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16.03.07 Doenças Infecciosas Varíola Bovina

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Doenças Infecciosas
Varíola Bovina
Paulo Henrique Barbosa
Medicina Veterinária – UFRRJ
Completamente diferente da Varíola Humana, porém é uma zoonose. É uma doença de notificação obrigatória.
É uma doença de baixa prevalência, esporádica. Ocorre uma epidemia em determinado rebanho, em determinada região. Quando se manifesta é em epidemia ou surtos, mas, no geral, é difícil de encontrar. Doença de importância para animais de produção, principalmente bovinos e bubalinos. Podem ser reservatórios: Roedores silvestres, marsupiais, felinos silvestres e outros. Não tem aptidão por raça, qualquer um pode ser acometido, porém, em animais leiteiros há uma maior prevalência. 
A principal via de transmissão da doença entre os animais é por contato direto e a mão do ordenhador ou a teteira do ordenhador automático é que leva o agente etiológico de um animal para outro, favorecendo a transmissão. O manjo favorece a transmissão.
O agente tem tropismo pelo epitélio, ele não é sistêmico e não ganha a circulação sanguínea, ele entra na pele e fica na pele. O vírus é aficionado pelo tecido cutâneo de úbere e tetos, e as lesões da varíola bovina são localizadas nestes locais.
A sintomatologia da doença são lesões vesiculares, pustulares, de cicatrização ou mumificação epitelial de úbere e teto de vacas.
O bezerro é comum de apresentar lesões nas comissuras labiais ao mamar em tetos que apresentam as lesões.
O vírus tem tropismo por essa região porque a pele é lisa, macia, livre de pêlos. As características do tecido dessas áreas facilitam a entrada desse vírus. Lesões prévias também facilitam a entrada dos agentes.
É uma doença auto limitante. Ela tem um ciclo e, em 30-40 dias a doença se instala, se manifesta e se cura. Não mata animais.
Sua maior importância é porque é uma doença vesicular, ou seja, é um diagnóstico diferencial para Febre Aftosa e, esta sim é de grande importância.
Como podemos diferenciar varíola bovina de febre aftosa?
O quadro clínico encontrado na febre aftosa. Encontramos lesões muito parecidas, porém, na aftosa encontra-se lesões principalmente na cavidade oral, boca, língua, espaços interdigitais e na coroa do casco, enquanto na varíola bovina encontramos apenas lesões no úbere e tetos.
Diagnóstico Laboratorial
Faz-se o isolamento viral pela eletromicrografia, microscopia eletrônica. Pode-se fazer imuno histoquímica, PCR. É importante coletar o líquido vesicular e a pele lesionada e enviar para o laboratório refrigerado. Pode-se fazer também através da histopatologia acondicionado em formol a 10%.
Sempre coletar material em duas alíquotas separadas, uma que vai em gelo e outra que vai em formol a 10%.
A obrigação do médico veterinário neste caso, na propriedade, não é fechar diagnóstico e sim notificar as autoridades sobre a possibilidade de doenças.
O controle das doenças vesiculares está ligado ao controle das barreiras sanitárias e isso prejudicaria o comércio na exportação de carnes.
Prova
Varíola bovina tem ligação direta com mastite. Quando tem-se surto de varíola bovina, pode-se esperar um surto posterior de mastite pois as úlceras da varíola são portas de entrada para os agentes causadores da mastite, além do leite residual pois as vacas sentem dor e não deixam ser ordenhadas. O animal com dor secreta cortisol que bloqueia a ação da ocitocina e, portanto, não “desce” leite. Diz-se que a vaca “esconde” leite. O leite é um excelente meio de cultura para a instalação de mastite. 
A única forma de transmissão da varíola bovina para o humano é através do contato (mão-lesão) e não através do consumo do leite.
Qual a sintomatologia da Varíola Bovina em seres humanos?
Lesões que se localizam nas “dobras” dos dedos. Lesões nas mãos e na face pelo ato de se coçar. 
Patogênese
Três gêneros principais: Tall pox vírus, small pox vírus e vacinea vírus. (?????) Procurar! Tá tudo errado. Não entendi. The book is on the table.
É epiteliotrópico, só fica na pele, não tem disseminação sistêmica. A porta de entrada é a pele de úbere e tetos, onde tem a replicação do vírus e ocorre a formação de lesões, a formação de um eritema (ponto avermelhado) e, após isso, esse eritema dará origem a uma vesícula. O conteúdo fluido dentro da vesícula virará pus, dando origem a uma pústula, que vai se romper, formando uma úlcera ou erosão, momento de maior sensibilidade dolorosa para o animal. Depois ocorre a cicatrização. Ocorre a formação de uma casca, uma reepitelização, formando uma “casca”, popularmente chamado de mumificado.

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