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Autismo: definição, características e tratamento

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HISTÓRICO 
Em 1943, Leo Kanner chamou a atenção pela primeira vez para um grupo de crianças que apresentava isolamento social, alterações da fala e necessidade extrema de manutenção da rotina.
A esse conjunto de sintomas Kanner denominou "distúrbios autísticos do contacto afetivo" - AUTISMO.
DEFINIÇÃO
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, isto é, algo que faz parte da constituição do indivíduo e afeta a sua evolução.
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CARACTERÍSTICAS
 Os sintomas podem estar presentes desde o nascimento ou surgirem até os três anos de idade
 Apresenta‑se desligada do meio e não responde ao chamado do seu nome
 Não retribui um sorriso e faz pouco contato com o olhar
 É capaz de ficar muito tempo sozinha
 Tem atraso da fala e na comunicação em geral
 Tem grande necessidade de manutenção da rotina e desconforto às mudanças
 Apresenta interesses e manias pouco comuns
 Aproximadamente 10% apresenta alguma habilidade especial
 Freqüentemente apresenta movimentos corporais repetitivos (estereotipados)
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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de autismo se baseia somente em dados clínicos, ou seja, história e observação do comportamento.
Não existe exame complementar capaz de comprovar este diagnóstico 
Como uma tentativa de padronizar o diagnóstico de autismo, foram criados critérios diagnósticos oficiais, como, por exemplo, o Diagnostic and Statistical  Manual of Mental Disorder (DSM) da Associação Americana de Psiquiatria e o International Classification of Diseases (CID) da Organização Mundial de Saúde.
 
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PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE 
Apesar, de todo o esforço no sentido de aprimorar os critérios diagnósticos, o grupo formado a partir destes ainda é extremamente heterogêneo.
 Existem crianças que falam frases e crianças que não falam nenhuma palavra.
 Que aprenderam sozinhas a ler com três anos e outras que nunca vão aprender.
 Crianças com desenvolvimento motor normal e outras que só andaram com quatro anos.
 Com alguma deficiência associada (surdez ou cegueira, por exemplo) a outras sem nenhuma.
 Existem crianças com diferentes doenças associadas a outras sem qualquer patologia concomitante.
 
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GRAUS DE AUTISMO
AUTISMO LEVE - "de alto funcionamento”
Sintomas relacionados com a dificuldade de comunicação, socialização e as “manias” estão presentes, porém de forma branda. A criança adquire fala a se alfabetiza. Algumas conseguem freqüentar uma escola regular, podendo, inclusive, concluir um curso universitário.
AUTISMO SEVERO - "de baixo funcionamento”
A criança dificilmente adquire linguagem. Tende a manter o isolamento social e, com freqüência, apresenta intensa estereotipia motora e até automutilação. 
Entretanto, entre esses dois extremos, leve e severo, são encontrados os graus intermediários de autismo. 
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ETIOLOGIA
Evidências apontam para a multicausalidade. 
 um em cada 500 nascidos é autista, numa proporção de 4 homens para 1 mulher.
 há elevado risco de recorrência na mesma família.
 o risco é maior entre os irmãos de indivíduos com o transtorno.
 o autista pode ser superdotado ou ter deficiência mental.
 ser um exímio pianista ou não ter qualquer controle do movimento das mãos.
Por isso, hoje se fala em espectro autista, que abrange uma série de distúrbios que vão do autismo clássico, com retardo mental, à síndrome de Asperger, uma forma branda muitas vezes associada a um QI muito acima da média. 
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PROGNÓSTICO
 Cerca de 15% das crianças autistas quando estimuladas adequadamente, conseguem uma recuperação social, na idade adulta, que os permite viver com certa independência assistida e até trabalhar.
 Em torno de 25% dos autistas alcançam um desenvolvimento parcial menos significativo, impondo que vivam na casa de seus familiares, sem capacidade de trabalhar e viver independentemente. 
 E, aproximadamente 60% das crianças autistas, por vários fatores, não conseguem obter um desenvolvimento satisfatório. 
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TRATAMENTO
Apesar de não haver um tratamento curativo para o autismo, sabe‑se hoje que algumas técnicas comportamentais e educacionais trazem algum beneficio quando iniciadas precocemente.
Assim, o ideal e que tais intervenções sejam iniciadas logo após o diagnóstico. 
	Fonoaudiologia Psicologia Educação Física
	Musicoterapia		Lodoterapia	Psicopedagogia 
dentre outras.
 
Equipe multidisciplinar 
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Já foi tentado de tudo no tratamento de crianças autistas em matéria de medicamentos:
Sedativos		Anti-histamínicos	Estimulantes
Tranqüilizantes		Antidepressivos		Psicotrópicos
Anti-parkinsonianos	LSD			dentre outros. 
 Nenhum desses tratamentos foi capaz de remover este ou aquele sintoma. No entanto, em crianças hiperativas; irrequietas ou demasiadamente ligadas a estímulos ambientais; o uso de medicação pode ajudar.
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APOIO INSTITUCIONALIZADO
A atuação de entidades que tratam das causas do Autismo tem surtido bons efeitos:
 permite que se permute conhecimentos, pesquisas e avanços na área.
 fornece informação adequada aos pais sobre a doença.
 dá também uma sensação de coesão e meta.
 tem mais força para pressionar órgãos governamentais visando aos interesses destas crianças.
 pode também, levantar fundos junto a empresas e pessoas físicas para ajudar os menos favorecidos.
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ESTATÍSTICAS
Em todo Brasil existem hoje cerca de 93 entidades cadastradas na Associação Brasileira de Autismo – ABRA. Entidade nacional que congrega as associações de pais e amigos de autistas no Brasil.
Gráf4
		3
		5
		15
		18
		62
Entidades de Apoio ao Autismo
Plan1
		Norte		3
		Centro Oeste		5
		Nordeste		15
		Sul		18
		Sudeste		62
Plan2
		
Plan2
		3
		5
		15
		18
		62
Entidades de Apoio ao Autismo
Plan3
		
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MAIS NÚMEROS
 Apesar de não haver um número certo de autistas no País, os médicos suspeitam que haja cerca de 1 milhão de casos não diagnosticados.
 Percentualmente esse número corresponde a mais de 5% da população, considerando que o Brasil possui, segundo estimativa do IBGE (2006) cerca de 186 milhões de habitantes.
 Existem zero programas governamentais no Brasil e, quem não tem recursos financeiros, tem de correr atrás de umas poucas vagas oferecidas por órgãos públicos e organizações não-governamentais 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O autismo infantil corresponde a um quadro de extrema complexidade e exige que abordagens multidisciplinares sejam efetivadas visando não somente a questão educacional e da socialização, mas principalmente a questão médica.
A nós futuros profissionais de Educação Física cabe a atualização constante, a vivência com especialistas e outros profissionais com experiência em autismo e, acima de tudo uma dose de amor e dedicação, pois todo ser humano tratado com carinho, amor e respeito sente-se querido e amado e, conseqüentemente, é feliz.
E as crianças com autismo não são exceção!
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