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DIREITO CIVIL
DIREITO DAS SUCESSÕES
DA INEXECUÇÃO DO 
TESTAMENTO
ESTRUTURA DO TÓPICO
• 1. Conceito e hipóteses
• I. Revogação
• II. Rompimento
• III. Caducidade
• IV. Nulidade Absoluta
• Cláusulas Nulas (art 1900,CC)
• V. Nulidade Relativa (anulabilidade)
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1. Conceito e hipóteses
• As causas de inexecução ou ineficácia das disposições
testamentárias são situações em que a vontade do
testador formalizada no testamento não será
executada ou não surtirá qualquer efeito. As hipóteses
são:
• I. REVOGAÇÃO: quando o próprio dispoente, por modo
legítimo, expressa sua vontade de inutilizar seu
testamento ou alguma disposição testamentária que
tenha feito;
• II. ROMPIMENTO: dá-se em razão não só da ignorância
da existência de algum herdeiro necessário, mas
também de superveniência de descendente sucessível
do testador.
Conceito e hipóteses (cont)
• III.CADUCIDADE: ocorre quando, embora válido, não
puder produzir efeitos em razão de algum fato
superveniente, independente da vontade do testador,
pelo qual o herdeiro instituído fica impedido de receber
a herança ou o legado fica sem objeto, dando lugar à
sucessão legítima.
• IV/V.NULIDADES (relativas e absolutas): nulidade do
testamento quando, em virtude de um vício de origem
ou de defeito congênito, não satisfizer as condições que
a lei declara indispensáveis para a sua validade, dando
lugar à sucessão legítima.
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I. Revogação
• CONCEITO: A revogação é o ato pelo qual o
testador, conscientemente, torna ineficaz
testamento anterior, manifestando
vontade contrária à que nele se acha
expressa. Por ser essencialmente
revogável, o ato de última vontade pode
ser desfeito livremente, a qualquer tempo.
A revogação do testamento pode ser:
Formas de revogação 
• A) Expressa ou direta (CC, art. 1.969), quando o disponente
declarar sem efeito, no todo ou em parte, o testamento
por ele feito anteriormente por meio de um outro
testamento, embora não seja preciso que se empregue a
mesma forma do precedente.
• B) Tácita ou indireta: ocorre quando o testador age de
forma contrária aquela disposta no testamento. Por
exemplo:
• I) faz nova disposição testamentária sobre o mesmo bem,
deixando-a para outrem;
• II) destrói ou inutiliza o testamento cerrado ou particular;
• III) aliena voluntariamente o objeto do testamento.
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Formas de revogação (cont)
• C) Total,: quando o testamento superveniente retirar,
no todo, a eficácia das disposições de última vontade
feitas precedentemente, embora não atinja a parte
não-patrimonial, como a alusiva, p. ex., ao
reconhecimento de filhos. A revogação total tem por
efeito a convocação dos herdeiro legítimos, segundo as
regras norteadoras da sucessão legítima.
• D) Parcial, quando o testamento posterior abranger
uma ou mais disposições do anterior, subsistindo em
tudo o que não for contrário ou incompatível ao
posterior (CC, art. 1.970, parágrafo único).
II. Rompimento
• O rompimento do testamento, também
considerado por muitos como revogação
presumida, ficta ou legal, é sua
inutilização por perda de validade em
razão da ocorrência de certos fatos
previstos em lei. Assim, o testamento não
terá eficácia quer na instituição, quer nos
legados, ocorrendo:
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Formas de rompimento
• a) 1973, CC: quando houver superveniência de
descendente sucessível ao testador, não tinha ou não o
conhecia quando testou, hipótese em que o
testamento se romperá em todas as suas disposições,
se esse descendente sobreviver ao testador ante a
presunção de que o disponente não teria disposto de
seus bens se tivesse descendente ou se soubesse de
sua existência.
• b) 1974, CC: quando o testamento foi feito na
ignorância de existirem outros herdeiros necessários
(CC, art. 1.974), hipótese em que se dá, igualmente, o
rompimento do testamento, salvo se o testador dispôs
de sua metade disponível, não contemplando os
herdeiros necessários de cuja existência sabia.
III. caducidade
• A disposição testamentária, embora válida, não
prevalecerá (ineficácia), se ocorrer obstáculo
superveniente ao momento da confecção do
testamento, hipótese em que incidirá em caducidade.
• Ocorre em situações de fatos alheios à vontade do
testador, por exemplo:
• A) renuncia
• B) comoriencia ou premoriencia do herdeiro
• C) morte antes do cumprimento de condição suspensiva
• D) perecimento do objeto
• E) testamentos especiais (prazo de 90 dias)
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IV. Nulidade Absoluta
• Ter-se-á nulidade absoluta do testamento,
que poderá ser alegada por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, e
que deverá ser pronunciada pelo
magistrado, quando conhecer do ato ou de
seus efeitos e a encontrar provada, não lhe
sendo, todavia, permitido supri-Ia, mesmo
que haja requerimento das partes (CC, art.
168, parágrafo único), quando:
Formas de nulidade absoluta
• 1) For feito por testador incapaz,
• 2) Seu objeto for ilícito ou impossível.
• 3) Não observar as formas prescritas em lei
• 4) A lei taxativamente o declarar nulo ou lhe
negar efeito, pois, para resguardar a plena
autonomia da vontade do testador, proíbe-se o
testamento conjuntivo, seja simultâneo,
recíproco ou correspectivo
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Cláusulas Nulas (art 1900,CC)
• A) instituir herdeiro ou legatário sob a condição
captatória de que este disponha também por
testamento em benefício do testador, ou de
terceiro, visto que esse fato contrariaria a
liberdade inerente ao ato de última vontade,
deturpando sua espontaneidade.
• B) referir-se a pessoa incerta, cuja identidade não
se possa averiguar (CC, art. 1.900, II), porque o
beneficiado deve ser individuado devidamente,
para que possa ser determinado..
Clausulas nulas (cont)
• C) favorecer a pessoa incerta, cometendo a
determinação de sua idenidade a terceiro (CC,
art. 1.900, III), por perder seu caráter
personalíssimo, que lhe é essencial visto que
estaria delegando o poder de testar a outrem.
• D) deixar ao arbítrio do herdeiro ou de outrem
fixar o valor do legado (CC, art. 1.900, IV), por
deixar de ser ato exclusivo do testador, a que
compete estabelecer o quantum do legado.
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Clausulas Nulas (cont)
• E) favorecer pessoa não legitimada a
suceder, ainda quando se simular um
contrato oneroso ou a interposta pessoa,
que seria, por presunção: ascendente,
descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro do não legitimado a
suceder – CC, 1.802), como também filho
de concubino, do qual o testador não é o
pai (CC, art. 1.803).
Prazo para requerer a nulidade 
absoluta
• O prazo decadencial, para que se possa
impugnar a validade do testamento, é de 5
anos, contado da data de seu registro (CC,
art. 1.859), que se dá, por ordem do juiz
competente a quem foi apresentado, após o
óbito do de cujus, com a apresentação
judicial da cédula testamentária, cumpridos
os requisitos contidos na legislação
processual civil.
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V. Nulidade Relativa (anulabilidade)
• A nulidade relativa ou anulabilidade do
testamento, que não tem efeitos antes de
julgada por sentença nem se pronuncia de
ofício, podendo ser promovida somente
pelos interessados, aproveita
exclusivamente ao que a suscitou, salvo o
caso de solidariedade ou indivisibilidade (CC,
arts. 177 ), e dar-se-á por vício oriundo de:
Formas de Nulidade Relativa
• A) ERRO SUBSTANCIAL (138 a 142, CC): na designação
da pessoa do herdeiro, do legatário (error in persona)
ou da coisa legada (error in corpore rei), a não ser que,
pelo contexto do testamento, por outros meios, ou por
fatos inequívocos, se puder identificar a pessoa ou a que
o testador queria referir-se (CC, art. 1.903).
• Se o erro for acidental - versando sobre qualidades
secundárias do objeto da pessoa - não se terá anulação
do testamento, p. ex.: se o testador deixarum legado a
Mário, filho de seu irmão, quando na verdade esse não
era o nome de seu sobrinho, ou se o testador
contemplar "A", atribuindo-lhe a profissão de advogado,
quando, na realidade, é médico
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Formas de Nulidade relativa (cont)
• B) DOLO (art 145 a 150, CC) ou seja, artifício
malicioso para induzir o testador em erro ou para
mantê-Io no erro em que já se encontra, para que o
dolo venha a anular o testamento será necessário
que:
• a) Intenção de induzir o testador a deixar herança
ou legado para beneficiar ou prejudicar alguém;
• b) os artifícios fraudulentos sejam graves; e
• c) seja a causa determinante da declaração da
última vontade. O dolo pode advir do beneficiário da
disposição ou pessoa alheia a ela, bastando que ai
vontade do testador tenha sido emitida em razão do
dolo
Formas de nulidade relativa (cont)
• C) Coação ( 151 a 155, CC) que é o estado de
espírito em que o disponente, ao perder a
energia moral e a espontaneidade da
vontade, elabora o testamento que lhe é
exigido. Para que a coação anule o
testamento, é preciso que:
• I) seja a causa determinante da averbação
testamentária;
• II) o temor justificado seja de dano, relativo à
pessoa da vítima à sua família, ou aos seus
bens
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Formas de nulidade relativa (cont)
• D. Fraude ( arts 158 a 165, CC) que é o
emprego de artifícios maliciosos por
alguém para enganar o testador,
induzindo-o, para lesar seu credores, a
dispor de modo diverso do que ele faria,
se não houvesse tais artifícios
Prazo para a nulidade relativa
• Extinguir-se-á no prazo decadencial de
quatro anos o direito potestativo de anular
a disposição, contados a partir da data em
que o interessado tiver ciência do erro,
dolo ou coação. Convalidar-se-á a
disposição testamentária se tal período
passar in albis.
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