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ROTEIRO DE EXAME DO ABDOME Professor: Ricardo do Carmo Filho • Posição relaxada e confortável. • Esvaziar bexiga. • Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo ou cruzados sobre tórax. • Exposição total do abdome (genitália coberta) com boa iluminação. • Examinar pelo lado direito do paciente. • Deixar o exame de áreas dolorosas para o final (ficará por último) • Aquecer mãos e estetoscópio, unhas curtas • Observar expressão do paciente (sinal dos olhos fechados) INSPEÇÃO A) INSPEÇÃO ESTÁTICA: FORMA DE ABDOME Plano Simétrico, variação individual Avental Grandes obesos Escavado Parede retraída, Magreza Pendular ou Ptótico Paciente em pé Ascite em regressão, edemas de parede. Globoso Aumento do diâmetro AP Pneumoperitônio, ascite,obstrução intestinal, tumores de ovário, gravidez, hepatoesplenomegalias Ventre de Batráquio Aumento do diâmetro transversal, abaulamento dos flancos. Ascites leves a moderadas B) INSPEÇÃO ESTÁTICA: CICATRIZES (formato, localização, descrever características do pós-operatório.) C) INSPEÇÃO ESTÁTICA - Formato e localização. Estrias, erupções, lesões e fístulas D) CIRCULAÇÃO COLATERAL - Usar a técnica dos dois dedos comprimindo a veia para verificar direção do fluxo CAVA SUPERIOR Obstrução da veia cava superior/fluxo descendente. (TU mediastino e pulmão, aneurisma de AO). CAVA INFERIOR Obstrução da veia cava inferior/ fluxo ascendente. (TU comprimindo cava inferior/trombose/aderências). CAVA BRAQUIOCEFÁLICA (“esclavina”) Obstrução do tronco braquicefálico/fluxo ascendente. (Tu mediastino/mediastinte/TU pulmão/ aneurismas do tronco). PORTAL (“Cabeça de medusa”) Obstrução da veia porta e de seus ramos intra- hepáticos/ centrífuga em relação ao umbigo. (cirrose/ Tu abdominal comprimindo a porta). E) INSPEÇÃO DINÂMICA Cicatriz umbilical e pesquisa de hérnias (umbilical, incisional). Diáteses dos retos: elevar as pernas estendidas e cabeça de forma forçada sem mover o tórax. F) INSPEÇÃO DINÂMICA – MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS Intestino grosso Mesogátrico no cólon transverso Ângulo esplênico D para E Obstrução Pilórica Região epigástrica e da E a D Intestino Delgado Região umbilical AUSCUTA A) RUÍDOS HIDROAÉREOS Hemi-abdomes E e D: Duração de 1 minuto em cada local Diarréia: aumento dos ruídos Obstrução intestinal: aumento, após redução Íleo paralítico: redução Peritonite: variável B) RUÍDOS HIDROAÉREOS Sopros vasculares (focos na aorta/ a. renais/ a. ilíacas/ a. femorais) Zumbido venoso (aumento de circulação colateral) Sopro Hepático (hepatocarcinoma, hepatite alcoólica). Atrito (tumor hepático, pós-biópsia hepática, infarto esplênico) PERCUSSÃO A) DELIMITAÇÃO DO LIMITE SUPERIOR HEPÁTICA Percutir de cima para baixo na LHCD Borda superior = som submaciço (5˚EI) Borda inferior = palpação ou percussão Hepatimetria normal < 12 cm (lobo direito) B) SINAIS DE PERCUSSÃO ABDOMINAL Sinal de Jobert: timpanismo pleno em hipocôndrio D (pneumoperitônio) Sinal de Torres Homem: dor provocada pela punho percussão (abscesso hepático) C) EXAME DE BAÇO Percutir Espaço de Traube: Superior- 6° EICE/ Inferior - rebordo costal/ Lateral - linha axilar anterior/ Medial - apêndice xifóide. N= timpânico (Macicez sugere esplenomegalia) D) PESQUISA DE ASCITE Macicez móvel de decúbito Sinal do piparote (com ou sem anteparo) Círculos de skoda (concavidade para cima/ timpânico no centro e maciço ao redor) Sinal da poça (paciente de quatro/ percutir macicez no centro do abdome) HIPERTIMPANISMO ABDOMINAL Flatulência, sub oclusão intestinal, oclusão intestinal MACICEZ ALTERADA ABDOMINAL Hipocôndrio direito: hepatomegalia Hipocôndrio esquerdo: esplenomegalia Epigástrica: aumento de lobo E hepático, TU gástrico,TU pancreático Pélvica: útero gravídico/ bexiga cheia/ TU de bexiga/ TU útero Flancos ou difusa: ascite Fossa íliaca: alças intestinais com fezes/ TU ovário PALPAÇÃO A) PALPAÇÃO SUPERFICIAL Testar sensibilidade da parede abdominal Verificar presença de resistência (atinge profundidade de 2 cm) Normal: músculos descontraídos Contraída: voluntária ou involuntária (abdome em tabua). B) PALPAÇÃO PROFUNDA – DEFINIÇÃO DE MASSAS E PONTOS ANATÔMICOS Testar até 10 cm de profundidade. Localização Anatômica Forma e o volume Tamanho de azeitona, limão, diametro Forma e o volume Tamanho de azeitona, limão Sensibilidade Dor na dependência da patologia Consistência Varia conforme órgão acometido Cística, borrachosa, dura ou pétrea Mobilidade Relacionadas com respiração Intraperitoneais de andar superior (respiratória) Retroperitoneais são fixas Consistência Massa vascular ou massa sólida sobre estrutura vascular. XIFOIDIANO Abaixo do apêndice xifóide EPIGÁSTRICO No meio da linha xifoumbilical BILIAR OU CÍSTICO Ângulo entre RCD e borda externa reto abdominal. SINAL DE MURPHY APENDICULAR (MC BURNEY) 2/3 da linha que une umbigo a espinha ilíaca superior D. SINAL DE BLUMBERG ESPLÊNICO Abaixo do RCE: URETERAIS Borda lateral dos músculos retos abdominal (1)Interseção linha horizontal do umbigo (2)Linha da espinha ilíaca antero superior B) PALPAÇÃO DE FÍGADO (BORDA E HEPATIMETRIA) CARACTERÍSTICAS: Tamanho (HEPATIMETRIA)/Superfície (LISAxNODULAR) / Borda (FINAxROMBA)/ Consistência (NORMALxMOLExENDURECIDA)/ Sensibilidade (DOLOROSA?) C) PALPAÇÃO DE BAÇO Em decúbito dorsal na inspiração (manobra bimanual) Posição de Shuster (decúbito lateral D com MIE flexionado): manobra bimanual ou em garra D) PALPAÇÃO DE AORTA Palpação na região superior do abdome (pinçar com as duas mãos. Largura da Aorta (N= 2,5 cm de largura) Procurar aneurismas (massa pulsátil e indolor) E) SINAIS ABDOMINAIS DE PALAPAÇÃO Sinal de Murphy: dor no ponto cístico na inspiração Sinal Blumberg: descompressão dolorosa na FID Sinal Rovsing: comprime QIE e sente dor em QID Sinal Psoas: levantar perna direita ou em DLE esticar perna direita Sinal Obturador: flexão e rotação interna coxa D Sinal Giordano: punho percussão lombar positiva Sinal de Gersuny: crepitação em FIE (facaloma) Pesquisa de Vascolejo
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