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BIOQUÍMICA CLÍNICA: DETERMINAÇÃO DE URICEMIA Relatório da disciplina de Bioquímica Clínica, elaborado pelo grupo 1, solicitado pelo docente Jefferson. SÃO PAULO 2016 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INDICE 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..1 2. OBJETIVOS.………………………………………………………………………..2 3. MATERIAIS E MÉTODOS………………………………………………………...3 3.1 DETERMINAÇÃO DA URICEMIA...................................................................3 4. DISCUSSÃO………………………………………………………………………..4 5. ÁCIDO ÚRICO……………………………………………………………………...4 5.1 HIPERURICEMIA……………………………………………………………….....4 5.2 HIPORURICEMIA……………………………………………………………….....5 5.3 PROBLEMAS NA ELIMINAÇÃO DE URATOS………………………………...5 5.4 TRATAENTO……………………………………………………………………….5 6. RESULTADOS……………………………………………………………………..6 7. CONCLUSÃO………………………………………………………………………7 8. REFERENCIAS BIBLIOGAFICA…………………………………………………8 1 1. INTRODUÇÃO Ácido úrico é um produto final do catabolismo de purinas (adenina e guanina). É um composto orgânico que possui em sua cadeia carbono, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio. A formação de ácido úrico começa quando a quebra das moléculas de purina (proteína contida em muitos alimentos) em hipoxantina por ação de uma enzima xantina oxidase. É uma enzima que catalisa reações proteicas, que converte em xantinas e.posteriomente em ácido úrico. Essa reação é acontece principalmente no fígado. O ácido úrico é excretado do organismo pelos rins, bile e sucos intestinais, grande parte do acido úrico permanece no sangue. O organismo humano não é capaz de metabolizar ou destruir os uratos, por isso, para manter equilibradas e normais as taxas de ácido úrico é necessário que ele seja eliminado pelo rim e/ou pelo intestino. Quando o ácido úrico está aumentado no sangue, dizemos que há hiperuricemia e, quando as taxas se encontram diminuídas, se diz que há hipouricemia. 2 2. OBJETIVOS Através do sistema enzimático para determinação do ácido úrico por reação de ponto final em amostra de sangue (soro), determinar a uricemia. 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Determinação de Uricemia Para o procedimento de determinação de lipase foram utilizados os seguintes materiais: 3 cubetas 1 Espectrofotômetro 3 tubos de ensaio 2 pipeta automática Amostra (soro) Padrão Reagente de Trabalho No processo de determinação de uricemia foram realizados os seguintes procedimentos: Em um tubo de ensaio (tubo branco do teste) foram pipetados 2,0mL do reagente de trabalho; em seguida em um segundo tubo de ensaio (tubo teste) pipetou-se 0,04mL da amostra e 2,0ml de reagente de trabalho, em um, outro tubo de ensaio adicionou-se 0,04ml do padrão e 2,0ml do reagente de trabalho, após estes procedimentos, ambas as amostras foram homogeneizadas e incubadas por 5 minutos á 37°c. Após os 5 minutos de incubação através do sistema colorimétrico (no feixe de luz visível) o aparelho foi acertado no zero com a amostra do tubo branco, em seguida foram realizada as leituras das amostras para determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505nm. Para esta determinação todas as soluções tiveram seus valores dobrados, pois o espectrofotômetro não consegue realizar a leitura de amostra que possuem menos de 2ml de solução. Os valores reais para esta determinação eram: Amostra: 0,02ml – 0,04ml Padrão: 0.02ml – 0,04ml Reagente de trabalho: 1,00ml – 2,0ml 4 4. DISCUSSÃO 5. Acido úrico Nos seres humanos o ácido úrico é o produto final do catabolismo das bases púricas (adenina e guanina), ele é formado a partir da xantina principalmente no fígado, pela ação da enzima xantina-oxidase é utilizado como marcador para varias alterações metabólicas e hemodinâmicas. (MOTA, 2009) A síntese da das bases púrica ocorre a partir da dieta são convertidas em xantina e posteriormente através de reações catalisadas pela xantina-oxidase em ácido úrico. Sua origem pode ser endógena ou proveniente da dieta, que esta relacionada com aproximadamente 75% do ácido úrico produzido diariamente. Sua excreção por via renal corresponde a 3 4⁄ , sendo o 1 4⁄ restante eliminado no trato gastrointestinal. (MOTA, 2009) Os valores de ácido úrico plasmático podem ter variações influenciadas por vários fatores fisiológicos, tais como sexo, em que as mulheres possuem níveis de ácido úrico menor que os homens, porém durante a menopausa a mulher apresenta uma incidência maior nos níveis de ácido úrico plasmático decorrente da variação hormonal; pessoas com obesidade tendem a ter níveis maiores de ácido úrico. Dietas ricas em proteínas e ácidos nucleicos são empecilhos que fazem aumentar o teor de uricemia. (MOTA, 2009) 5.1 Hiperuricemia O aumento de ácido úrico pode ser decorrente do aumento de sua produção, defeitos na sua excreção ou ate mesmo uma associação de ambos. A gota é uma doença que esta associada com este aumento, ela é caracterizada pelo aumento da destruição dos ácidos nucleicos ou defeitos enzimáticos e doenças renais. (GALANTE; DE ARAUJO, 2014) A gota é uma desordem clínica que também se caracteriza por deposito de cristais de uratos monossódicos insolúveis nas juntas das extremidades, com ocorrências de artrite inflamatória aguda, nefropatia, cálculos renais de ácido úrico. A gota pode ser de uma herança genética (causa primaria) ou pode ser adquirida (causa secundaria). (MOTA, 2009) A gota primaria pode ser por uma desordem genética (90% dos casos) e ocorre por deficiência na secreção, hipoexcreção (90%) de ácido úrico ou por uma hiperprodução (10%). Esta desordem ocorre preferencialmente nos homens e com 5 manifestações de hiperuricemia e crises de artrite gotosa. Os sintomas agudos podem ser causados por traumatismos ou por modificações metabólicas locais, que levam a um deposito de uratos nas juntas. (MOTA, 2009) As desordem secundarias (10% dos casos) são causadas pela destruição de nucleoproteínas, que provocam aumento de ácido úrico. As causas mais comuns incluiem deficiências renais, nefropatia por chumbo, desidratação, hipertireoidismo e ate mesmo o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. (MOTA, 2009) 5.2 Hiporuricemia A diminuição do ácido úrico esta relacionada á diminuição da atividade enzimática ou com o excesso de excreção. A atividade enzimática tem sua atividade diminuída por uma possível diminuição de xantina oxidase ou pelo bloqueio desta pelo alopurinol, já o aumento de excreção renal tem associação com distúrbios da função tubular. (GALANTE; DE ARAUJO, 2014) 5.3 Problemas na eliminação de uratos O urato é completamente filtrado no glomérulo (exceto os que são ligados a proteína) e quase todo reabsorvido no túbulo proximal. Nos túbulos distais ocorre tanto a secreção quanto a reabsorção. Esses processos podem ser afetados por doenças ou ate mesmo por fármacos. Entre as doenças que afetam o processo de secreção e reabsorção estão; a insuficiência renal leva a um aumento progressivo de ácido úrico plasmático, afetado pela redução da excreção. (MOTA, 2009) 5.4 Tratamento O tratamento para a redução das taxas de ácido úrico do organismo esta basicamente com a dieta, para evitar aumentos é necessário evitar (diminuir)o consumo de alimentos ricos em purinas (adenina e guanina) ou proteínas como: carne, fígado, frutos do mar, feijão dentre outros. Para reduzir os níveis de ácido úrico, deve-se ingerir alimentos que tenham propriedades diuréticas, como, alcachofra e maçã, e ingerir muito liquido, fazendo com que aumente a volemia. 6 6. RESULTADOS Na aula pratica realizou-se a determinação da uricemia para descobrir a absorbância do teste (At), e a absorbância do padrão (Ap) . Nesta determinação foram obtidos os seguintes resultados; absorbância do teste (At) igual á 0,287 e absorbância do padrão (Ap) igual á 0,131. Para a determinação da uricemia é necessário utilizar esses valores obtidos na seguinte formula (Lei de Beer): Ácido úrico mg/dl = 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑥 6, ou seja, Ureia (mg/dl) = 0,287 0,131 𝑥 6 = 13,15mg/dl. 7 7. CONCLUSÃO Em comparação com os valores de referencia em soro/plasma (2,5 a 7,0 mg/dl) normal para uricemia, com o valor obtido em aula que foi ( 13,15mg/dl), pode- se concluir que em comparação com os intervalos de referencia, a uricemia deste paciente encontra-se com valor acima do normal, ou seja, este paciente apresenta um quadro de hiperuricemia. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALANTE, Fernanda; DE ARAUJO, Marcos Vinicius Ferreira (Org.). Fundamentos de bioquímica: para universitários, técnicos e profissionais da área da saúde. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2014. MOTA, Valter Teixeira. Bioquimica clinica para o laboratorio: principios e interpretação. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook,2009.
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