida 
onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de multa. Vencidas as 
dívidas, José, que só dispunha de R$ 600,00, propôs pagar parte do capital da primeira dívida, já que esta era a 
mais onerosa. Encontrou, no entanto, resistência de Paulo. Com base na situação hipotética acima descrita, 
mesmo que Paulo tivesse aceito o pagamento parcial do capital da dívida mais onerosa, tal transação seria nula 
por ir de encontro à disposição legal que determina a obrigatoriedade da quitação dos juros em primeiro lugar. 
Certo ou errado? Justifique sua resposta. 
 
 
Na sala a Professora Bianca tratou como certo, ainda vou tirar a dúvida. 
 
Errado, conforme art. 354, CC, que prevê a possibilidade de se imputar primeiro no 
principal. 
 
CC 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois 
no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. 
 
SEMANA 12 
Caso Concreto 1 
(XXIV Concurso da Magistratura/RJ) O contrato de venda de um jet ski, com cláusula de improrrogabilidade, 
tem como objeto a entrega do mesmo ao comprador para um certo dia, sob pena de rescisão contratual. O 
vendedor, alegando que não pode fazê-lo naquela data, insiste que seja aceito na semana seguinte, uma vez que a 
competição local de Jet Ski vai ser realizada na terceira semana seguinte. Trata-se de mora ou inadimplemento 
absoluto? Por quê? Justifique sucintamente, apontando o dispositivo legal ou princípio jurídico pertinente. 
 
Em virtude da existência da cláusula resolutória pouco importa se a competição já 
ocorreu ou não. Trata-se de inadimplemento absoluto nos termos dos artigos. 389, 474 e 475, 
CC. 
 
CC 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de 
advogado. 
Da Cláusula Resolutiva 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação 
judicial. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir 
exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
 
 
Caso Concreto 2 
(OAB-SP 2a. fase Concurso 130) Por força de um contrato escrito, Caio, fazendeiro no Mato Grosso do Sul, 
deveria restituir o cavalo de José (cujo sítio encontra-se no interior de São Paulo) no dia 02 do mês de julho. Até 
o mês de agosto, Caio ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do 
cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força. Analise o caso a partir dos 
seguintes tópicos: a) Há no caso mora ou inadimplemento? b) Pode Caio ser responsabilizado pela morte do 
cavalo, ou poderia alegar, com sucesso, alguma causa excludente de responsabilidade? 
 
a) O perecimento do objeto em posse do devedor, o caso é de inadimplemento 
absoluto. 
b) Caio responde por perdas e danos. 
 
 
Ocorrendo o perecimento do objeto emprestado durante a mora, impõe-se ao devedor o 
dever de responder pelo equivalente mais perdas e danos. Trata-se, portanto, de 
inadimplemento absoluto e a única maneira de isentar-se de responsabilidade seria provar 
que o dano sobreviria ainda que a obrigação tivesse sido oportunamente cumprida. 
 
CC 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo 
se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse 
oportunamente desempenhada. 
 
 
SEMANA 13 
Caso Concreto 1 
(CESPE Petrobrás 2007) O credor, ao emitir recibo, dando plena, geral e irrevogável quitação do valor 
devido, renuncia ao direito de receber os encargos decorrentes da mora. Assim, comprovado o pagamento, por 
meio do recibo de quitação referente ao capital, sem qualquer ressalva quanto aos juros, presume-se extinto o 
débito e exonera-se o devedor da obrigação. Certo ou errado? Justifique sua resposta.Correto, de acordo com artigo 323, CC. 
 
CC 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. 
 
 
 
SEMANA 14 
Caso Concreto 1 
(CESPE - Juiz - TJPB/2010) Estipulada cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, o 
credor poderá exigir cumulativamente do devedor a pena convencional e o adimplemento da obrigação. Certo ou 
errado? Justifique sua resposta. 
 
Errado, pois de acordo com o art.410, CC converte-se em alternativa quando o 
beneficiário for o credor. 
 
CC 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, 
esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor. 
 
 
Caso Concreto 2 
João, ao contratar com José a compra e venda de um imóvel (no valor de R$ 100.000,00) localizado na Rua 
Enzo Ferrari, n° 27, nessa Capital, entrega-lhe no ato da escritura o sinal equivalente a R$ 25.000,00, sendo o 
restante do pagamento ajustado em três vezes iguais de R$ 25.000,00 para 30, 60 e 90 dias. Identifique a 
natureza jurídica do sinal dado por João, explicando o que aconteceria com esse contrato se José desistisse da 
venda após a realização da escrituração. 
 
Trata-se de arras confirmatórias ou sinal, quando no contrato estiver estipulado o doreito 
de arrependimento (art. 418 e 419 CC). 
 
CC 
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, 
retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato 
por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices 
oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado. 
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo 
as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as 
perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização. 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 15 
Caso Concreto 1 
(Questão 40 25º Exame OAB-RJ - Adaptada) Desesperado com o sumiço de Kelly, sua cachorrinha de 
estimação, Felipe, além de espalhar diversos cartazes pelas ruas de sua cidade, fez anunciar nos veículos de 
grande circulação da imprensa falada e escrita uma promessa de recompensa para quem a encontrasse no prazo 
máximo de dez dias. No terceiro dia subsequente à vigência de sua promessa, Felipe retirou a oferta inicialmente 
feita, publicando a revogação com igual frequência e através dos mesmos meios de comunicação. Contudo, no 
décimo e último dia, Kelly foi encontrada por Guilherme, que a levou às mãos de seu dono. Com base nesta 
breve narrativa fática, esclareça: Guilherme terá direito à recompensa? Explique sua resposta. 
 
Sim, pois agiu conforme a boa-fé (que é base dos princípios da eticidade e da 
socialidade). 
 
 
CC 
Art. 856. Antes de prestado o serviço ou preenchida a condição, pode o promitente revogar a 
promessa, contanto que o faça com a mesma publicidade; se houver assinado prazo à execução da 
tarefa, entender-se-á que renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta. 
Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que houver feito despesas, terá direito a reembolso.

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