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TRABALHO PRONTO PARA IMPRESSÃO BANDURA

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Teoria da Aprendizagem Social
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Teoria da Aprendizagem Social
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Albert Bandura nasceu na província de Alberta, no Canadá, no dia 04 de Dezembro de 1925 (90 anos). É um psicólogo canadense, professor de Psicologia Social da Universidade de Stanford. Fez contribuições no campo da psicologia social, cognitiva, psicoterapia e pedagogia. Em 1968, aos 48 anos, foi o presidente mais jovem eleito para a Associação Americana de Psicologia (APA). É um dos dez psicólogos vivos mais citados do mundo.
Histórico
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A abordagem de Bandura é uma teoria de aprendizagem social, que investiga o comportamento como adquirido e modificado num contexto social. Ele argumenta que não podemos esperar que sejam relevantes para o dia a dia os dados de experimentos que não envolvem interação social, pois há poucas pessoas que atuam em isolamento social.
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A abordagem de Bandura é chamada também de aprendizagem observacional, indicando a importância, nesse processo, da observação do comportamento de outras pessoas.
Outra característica de enfoque de aprendizagem social de Bandura é o seu tratamento de processos cognitivos internos ou de pensamento, ele acredita que esses processos cognitivos podem influenciar a aprendizagem de observação.
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Ele enfatiza a observação dos outros como um meio de aprendizagem, a qual considera que é mediada por processos cognitivos.
 A sua teoria é baseada em pesquisas laboratoriais rigorosas conduzidas com humanos normais em interação.
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Para Bandura, pode ocorrer aprendizagem por meio de observação ou exemplo e não apenas por meio de reforço direto. Ele não nega a importância desse tipo de reforço como um meio de influenciar o comportamento, mas questiona a noção de que o comportamento somente pode ser aprendido ou modificado por meio de reforço direto.
Modelação: A Base da Aprendizagem de Observação
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Por meio da modelagem, observando o comportamento de um modelo e repetindo esse comportamento, é possível adquirir respostas que nunca desempenhamos ou apresentamos anteriormente e reforçar ou enfraquecer as já existentes. A demonstração de modelação de Bandura, utiliza um boneco joão-bobo plástico e inflável que mede um pouco mais de um metro de altura (Bandura, Ross e Ross, 19630).
Estudos com o joão-bobo
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Os avaliados nos estudos iniciais eram de pré-escola, que assistiram a um adulto bater o boneco. Enquanto o atacava, o modelo adulto gritava: “Dê um soco no nariz dele!” e “Jogue-o para cima!” Quando as crianças eram deixadas sozinhas com o boneco, modelavam seu comportamento a partir do exemplo que haviam acabado de presenciar. O comportamento delas era comparado ao de um grupo de controle de crianças que não haviam visto o modelo atacar o joão-bobo. Verificou-se que o grupo experimental era duas vezes mais agressivo que o de controle.
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A intensidade do comportamento agressivo permaneceu a mesma nos submetidos a experimento, independentemente de o modelo ter sido visto ao vivo, na televisão ou como um personagem de desenho animado. O efeito do modelo nos três meios foi provocar comportamento agressivo, ações que não se manifestavam com a mesma intensidade por parte de crianças que não os haviam observado.
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Nos estudos com o joão-bobo, as crianças exibiam comportamento agressivo depois de observar um modelo agressivo.
Ilustração do estudo
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A modelação verbal pode induzir determinados comportamentos, contato que as atividades envolvidas sejam adequadamente explicadas em sua totalidade. Muitas vezes ela é utilizada para fornecer instruções, uma técnica aplicável ao ensino de habilidades, como dirigir um automóvel.
Modelação verbal
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As pesquisas concluíram que os comportamentos que uma pessoa normalmente suprime ou inibe podem ocorrer mais prontamente sob a influência de um modelo (Bandura, 1973, 1986). 
Esse fenômeno denominado desinibição refere-se ao enfraquecimento de uma inibição ou repressão por meio da exposição a um modelo.
Desinibição
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Bandura explica que muitos comportamentos – bons e maus, normais e anormais, são adquiridos por meio de imitação do comportamento de outras pessoas. Desde a infância desenvolvemos respostas a modelos que a sociedade nos oferece. Tendo inicialmente os pais como modelos, aprendemos sua língua e nos tornamos socializados por meio dos costumes e comportamentos aceitáveis de nossa cultura.
Os efeitos dos modelos da sociedade
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As pessoas que se desviam das normas culturais adquirem seu comportamento da mesma forma que todas as demais. A diferença é que as pessoas que se desviam seguiram modelos que a sociedade considera indesejáveis.
Os comportamentos positivos, como força, coragem e otimismo, também serão aprendidos por meio dos pais e de outros modelos. 
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Para Bandura e seu colaboradores (Bandura, 1977, 1986), existem três fatores que influenciam a modelação:
As características dos modelos;
As características dos observadores;
As consequências recompensadoras associadas aos comportamentos.
Características da situação de modelação
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Bandura analisou a natureza da aprendizagem de observação e verificou que ela é governada por quatro mecanismos relacionados entre si: 
Processos de atenção;
Processos de retenção;
Processos de produção;
Incentivo e processos motivacionais.
Os Processos de Aprendizagem de Observação
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Na abordagem de Bandura, quanto à personalidade, o self não é uma espécie de agente psíquico que determina ou que causa o comportamento, mas sim um conjunto de processos e estruturas cognitivos relacionados a pensamento e percepção.
 
 Existem dois aspectos importantes do self:
Auto reforço;
Auto eficácia.
Self
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O auto reforço é tão importante quanto o reforço administrado pelos outros, especialmente para crianças mais velhas e adultos. Estabelecemos padrões pessoais de comportamento e realizações. Nós nos recompensamos por satisfazer ou superar tais padrões e nos punimos por nossos fracassos. O reforço auto administrativo pode ser tangível, como um novo par de tênis ou um automóvel, ou ser emocional, como orgulho e satisfação por um trabalho bem-feito. A punição auto administrada pode expressar-se como vergonha, culpa ou depressão por não nos comportarmos da maneira como desejaríamos.
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A auto eficácia se refere a sentimentos de adequação, eficácia e competência para lidarmos com a vida. A satisfação e a manutenção dos nossos padrões de desempenho realçam a auto eficácia; o fracasso em satisfazê-los e mantê-los a reduzem.
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Uma outra maneira pela qual Bandura descreveu a auto eficácia foi em termos de nossa percepção do controle que temos sobre nossa vida:
“As pessoas esforçam-se para exercer controle sobre eventos que afetam sua vida. Ao ter influência em esferas sobre as quais podem adquirir certo controle, são mais capazes de concretizar futuros almejados e evitar os indesejados. O esforço por obter controle sobre as circunstâncias da vida permeia quase tudo o que as pessoas fazem, porque ele pode lhes garantir inúmeros benefícios pessoais e sociais. A capacidade de influenciar as consequências torna-as previsíveis, o que favorece um estado de preparação adequado. A incapacidade de ter influência sobre as coisas que afetam a vida de maneira adversa produz apreensão, apatia ou desespero” (Bandura, 1995, p.1).
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As pessoas com baixa auto eficácia sentem-se desamparadas, incapazes de exercer controle sobre os eventos da vida; acham que qualquer esforço que façam será em vão.
As pessoas com auto eficácia extremamente baixa nem se quer tentarão contornar os problemas, pois estão convencidas de que nada que fizerem modificará algo.
A baixa auto eficácia pode destruir a motivação, diminuir aspirações, interferir na capacidade e afetar a saúde física de maneira adversa.
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As pessoas com elevada auto eficácia acreditam que podem lidar com eventos e situações satisfatoriamente. Já que esperam ser bem-sucedidas na superação de obstáculos, são perseverantes em suas tarefas e muitas vezes apresentam desempenho de alto nível. Elas possuem maior
confiança em sua capacidade do que as com baixa auto eficácia e manifestam baixa auto hesitação. Encaram as dificuldades como desafios, e não como ameaças, e buscam ativamente situações novas.
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A auto eficácia grande reduz o medo do fracasso , eleva as aspirações, além de aperfeiçoar a resolução de problemas e a capacidade de pensamento analítico.
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Aquisição do desempenho;
Experiências vicariantes;
Persuasão verbal;
Estimulação fisiológica e emocional.
O julgamento sobre nossa auto eficácia baseia-se em quatro fontes de informação:
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Bandura concluiu que certas condições aumentam a auto eficácia:
Expor as pessoas a experiências bem-sucedidas estabelecendo objetivos alcançáveis aumenta o desempenho satisfatório;
Expor as pessoas a modelos adequados que são bem-sucedidos realça as experiências vicariantes de sucesso.
Oferecer persuasão verbal incentiva as pessoas a acreditar que possuem habilidade de um satisfatório;
Fortalecer a estimulação fisiológica por meio de dieta apropriada, redução de estresse e programas de exercício aumenta a força, a resistência e a capacidade de lidar com as situações.
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A posição de Bandura com relação à questão do livre-arbítrio versus determinismo é clara. O comportamento é controlado pela pessoa, por meio de processos cognitivos, e pelo ambiente, por meio das situações sociais externas.
 
 Bandura chama essas noções de:
Determinismo recíproco;
Reciprocidade triádica.
Questões sobre a Natureza Humana
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P. Schultz, Duane. Teorias da personalidade. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
Referência eletrônica. Acesso em 04 de Maio, às 17:38 horas. Disponível em; http://pt.wikipedia/wiki/Albert_Bandura
 
Referências
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