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Riscos e seus Agentes

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RISCOS E SEUS AGENTES
1. Principais conceitos para o tema (Risco / Acidentes / imperícia / Outros)
Risco: Considera-se uma ou mais condições de uma variável (situação) com potencial para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, avarias em equipamentos ou estruturas, perda de material em processo de produção ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada. Havendo risco, haverá possibilidade de ocorrerem efeitos adversos.
Acidente: Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral
Imperícia: Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão, inábil.
Imprudência: Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução – Temeridade.
Negligência: Falta de atenção ou cuidado – Inobservância de deveres e obrigações.
Perigo: É a expressão de uma qualidade ambiental que apresente características de possível efeito maléfico para a saúde e/ou meio ambiente.
Agentes de Risco ou Riscos Ambientais: são substâncias ou elementos que estão presentes no ambiente de trabalho e quando acima dos limites de tolerância, podem adoecer o trabalhador. Mas isso pode demorar anos para se manifestar depende de fatores como:
Tempo que o trabalhador fica exposto a um ou mais agentes, Concentração, Intensidade, etc.
Limite de Tolerância: É a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 
A área da saúde está intrinsecamente ligada à produção de rejeitos que merecem atenção em seu gerenciamento e manejo, visto que, comumente são utilizados materiais e instrumentos altamente contaminantes gerando riscos, agravos e acidentes nas atividades laborais . Nesse contexto, entende-se por Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) aqueles que são produzidos por estabelecimentos prestadores de assistência à saúde humana e veterinária, laboratoriais, necrotérios e funerárias, instituições de ensino e pesquisa na área da saúde, entre outros . Dessa forma, a RDC 306/2004 classificou os resíduos da seguinte maneira: 
Grupo A (resíduos contaminantes), Grupo B (resíduos químicos), Grupo C (resíduos radioativos), Grupo D (lixo comum e recicláveis) e Grupo E (perfuro-cortantes). Em detrimento disto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), estipulam que todos os estabelecimentos geradores de resíduos de saúde devem elaborar um plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Assim sendo, fica a encargo destes estabelecimentos a instauração de um conjunto de normas e procedimentos para o correto gerenciamento dos resíduos produzidos, segregando-os de forma segura e eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento dos RSS na atividade de saúde ainda é uma questão a ser discutida nas instituições de ensino superior, visto que a falta de conhecimento dos futuros profissionais sobre a forma correta de descarte de resíduos provocam influências notórias sobre a estrutura socioambiental bem como nas questões envolventes à saúde pública . Estudos apontam que a falta de conhecimento do profissional de saúde ao referido tema, implicam em ações danosas a vida humana que direta ou indiretamente estão em contato com os materiais e resíduos oriundos da sua prática laboral . Assim sendo, a conduta dos profissionais da saúde deve ser mais ampla e sobrexceder a atividade tecnicista, a compreensão da sua responsabilidade ambiental e sustentável necessitam ser incorporados no seu cotidiano profissional e cidadão, Dada a importância das consequências resultantes da imperícia do correto descarte e gestão dos resíduos de saúde. 
2. Caracterização dos Riscos e seus agentes (NRs correspondentes)
Encontramos a classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora Nº 5 (NR-5): Portaria N.º 25, de 29 de Dezembro de 1994. E também a Lei 6.514 de 22/12/77.
O Ministério do Trabalho, através das NR, visa eliminar ou controlar tais riscos ocupacionais. São 32 NRs direcionadas para trabalhador urbano, das quais foram selecionadas algumas de relevância para o trabalhador de saúde:
NR-1 Disposições Gerais;
NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT;
NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA;
NR-6 Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
NR-15 Atividades e Operações Insalubres;
NR-16 Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 Ergonomia;
NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR-26 Sinalização de Segurança;
NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde.
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com a Portaria Nº 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978.
1. Riscos de acidentes
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
2. Riscos ergonômicos (NR17)
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.
3. Riscos físicos (NR-09 e NR-15)
 
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
4. Riscos químicos (NR-09, NR-15 e NR-32)
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
 5. Riscos biológicos (NR- 09)
 
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros.
NR1 - Disposições Gerais: A NR-01 refere-se à disposição geral das NRs, nela é determinada que seja de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas, pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.
NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes dotrabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.
NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.
NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da CLT.
NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT.
NR15 - Atividades e Operações Insalubres: A NR-15 descreve as atividades, as operações e agentes insalubres, sendo eles qualquer tipo de ambiente que possa vir a oferecer algum risco a saúde dos trabalhadores.
NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: A NR-24 decreta condições sanitárias e de conforto em locais como instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e refeitórios.
NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde: Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
3. Fases da avaliação dos riscos e seus agentes 
AVALIAÇÃO DE RISCO - Visa identificar, caracterizar e quantificar o risco envolvido em diversas situações, os efeitos adversos sobre a saúde, resultantes de situações ou agentes
(químico, físico, biológico) perigosos. 
Aqui tomamos como exemplo as situações que envolvem agentes químicos.
FASES DA AVALIAÇÃO DE RISCO 
1 a Fase- Identificação do Perigo (Avaliação da toxicidade) 
2 a Fase- Estabelecimento da Relação Dose/Resposta (1a e 2a Fase são conjuntas) 
3 a Fase- Avaliação da Exposição 
4 a Fase- Caracterização do Risco 
Etapas básicas
Embora se possa considerar que a avaliação de riscos, enquanto ferramenta, pode aplicar-se a diversas situações, vamos nos deter, neste estudo, às circunscritas aos agentes químicos, uma vez que, na atualidade, a avaliação tem sido amplamente difundida e aplicada nos casos que envolvem esse tipo de agente perigoso. Conforme observamos anteriormente, a avaliação, na sua forma clássica, divide-se em quatro etapas básicas. Para melhor compreensão delas e de sua relação com a vigilância ambiental em saúde, detalharemos cada uma.
a) Identificação de perigo
A etapa de identificação do perigo tem por objetivo obter e avaliar as informações relacionadas às propriedades tóxicas inerentes a cada substância, ou o potencial para causar dano biológico, doença ou óbito, sob certas condições de exposição. Também pode incluir a caracterização do comportamento de uma substância dentro do corpo e as interações que esta tem com órgãos, células ou componentes celulares.
b) Avaliação da relação dose-resposta
O passo seguinte é estimar as relações entre dose e resposta para as diversas formas de toxicidade mostradas pela substância em estudo. Ainda que se disponha de bons estudos epidemiológicos, raramente há dados quantitativos confiáveis sobre a exposição. Na maioria dos casos, os estudos dose-resposta são obtidos a partir de estudos em animais. A avaliação dose-resposta implica considerar três problemas: 1) geralmente, os animais em estudos experimentais estão expostos a doses altas e os efeitos a doses baixas em humanos devem ser previstos, utilizando-se teorias relativas na forma da curva dose-resposta; 2) os animais e os seres humanos frequentemente diferem em suscetibilidade, ao menos em diferença de tamanho e metabolismo; e 3) a população humana é muito heterogênea, sendo alguns indivíduos mais suscetíveis do que a média.
c) Avaliação da exposição
As medições e estimativas da exposição de seres humanos em contato com substâncias químicas, associadas com as apropriadas suposições acerca dos efeitos à saúde, constituem método padrão utilizado para determinar os níveis de exposições de determinadas populações sob determinadas condições. A exposição é definida como o contato que uma pessoa tem ao(s) agente(s) (químicos, físicos ou biológicos) ao nível dos limites exteriores do seu organismo durante determinado período de tempo. A avaliação da exposição envolve a determinação ou estimativa da magnitude, da frequência, da duração, da quantidade de pessoas expostas e a identificação das vias de exposição. Seu objetivo é fornecer subsídios para a proteção e a promoção da saúde pública
d) Caracterização de riscos
O processo de caracterização do risco inclui a análise integrada dos resultados mais importantes da avaliação de riscos. Essa análise integra e reúne as informações das etapas de identificação de perigo, da avaliação da relação doseresposta e da avaliação de exposição, para fazer estimativas do risco para os cenários de exposição de interesse. Seu propósito é fornecer o relato dos objetivos, do alcance e nível de detalhamento dos resultados e da abordagem utilizada na avaliação, identificando o(s) cenário(s) de exposição utilizado(s). O avaliador de risco precisa decidir cuidadosamente quais questões, em particular, são importantes para serem apresentadas, selecionando aquelas que são dignas de atenção pelo seu impacto nos resultados.
A exposição humana, crônica ou aguda, aos poluentes ambientais presentes no ar, nas águas, no solo e na cadeia alimentar, contribui para diversos modos de morbidade e mortalidade. Ainda que para muitos casos se conheçam as doenças atribuídas aos poluentes ambientais, os níveis de poluição são bastante flutuantes e os métodos para analisar as relações entre exposição e efeitos não são suficientemente desenvolvidos e a qualidade dos dados é bastante pobre, particularmente nos países em industrialização. O desafio encontra-se na possibilidade de relacionar os dados ambientais e de saúde, fundamental para a compreensão da interrelação entre níveis de exposição e efeitos na saúde.
4. Riscos Biológicos em serviços de saúde
Características Gerais:
Principais agentes: bactérias, vírus, Rickétzias, protozoários, metazoários
Presentes em aerossóis, poeiras, alimentos, instrumentos de laboratório, água, culturas, amostras biológicas
18% dos trabalhadores são contaminados com material infecto-contagioso nas atividades relacionadas ao trabalho: 25% por inoculação percutanea; 27% por aerossóis e derramamentos; 16% por vidrarias e pérfurocortantes; 13% por aspiração por instrumentos; 13,5% poracidentes com animais e contato com ectoparasitas
As principais fontes de contaminação no local de trabalho podem estar relacionadas à inalação de aerossóis
Todos os procedimentos microbiológicos são potencialmente formadores de aerossóis
Presença microbiana
Alta adaptação à biosfera
Alguns multiplicam-se em água destilada
Um único micróbio em solução simples chega a um milhão em 18 horas
Um micróbio pode se dividir em 10 minutos
Presença na forma de células, esporos, toxinas e fragmentos moleculares
5. Principais agentes dos riscos biológicos em serviços de saúde.
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons. Esses agentes são capazes de provocar dano à saúde humana, podendo causar infecções, efeitos tóxicos, efeitos alergênicos, doenças auto-imunes e a formação de neoplasias e malformações. 
Podem ser assim subdivididos:
 a. Microrganismos, formas de vida de dimensões microscópicas, visíveis individualmente apenas ao microscópio - entre aqueles que causam dano à saúde humana, incluem-se bactérias, fungos, alguns parasitas (protozoários) e vírus;
 b. Microrganismos geneticamente modificados, que tiveram seu material genético alterado por meio de técnicas de biologia molecular; 
c. Culturas de células de organismos multicelulares, o crescimento in vitro de células derivadas de tecidos ou órgãos de organismos multicelulares em meio nutriente e em condições de esterilidade - podem causar danos à saúde humana quando contiverem agentes biológicos patogênicos; 
d. Parasitas, organismos que sobrevivem e se desenvolvem às expensas de um hospedeiro, unicelulares ou multicelulares - as parasitoses são causadas por protozoários, helmintos (vermes) e artrópodes (piolhos e pulgas); 
e. Toxinas, substâncias secretadas (exotoxinas) ou liberadas (endotoxinas) por alguns microrganismos e que causam danos à saúde humana, podendo até provocar a morte - como exemplo de exotoxina, temos a secretada pelo Clostridium tetani, responsável pelo tétano e, de endotoxinas, as liberadas por Meningococcus ou Salmonella; 
f. Príons, estruturas protéicas alteradas relacionadas como agentes etiológicos das diversas formas de encefalite espongiforme - exemplo: a forma bovina, vulgarmente conhecida por “mal da vaca louca”, que, atualmente, não é considerada de risco relevante para os trabalhadores dos serviços de saúde. 
Não foram incluídos como agentes biológicos os organismos multicelulares, à exceção de parasitas e fungos. Diversos animais e plantas produzem ainda substâncias alergênicas, irritativas e tóxicas com as quais os trabalhadores entram em contato, como pêlos e pólen, ou por picadas e mordeduras.
Por outro lado, a análise de riscos deve ser orientada por parâmetros que dizem respeito não só ao agente biológico manipulado, mas também ao tipo de procedimento realizado e ao próprio trabalhador. 
6. Relação entre vias de contaminação e doenças.
Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, influenza, viroses respiratórias, doença meningocócica
Exposição ao sangue e fluidos orgânicos: HIV, hepatites B e C, raiva
Transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite, gastroenterite, cólera
Contato com o paciente: escabiose, pediculose, colonização por stafilococos
Vias de transmissão
A via de transmissão, ou de contágio, designa o percurso que cada agente patogénico tem que efetuar desde a fonte de infecção até ao indivíduo afetado pela doença. Dada a existência de inúmeros agentes patogénicos e de várias possíveis fontes de infecção, é possível distinguir diferentes vias de transmissão, já que embora alguns microorganismos consigam penetrar no ser humano de diferentes maneiras, outros apenas o conseguem fazer de um único modo.
Via de transmissão direta. Em alguns casos, o contágio por microorganismos efetua-se de pessoa para pessoa, independentemente de ser por contato direto ou por proximidade. Como é óbvio, o contato direto com lesões superficiais de uma pessoa doente com agentes patogénicos constitui um perigo evidente de contágio, mesmo que a transmissão possa adoptar outras formas. Um bom exemplo deste fenómeno são as relações íntimas que proporcionem o contato direto com secreções contaminadas, como o caso paradigmático da mononucleose infecciosa, igualmente conhecida como "doença do beijo", já que o contágio entre adolescentes e jovens é, na maioria das vezes, provocado por um efusivo contato oral, em que o agente causador se encontra na saliva do portador.
7. Principais grupos expostos
Médicos clínicos: 0,5 a 3 exposições percutâneas/ano; 0,5 a 7 exposições mucocutâneas/ano
Cirurgiões: 80 a 135 contatos com sangue/ano; 8 a 15 exposições percutâneas/ano
Odontólogos: 1 exposição percutânea a cada 5 anos
Contaminação acidental pelo HIV: Enfermeiros e pessoal de laboratório – 70% dos casos comprovados e 43% dos prováveis; estudantes de medicina 10 a 12% dos casos prováveis; cirurgiões e dentistas 12% dos casos prováveis A equipe de enfermagem é a mais exposta ao material biológico:É o grupo mais numeroso dos serviços de saúde 
Maior contato direto com os pacientes
Os tipos e frequência de procedimentos realizados favorecem a exposição
71,2% dos acidentes com perfurocortantes ocorrem entre os profissionais de enfermagem (USP, 1998)
Frequentemente o acidente não é notificado
Acidentes com pérfurocortantes representam 1/3 de todos acidentes envolvendo profissionais de enfermagem
Retirada de sangue, flebotomia, punção venosa periférica, sutura cirúrgica, reencapamento de agulhas, são os momentos de maior risco
8.Classificação dos Riscos 
As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes:
 Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);
Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);
Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).
Em relação às manipulações genéticas, não existem regras pré-determinadas, mas sabe-se que pesquisadores foram capazes de induzir a produção de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência simiana em macacos que foram inoculados com o DNA proviral inserido num bacteriófago. Assim, é importante que medidas gerais de segurança sejam adotadas na manipulação de DNA recombinante, principalmente quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retrovírus, vaccínia). Os plasmídeos bacterianos apresentam menor risco que os vetores virais, embora seja importante considerar os genes inseridos nesses vetores (em especial, quando se manipula oncogenes).
8.Classificação dos Riscos 
Vamos conhecer agora cada Risco Ambiental e seus Agentes de Risco
Risco Físico ( cor Verde ): 
Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: ruído, vibrações, pressões anormais, temperatura, radiações ionizantes e radiações não ionizantes; umidade;
Risco Químico ( cor Vermelho ): 
Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em gases, vapores e aerodispersóides (estes últimos são subdivididosainda em poeiras, fumos, névoas, neblinas, fibras); podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o servidor;
Risco Biológico ( cor Marrom ): 
são os agentes que se apresentam na forma de microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros organismos, que podem penetrar no corpo humano através da pele, mucosas, por ingestão ou por via respiratória; agentes estes que os servidores estão de forma habitual ou permanente em contato.
Risco Ergonômico ( cor Amarelo ):
Agentes ergonômicos são os que fazem a relação direta homem x postos de trabalho e que possam interferir negativamente nos trabalhadores tais como: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
Risco de acidente ( cor Azul ): 
Situações da estrutura física que influenciam na ocorrência de acidentes como: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
É por aqui que conseguimos fazer a Elaboração do Mapa de Risco, Levantamento dos Riscos Ambientais do PPRA entre outros.
Conhecendo um pouco mais cada risco ambiental e seus agentes de risco poderemos assim dar melhores condições de segurança para o trabalhador.
Quanto a Implantação do Mapa de Riscos
Implantado pela Portaria nº5 de 17 de agosto de 1992 do Ministério do Trabalho e da Administração, ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e número de empregados que exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixado em locais acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local, quanto as principais, áreas de risco.
No mapa de riscos, círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os fatores que podem gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
O Mapa de riscos é elaborado segundo a Portaria nº 25, pela CIPA, ouvidos os trabalhadores envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando houver.
É considerada indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao risco no dia-a-dia.
O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante dos perigos identificados e graficamente sinalizados.
Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados.
Para o empresário, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à manutenção e ao aumento da competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção interrompida por acidentes, Também permite a identificação de pontos vulneráveis na sua planta.
Primeira medida não paternalista na área, o mapa de risco é um modelo participativo e pode ser um aliado de empresários e empregados para evitar acidentes, encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade, com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional. Ganham as empresas, com a redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos e desperdícios de matérias primas. Ganha o País, com a redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.
O mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.
	
	
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Disponível em : <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16732002000400005>. Acesso em: 28 de maio de 2016 
Disponível em: www.higieneocupacional.com.br/download/riscos_boechat.ppt Acesso em: 26 de maio de 2016 
Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/StartBIS.htm Acesso em: 26 de maio de 2016 
Disponível em: http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras . Acesso em: 26 de maio de 2016 
Disponível em: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=551#sthash.ydU4zGtj.dpuf Acesso em: 26 de maio de 2016 
Guia técnico de riscos biológicos. Disponível em: www.mte.gov.br Acesso em: 28 de maio de 2016 
Disponível em: www.famema.br Acesso em Acesso em: 26 de maio de 2016 
Disponível em: www.ebah.com.br Acesso em: 26 de maio de 2016 
UDF – Centro Universitário do Distrito Federal
Saúde Ambiental, Biossegurança e Vigilância Sanitária
RISCOS E SEUS AGENTES

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