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calculos Balanceamento de racoes

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Introdução: 
	Considerando o papel da alimentação nos custos de produção, o balanceamento das dietas torna-se um fator dos mais importantes. Assim, além dos conhecimentos teóricos sobre alimentação e nutrição animal é preciso que se considere o equilíbrio dos nutrientes utilizados e principalmente a resposta economica do animal.
	Apesar de existirem métodos mais complexos de formulação de rações, os métodos aqui apresentados podem ser úteis para formular rações na propriedade de maneira fácil, rápida e com grandes possibilidades de sucesso. 
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Critérios que devem ser seguidos para o balanceamento das dietas:
Animal caracterizá-lo de acordo com a idade, peso vivo e a função que se propõe: ganho de peso, produção de leite, ovos, ou apenas para mantença;
Requerimento nutricional relacionando com o critério animal descrever os requerimentos de MS, PB, EB, Ca, P etc. (Estes dados são encontrados em tabelas específicas);
Alimentos fazer o levantamento quantitativo dos alimentos disponíveis para o programa alimentar, sempre relacionando com seus custos;
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Critérios que devem ser seguidos para o balanceamento das dietas:
Avaliação nutricional dos alimentos Através de tabelas listar a composição de todos os alimentos disponíveis;
Consumo de matéria seca;
Calculo do balanceamento;
Teste final; (digestibilidade, aceitebilidade e desempenho)
Viabilidade econômica;
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Determinação do valor econômico
Para determinação do valor economico, deve-se considerar os seguintes itens:
Nutrientes contidos no alimento;
Disponibilidade dos nutrientes;
Nutrientes necessários para o balanceamento;
Custo do nutriente por unidade do nutriente;
Valor suplementar de outros nutrientes não específicos do alimento, considerado no balanceamento da dieta.
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Determinação do valor do alimento
Exemplo: 
farelo de soja com 45% de PB a R$ 0,50/kg e o farelo de algodão com 30% de PB a R$ 0,40/kg.
Assim, dividindo o valor do kg pelo teor do nutriente, temos:
Um kg de proteina da soja = 0,50/0,45 = R$ 1,11
Um kg de proteína do algodão = 0,40/0,30 = R$ 1,33
Conclui-se portanto que a fonte de proteína mais barata é o farelo de soja.
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TÉCNICAS SIMPLES PARA FORMULAÇÃO DE RAÇÕES
Cálculo por substituições ao acaso
2. Cálculo por equações
3. Quadrado de Pearson
a. Usando duas fontes alimentares
b. Usando várias fontes alimentares
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a. Usando duas fontes alimentares: 
PROBLEMA:
Formular 100 kg de ração para suínos contendo 16% de PB usando milho (8,9% PB) e um suplemento comercial (36% PB)
Proteína
 e Energia
2. Cálculo por equações:
0,089 x + 0,360 y = 16,00
PB milho
PB suplemento
- 0,089 x - 0,089 y = 8,90
PB da RAÇÃO
 0,271 y = 7,10
y = 7,10/0,271= 26,20
Substrair um componente
Substituindo na E1 temos: x + y = 100; x + 26,20 =100
x = 100 – 26,20 =73,80
CONCLUSÃO:
26,20 % suplemento e 73,89 % de Milho
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PROBLEMA:
Formular 100 kg de ração para suínos contendo 16% de PB usando milho (8,9% PB) e um suplemento comercial (36% PB)
3. Quadrado de Pearson
16 % PB
Ingredientes
Milho
% Nut.
Suplemento
8,90%
36,00%
PARTES
20,00 de milho
7,10 de suplemento
27,10 partes
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3. Quadrado de Pearson (cont....)
Ao obter as partes tirar a proporcionalidade de cada ingrediente relativo ao total das partes:
27,1 - 100,0 milho
20,0 - x 73,80%
27,1 - 100,0 suplemento
 7,1 - x 26,20%
Basta conferir........
Ingrediente kg Ingrediente % PB kgPB 
Milho 73,80 x 8,90 /100 6,568
Suplemento 26,20 x 36,00/100 9,432
 100,00 16,00 
0,7380
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ALGUMAS REGRAS PARA EXECUTAR
 NO QUADRADO DE PEARSON
Colocar à direita do quadro as percentagens dos nutrientes dos alimentos utilizados
Colocar no meio do quadrado a percentagem de nutriente a ser requerido. 
Subtrair em diagonal, o valor da percentagem do ingrediente do valor requerido e colocar o valor obtido a esquerda sem considerar o sinal. 
Pode ser usado misturas de ingredientes formando cada parte uma percentagem de nutriente.
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PROBLEMA:
Formular 100 kg de ração para suínos contendo 12% de PB de mistura de farelo de soja (FS, 44%PB) e farelo de algodão (FA, 45 %PB) (3 partes de FS e 1 parte de FA) com milho (8,9% PB)
3 partes de FS x 44,00 % PB/100 = 1,32 partes de PB
1 parte de FA x 45,00 % PB/100 = 0,45 partes de PB
1,77 partes de PB
4 partes da mistura
1,77 partes de PB / 4 partes da mistura x 100 = 44,25% de PB
75% de FS x 44,00 % PB /100 = 33,00 % de PB
25% de FA x 45,00 % PB /100 = 11,25 % de PB
44,25 % de PB
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12 % PB
Ingredientes
Milho
% Nut.
Suplemento
8,90%
44,25 %
PARTES
32,25 de milho
3,10 de suplemento
35,35 partes
Logo com as partes tirar a proporcionalidade de cada ingrediente respeito ao total das partes:
35,35 - 100,0 milho
32,25 - x 91,23 %
35,35 - 100,0 suplemento
 3,10 - x 8,77 %
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Em 100 kg da ração teríamos:
ingrediente
 kg
Milho 91,23
Farelo Soja 8,77 x 0,75 6,58
Farelo Algodão 8,77 x 0,25 2,19
100,00 kg
Checando os resultados:
ingrediente
 %PB
Milho 8,9 x 91,23/100 8,119
Farelo de Soja 44,0 x 6,58/100 2,895
Farelo de Algodão 45,0 x 2,19/100 0,986
12,00 % PB
Desta forma podemos fazer misturas tanto de ingredientes energéticos ou protéicos e utilizar o QP
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ESTE TIPO DE PROCEDIMENTO É PARA DEIXAR UM ESPAÇO NA RAÇÃO PARA A INCLUSÃO DE MINERAIS E VITAMINAS JÁ QUE QUANDO BALANCEAMOS ENERGIA E PROTEINAS INICIALMENTE 
PROBLEMA:
Formular 1000 kg de ração contendo 14% de PB usando milho (8,9% PB) e farelo de soja (46 % PB), fixando 3 % para inclusão de minerais, vitaminas e anti-bióticos 
1000 x 0,03 = 30,00 kg para suplemento mineral-vitamínico
1000-30 = 970 kg conformará os 14% PB 
970 - 14
1000 - x 14,43% PB 
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14,43% PB
Ingredientes
Milho
% Nut.
Farelo de Soja (FS)
8,90%
46,00 %
PARTES
31,57 de milho
5,53 de FS
37,10 partes
Logo com as partes tirar a proporcionalidade de cada ingrediente respeito ao total das partes:
37,10 - 100,0 milho
31,57 - x 85,09 %
37,10 - 100,0 suplemento
 5,53 - x 14,91 %
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Checando os resultados:
ingrediente
 kg
Milho 85,09 x 0,97 82,537
Farelo de Soja 14,91 x 0,97 14,463
Vitaminas e Minerais 3,000
100,00
Em 100 kg da ração teríamos:
Milho 82,537 x 8,90/100 7,346
ingrediente
 % PB
Farelo de Soja 14,463 x 46,00/100 6,654 
Vitaminas e Minerais -
14,00% PB
% fixo da ração
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O balanceamento de uma ração abrange as seguintes etapas:
Verificar as exigências do animal (Energia, Proteína, Mineral, Vit. Aa.
Obter a composição dos alimentos disponíveis
Estabelecer a ração de volumoso (ruminantes)
Substrair das exigências totais os nutrientes contidos na ração de volumosos (ruminantes)
Formular a mistura de concentrados necessária para cobrir as deficiências existentes
Obter os custos de cada ingrediente
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PROBLEMA:
Formular uma ração para vacas leiteiras com 450 kg de PV, e uma produção média de 15 kg de leite, com 4 % de gordura.
Exigências Nutricionais:
Seguindo os passos anteriormente estabelecidos ...
 NDT(kg) PB(g) Ca(g) P(g)
Manutenção 3,440 403 17 14
Lactação 4,890 1.305 40 27
Exigências Totais 8,330 1.708 57 41
Quando as vacas dispõem de uma boa pastagem, admite-se que as exigências de mantença e produção até 5 kg de
leite por dia, sejam atendidas por meio do pastejo
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Alguns Exemplos de Alimentos Disponíveis e sua Composição:
Alimento MS (%) NDT(%) PB(%) Ca(%) P(%)
Silagem de Milho 27,4 66,05 8,10 0,360 0,219
Capim-Elefante 25,5 52,54 4,70 0,470 0,274
Milho triturado 88,0 80,00 9,30 0,022 0,330
Farelo de Soja 89,0 76,00 46,00 0,250 0,600
Farelo de Trigo 89,0 63,00 15,00 0,140 1,170 
Calcário 38,500 -
Fosfato dicálcico 23,300 18,000
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Feno de Boa Qualidade 2-3% do PV
Silagem 4-6% do PV
Raízes e Tubérculos 2-3% do PV
Capim Tenro 6-8% do PV
A associação de dois ou mais volumosos seria feita pelo critério proporcional
Lembremos que estas apenas são meramente estimativas.
 Nada substitui a mensuração constante 
do consumo voluntário
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Para efeito do cálculo, supõe-se a seguinte ração de volumoso:
Silagem de milho 18 kg MN 4,93 kg MS 
Capim-elefante 9 kg MN 2,29 kg MS 
Alimento NDT(kg) PB(kg) Ca(g) P(g)
4,93 x (66,05/100)
4,93 x (0,370/100) x 1000
Silagem de Milho 3,256 0,399 18 11 
Capim-elefante 1,203 0,107 11 6
TOTAL ALIMENTO
4,459
0,506
29
17
EXIGÊNCIAS TOTAIS 8,330 1,708 57 41
DEFICIT/EXCESSO - 3,871 - 1,202 - 28 - 24 
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Formular a ração de concentrados
Como ocorre uma grande deficiência de proteína, torna-se necessário uma concentração alta da proteína no concentrado, ou seja, teremos que usar bastante farelo de soja. Dependendo da concentração desta, assim será a quantidade de concentrado a ser oferecido aos animais. Neste caso:
(1202/5000)x100 = 24,04%PB
(1202/6000)x100 = 20,03 %PB
Kg de Alimento NDT(kg) PB(kg) Ca(g) P(g)
58,00 Milho 2,320 0,270 5,06 9,57
40,50 Farelo Soja 1,539 0,932 0,64 6,68
0,87 Fosfato Dical - - 10,15 7,84
0,63 Calcário - - 12,18 -
100,00 kg 3,859 1,202 28,03 24,09
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Formulação de uma ração completa para 
vacas leiteiras durante a seca
Elaborar uma ração contendo 14 % de PB e 67% NDT
 Ingredientes % MS % PB % NDT
Capim-elefante 15,00 8,00 57,00
Leucena 26,00 25,00 75,00
Melaço 73,00 3,40 82,00
Farelo de Algodão 92,00 43,20 69,00
Primeiro se elaboram duas pre-misturas, balancenado-se em função de um nutriente, posteriormente, com os resultados deste procedimento, se balancea o segundo nutriente
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BALANCEAMENTO DA PB
%PB PRÉ-MISTURA I %NDT 
Elefante
Leucena
 8,00
 25,00
14,00
11,00
6,00
17,00 partes
64,7% x 0,57 = 36,9
35,3% x 0,75 = 26,5
63,4%
%PB PRÉ-MISTURA II %NDT 
Melaço
Farelo
Algodão
 3,40
 43,40
14,00
 29,2
 10,6
73,4% x 0,82 = 60,2
26,6% x 0,69 = 18,4
17,00 partes
 78,6%
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BALANCEAMENTO DO NDT
Pré-mistura I 63,4
Pré-mistura II 78,6
67,0
11,60
3,60
14,20 partes
76,3 % PM-I
23,7 % PM-II
Deve-se misturar 76,3 partes da PM-I com 23,7 partes da PM-II
Ingredientes %MS kg %MN
Elefante 64,7 x 0,763 = 49,4 329,3 71,1
Leucena 35,3 x 0,763 = 26,9 103,5 22,3
Melaço 73,4 x 0,237 = 17,4 23,8 5,1
F.Algodão 26,6 x 0,237 = 6,3 6,8 1,5
100,0
463,4
100,0
(49,4 x100) /15
(329,3x100)/463,4
*
0,250 0,760 1,760 2,430 3,020 kg MS
56,025
56,025/40 = 1,40
 1,40 - 0,25 m2
 x - 10000 
56,000 kg mn/ha
25% MS
14,000 kg ms/ha

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