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Questionario Filosofia da Ciência

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Questionário de Filosofia da Ciência 
1. O que é o Neotomismo? 
 O Neotomismo é uma corrente filosófica que resgata à filosofia de São Tomás de Aquino (século XIII) trazendo-a para os dias atuais, lê-se final do século XIX e início do XX. 
O movimento tomista, assim como outros movimentos escolásticos advindos de filósofos importantes do mesmo período pretendiam recompor o abismo criado pela filosofia moderna entre a razão e a fé. Tais movimentos, em especial, a retomada ao tomismo fizeram surgir um novo tomismo com força suficiente para garantir a união das novas tendências científicas e filosóficas com a fé. O objetivo é se opor ao racionalismo e ao empirismo vigentes em todos os campos, inclusive o científico. O texto mais significativo é a encíclica papal Aeterni Patris (1879) de Leão XIII. A encíclica Aeterni Patris é um marco de renovação da filosofia tomista no século XIX. 
2. O que significa positivismo?
O termo positivismo é um conceito que possui muitos significados. No contexto da disciplina, é dado destaque ao significado extraído de Augusto Comte. Sob o nome desse autor, representa corrente que visa a reforma da sociedade e de seus valores a partir da compreensão do desenvolvimento do conhecimento científico. A ciência apresenta-se como o estado mais evoluído do desenvolvimento da inteligência humana e deve guiar a formação da nova sociedade. Os saberes que, de acordo com essa posição, já alcançaram o estado científico encontram-se classificados e relacionados por uma hierarquia. 
No positivismo a ciência exalta-se, apresenta-se como a única manifestação legitima do infinito e, assim, assume um caráter religioso, pretendendo suplantar as religiões tradicionais
3. Como se constitui o método positivista?
Buscar a explicação dos fenômenos através das relações dos mesmos e a exaltação da observação dos fatos faz com que o positivismo não aceite outra realidade que não sejam os fatos, assim “a busca da explicação dos fenômenos através das relações dos mesmos e a exaltação da observação dos fatos, mas resulta que para ligar os fatos existe “necessidade de uma teoria”. Não sendo assim, acredita que seja impossível que os fatos sejam percebidos. “Desde Bacon se repete que são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos observados, mas para entregar-se à observação nosso espírito precisa de uma teoria” (TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987, p. 34)”. 
4. Quais são os pontos principais da antropologia de Marx? 
Não existe uma essência ou natureza humana em geral; O ser do homem é sempre historicamente condicionado pelas relações em que o homem entra com os outros homens e com a natureza, pelas exigências do trabalho produtivo; Estas relações condicionam o indivíduo, a pessoa humana existente; mas os indivíduos por sua vez condicionam-se promovendo a sua transformação ou o seu desenvolvimento; O indivíduo humano é um ser social. 
5. O que é ideologia?
Em sua obra Ideologia Alemã, lemos: “As idéias da classe dominante são, em cada época, as idéias dominantes, isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual. A classe que tem à sua disposição os meios de produção material dispõe, ao mesmo tempo, dos meios de produção espiritual, o que faz com que a ela sejam submetidas, ao mesmo tempo e em média, as idéias daqueles aos quais faltam os meios de 
produção espiritual. As idéias dominantes nada mais são do que a expressão ideal das relações materiais dominantes, as relações materiais dominantes concebidas como idéias; portanto, a expressão das relações que tornam uma classe a classe dominante; portanto, as idéias de sua dominação. Os indivíduos que constituem a classe dominante possuem, entre outras coisas, também consciência e, por isso, pensam. Na medida em que dominam como classe e determinam todo o âmbito de uma época histórica, é evidente que o façam em toda a sua extensão e, conseqüentemente, entre outras coisas, dominem também como pensadores, como produtores de idéias; que regulem a produção e distribuição das idéias de seu tempo e que suas idéias sejam, por isso mesmo, as idéias dominantes da época”, daí no entendimento de Marx: “Toda concepção histórica, até o momento, ou tem omitido completamente a base real da história (forças de produção, capitais, divisão social do trabalho, propriedade, formas sociais de intercâmbio que cada geração encontra como produto da geração precedente e que a atual reproduz e transforma, alterando a forma da luta de classes), ou a tem considerado como algo secundário, sem qualquer conexão com o curso da história. Isto faz com que a história deva sempre ser escrita de acordo com um critério situado fora dela. A produção da vida real aparece como algo separado da vida comum, como algo extra e supra-terrestre. Com isto, a relação dos homens com a Natureza é excluída da História, o que engendra a oposição entre Natureza e História. Conseqüentemente, tal concepção apenas vê na História as ações políticas dos Príncipes e do Estado, as lutas religiosas e as lutas teóricas em geral, e vê-se obrigada a compartilhar, em cada época, a ilusão dessa época. Por exemplo, se uma época imagina ser determinada por motivos puramente ‘políticos’ ou ‘religiosos’, embora a ‘política’ e a ‘religião’ sejam apenas formas aparentes de seus motivos reais, então o historiador dessa época considerada aceita essa opinião. A ‘imaginação’, a ‘representação’ que homens historicamente determinados fizeram de sua praxis real”. 
6. O por quê de estudar as vertentes de Althusser, Gramsci e Lucáks.
O projeto ético-político traçado pela categoria passou necessariamente pela aquisição de conhecimento científico quando estabeleceu centros de excelência acadêmicos como forma de repensar o exercício da profissão. Há estreita vinculação entre o fazer teórico e o enfrentamento da questão social como forma de apoderar-se de um locus privilegiado de inserção na realidade das manifestações da questão social. 
7. O que significa o termo “indústria cultural”?
 Um dessas problemáticas é a crítica à “indústria cultural”, termo cunhado por Adorno que evidencia tanto uma crítica à cultura quanto à sociedade, do mesmo modo como Marx demonstrou a relação entre a produção material e a reprodução espiritual da sociedade. O que significa isso? Significa que o trabalhador continuaria a ser envolvido numa mesma teia de relações alienadas que o fariam continuar a portar símbolos, a querer bens materiais que, atrelados aos bens de consumo burgueses, o manteriam numa mesma posição servil. 
Os meios de comunicação estão presentes, inclusive em nosso lazer, e acabam por constituir- se como um meio de opressão e controle social. 
No que tange às competências do Assistente Social em criar e executar políticas públicas, é necessário levar em conta tais posturas ideológicas que não deixam os indivíduos se reconhecerem como alijados do processo social, Marcuse aprofundou tal horizonte reflexivo 
quando constata que a sociedade e suas estruturas repressivas deterioram a sensibilidade do indivíduo. 
8. Quem são os autores da Escola de Frankfurt?
 Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin e Marcuse. 
9. O que é fenomenologia?
. É uma abordagem filosófica que também se apresenta como um método de interpretação da realidade. Quando tomamos seu fundador Husserl e como parâmetro vemos aparecer diante de nós ,” a discussão entre psicologistas e logicistas naquela época, estava voltada para a divergência quanto ao fundamento teórico que se dava à ciência.”, como bem descreveu a especialista Creusa Capalbo, pois ao defender a necessidade de reconhecer a especificidade da Consciência enquanto fenômeno, dotada de intencionalidade e doadora de sentido ao mundo, a Fenomenologia tem como desafio descrever, compreender e interpretar os atos constituintes da consciência e dos seus correlatos objetos. Para tanto faz-se necessário contextualizar o pensamento de Husserl e a influência sofridapor Kant
 
10. O método fenomenológico se define como uma volta às coisas mesmas. O que seria isso?
 “O método fenomenológico se define como uma volta às coisas mesmas. O que seria isso? Voltar-se para quê? Voltar-se para os fenômenos, aquilo que aparece à consciência. 
E o que se dá à consciência? O objeto intencional. 
Qual seria o intuito? Chegar à intuição das essências, isto é, ao conteúdo inteligível e ideal dos fenômenos, captado de forma imediata. 
Por que? Para que? “Toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos (percepção, imaginação, especulação, paixão, etc), com os quais visa algo. As essências ou significações são objetos percebidos de certa maneira pelos atos intencionais da consciência. A fim de que a investigação se ocupe apenas das operações realizadas pela consciência, é necessário que se faça uma redução fenomenológica, isto é, coloque-se entre parênteses toda a existência efectiva do mundo exterior. 
11. Mounier combate quais autores e ideias?
O individualismo do Renascimento “O individualismo é um sistema de costumes, de sentimentos, de idéias e de instituições que organiza o indivíduo partindo de atitudes de isolamento e de defesa. Foi a ideologia e a estrutura dominante da sociedade burguesa ocidental entre o século XVIII e o século XIX. Homem abstrato sem vínculos nem comunidades naturais, deus supremo, no centro de uma liberdade sem direção nem medida, sempre pronto a olhar os outros com desconfiança, cálculo ou reivindicações; instituições reduzidas a assegurar a instalação de todos estes egoísmos,ou seu melhor rendimento pelas associações voltadas para o lucro; eis a forma de civilização que vemos agonizar, sem dúvida uma das mais pobres que a história jamais conheceu. É a própria antítese do personalismo e o seu mais direto adversário.” 
O man de Heidegger: “A forma mais baixa que podemos conceber de um universo de homens é aquela a que Heidegger chamou do “man”, mundo em que nos deixemos aglomerar quando renunciamos a ser pessoas lúcidas e responsáveis; mundo da consciência sonolenta, dos instintos anônimos, das opiniões vagas, dos respeitos humanos, das relações mundanas, do “diz-que-diz-que” cotidiano, do conformismo social ou político, da mediocridade moral, da multidão, das massas anônimas, das organizações irresponsáveis. Mundo sem a vitalidade e 
desolado, onde cada pessoa renunciou provisoriamente a sê-lo, para se transformar num qualquer, não interessa quem, não interessa quem, de qualquer forma. O mundo do “man” não constitui, nem em nós, nem um todo”. 
Ao existencialismo: Se cada homem não é senão a si próprio se faz, então não há humanidade, nem história, nem comunidade (e foi realmente a esta conclusão-limite que alguns existencialistas chegaram”. 
 
12. Qual é a crítica ao método indutivo de Karl Popper?
Popper destaca tal problemática que é promovida pelos indutivistas, então ao fazer sua crítica ao método indutivo que, não garante a sobrevivência da mais provável teoria ou da que deveria ser a verdadeira, formula para isso por dois motivos: O número de teorias concorrentes é potencialmente infinito. A possibilidade de existir enunciados estritamente universais, verdadeiros, que apresentam caráter acidental, e não o caráter de verdadeiras leis universais da natureza. Um exemplo disso, é observação de que todos os cisnes são brancos, pois o cientista começou sua observação em um zoológico determinado onde todos eram brancos. Será que factível conhecer todos os cisnes e inferir mesmo que sem conhecer a todos que todos eles são os brancos? Para o autor, não existe indução, nem mesmo probabilística, a hipótese vem sempre primeiro, este é o “[...] método dedutivo de prova, ou de concepção segundo a qual uma hipótese só admite prova empírica – e tão somente – após haver sido formulada” (POPPER). 
13. E o conceito de falseabilidade?
 O critério de demarcação da ciência de Popper é a falseabilidade, [...] só reconhecerei um sistema como empírico ou científico se ele for passível de comprovação pela experiência. Essas considerações sugerem que deve ser tomado como critério de demarcação não a verificabilidade, mas a falseabilidade de um sistema (POPPER). 
Para haver falsificação é necessário partir de algum lugar, Popper (2007) chama esta base teórica de enunciados básicos, que também podem ser falseados, desta forma, não há enunciados básicos definitivos. Dizemos que uma teoria está falseada somente quando dispomos de enunciados básicos aceitos que a contradigam [...] Só a diremos falseada se descobrirmos um efeito suscetível de reprodução que refute a teoria. Em outras palavras, somente aceitaremos o falseamento se uma hipótese empírica de baixo nível, que descreva este efeito, for proposta e corroborada. A essa espécie de hipótese cabe chamar de hipótese falseadora (POPPER, 2007, p.91, grifos do autor). 
14. O que significa o termo “Revoluções Científicas” de Thomas Khun?
 Identificando que toda ciência é orientada por "paradigmas", Khun não aceita que o desenvolvimento da ciência tenha sido impulsionado pelo ideal da refutação. Ao contrário, enquanto uma ciência se consolida e desenvolve, a comunidade científica dessa ciência permanece em torno de um 'paradigma' que determina um conjunto de elementos tais como: métodos aceites; teorias compartilhadas; tipos de problemas a serem investigados e etc. Quando, por um conjunto de não-soluções, esse modelo, esse paradigma que orienta a ciência, se enfraquece, essa ciência entra num período de crise e um outro paradigma irá aparecer. 
15. E o termo “ciência normal”?
Thomas Kuhn destaca a historicidade das descobertas ciências mostrando que em períodos de normalidade da ciência, a comunidade científica desenvolve linhas de pesquisa de forma coletiva e coletiva sob um mesmo paradigma dominante. Só haveria uma necessidade de 
mudança de paradigma, em momentos extraordinários, contrariando seu mestre Karl Popper, momentos esses de crise do paradigma dominante, no qual este estaria em cheque por não mais dar conta das questões abordadas. 
16. Quais são os critérios de demarcação histórica de Bachelard? 
A epistemologia histórica não intenciona estabelecer critérios de demarcação, capazes de deslegitimar alguns saberes em detrimento de outros, nem tampouco articula um processo de extrair de diferentes práticas científicas, vistas como uma realidade homogênea, uma essência, a unidade do todo. Igualmente, não objetiva que essa essência seja capaz de se flexionar sobre si mesma e constituir a ciência da ciência. Tal perspectiva significa anular a concretude das práticas científicas, por mantê-las descoladas da história real das ciências. 
17. O que são atos epistemológicos em oposição à noção de obstáculos epistemológicos.
Bachelard elabora também a noção de atos epistemológicos, em oposição à noção de obstáculos epistemológicos. Os atos epistemológicos correspondem aos ímpetos do gênio científico que provocam impulsos inesperados no curso do desenvolvimento científico. A história do conhecimento científico é, assim, a constante oposição entre os atos epistemológicos que impulsionam o conhecimento e os obstáculos epistemológicos que entravam esse mesmo conhecimento. Ou seja, uma dialética própria que estrutura o movimento histórico do conhecimento científico. 
18. O que significa o panopticon?
O Panóptico é uma máquina de dissociar o par ver-ser visto: no anel periférico, se é totalmente visto, sem nunca ver; na torre central, vê-se tudo, sem nunca ser visto. dispositivo importante, pois automatiza e desindividualiza o poder. 
 
19. Qual é a hipótese de Foucault?
“Minha hipótese é que com o capitalismo não se deu a passagem de uma medicina coletiva para uma medicina privada, mas justamente o contrário; que o capitalismo, desenvolvendo-se em fins do século XVIII e início do século XIX, socializou um primeiro objeto que foi o corpo enquanto força de produção, força de trabalho. O controle da sociedadesobre os indivíduos não se opera simplesmente pela consciência ou pela ideologia, mas começa no corpo, com o corpo. Foi no biológico, no somático, no corporal que, antes de tudo, investiu a sociedade capitalista. O corpo é uma realidade bio-política. A medicina é uma estratégia bio- política.” (O nascimento da medicina social em Microfísica do poder). 
20. Por que problematizar a mudança de episteme?
Assim, ao problematizar a mudança de episteme entre a época clássica (séc. XVII até a segunda metade do séc. XVIII) e a época moderna (fim do séc. XVIII até nossos dias), passagem de uma compreensão da linguagem como representação precisa da natureza verdadeira do mundo social e natural para a ideia de que o humano é limitado e que a linguagem utilizada para compreender o mundo é fruto de um contexto. Esta divisão epistêmica, estabelecida pelo autor, não é uma mera periodização histórica, mas determinada por critérios demarcados pelo discurso. Deste modo, começa neste momento a preocupação de compreender o discurso como regido por uma regularidade de que as pessoas não têm consciência. Assim, em seu método arqueológico, Foucault entende que a análise do discurso deve se dar como: Só pode se referir a performances verbais realizadas, já que as analisa no nível de sua existência: descrição das coisas ditas, precisamente porque foram ditas. A análise enunciativa é, pois, uma análise histórica, mas que se mantém fora de qualquer interpretação: às coisas ditas, não pergunta o que escondem, o que nelas estava dito e o não-dito que involuntariamente recobrem, a abundância de pensamentos, imagens ou fantasmas que as habitam; mas, ao contrário, de que modo existem, o que significa para elas o fato de se terem manifestado, de 
terem deixado rastros e, talvez, de permanecerem para uma reutilização eventual; o que é para eles o fato de terem aparecido-e nenhuma outra em seu lugar (FOUCAULT, 2005a, p. 124). 
21. O que significa “um efeito de verdade no discurso da ciência” no dizer de Bourdieu?
Existe então um efeito de verdade no discurso da ciência, para tanto é necessário que o pesquisador (o cientista) vire suas armas contra si mesmo, para ficar diante de sua perspectiva de investigação, ficando próximo do que ele chama-se socio-análise do empreendimento científico, uma sociologia da sociologia, não um epistemologia da sociologia. A própria noção de campo deflagrada por ele como um exemplo de um instrumental teórico pré- determinado, sendo mas como aquele que trará entendimento 
22. De que maneira Habermas analisa a crise do capitalismo que extrapolou do campo 
econômico e atingiu o social?
Para Habermas a linguagem serve como garantia da democracia, uma vez que a própria democracia pressupõe a compreensão de interesses mútuos e o alcance de um consenso. Contudo, para que a linguagem assuma este papel democrático, no pensamento habermasiano é necessário que a comunicação seja clara. 
Para Habermas, a distorção de palavras e de sua compreensão impede uma comunicação efetiva, o consenso e, portanto, a prática efetiva da democracia. 
O uso correto das palavras, entretanto, só ocorreria quando fosse abandonado o uso exclusivo da razão instrumental – ou iluminista – a razão utilizada pelo sujeito cognocente ao conhecer a natureza com o fim de dominá-la, ou seja, a confusão do conhecimento com a dominação, exploração e poder. Dessa maneira, a razão torna-se um instrumento de uma ciência que, deixando de ser acesso a conhecimentos verdadeiros, torna-se é meio de dominação e poder: da Natureza e dos próprios seres humanos. Dessa maneira torna-se necessária uma razão que não seja instrumento de dominação, mas de democracia: a razão comunicativa. 
A razão comunicativa, além de compreender a esfera instrumental de conhecimentos objetivos, alcança a esfera da interação entre sujeitos, marcada por simbolismo e subjetivismo, experiências pessoais e a contextualização dialógica de agentes lingüísticos. 
 
23. E a modernidade de Giddens?
 “A modernidade alimenta um clima geral de incerteza que o indivíduo acha perturbador por mais que trate de removê-lo da linha de frente de suas preocupações; inevitavelmente expõe todos a uma diversidade de situações de crise de maior ou menor importância, situações essas que podem algumas vezes ameaçar o próprio centro de auto".

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