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Teoria geral dos recursos - NCPC

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2	
Este material de apoio foi especialmente preparado por monitores capacitados 
com base na aula ministrada. No entanto, não se trata de uma transcrição da 
aula e não isenta o aluno de complementar seus estudos com livros e 
pesquisas de jurisprudência. 
 
MÓDULO IV 
 
AULA 01 (Teoria geral dos recursos) 
 
Professor Sérgio Shimura 
 
Observação preliminar importante: a matéria tratada nesta aula sofreu 
algumas mudanças pela Lei Federal nº 13.256/16, cujo conteúdo está 
devidamente abordado neste material complementar. 
 
Esclarecimentos introdutórios: serão abordados alguns aspectos do NCPC e 
destacadas as principais distinções entre o NCPC e o CPC/73 em relação à 
teoria geral dos recursos. 
 
O Novo Código, já no seu art. 1º, determina que o processo civil seja 
interpretado de acordo com os valores e as normas fundamentais da 
Constituição Federal. 
 
PARTE GERAL 
LIVRO I 
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS 
TÍTULO ÚNICO 
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS 
NORMAS PROCESSUAIS 
CAPÍTULO I 
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 
Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e 
interpretado conforme os valores e as normas fundamentais 
estabelecidos na Constituição da República Federativa do 
Brasil, observando-se as disposições deste Código. 
 
Diante disso, serão extraídos os princípios que servirão de base à questão dos 
recursos. 
	
	
3	
 
O primeiro deles é chamado de princípio da razoável duração do processo, 
também previsto no art. 4º do NCPC e segundo o qual as partes têm o direito 
de obter, em tempo razoável, a solução integral do mérito. 
 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a 
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 
Nesse contexto, no que toca aos recursos, sempre que houver um vício 
sanável ou uma incompletude dos documentos, é dever do julgador (relator ou 
tribunal) determinar essa regularização. Isso porque, deve-se aproveitar ao 
máximo tudo que foi produzido no processo, evitando, no que for possível, a 
sua anulação. 
 
Essa ideia do aproveitamento dos atos processuais é presente ao longo do 
NCPC e pode ser exemplificada pelos seus arts. 932, parágrafo único, 933 e 
1.017, §3º. 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação 
à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos 
processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que 
não tenha impugnado especificamente os fundamentos da 
decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar 
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
	
	
4	
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o 
tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o 
caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento 
interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao 
recorrente para que seja sanado vício ou complementada a 
documentação exigível. 
 
Art. 933. Se o relator constatar a ocorrência de fato 
superveniente à decisão recorrida ou a existência de 
questão apreciável de ofício ainda não examinada que 
devam ser considerados no julgamento do recurso, 
intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 
(cinco) dias. 
§1º Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, 
esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se 
manifestem especificamente. 
§2º Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz 
que a solicitou encaminhá-los ao relator, que tomará as 
providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a 
inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, 
com submissão integral da nova questão aos julgadores. 
(...) 
 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da 
contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da 
própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação 
ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e 
das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do 
agravado; 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos 
documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do 
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
	
	
5	
III - facultativamente, com outras peças que o agravante 
reputar úteis. 
§1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das 
respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, 
conforme tabela publicada pelos tribunais. 
§2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para 
julgá-lo; 
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção 
judiciárias; 
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; 
V - outra forma prevista em lei. 
§3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de 
algum outro vício que comprometa a admissibilidade do 
agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto 
no art. 932, parágrafo único. 
§4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de 
dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas 
no momento de protocolo da petição original. 
§5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as 
peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao 
agravante anexar outros documentos que entender úteis para a 
compreensão da controvérsia. 
 
O segundo princípio a ser destacado é o da segurança jurídica, que tem 
desdobramento nos princípios da isonomia e do acesso à justiça. No âmbito 
recursal, esses princípios terão fundamental importância. 
 
A ideia inicial que se tem, normalmente, é que o julgador (seja de primeiro 
grau, segundo grau ou das instâncias extraordinárias) se atém à lei e à sua 
livre convicção ao decidir. Porém, dentro do sistema da justiça, é preciso se ter 
por foco o Estado Democrático de Direito, norteado pela isonomia e pelo 
acesso à justiça. 
 
Com isso, por mais que o juiz tenha livre convicção para decidir e sofra 
influência de seus valores pessoais, é preciso que, dentro de um sistema de 
acesso à justiça, não haja incoerências ou distorções em face de situações 
semelhantes ou de casos idênticos. Vamos a alguns exemplos. 
 
	
	
6	
Ex. 01: diante da mesma situação jurídica, que é a conformação de um ato 
ilícito, o marco inicial dos juros era um tema muito polêmico, tendo quem o 
definisse como a data do evento, da citação ou da decisão judicial. 
 
Ex. 02: não é admissível que o juiz ou a Corte decida que o prazo prescricional 
para determinada situação jurídica seja de 01 ano, enquanto outros julgadoresafirmam que é de 03 ou 05 anos. Em termos de sistema de justiça, isso gera 
insegurança, imprevisibilidade e violação ao princípio da isonomia. 
 
Por essa razão, o art. 926 do NCPC considera que é preciso que os tribunais 
mantenham a sua jurisprudência uniforme, estável, íntegra e coerente. 
 
LIVRO III 
DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS MEIOS DE 
IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS 
TÍTULO I 
DA ORDEM DOS PROCESSOS E DOS PROCESSOS DE 
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua 
jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. 
§1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados 
no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de 
súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante. 
§2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-
se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram 
sua criação. 
 
Nesse contexto, o NCPC passa não só a valorizar, como também a determinar 
obediência, em algumas situações, aos precedentes. A ideia básica do Novo 
Código, ao abordar a teoria geral dos recursos, consiste em que os tribunais 
mantenham uma jurisprudência coerente e uniforme, além de atenta aos 
precedentes das Cortes superiores. Essa é a estrutura do sistema de justiça. 
 
Em outras palavras, um juiz não pode ter a vaidade de imprimir a sua 
convicção pessoal na decisão se a sua posição gera insegurança jurídica e 
ilusão aos jurisdicionados. E, por conta disso, o NCPC adota uma linha 
principiológica de obediência aos precedentes, que incluem as súmulas das 
Cortes superiores, as súmulas das cortes locais (tribunais regionais federais e 
tribunais de justiça), decisões em incidentes de assunção de competência e de 
	
	
7	
resolução de demandas repetitivas e as decisões de recursos repetitivos. 
Portanto, esse sistema de precedentes é imposto pelo NCPC em situações 
determinantes para a elaboração da jurisprudência dos tribunais. 
 
Conceito de recurso: o recurso é o meio do qual se valem as partes, o 
Ministério Público ou o terceiro prejudicado, para obter a reforma, a anulação, o 
esclarecimento ou a complementação de uma decisão judicial. Dessa 
conceituação, podemos extrair os requisitos de admissibilidade dos recursos, a 
seguir expostos. 
 
Legitimidade recursal: terão legitimidade para o recurso, portanto, as partes, 
o Ministério Público e o terceiro prejudicado, tal como preceitua o art. 996 do 
NCPC. 
 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, 
pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como 
parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a 
possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à 
apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou 
que possa discutir em juízo como substituto processual. 
 
O NCPC considera como legitimado para interpor o respectivo recurso a parte 
vencida, isto é, aquela que sofreu um prejuízo ou um dano processual 
decorrente de um pronunciamento judicial (decisões interlocutórias e 
sentenças). O Professor faz uma pequena ressalva no que toca ao recurso de 
embargos de declaração, pois, ainda que a parte seja vencedora, ela pode ter 
interesse em obter algum esclarecimento ou complementação da decisão que 
a beneficiou. Desse modo, serão legitimados para propor embargos de 
declaração tanto a parte vencida, como a vencedora, excepcionando a regra 
geral. 
 
O Ministério Público tem legitimidade seja como parte, seja como fiscal da 
ordem jurídica (arts. 178 e 179). 
 
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 
30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas 
hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos 
processos que envolvam: 
I - interesse público ou social; 
II - interesse de incapaz; 
	
	
8	
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não 
configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério 
Público. 
 
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem 
jurídica, o Ministério Público: 
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de 
todos os atos do processo; 
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais 
pertinentes e recorrer. 
 
E o terceiro prejudicado, no NCPC, tem legitimidade recursal quando a decisão 
atinge um direito de que seja titular ou, ainda, quando possa defendê-lo como 
substituto processual. Nesse ponto, é possível fazer a correlação entre o 
terceiro prejudicado e o assistente simples, que poderá intervir no processo na 
qualidade de substituto processual quando houver omissão ou revelia do 
assistido (art. 121, parágrafo único). 
 
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte 
principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos 
mesmos ônus processuais que o assistido. 
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, 
omisso o assistido, o assistente será considerado seu 
substituto processual. 
 
Interesse recursal: ele está presente sempre que a parte sofrer algum 
prejuízo, isto é, não obter tudo o que poderia ter obtido com aquela decisão 
judicial. 
 
O NCPC traz o seguinte acréscimo à noção de interesse recursal (art. 932, III): 
o recorrente, ao oferecer seu recurso, deve fazer impugnação específica dos 
fundamentos da decisão recorrida. 
 
Em outras palavras, o recorrente deve abordar os fundamentos utilizados na 
decisão recorrida e não invocar argumentos totalmente destoantes dos que 
nela constam. Essa inadequação ou falta de congruência entre os fundamentos 
da decisão e o que está sendo abordado no recurso gera não só a falta de 
interesse recursal, como também pode implicar inadequação do respectivo 
recurso. 
 
	
	
9	
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação 
à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos 
processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou 
que não tenha impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar 
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o 
tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o 
caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento 
interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o 
relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para 
que seja sanado vício ou complementada a documentação 
exigível. 
 
Cabimento do recurso: só a lei federal pode criar e extinguir recursos 
(competência privativa da União para legislar sobre direito processual– CF/88, 
art. 22, I). Nessa medida, o NCPC elenca, no seu art. 994, nove espécies 
recursais, eliminando dois tipos de recursos que estavam no CPC/73, quais 
sejam: o agravo retido e os embargos infringentes. 
	
	
10	
 
CF/88, art. 22. Compete privativamente à União legislar 
sobre: 
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
(...) 
 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
 
Em relação à eliminação do agravo retido, é importante destacar a 
possibilidade de o prejudicado por uma decisão interlocutória invocar suas 
razões recursais em eventual recurso de apelação ou quando tiver a 
oportunidade de apresentar as contrarrazões ao recurso de apelação. Houve, 
portanto, a par da extinção do recurso de agravo retido, a correta modificação 
do regime de preclusão (NCPC, art. 1.009, §1º). 
 
Por exemplo, se uma das partes pede a produção de uma prova e seu pleito é 
indeferido pelo juiz em decisão interlocutória, como não cabe mais o agravo de 
instrumento para essa hipótese (que não consta no rol taxativo do art. 1.015 do 
NCPC), a parte que se sentir prejudicada poderá invocar o cerceamento de 
defesa na sua apelação ou nas contrarrazões de apelação. 
 
Art. 1.009.	Da sentença cabe apelação. 
§1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a 
decisão a seu respeito não comportar agravo de 
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser 
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente 
interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
§2º Se as questões referidas no §1º forem suscitadas em 
contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) 
dias, manifestar-se a respeito delas. 
	
	
11	
§3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando 
as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da 
sentença. 
(...) 
 
CAPÍTULO III 
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento 
do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo 
aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, 
§1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento 
contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação 
de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de 
execução e no processo de inventário. 
 
A segunda novidade é a eliminação dos embargos infringentes e, em 
substituição a esse mecanismo, quando o resultado da apelação for não 
unânime, o NCPC passa a prever outra técnica de julgamento (art. 942). 
 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, 
o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada 
com a presença de outros julgadores, que serão 
convocados nos termos previamente definidos no 
regimento interno, em número suficiente para garantir a 
possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado 
	
	
12	
às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar 
oralmente suas razões perante os novos julgadores. 
§1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á 
na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores 
que porventura componham o órgão colegiado. 
§2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus 
votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. 
§3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, 
igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: 
I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da 
sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer 
em órgão de maior composição previsto no regimento interno; 
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da 
decisão que julgar parcialmente o mérito. 
§4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: 
I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução 
de demandas repetitivas; 
II - da remessa necessária; 
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela 
corte especial. 
 
A referida técnica de julgamento será cabível em três situações: no julgamento 
da apelação, da ação rescisória e do agravo de instrumento. Em relação à 
apelação, seu julgamento é feito, como regra, por três juízes (NCPC, art. 941, 
§2º). Assim, quando o resultado do julgamento não for unânime (não 
importando por quais fundamentos), seja no que toca ao provimento, ao 
desprovimento do recurso ou, ainda, à eventual anulação da sentença, o 
julgador vencido deverá declarar o seu voto (art. 941, §3º). 
 
Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o 
resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o 
relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. 
§1° O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação 
do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz 
afastado ou substituído. 
§2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, 
a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 
(três) juízes. 
§3º O voto vencido será necessariamente declarado e 
considerado parte integrante do acórdão para todos os fins 
legais, inclusive de pré-questionamento. 
 
	
	
13	
Desse modo, e com base na nova técnica de julgamento criada em substituição 
aos embargos infringentes, haverá a necessidade de convocação de novos 
juízes em número suficiente para que seja possível a inversão do resultado 
inicial (NCPC, art. 942, caput). Nessa medida, se dois desembargadores 
acolherem a apelação e outro a rejeitar, será possível a convocação de novos 
juízes em número suficiente para inversão desse resultado. Portanto, nesse 
aspecto, o NCPC se difere do CPC/73, vez que não exige para o cabimento da 
técnica de julgamento que a maioria reforme a sentença, bastando que o 
resultado não seja unânime. Em outras palavras, quanto à apelação, o 
resultado do julgamento pode ser o provimento, o desprovimento do recurso ou 
a anulação da sentença, pois não importa o seu resultado para que seja 
cabível a utilização da nova técnica de julgamento. 
 
CPC/73, Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o 
acórdão não unânime houver reformado, em grau de 
apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado 
procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os 
embargos serão restritos à matéria objeto da divergência. 
 
No que toca à ação rescisória, para proceder a essa técnica de julgamento, 
exige-se que o resultado do julgamento por maioria seja no sentido de invalidar 
a decisão rescindenda (NCPC, art. 942, §3º, I). Nesse ponto, mantém-se 
coerência com a sistemática do CPC/73. E, no que tange ao agravo de 
instrumento, a técnica de julgamento será cabível quando a maioria reformar a 
decisão que julgou parcialmente o mérito (art. 942, §3º, II). 
 
Art. 942. 
(...) 
§3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, 
igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: 
I - ação rescisória, quando o resultado for arescisão da 
sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer 
em órgão de maior composição previsto no regimento interno; 
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da 
decisão que julgar parcialmente o mérito. 
(...) 
 
Cabe ressaltar que o NCPC, em seu art. 356, autoriza expressamente o 
julgamento antecipado parcial de mérito. E essa decisão é impugnável por 
agravo de instrumento (art. 356, §5º). Assim, se, no julgamento de tal recurso, 
a maioria decidir pelo seu provimento e pela reforma da decisão interlocutória 
de mérito, será aplicável a técnica de julgamento trazida pelo art. 942. 
	
	
14	
 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou 
mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
I - mostrar-se incontroverso; 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos 
do art. 355. 
§1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá 
reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. 
§2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a 
obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o 
mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso 
contra essa interposto. 
§3º Na hipótese do §2º, se houver trânsito em julgado da 
decisão, a execução será definitiva. 
§4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar 
parcialmente o mérito poderão ser processados em autos 
suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
§5º A decisão proferida com base neste artigo é 
impugnável por agravo de instrumento. 
 
Prazos recursais: o NCPC unifica os prazos recursais, que serão, em regra, 
de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1.003, §5º, exceto o recurso de 
embargos de declaração, que permanece com prazo de interposição de 05 dias 
(art. 1.023), tal como era no CPC/73. 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público 
são intimados da decisão. 
§1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados 
em audiência quando nesta for proferida a decisão. 
§2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de 
interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida 
anteriormente à citação. 
§3º No prazo para interposição de recurso, a petição será 
protocolada em cartório ou conforme as normas de 
organização judiciária, ressalvado o disposto em regra 
especial. 
§4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo 
correio, será considerada como data de interposição a data de 
postagem. 
	
	
15	
§5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) 
dias. 
§6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no 
ato de interposição do recurso. 
(...) 
 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 
(cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do 
erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a 
preparo. 
§1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229. 
§2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, 
no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso 
seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão 
embargada. 
 
O prazo recursal, como típico prazo processual, será contado apenas em dias 
úteis (NCPC, art. 219). 
 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei 
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente 
aos prazos processuais. 
 
Ademais, o prazo recursal é contado em dobro nas seguintes situações: i) no 
caso de litisconsórcio com advogados distintos e de escritórios diferentes, salvo 
se se referir ao processo digital, porque todos têm acesso aos autos 
virtualmente (NCPC, art. 229); ii) para as carreiras públicas (como Ministério 
Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública), que também dispõem de 
prazo dobrado (arts. 180, 183 e 186). 
 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro 
para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua 
intimação pessoal, nos termos do art. 183, §1º. 
§1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem 
o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará 
andamento ao processo. 
§2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a 
lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o 
Ministério Público. 
 
	
	
16	
(...) 
 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de 
direito público gozarão de prazo em dobro para todas as 
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a 
partir da intimação pessoal. 
§1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio 
eletrônico. 
§2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a 
lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente 
público. 
 
(...) 
 
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro 
para todas as suas manifestações processuais. 
§1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor 
público, nos termos do art. 183, §1º. 
§2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a 
intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato 
processual depender de providência ou informação que 
somente por ela possa ser realizada ou prestada. 
 
(...) 
 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes 
procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão 
prazos contados em dobro para todas as suas 
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, 
independentemente de requerimento. 
§1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 
2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em 
autos eletrônicos. 
 
Preparo: é o pagamento das custas judiciais quando da interposição do 
recurso. O NCPC faz distinção entre o caso de insuficiência do preparo e de 
inexistência de preparo. Como regra, o recorrente deve comprovar o 
pagamento ou preparo no ato da interposição do recurso (art. 1.007). 
 
	
	
17	
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente 
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o 
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, sob pena de deserção. 
§1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e 
de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela 
União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e 
respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. 
§2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, 
intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
§3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de 
retorno no processo em autos eletrônicos. 
§4º O recorrente que não comprovar, no ato de 
interposição do recurso, o recolhimento do preparo, 
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na 
pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em 
dobro, sob pena de deserção. 
§5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial 
do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no 
recolhimento realizado na forma do §4º. 
§6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará 
a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo 
de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
§7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não 
implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, 
na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o 
recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Quandoo preparo for insuficiente, o relator deve conceder prazo de 05 dias 
para que o vício seja sanado e o valor seja complementado, o que coaduna 
com a noção de extrair o máximo de rendimento de todos os atos processuais 
(art. 1.007, §2º). 
 
Já a falta de preparo pode se dar pela inexistência total de preparo ou pela falta 
de sua comprovação (ainda que a parte tenha efetuado o pagamento, 
esqueceu-se de juntar o comprovante no ato de interposição do recurso), 
situações nas quais o recorrente deverá recolher as custas em dobro (art. 
1.007, §4º). Por fim, nada impede que recorrente formule o pedido de justiça 
gratuita no próprio recurso (art. 99). 
 
	
	
18	
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser 
formulado na petição inicial, na contestação, na petição para 
ingresso de terceiro no processo ou em recurso. 
§1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na 
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, 
nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. 
§2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos 
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos 
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de 
indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do 
preenchimento dos referidos pressupostos. 
§3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência 
deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
§4º A assistência do requerente por advogado particular não 
impede a concessão de gratuidade da justiça. 
§5º Na hipótese do §4º, o recurso que verse exclusivamente 
sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do 
advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o 
próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade. 
§6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se 
estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo 
requerimento e deferimento expressos. 
§7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em 
recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o 
recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, 
apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para 
realização do recolhimento. 
 
O NCPC, nos mesmos moldes do CPC/73, fala em desistência, renúncia e 
aceitação ou aquiescência, que são fatos extintivos do direito de recorrer (arts. 
998 a 1.000). 
 
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a 
anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do 
recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a 
análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido 
reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos. 
 
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da 
aceitação da outra parte. 
 
	
	
19	
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a 
decisão não poderá recorrer. 
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem 
nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de 
recorrer. 
 
Requisitos de admissibilidade: os requisitos de admissibilidade dos recursos, 
em regra, serão aferidos ou analisados pelo juízo ad quem, ou seja, em termos 
práticos, pelos tribunais de justiça ou pelos tribunais regionais federais. Vale 
dizer, a análise dos requisitos de admissibilidade não será mais feita pelo juízo 
de primeiro grau, como era à luz do CPC/73. Na sistemática do NCPC, o juiz, 
ao receber a apelação, deverá oportunizar a resposta recursal e, na sequência, 
enviar os autos ao tribunal. Assim, o tribunal, mais especificamente, o relator 
da apelação, analisará se o recurso está no prazo, se foi feito preparo, se a 
parte recorrente é legítima etc. 
 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo 
de primeiro grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de 
nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
§2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o 
apelante para apresentar contrarrazões. 
§3º Após as formalidades previstas nos §§1º e 2º, os autos 
serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente 
de juízo de admissibilidade. 
(...) 
 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, 
os habeas data e os mandados de injunção decididos em única 
instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a 
decisão; 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância 
pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça 
dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando 
denegatória a decisão; 
	
	
20	
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado 
estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município 
ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
§1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as 
decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido 
ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015. 
§2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, 
§3º, e 1.029, §5º. 
 
Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, 
alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade 
e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o 
Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§1º Na hipótese do art. 1.027, §1º, aplicam-se as disposições 
relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do 
Superior Tribunal de Justiça. 
§2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea 
“a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo 
ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do 
recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as 
contrarrazões. 
§3º Findo o prazo referido no §2º, os autos serão remetidos 
ao respectivo tribunal superior, independentemente de 
juízo de admissibilidade. 
 
ATENÇÃO – Alterações trazidas pela Lei Federal nº 13.256/16: a Lei 
Federal nº 13.256/16 promoveu algumas mudanças em relação à 
admissibilidade dos recursos extraordinário lato sensu. Os recursos especiais e 
extraordinários, que seguirem o rito normal ou dos recursos repetitivos, terão o 
seu juízo de admissibilidade feito no juízo a quo, antes de serem remetidos ao 
Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal (tal como 
atualmente ocorre). Na redação original do Novo Código, isso ficaria 
diretamente a cargo dos tribunais superiores. 
 
Veja a seguinte tabela comparativa. 
 
NCPC 
(redação original) 
NCPC 
(alterado pela Lei Federal n° 
13.256/16) 
Seção II 
Do Recurso Extraordinário e do Recurso 
Especial 
Seção II 
Do Recurso Extraordinário e do Recurso 
Especial 
	
	
21	
Art. 1.030. Recebida a petição do 
recurso pela secretaria do tribunal, o 
recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) 
dias, findo o qual os autos serão 
remetidos ao respectivo tribunal superior. 
Parágrafo único. A remessa de que trata 
o caput dar-se-á independentemente de 
juízo de admissibilidade. 
Art. 1.030. Recebida a petição do 
recurso pela secretaria do tribunal, o 
recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) 
dias, findo o qual os autos serão 
conclusos ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal recorrido, que 
deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta 
questão constitucional à qual o 
Supremo Tribunal Federal não tenha 
reconhecido a existência de 
repercussão geral ou a recurso 
extraordinário interposto contra acórdão 
queesteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal 
Federal exarado no regime de 
repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso 
especial interposto contra acórdão que 
esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal 
Federal ou do Superior Tribunal de 
Justiça, respectivamente, exarado no 
regime de julgamento de recursos 
repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão 
julgador para realização do juízo de 
retratação, se o acórdão recorrido 
divergir do entendimento do Supremo 
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal 
de Justiça exarado, conforme o caso, 
nos regimes de repercussão geral ou de 
recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar 
sobre controvérsia de caráter repetitivo 
ainda não decidida pelo Supremo 
Tribunal Federal ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça, conforme se trate 
de matéria constitucional ou 
infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como 
representativo de controvérsia 
constitucional ou infraconstitucional, nos 
termos do § 6º do art. 1.036; 
V – realizar o juízo de admissibilidade 
e, se positivo, remeter o feito ao 
	
	
22	
Supremo Tribunal Federal ou ao 
Superior Tribunal de Justiça, desde 
que: 
a) o recurso ainda não tenha sido 
submetido ao regime de repercussão 
geral ou de julgamento de recursos 
repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado 
como representativo da controvérsia; 
ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o 
juízo de retratação. 
§1º Da decisão de inadmissibilidade 
proferida com fundamento no inciso V 
caberá agravo ao tribunal superior, nos 
termos do art. 1.042. 
§2º Da decisão proferida com 
fundamento nos incisos I e III caberá 
agravo interno, nos termos do art. 
1.021. 
Subseção II 
Do Julgamento dos Recursos 
Extraordinário e Especial Repetitivos 
(...) 
Art. 1.040. Publicado o acórdão 
paradigma: 
I - o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal de origem negará seguimento 
aos recursos especiais ou extraordinários 
sobrestados na origem, se o acórdão 
recorrido coincidir com a orientação do 
tribunal superior; 
II - o órgão que proferiu o acórdão 
recorrido, na origem, reexaminará o 
processo de competência originária, a 
remessa necessária ou o recurso 
anteriormente julgado, se o acórdão 
recorrido contrariar a orientação do 
tribunal superior; 
III - os processos suspensos em primeiro 
e segundo graus de jurisdição retomarão 
o curso para julgamento e aplicação da 
tese firmada pelo tribunal superior; 
IV - se os recursos versarem sobre 
questão relativa a prestação de serviço 
Subseção II 
Do Julgamento dos Recursos 
Extraordinário e Especial Repetitivos 
(...) 
Art. 1.040. Publicado o acórdão 
paradigma: 
I - o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal de origem negará seguimento 
aos recursos especiais ou 
extraordinários sobrestados na origem, 
se o acórdão recorrido coincidir com a 
orientação do tribunal superior; 
II - o órgão que proferiu o acórdão 
recorrido, na origem, reexaminará o 
processo de competência originária, a 
remessa necessária ou o recurso 
anteriormente julgado, se o acórdão 
recorrido contrariar a orientação do 
tribunal superior; 
III - os processos suspensos em 
primeiro e segundo graus de jurisdição 
retomarão o curso para julgamento e 
aplicação da tese firmada pelo tribunal 
superior; 
IV - se os recursos versarem sobre 
	
	
23	
público objeto de concessão, permissão 
ou autorização, o resultado do julgamento 
será comunicado ao órgão, ao ente ou à 
agência reguladora competente para 
fiscalização da efetiva aplicação, por 
parte dos entes sujeitos a regulação, da 
tese adotada. 
§1º A parte poderá desistir da ação em 
curso no primeiro grau de jurisdição, 
antes de proferida a sentença, se a 
questão nela discutida for idêntica à 
resolvida pelo recurso representativo da 
controvérsia. 
§2º Se a desistência ocorrer antes de 
oferecida contestação, a parte ficará 
isenta do pagamento de custas e de 
honorários de sucumbência. 
§3º A desistência apresentada nos 
termos do §1º independe de 
consentimento do réu, ainda que 
apresentada contestação. 
 
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente 
pelo tribunal de origem, o recurso 
especial ou extraordinário será remetido 
ao respectivo tribunal superior, na forma 
do art. 1.036, §1º. 
§1º Realizado o juízo de retratação, com 
alteração do acórdão divergente, o 
tribunal de origem, se for o caso, decidirá 
as demais questões ainda não decididas 
cujo enfrentamento se tornou necessário 
em decorrência da alteração. 
§2º Quando ocorrer a hipótese do inciso 
II do caput do art. 1.040 e o recurso 
versar sobre outras questões, caberá ao 
presidente do tribunal, depois do 
reexame pelo órgão de origem e 
independentemente de ratificação do 
recurso ou de juízo de 
admissibilidade, determinar a remessa 
do recurso ao tribunal superior para 
julgamento das demais questões. 
questão relativa a prestação de serviço 
público objeto de concessão, permissão 
ou autorização, o resultado do 
julgamento será comunicado ao órgão, 
ao ente ou à agência reguladora 
competente para fiscalização da efetiva 
aplicação, por parte dos entes sujeitos a 
regulação, da tese adotada. 
§1º A parte poderá desistir da ação em 
curso no primeiro grau de jurisdição, 
antes de proferida a sentença, se a 
questão nela discutida for idêntica à 
resolvida pelo recurso representativo da 
controvérsia. 
§2º Se a desistência ocorrer antes de 
oferecida contestação, a parte ficará 
isenta do pagamento de custas e de 
honorários de sucumbência. 
§3º A desistência apresentada nos 
termos do §1º independe de 
consentimento do réu, ainda que 
apresentada contestação. 
Art. 1.041. Mantido o acórdão 
divergente pelo tribunal de origem, o 
recurso especial ou extraordinário será 
remetido ao respectivo tribunal superior, 
na forma do art. 1.036, §1º. 
§1º Realizado o juízo de retratação, 
com alteração do acórdão divergente, o 
tribunal de origem, se for o caso, 
decidirá as demais questões ainda não 
decididas cujo enfrentamento se tornou 
necessário em decorrência da 
alteração. 
§2º Quando ocorrer a hipótese do inciso 
II do caput do art. 1.040 e o recurso 
versar sobre outras questões, caberá ao 
presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, depois do reexame 
pelo órgão de origem e 
independentemente de ratificação do 
recurso, sendo positivo o juízo de 
admissibilidade, determinar a remessa 
do recurso ao tribunal superior para 
julgamento das demais questões. 
 
	
	
24	
Efeitos dos recursos: é muito comum a parte vencedora pretender que a 
decisão produza seus efeitos imediatamente, devendo, para isso, promover o 
cumprimento provisório da sentença. De outro lado, a parte contrária 
(recorrente) pode, eventualmente, pretender que seja concedido efeito 
suspensivo ao seu recurso, para não sofrer o imediato cumprimento da 
sentença, ainda que de modo provisório. 
 
Como regra, os recursos não terão efeito suspensivo, mas só devolutivo: 
devolve-se a matéria à reapreciação do Tribunal, autorizando o cumprimento 
provisório da sentença (art. 995). 
 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, 
salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser 
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de 
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou 
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de 
provimento do recurso. 
 
Todavia, depois de fartas discussões, o NCPC acabou por manter o efeito 
suspensivo como regra na apelação. Desse modo, o principal recurso 
apresentado contra a sentença continuará dotado deefeito suspensivo como 
regra (art. 1.012). 
 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes 
os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§2º Nos casos do §1º, o apelado poderá promover o pedido de 
cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
§3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas 
hipóteses do §1º poderá ser formulado por requerimento 
dirigido ao: 
	
	
25	
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da 
apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para 
seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§4º Nas hipóteses do §1º, a eficácia da sentença poderá ser 
suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade 
de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação. 
 
Nesse ponto, o Professor observa uma situação de incongruência e 
incoerência na sistemática do NCPC. Isso porque, em regra, o agravo de 
instrumento, meio hábil a impugnar as tutelas provisórias, concedidas com 
base em cognição sumária, não é dotado de efeito suspensivo, de modo que 
as tutelas provisórias serão, ordinariamente, objeto de execução provisória. Por 
outro lado, como a apelação é dotada de efeito suspensivo legal, a sentença, 
que é uma decisão proferida com base em juízo mais aprofundado e mais rente 
às provas que foram produzidas, não será, como regra, objeto de execução 
provisória. 
 
Ademais, em alguns aspectos, o NCPC é alvo de críticas doutrinárias. Nos 
casos em que a apelação não é dotada de efeito suspensivo (art. 1.012, §1°), a 
pretensão do recorrente em obter o efeito suspensivo deverá ser postulada 
perante o tribunal ou relator do recurso (NCPC, art. 1.012, §3°). Trata-se de 
modificação que pode contribuir para a morosidade da justiça. Além disso, o 
novo diploma processual não deixa claro se o pedido de concessão de efeito 
suspensivo pelo recorrente deve ser feito junto com o recurso ou se é possível 
a sua formulação até a sessão de julgamento. Por fim, não há menção a 
respeito do mecanismo ou instrumento adequado a ser utilizado pelo recorrente 
para obter o efeito suspensivo (e, portanto, obstar o cumprimento provisório) 
quando a apelação estiver sendo processada no juízo de primeiro grau. 
 
Poderes do relator: buscando conferir celeridade aos julgamentos com base 
no princípio da razoável duração do processo, o NCPC confere poderes ao 
relator para: i) não conhecer do recurso quando ausentes seus requisitos 
legais; ii) julgar prejudicado o recurso. Ex.: quando proposta apelação pelo réu, 
o relator percebe a ausência de legitimidade do autor da demanda. Assim, 
deverá julgar prejudicado o recurso em função da decretação de carência da 
ação; iii) negar, desde logo, provimento ao recurso que estiver conflitando com 
os precedentes (exs. súmulas vinculantes, súmulas dos tribunais superiores, 
decisões em casos repetitivos etc.); iv) dar provimento ao recurso quando a 
decisão recorrida estiver em conflito com os precedentes, devendo, nesse 
caso, abrir o contraditório após a resposta recursal. 
 
	
	
26	
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação 
à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos 
processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou 
que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da 
decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar 
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária 
a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o 
tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o 
caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento 
interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o 
relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para 
que seja sanado vício ou complementada a documentação 
exigível. 
 
A análise de cada espécie recursal será objeto de aulas específicas neste 
Módulo.

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