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Uni-ANHANGUERA Centro Universitário de Goiás Origem e Natureza dos Solos 2016 Docente: Rafaella O. Guimarães Santos E-mail: profrafaella2@gmail.com Disciplina: Mecânica dos Solos Introdução Mecânica dos solos estuda o comportamento dos solos quando tensões: São aplicadas, como no caso de fundações; Aliviadas, como em escavações; Perante o escoamento de água nos seus vazios. Mecânica dos Solos - 2016 2 Introdução (cont.) Engenheiro civil se baseia nessa Ciência de Engenharia para desenvolver seus projetos. Karl Terzaghi: Fundador da Mecânica dos solos; 1936: apontou que não se podiam aplicar aos solos leis teóricas de uso corrente em projetos que envolviam materiais mais bem definidos, como o concreto e o aço. Mecânica dos Solos - 2016 3 Origem dos Solos (cont.) Se dá pela decomposição das rochas: Intemperismo físico: processos que causam desagregação e fragmentação das rochas; Intemperismo químico: reações químicas (oxidação, hidratação); Intemperismo biológico: transformação a partir da ação de seres vivos (ação de bactérias, decomposição de organismos) Mistura de partículas pequenas; Depende da composição química da rocha. Mecânica dos Solos - 2016 4 Origem dos Solos (cont.) Mecânica dos Solos - 2016 5 Origem dos Solos Mecânica dos Solos - 2016 6 Origem dos Solos (cont.) Horizonte O – orgânico Horizonte A – Solo transportado ou solo intemperizado/laterítico Horizonte E – Solo residual ou saprolítico Horizonte B – Solo residual jovem, preserva as características da rocha Horizonte C – Rocha desintegrada Horizonte R – Rocha Mecânica dos Solos - 2016 7 Origem dos Solos (cont.) Mecânica dos Solos - 2016 8 Partículas dos solos Solos: conjunto de partículas + água (ou outro líquido) + ar. Partículas livres para deslocar-se entre si, em geral; Pequena cimentação pode ocorrer. Mecânica dos Solos - 2016 9 Partículas dos solos (cont.) Tamanho das partículas: Primeira característica que diferencia o solo; Não é fácil identificar o tamanho das partículas pelo simples manuseio do solo; Denominações específicas para faixas de tamanhos de grãos. Mecânica dos Solos - 2016 10 Partículas dos solos (cont.) Nomenclatura mais comum: Pedregulho > Areia > Silte > Argila Mecânica dos Solos - 2016 11 Partículas dos solos (cont.) Limites variam conforme sistema de classificação; ABNT: NBR 6502/1995 Souza Pinto (2006) Mecânica dos Solos - 2016 12 FRAÇÃO LIMITES (ABNT) LIMITES (Pinto, 2006) Matacão de 20 cm a 1 m de 25 cm a 1 m Pedra de 6 cm a 20 cm de 7,6 cm a 25 cm Pedregulho de 2,0 mm a 60 mm de 4,8 mm a 76 mm Areia grossa de 0,60 mm a 2,0 mm de 2,0 mm a 4,8 mm Areia média de 0,20 mm a 0,60 mm de 0,42 mm a 2,0 mm Areia fina de 0,06 mm a 0,20 mm de 0,05 mm a 0,42 mm Silte 0,002 mm a 0,06 mm 0,005 mm a 0,05 mm Argila inferior a 0,002 mm inferior a 0,005 mm Partículas dos solos (cont.) Frequentemente, limite entre silte e areia é 0,075mm: #200: mais fina nos laboratórios Silte + argila = fração fina; Areia + pedregulho = fração grossa. Mecânica dos Solos - 2016 13 Constituição mineralógica Mais comum que partículas sejam constituídas de um único mineral; Quartzo: bastante resistente à desagregação e forma grãos se silte e areias; Feldspatos: minerais mais atacados pela natureza e dão origem aos argilominerais (fração mais fina dos solos) Argilominerais mais comuns: caulinita, ilita e esmectita (comportamento diferenciado de silte e areia). Mecânica dos Solos - 2016 14 Constituição mineralógica (cont.) Argilominerais: Estrutura complexa; Silício e alumínio; Apresentam comportamentos distintos, principalmente na presença d’água. Caulinita (1:1): Rede cristalina; As camadas são mantidas juntas por pontes de hidrogênio; Mecânica dos Solos - 2016 15 Constituição mineralógica (cont.) Ilita (2:1): Ligadas por íons de potássio; Ligações mais fracas; Camadas livres; Mecânica dos Solos - 2016 16 Esmectita (2:1): Não há íons de potássio; Água entre as camadas; Constituição mineralógica (cont.) Comportamento das argilas é mais complexo devido às imperfeições na sua composição mineralógica: Há argilas com elevada capacidade de absorção de água resultando em sua expansão quando em contato com água e sua contração considerável ao secar. Mecânica dos Solos - 2016 17 Sistema solo-água Ordem decrescente de “Resistência” à água (“estabilidade”): Caulinita, ilita e esmectita; Sensitividade das argilas – amolgamento; Quando partículas de argila, na água, estão muito próximas: Forças de repulsão: cargas líquidas negativas; Forças de atração: forças de Van der Waals. Mecânica dos Solos - 2016 18 Sistema solo-água (cont.) Combinação dessas forças leva a dois tipos básicos de estrutura: Floculada: contatos de fazem entre faces e arestas; Mecânica dos Solos - 2016 19 Dispersa: contatos face a face com partículas paralelas entre si. Sistema solo-água-ar Solo não saturado: ar em bolhas oclusas ou canalículos intercomunicados Tensão superficial Tensão de sucção: diferença de pressão. Mecânica dos Solos - 2016 20 Identificação dos solos por meio de ensaios Análise Granulométrica e Índices de Consistência; Análise Granulométrica: Duas fases: peneiramento e sedimentação (NBR 7181); Peso (seco) do material que passa em cada peneira = % que passa representado graficamente em função da abertura nominal da peneira = “diâmetro” das partículas. Peneiramento: separação fração fina e grossa. Mecânica dos Solos - 2016 21 Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Análise granulométrica (cont.) Sedimentação: separação da porção mais fina do solo (silte e argila) Lei de Stokes: velocidade de queda de partículas esféricas num fluido atinge um valor limite que depende do peso específico do material da esfera e do fluido, da viscosidade do fluido e diâmetro da esfera; Partículas caem com velocidades proporcionais ao quadrado de seus diâmetros; Com ou sem defloculante. Mecânica dos Solos - 2016 22 Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Análise granulométrica (cont.) Mecânica dos Solos - 2016 23 Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Análise granulométrica (cont.) Mecânica dos Solos - 2016 24 Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Índices de consistência (Limites de Atterberg): Fração fina do solo importante no comportamento dos solos; Quanto menor a partícula, maior sua superfície específica; Com a água, comportamento se difere com partículas diferentes, dependendo dos minerais; Mecânica dos Solos - 2016 25 pL wwIP Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Índices de consistência (Limites de Atterberg):(cont.) wL e IP: índices de consistência dos solos; wL é definido pelo teor de umidade do solo com o qual uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar numa concha. (Aparelho de Casagrande). (NBR 6459) Mecânica dos Solos - 2016 26 Identificação dos solos por meio de ensaios (cont.) Índices de consistência (Limitesde Atterberg):(cont.) wP é definido com o menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro de 3 mm de diâmetro rolando-se o solo com a palma da mão. (NBR 7180) IP – relação com a análise tátil-visual (rapidez com que o solo seca) Mecânica dos Solos - 2016 27 Atividade das argilas Composição mineralógica variável – um solo com teor elevado de argila pode apresentar índices mais baixos do que um solo com pequenos teores de argila (argila muito ativa) IA<0,75 = argila inativa; 0,75<IA<1,25 = argila normal; IA>1,25 = argila ativa. Mecânica dos Solos - 2016 28 Exercícios a verificar: Livro Carlos Souza Pinto (2006) – Aula 1 Exercícios 1.3, 1.8 e 1.9 Mecânica dos Solos - 2016 29
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