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 DA DECADÊNCIA
	O instituto da Decadência, regulado nos arts. 207 a 211 do Código Civil, assemelha-se à Prescrição, mas desta difere por várias diferenças.
	Segundo Francisco Amaral, decadência é a perda do direito potes tativo pela inércia do seu titular no período determinado em lei.	
	Direitos potestativos são os que conferem ao seu titular o poder de influir ou determinar mudanças na esfera jurídica de outrem, por ato unilateral, sem que haja um dever correspondente, apenas uma sujeição. 
	
	 DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
	1) A prescrição extingue a ação ( hoje, leia-se pretensão ); a deca -dência extingue diretamente o direito.
	2) A prescrição decorre somente da lei; a decadência pode resul tar da lei, do contrato e do testamento.
	3) O prazo prescricional pode ser suspenso e interrompido; o pra- zo decadencial não ( exceção: arts. 208 e 198, inciso I, do CC. )
	4) Na decadência, o prazo começa a correr no instante em que o agente adquire o direito; na prescrição, o prazo só corre depois que o di -reito é violado. É o chamado princípio da “actio nata”.
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	5) A prescrição atinge somente as ações condenatórias, em que se pretende o cumprimento de uma prestação, pois prescrição é a extin- ção da pretensão à prestação devida. 
	A decadência atinge as ações constitutivas que tratam dos direi -tos potestativos ( direitos sem prestação que tendem a modificar um esta do jurídico existente. Quando	essas ações têm prazo de exercício, ele é decadencial; quando não têm, as ações são imprescritíveis ( Ex.: as a -ções de casamento anulável têm prazo [art. 1.560 do CC.] o qual é de de -cadência; as ações de casamento nulo não têm prazo e são imprescrití -veis.) Também são imprescritíveis as ações declaratórias.
	6) Na prática, o prazo é que facilita a diferença entre prescrição e decadência. Os prazos dos arts. 205 e 206 são de prescrição; todos os de
mais são de decadência. Normalmente tais prazos vêm junto com o direi-
to ( ex.- art. 178, 445, 504, 505, 513, 550, 1.560, 1.649,1.859, etc. ), mas há a 
regra do art. 179 do CC. estabelecendo o prazo geral de dois anos ( ex.- art. 496 do CC )
		REGRAS ESPECIAIS SOBRE DECADÊNCIA 
	O art. 207 do CC. declara que não se aplicam à decadência as cau-sas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Mas prevê a 
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ocorrência de exceções, como a do art. 208 e a do art. 26, § 2º, do Cód. de Defesa do Consumidor.
	Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à de- cadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescri- ção. 
 	Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, in- ciso I.
 	O mesmo art. 208 do CC. manda aplicar à decadência o disposto no art. 195 do CC, que prevê a responsabilidade dos representantes dos relativamente incapazes e das pessoas jurídicas que não alegarem a pres crição no prazo previsto. 
	O art. 209 do CC. faz a distinção entre decadência legal e conven –
cional, dizendo que no primeiro caso não se admite renúncia.
	
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	Os arts. 210 e 211 também tratam dessa diferença, determinando que o juiz reconheça de ofício da decadência prevista em lei. No caso de decadência convencional, o juiz não pode agir de ofício e deve aguardar o
pedido da parte interessada.
	Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
 
	Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem apro -veita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
 	Finalmente, não pode ser esquecido que caducidade é sinônimo de decadência. A lei às vezes fala em decadência ( ex.- arts. 504 do CC ) mas em outras situações diz que o direito caduca ( ex. – art. 554 do CC. ).

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