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Resenha do Livro CORPO AFECTO

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MAIARA DA ROSA
RESENHA DO LIVRO 
“CORPO AFECTO: O PSICÓLOGO NO HOSPITAL GERAL”
PROFESSORA: FERNANDA FURINI
PSICOLOGIA HOSPITALAR
 FORMAÇÃO ESPECÍFICA – ÊNFASE EM SAÚDE
O livro de Marília Muylaert: “Corpo Afecto: O Psicólogo no Hospital Geral”, traz referências sobre as práticas do profissional Psicólogo dentro do Hospital. Marília inicia o livro contando a história de uma paciente da Enfermaria de Neurologia, de 36 anos, viúva e com dois filhos que veio para o Hospital com sintomas de paralisia e apneia. Marília realizou o primeiro atendimento com essa paciente e para seu espanto, a mesma precisava de auxílio para realizar qualquer atividade. A paciente não conseguia falar e para acontecer a comunicação entre ambas era necessário estar atento ao olhar e ao movimento dos lábios. Ao decorrer dos encontros, a paciente foi melhorando gradativamente, seu corpo respondia de volta à vida. Após aceitar pegar sua mão – em um momento de descredito com a vida - houve uma troca intensa de afetos e a psicóloga, começou a acompanhar a paciente em seus atos e afazeres cotidianos (alimentar-se, fazer a fisioterapia...). Com o caso desta paciente, houve uma abertura e um olhar diferente ao trabalho do Psicólogo.
No capítulo seguinte, Marília retrata a inserção da Psicologia dentro das instituições escolares, como uma matéria que daria suporte aos professores e estudantes. Pensando em uma maneira de conectar-se à vida dentro desse processo de adoecer e morrer. Ao fim a Psicologia passa a ser reconhecida dentro da Enfermaria: para os psicólogos é um convívio com corpos visíveis que falam, e para os médicos, um convívio com corpos invisíveis, que falam de outras dimensões.
A função do psicólogo é atender a demanda solicitada e tentar solucionar os problemas conforme a Equipe desejava, no entanto isso pareceu ser um equívoco, pois a Psicologia não detém a resposta de todas as perguntas. Formou-se uma equipe fixa, composta pelos profissionais da Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A psicologia passou a frequentar a Enfermaria, não em tempo integral, mas passou a atender as Interconsultas da Vascular. É necessário se colocar no lugar do paciente, estar no mesmo barco com ele e se for preciso: mergulhar. A equipe da Enfermaria abriu-se para os afetos, acolhendo outros espaços. Diferenciando. 
“Nós não temos um corpo, nós somos um corpo”, com essa citação, Marília retrata da dor que perpassa a Enfermaria. É na relação corpo e doença que o Psicólogo costuma intervir. No quarto capítulo, Marília traz a história do Sr. Vitor, enfermo da Enfermaria de Cirurgia, onde durante uma visita Médica, a Equipe acompanha os residentes e ao adentrar o quarto do Sr. Vitor, invadem seu corpo sem nenhuma permissão, deixando-o atônito e “vazio”. Os corpos que habitam a Enfermaria são desiguais e hierarquizados onde corpos sãos cuidam de corpos doentes.
Ao fim, Marília retrata a institucionalização que perpassa todo o território do Hospital. Onde se entrelaçam: corpo, doença e morte. Onde o corpo do enfermo, não é mais dele: passa a ser da Equipe que com todo o conhecimento que possuí passa a manipular e decidir.
Com a leitura desse livro que traz as experiências próprias da Autora, nos faz pensar que o caminho da Psicologia no Hospital foi iniciado, mas, que ainda temos muito o que caminhar e abrir novos caminhos. Ao mesmo tempo em que a prática deve ser constantemente pensada, formulada e aos poucos ocupada, criando um novo lugar de escuta e uma área de Trabalho maior ainda para o Profissional Psicólogo. O livro vêm de encontro com a teoria estudada, salientando ainda mais a importância do Psicólogo no Contexto Hospitalar.
REFERÊNCIA
MUYLAERT, M. A. (2000). Corpo Afecto: O psicólogo no Hospital Geral (2ª ed.). São Paulo; Editora Escuta.

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